Roberta Borreli fala sobre motivação e empreendedorismo no mês da Mulher Dia Internacional da Mulher. Pode ser no dia 8 de março, ou qualquer outro dia, porque o empoderamento feminino é um tema que vem se tornando cada vez mais frequente nos debates em todos os espaços. A palavra, que tem origem no termo “empowerment” (fortalecimento, em inglês), significa o reconhecimento do poder das mulheres enquanto grupo social, a tomada de atitudes que vão contra o machismo imposto pela sociedade, sempre com foco na equidade entre os gêneros.
“Minha avó, nascida em 1920, a pessoa mais genuína, amorosa e altruísta que eu conheci na vida, sempre dizia uma frase que seguiu por gerações em nossa família: “se a juventude soubesse e a velhice pudesse, seria uma covardia”. Quando cresci e consegui entender que essa frase não era carregada apenas de uma questão cronológica, que inclusive estava baseada na expectativa de vida naquela época (as amigas da minha mãe que tinham a minha idade hoje eram pessoas quase da terceira/melhor idade para mim), mas principalmente de um contexto em que o aprendizado e a experiência nos permitem conhecer e reconhecer nossas habilidades, percebi que para ela, assim como para muitas mulheres na idade dela, não havia a oportunidade dessa descoberta quando ainda, cronologicamente, acreditavam que podiam realizar algo para si, a sociedade e o mundo”, conta Roberta Borrelli, psicóloga e gestora de Pessoas/RH, criadora do Projeto MotivarAção.
Todos sabemos da trajetória feminina na sociedade e no mercado de trabalho, por meio de tantas lutas e movimentos, para que pudessem mostrar seu lugar e importância, e hoje caminham para uma nova realidade. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM),102 mil mulheres são empreendedoras em Mato Grosso do Sul. Deste grupo, 81 mil são autônomas e 63,8% possuem entre 40 e 64 anos – são mulheres maduras que se aventuram a empreender.”
Lançar-se no mundo de negócios e empreender está relacionado com diversos fatores que impulsionam mulheres e homens para trilhar esta trajetória, estejam eles relacionados com questões financeiras, com realização, com autonomia.
Contudo, estudos apontam que as motivações femininas para empreender são muitas vezes diferentes das dos homens. Destacam a motivação financeira, pois muitas mulheres querem sua autonomia ou precisam de renda para dar conta das suas responsabilidades. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres apresentou crescimento de 25%, em 1995, para 45% em 2018, devido, principalmente, ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Além disso, 43% das mulheres que são chefes de domicílio hoje, no Brasil, vivem em casal – sendo que 30% têm filhos e 13% não.
Esse crescimento e avanço no mercado mostram que as mulheres são sim impulsionadas pelas motivações financeiras, mas há nesse contexto uma questão que faz com que elas, no Brasil, conforme estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), estejam à frente de 51% dos 57% de novas empresas geridas por pessoas com idade entre 50 e 59 anos nos últimos 13 anos. A possibilidade de executar uma atividade que traga satisfação pessoal, além da oportunidade de fazer a diferença e trazer o novo a um mercado, mostrando sua força, capacidade, energia e potencial.
As mulheres maduras, com seus repertórios, motivações e autoconhecimento, atualmente valorizam a identificação de seus talentos, suas fortalezas e oportunidades de ampliar seu potencial para seguir na direção de seu propósito e fazer as escolhas que lhe trazem satisfação e realização pessoal e profissional.
Empreendedores de sucesso estão na meia-idade e não na juventude, segundo os pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Assim como as mulheres que passam pelo projeto MotivarAção. Com certeza a avó de Roberta Borrelli também estaria satisfeita se pudesse perceber esse impacto e agir em um cenário em que a “velhice” sabe e, hoje, parece poder ainda mais. O projeto MotivarAção tem por objetivo proporcionar a oportunidade de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional para quem busca crescimento, busca conhecer os seus talentos e potencial para se reinventar e ter sucesso, mas não sabe como se preparar para dar o próximo passo. Instagram: @robertaborrelli @_motivaracao
LUCINHA LINS E CLAUDIO LINS APRESENTAM A 11º EDIÇÃO DO NATAL SOLIDÁRIO, UMA NOITE DE MÚSICA E DOAÇÃO NO DIA 04 DE DEZEMBRO, ÀS 20H, NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO
O evento beneficente, idealizado por Jô Santana, traz a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos com participação da cantora Roberta Campos em concerto que arrecadará latas de leite em pó para o Hospital Cruz Verde.
No dia 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h, o Teatro Sérgio Cardoso será palco da 11ª edição do Natal Solidário Cruz Verde, um evento que celebra a união entre arte, esperança e responsabilidade social. Idealizado pelo ator e produtor cultural Jô Santana, o evento reitera seu compromisso com a causa das pessoas com paralisia cerebral, destinando toda a arrecadação ao Hospital Cruz Verde, referência há 66 anos no tratamento e assistência a pacientes com a condição.
💖 Uma Celebração de Amor, Fé e Emoção
A noite será apresentada por mãe e filho, os talentosos atores e cantores Lucinha Lins e Claudio Lins, que emprestarão seu carisma para conduzir o público em uma jornada de solidariedade e música.
O ponto alto da celebração será o concerto especial da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, sob a regência do Maestro Adriano Machado. O tema do repertório deste ano, “Natal, uma celebração de amor”, promete levar o público a uma emocionante viagem de fé e esperança. Cada nota da orquestra é concebida como um gesto de carinho, com melodias que aquecem o coração e unem gerações.
O repertório percorre desde o sagrado ao popular, e incluirá obras emblemáticas como “Circle of Life”, “Amazing Grace”, “Adeste Fideles” e a tradicional “Noite Feliz”. Entre momentos de introspecção com “Ave Maria” e a energia festiva de clássicos como “Bate o Sino” e “Jingle Bell Rock”, a música se torna um convite à gratidão e à reflexão sobre o renascimento da luz que o Natal representa. O show culminará com o “Oh Happy Day” no BIS, garantindo um final emocionante.
Destaque: O evento contará com participações especialíssimas, adicionando ainda mais brilho à noite, da aclamada cantora Roberta Campos e das cantoras Laura Saab e Júlia Saab, netas de Fafá de Belém, prestando homenagem aos 50 anos de carreira num número surpresa que certamente emocionará muita gente.
Magia e Encantamento na Chegada
Para envolver o público na magia do Natal desde a chegada, artistas circenses estarão se apresentando na entrada e no foyer do teatro, personificando o espírito natalino com performances que prometem encantar e interagir com o público.
Ingresso Solidário: 2 Latas de Leite em Pó
Em um gesto que reforça o espírito natalino de doação, o acesso ao concerto não será por meio de ingresso pago em dinheiro. A entrada será concedida mediante a doação de 2 latas de leite em pó. Todos os itens arrecadados serão integralmente destinados ao Hospital Cruz Verde, apoiando a nutrição e o cuidado dos pacientes da instituição. O Teatro Sérgio Cardoso, com sua estrutura acessível, assegura que a arte e a solidariedade sejam democráticas.
Serviço: 11º Natal Solidário Cruz Verde – “Natal, uma celebração de amor”
O que: Concerto beneficente com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, regida pelo Maestro Adriano Machado, apresentação de Lucinha Lins e Claudio Lins e participações especiais de Roberta Campos, Laura Saab e Júlia Saab.
Quando: 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h.
Onde: Teatro Sérgio Cardoso – R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo.
Ingressos: Concedidos mediante a doação de 2 latas de leite em pó.
Duração: Aproximadamente 120 min.
Classificação: Livre. Arrecadação: 100% destinada ao Hospital Cruz Verde.
Suas telas tem como característica serem mergulhadas na Baía de Guanabara antes de serem trabalhadas
A artista plástica Duda Oliveira está na COP 30, participando das manifestações civis e dos debates sobre a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e do papel de ruptura com as práticas de enraizamento cultural não sustentáveis na Green Zone.
Conhecida por seu posicionamento pela defesa e conscientização sobre a preservação da vida, do meio ambiente, Duda Oliveira tem como característica em seu trabalho mergulhar tecido lona crua na Baía de Guanabara, repleta de derivados de petróleo e dejetos de óleos, cujo aquecimento, alimento orgânico, estimulam a proliferação de fungos, resultando em um esfumaçado plástico natural peculiar em suas pinturas. As telas não foram pintadas, foram mergulhadas. E o branco que emergiu delas não era ausência, era prenúncio. Foi preciso calor, tempo, matéria, toque, escuta. E então, como num sussurro biológico, as cores nasceram do fundo: do fundo do mar, do fundo do mundo, do fundo da gente.
Duda Oliveira quer mostrar que a imagem da mulher também se transformou, sob a inspiração de novos modelos estéticos. A arte sempre em seu papel altruísta, apenas sinalizou o que já estava pungente e silenciado por antigos valores. Um dos motivos pelos quais defende os ODS.
Artista plástica contemporânea e Mestre em Ciência da Sustentabilidade, niteroiense, que estudou arte experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte e da Arquitetura do Brasil, na Puc/Rio, desde 2018 vem apresentando sua arte num ritmo intenso de exposições. Os trabalhos da artista vêm ganhando destaque nas Feiras Internacionais da Alemanha, Luxemburgo, em Salas Culturais em Portugal, nos Museus MASP, MAC Niterói, dentre outros relevantes espaços culturais no Brasil e exterior.
“Somente a arte tem o poder de propagar o acesso ao real e grande poder de transformação. A arte nos torna iguais, permitindo a verdadeira ordem democrática das coisas, a compreensão verdadeira e espontânea do belo”, diz a artista plástica.
*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento
É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos mostram associação entre excesso de telas e dificuldades de atenção, sono e desempenho escolar.
Logo, é fundamental ter atenção não somente a esses riscos como também a redução da criatividade, das habilidades sociais e dependência em crianças que passam muito tempo consumindo conteúdo digital sem supervisão.
Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Pexels Foto de Ron Lach
O cérebro infantil está com 95% da sua estrutura formada entre 0 e 6 anos, estando assim em pleno desenvolvimento. O uso constante pode afetar a qualidade do sono, já que a luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Isso pode impactar negativamente a memória, a aprendizagem e o desenvolvimento emocional.
O excesso também pode gerar uma sobrecarga de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer. Ao usar o celular por muito tempo, a criança é constantemente recompensada com estímulos rápidos e fáceis, como likes ou vídeos curtos, o que cria um ciclo de dependência. Isso reduz a tolerância ao tédio e dificulta o envolvimento em tarefas que exigem esforço cognitivo, como leitura ou resolução de problemas.
Outros efeitos do uso: dificuldade de atenção e concentração; redução da motivação para atividades off-line, como brincar, conversar ou ler e déficits nas habilidades sociais e emocionais.
Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Freepik
Veja alguns indícios de prejuízo pelo excesso de telas que pais e professores devem ficar atentos: irritabilidade ou agitação ao ser afastada das telas; desinteresse por brincadeiras presenciais ou leitura; dificuldade de concentração nas atividades escolares e redução da linguagem espontânea e das interações sociais. Se esses sinais forem persistentes, é recomendável avaliar a rotina digital da criança e buscar a orientação de um profissional da área da saúde ou educação.
Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o tempo de tela considerado adequado para crianças varia conforme a idade: de 0 a 2 anos, deve-se evitar o uso, exceto em chamadas de vídeo com familiares; de 2 a 5 anos, o limite é de até 1 hora diária, priorizando conteúdos educativos e com acompanhamento de um adulto; para as crianças maiores, o uso deve ser equilibrado com um bom padrão de sono, prática de atividade física, brincadeiras livres e momentos em família.
Além da mediação no uso das tecnologias, é importante oferecer estímulos que favoreçam o neurodesenvolvimento infantil de forma ampla. Atividades como desenhar, escrever e explorar o ambiente contribuem para o aprimoramento da coordenação motora e da cognição.
É fundamental que pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a esses efeitos e adotem estratégias para garantir um uso equilibrado e saudável das tecnologias. Lembre-se que as tecnologias não são inimigas, mas devem ser usadas com moderação respeitando a idade das crianças.
(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br