Conecte-se conosco

Cultura

Com mural “Seja Luz”, Eduardo Kobra

Publicado

em

Com mural “Seja Luz”, Eduardo Kobra instiga a repensar valores e fazer a diferença

Kobra terminou em São Paulo o mural Seja Luz, mais uma obra com o tema da pandemia do Covid-19. Segundo o artista, esse trágico momento de pandemia deve levar a humanidade a repensar valores. “Cada um precisa refletir sobre que tipo de entrega e atitude deve ter para ser luz na escuridão”, diz o muralista. “Acima de tudo é preciso ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental, mais que só ficar nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no outro e fazer o bem”, afirma.

 

O artista urbano Eduardo Kobra terminou em São Paulo o mural “Seja Luz”, mais uma obra com o tema da pandemia do Covid-19. O mural de 30 metros de altura por sete metros de largura fica na rua Oscar Freire, nos Jardins. Pintado com esmalte, látex acrílico e spray, demorou cerca de duas semanas para ser realizado.

Foto noturna do mural Seja Luz, de Eduardo Kobra
drone.cyrillo

Segundo o artista, que no mural pintou “O Pensador”, de Auguste Rodin (1840 a 1917), dentro de uma lâmpada, esse trágico momento de pandemia deve levar a humanidade a repensar valores. “Cada um precisa refletir sobre que tipo de entrega e atitude deve ter para ser luz na escuridão”, diz o muralista. “Acima de tudo é preciso ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental, mais que só ficar nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no outro e fazer o bem”, afirma.

close do novo mural de Kobra, na rua Oscar Freire, em São Paulo
drone.cyrillo

Em maio deste ano, Kobra lançou em São Paulo, na rua Henrique Schaumann, em frente à Igreja do Calvário, o mural “Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do Covid-19”,  onde  retrata crianças de cinco religiões – Islamismo, Budismo, Cristianismo, Judaísmo e Hinduísmo. A obra traz uma mensagem de fé e de esperança, ao mesmo tempo em que lembra as vítimas do Covid-19 e destaca a importância da Ciência, simbolizada pelo fundamental uso de máscaras.

Pouco antes, na primeira ação do recém-criado Instituto Kobra, que tem como base a premissa de que a arte é um instrumento de transformação, o artista paulistano transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada “Respirar”.  Kobra pintou o cilindro como se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro. “A mensagem central é a importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a levar um pouco de oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo tempo, provoque a reflexão sobre a importância de usar máscaras, lavar as mãos constantemente, manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza, que é um patrimônio de toda a humanidade”, disse.

A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda da peça foram aplicados integralmente na construção de duas usinas de oxigênio, entregues à Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas. Na prática, isso significou que 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficaram como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um mês, são 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com 700 mil conseguiríamos comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”, contou o muralista.

Em fevereiro de 2021, Kobra doou ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dois painéis (um para cada instituição) de um metro e oitenta por um metro em oitenta, que fez meses antes, inspirado na esperança do desenvolvimento de vacinas para imunizar as pessoas contra o Covid-19.

 

A Mão de Deus

Em novembro de 2020, o artista urbano entregou o mural “A Mão de Deus” na região do Minhocão, em São Paulo. O trabalho tem 33 metros de altura por sete metros de largura, na empena de um prédio situado à rua Traipu, nº. 50.  De acordo com o artista, é a mais autobiográfica de todas as suas obras e, ao mesmo tempo, é uma obra que fala de todos. “O mural é inspirado em um momento muito difícil para mim, que começou a ser superado quando senti a mão de Deus. Foi algo que me ajudou e que me ampara até hoje”, diz.

Kobra afirma que o mural, é particular, mas também universal. “Serve para todas as pessoas, de qualquer fé, que passam por dificuldades como depressão, solidão, dificuldades econômicas, bebidas e drogas”. E complementa: “espero que nesses tempos de pandemia e mesmo depois que tudo isso terminar, o mural também inspire as pessoas a resgatarem a bondade e serem mais acolhedoras e solidárias uma com as outras”.

Também ao final de 2020, como uma ode à vida durante a pandemia, Kobra pintou na altura do km 44 da rodovia Presidente Castelo Branco, em São Paulo, o mural “A Linha da Vida”, de 600 metros quadrados. A obra traz oito personagens. Começa com uma criança e termina com uma senhora de cerca de 80 anos de idade

Ainda em 2020, Kobra utilizou seu talento para uma campanha que ajudava famílias desassistidas, com situação de vulnerabilidade ainda mais agravada pela pandemia do Covid-19. Fez o painel “Coexistência” (que em maio virou mural, como está acima no release), onde mostrava crianças de cinco religiões – budismo, cristianismo, islamismo judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo máscaras. Uma Serigrafia da obra foi sorteada entre as pessoas que fizeram doações. Com o valor arrecadado, R$ 450 mil, foram produzidos e distribuídos 20 mil kits.

Pouco depois, com o leilão da tela “Ao Líbano com Carinho”, conseguiu arrecadar 50 mil dólares para as vítimas da explosão ocorrida na zona portuária de Beirute, capital libanesa. “A obra mostra duas mãos, que simbolizam as mãos da humanidade, levantando o cedro do Líbano, que é um símbolo de paz, de fraternidade, de união e respeito”, disse o artista, que utilizou a bandeira do Líbano como a base para a pintura. “O vermelho representa o sangue derramado pelas pessoas que se feriram ou morreram nas lutas para livrar o país das forças externas; o branco representa a permanente busca pela paz e a beleza das montanhas cobertas pela neve; e o cedro, árvore presente em boa parte do país, é um símbolo de força e eternidade”, explicou o artista.

 

Instituto Kobra: a arte como instrumento de transformação social

            Nasceu em fevereiro de 2021 o Instituto Kobra, entidade que acredita na arte como instrumento de transformação social de adolescentes e jovens em estado de vulnerabilidade no Brasil. Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a instituição parte da própria biografia de seu criador para fundamentar a importância e o papel da cultura como agente transformador de vidas e realidades.

O Instituto Kobra deverá promover ações, prioritariamente em comunidades periféricas, levando manifestações artísticas — não só das artes plásticas e do grafite, mas também da música, do teatro e da literatura — àqueles que costumam ter menos acesso a museus e centros culturais.

Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, realizado em 2019. Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12 bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo muito com o público.

O Instituto Kobra surge também para funcionar como um espaço para promoção de causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade.

Neste sentido e considerando o momento sensível atravessado pelo País no combate à pandemia de covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus. Eduardo Kobra transformou um cilindro inutilizado em uma obra de arte (confirme citado acima no release).

Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão previstas outras maneiras de promover a cultura, com palestras e oficinas e realização de pinturas públicas em comunidades mais vulneráveis.

Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de intercâmbios culturais, irão levar sua arte, seu conhecimento e suas histórias de vida a esses jovens de periferia.

A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura em geral pode ser uma ferramenta de transformação social para muitos jovens brasileiros.

Para viabilizar esses projetos, o Instituto Kobra está aberto a firmar parcerias com empresas e outras entidades que queiram promover ações culturais junto a adolescentes e jovens de periferia.

Por conta do estado de pandemia, o Instituto Kobra definiu que, neste primeiro momento, todas as suas atividades devem ser estruturadas online. Quando – espera-se que em um futuro próximo – a situação atual for superada e eventos públicos puderem tornar a ocorrer com segurança, atividades presenciais serão divulgadas.

.

Sobre Eduardo Kobra

Kobra é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Começou como pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como muralista. Seu talento brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade e pelo mundo. Com os desdobramentos que a arte urbana ganhou em São Paulo, ele derivou – com o Studio Kobra, criado em 95 – para um muralismo original – inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores mexicanos e norte-americanos, beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro.

Muitos críticos afirmam que a característica mais marcante de Kobra é o domínio do desenho e das cores. Mas o que é fundamental para o artista é o olhar. Kobra foi desde cedo apresentado às adversidades da vida. Viu amigos sucumbirem às drogas e à criminalidade. Alguns foram presos. Outros perderam a vida. Foi o olhar que o salvou.

Kobra é autor de projetos como “Muro das Memórias”, em que busca transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade; Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens fortes de matança de animais e destruição da natureza; e “Olhares da Paz”, onde pinta figuras icônicas que se destacaram na temática da paz e na produção artística, como Nelson Mandela, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Malala Yousafzai, Maya Plisetskaya, Salvador Dali e Frida Kahlo.

Em meio ao caos urbano, buscou resgatar o patrimônio histórico que se perdeu. Em um contexto repleto de desigualdade social e injustiças, buscou se inspirar em personagens e cenas que servem de exemplo para um mundo melhor.

Hoje, os murais de Kobra estão em cerca de 35 países e em diversas cidades e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os trabalhos, o artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e até montanhas em galerias a céu aberto.  Inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados Unidos, 18 deles em Nova York.

Cada vez mais conhecido, Kobra fica, é claro, orgulhoso quando vê uma multidão que observa um de seus murais, mas costuma dizer que o que o comove de verdade é descobrir alguém que para no meio da correria da cidade para observar, mesmo que por um minuto, os detalhes dessa obra. Apesar dos murais monumentais, Eduardo Kobra faz sua arte para despertar a consciência e a sensibilidade de cada um de nós.

 

 Veja algumas das obras de Kobra no Brasil e no Exterior

Exterior:

1 – O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA

2 – Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia

3 – Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida, EUA

4 – A Bailarina (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia

5 – Malala, em Roma, Itália

6 – Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia, EUA

7 – Sarasota Antiga, em Sarasota, Flórida, EUA

8 – Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA

9 – Fight for Street Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn, EUA

10 – Alfred Nobel, na cidade de Boras, Suécia

11 – MariArte, em San Miguel de Allende, México

12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão

13 – O Beduíno, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

14 – Mural ainda sem nome, Papeete, Taiti

15 – Bob Dylan, The Times They Are a-Changin. Minneapolis, Minnesota, EUA

16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA

17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA

18 – Give Peace a Chance, Wynwood, Miami, Flórida, EUA

19 – Stop Wars, Wynwood, Miami, Flórida, EUA

20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído), Wynwood, Miami, Flórida, EUA

21 – Muddy Waters, Chicago, Illinois, EUA.

22 – Rio, Tóquio, Japão

23 – Armstrong (nome não definitivo), Cincinnati, Ohio, EUA

24 – Dante Alighieri, Ravenna, Itália

25 – Let me be myself, Amsterdã, Holanda

26 – Ziggy Stardust (sobre David Bowie), Jersey City, New Jersey, EUA.

27 – Sonho de um Menino, Dubai, Emirados Árabes Unidos.

28 – Mandela (ainda sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi

29 – Desmond Tutu (ainda sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi

30 – Dalí, em Múrcia, Espanha

31 – Davi, em Carrara, Itália

32 – Cacique Raoni (ainda sem nome definitivo), em Lisboa, Portugal.

33 – Etnias – Todos Somos Um (talvez ainda receba um novo nome), em Sandefjord, Noruega.

34 – Locomotiva, em Londres, Reino Unido

35 – Família Monet (dois murais que conversam entre si), em Boulogne-sur-Mer (Bolonha-sobre-o-Mar), na França.

36 – Imagine, em Bristol, Inglaterra.

37 – Em 2018 o artista fez 20 murais nos EUA, 18 deles em Nova York.

38 – Ayrton Senna, Ímola, Itália.

Brasil

1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av. Paulista, em São Paulo, São Paulo

2 – A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias), av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo

3 – Belém Antigo, esquina da rua Castilhos França com a rua Portugal, em Belém, Pará

4 – Candango, no Complexo Bancário, em Brasília.

5 – Chico e Ariano, na avenida Pedroso de Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.

6 – Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.

– Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias), próximo ao viaduto Tutóia, em São Paulo, São Paulo.

8 – Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP.

9 – Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São Paulo.

10 – Muro das Memórias Caixa d’água, Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo.

11 – AltaMira (projeto Greenpincel), rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.

12 – Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.

13 – Gonzagão, Recife, Pernambuco.

14 – Viver, Reviver e Ousar, Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.

15 – Brasil!, muro da usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.

16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel), av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo.

17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes, av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.

18 – Racionais MC’s, Capão Redondo, São Paulo, São Paulo

19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São Paulo, São Paulo

20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São Paulo

21 – Etnias – Todos Somos Um, Boulevard Olímpico, Porto Maravilha, Rio de Janeiro, RJ

22 – Sobre Bike e mobilidade (nome ainda indefinido), rua Tavares Cabral, São Paulo, SP.

23 – Mural do Chocolate, km 35 da rod. Castelo Branco, em Itapevi, São Paulo;

24 – Escadão das Bailarinas, em Pinheiro, São Paulo, São Paulo

25 – Mario Quintana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

26 – Ayrton Senna – Superação, em Interlagos, São Paulo.

27 – Escola Professor Raul Brasil (ainda sem nome definitivo), em Suzano, São Paulo.

28 – Coração Santista, em Santos, São Paulo.

29 – A Mão de Deus, São Paulo, São Paulo

30 – A Linha da Vida. – km 44 da rod. Castelo Branco, São Paulo

31 – Escadateca, em Sorocaba, São Paulo.

32 – Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do Covid-19, em São Paulo, São Paulo.

 

Continuar Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cultura

Tonio Carvalho lança “Erês, guris, bacuris e outros PUTOS “, sua primeira obra literária para adultos, para falar sobre as diversas realidades das crianças no país

Publicado

em

Editado pela Kimera, o livro será lançado no próximo dia 5 de junho, na Livraria da Travessa Botafogo

 

O autor Tonio Carvalho lança “Erês, guris, bacuris e outros PUTOS “, sua primeira obra na literatura para adultos, onde, através de contos, fala da crua realidade das crianças e das suas trajetórias submetidas a sofrimentos e às desigualdades sócio-culturais, em um país que escolhe para quem olhar.

O livro, da Editora Kimera, será lançado no dia 05 de junho, das 19h às 22h, na Livraria da Travessa Botafogo, Rua Voluntários da Pátria, 97, com a presença do autor.

Sinopse

As crianças do Brasil não são apenas os meninos e meninas, são os erês, guris, bacuris, pivetes, moleques, pivetes, garotos e garotas, miúdos e miúdas, putos – como a eles se referem em Portugal. Enfim, todos aqueles que são ou os que ainda somos, pixotes. A eles, este livro de contos é dedicado: aos que já se foram, humilhados, machucados, violentados e mortos e aos que ainda sobrevivem submetidos à maus tratos, miséria, fome, sede, frio, e ao mesmo ciclo perverso de humilhações e violências até a morte. Esse, infelizmente, é o mundo em que vivemos sob o olhar complacente dos que fomentam guerras, impõem discriminações de fé, sexo ou cor da pele.


A indiferença ao sofrimento de crianças solitárias, largadas ao abandono, desnutridas, submetidas a trabalhos forçados semelhantes à escravidão não deveria passar despercebida. No entanto, essa realidade não é especialidade desses dois brasis – um rico e outro vulnerável – é o que se constata enquanto cresce a desigualdade aqui e no mundo: a desnutrição não é apenas física. A desnutrição do Saber, do Conhecimento, gera a miséria da Ignorância. E a ignorância leva, social e politicamente, a extremos perigosos.

Estes nossos pequenos aí revelados, em “Erês, guris, bacuris e outros PUTOS”, são fruto do nosso olhar incrédulo sobre a crueldade humana – o que nos deixa muito p***, não como o termo é de uso em Portugal.

Sobre Tonio Carvalho

Tonio Carvalho é autor e diretor teatral. Como escritor, “Erês, guris, bacuris e outros PUTOS “significa sua estreia na Literatura para adultos, embora já tenha lançado um livro de poemas intitulado “No Feitiço das Festas de Fé”, inspirado em suas memórias da infância, vivida nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Suas lembranças do universo infanto-juvenil também o levaram à literatura e ao teatro para jovens. A “Coleção do Avesso” é um exemplo: textos bem humorados, poéticos ou provocadores como “A avó dos dinossauros”, “Lia foi à Lua”, “O menino do avesso”, foram alguns dos oito livros da Coleção que fizeram a diversão e a reflexão da garotada.

Em teatro, Tonio escreveu e dirigiu para um público que encantava e emocionava jovens e adultos. Sua dramaturgia e suas encenações o levaram a receber inúmeros prêmios Mambembe, RioArte, APCA, etc. Entre textos e espetáculos, podemos ressaltar “As 3 luas de Junho”, “A idade do sonho”, “Em busca do coração secreto”, o auto de Natal “O mistério do boi surubim” – que teve a obra adaptada para o “Brava Gente” da TV Globo. Em sua trajetória criativa abraçou a cultura popular ao desenvolver teatralmente uma obra específica para o Museu de Folclore do Rio de Janeiro, encenando no próprio museu “A brincadeira do boi voador”. Por sua identificação com a cultura popular, recebeu prêmios por textos para Mamulengos: “Mariazinha do bole-bole” e “Florzinha que não se cheira e Firmino papa-tudo na rua do sobe e desce à caminho do Juízo”. Tonio criou com Dora Castellar o texto “Norma”, que também dirigiu, resultando num espetáculo teatral considerado, no ano de sua estreia, como “um dos melhores do ano” pela crítica Barbara Heliodora.

Além do teatro e da literatura, Tonio tem a expectativa de ainda ver filmados vários roteiros para cinema: ” Belo”, “Kim”, “Dois Homens”, etc. Em breve terá seu “Pequeno Atlas Poético” apresentado ao público – uma obra dedicada aos brasileiros de todas as idades e ilustrada por Fred Vegele.

Ficha técnica

Título: “Erês, guris, bacuris e outros PUTOS”

Autor: Tonio Carvalho

Editora: Kimera

Edição: 1ª edição, 2024

168 p

Literatura brasileira, crônicas

ISBN 978-85-68883-80-8

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

Revisão: Flor de Letras / Claudia Gouvêa

Capa: Tonio Carvalho

Editor: Vanderlei Sadrack

Projeto gráfico: Editora Kimera

Continuar Lendo

Cultura

Keco Brandão lança “COM VIDA VOL. 2”

Publicado

em

Pela segunda vez, o compositor, pianista e arranjador Keco Brandão reúne novos e celebrados cantores em estúdio.

Se a vida é a arte do encontro, como dizia Vinicius de Moraes, o pianista, compositor e arranjador Keco Brandão tira todo proveito da máxima filosófica do poeta. Keco Brandão Com Vida Vol. 2 é a continuação de um projeto que celebra o encontro, a música, a amizade e o talento.

Toninho Horta, Ná Ozzetti, Jane Duboc, Zizi Possi, Cida Moreira, Flávio Venturini, Fabiana Cozza, Bruna Moraes, Graziela Medori, Tutuca, Fábio Cadore, Hugo Braquinho, Flávia Wenceslau e Tatiana Parra são os intérpretes que dão voz a canções inéditas e regravações no segundo volume da saga.

Foi semeando amizades e aceitando sugestões de amigos músicos e cantores que Keco Brandão ampliou seus horizontes musicais e firmou a canção em seu repertório autoral. Ele é dono de uma extensa biografia na música, que abarca quatro décadas, com passagens por projetos tão ricos quanto diversos. Integrou a banda pop O-Kotô, fez a direção musical de um show de Fábio Jr., participou das bandas de Gal Costa, Toquinho, Zizi Possi, Pedro Mariano, Cauby Peixoto e de mais um punhado de estrelas. Na televisão, fez arranjos para mais uma enxurrada de cantores – de Ivan Lins a Elza Soares, sobretudo no programa Cia. Da Música, apresentado por João Marcello Bôscoli, e em trilhas para novelas.

Até o lançamento de Keco Brandão Com Vida Vol. 1, em 2017, Keco era reconhecido como pianista e arranjador, havia lançado álbuns instrumentais, transitando da bossa nova à world music. “Flávio Venturini me perguntou por que eu não criava e apresentava um repertório de canções, mas eu não sabia exatamente como começar”, conta. Até que surgiu o convite da amiga e cantora Denise Mello, para que musicasse um poema seu, o que acrescentou novas cores à sua trajetória.

Animado com a possibilidade de colocar a canção em primeiro plano em seu trabalho solo, teve a ideia do encontro com cantores e músicos que admirava e com quem já tinha afinidades musicais. Ou seja, nem tão “solo” assim, mas um trabalho construído por diversas colaborações, distintos timbres e estilos. “Senti a necessidade de confraternizar, agregar, misturar gente bastante famosa a intérpretes até então pouco conhecidos”, diz Keco.

Novamente, o encontro com os amigos abriu ainda mais horizontes. Keco passou a cantar, por sugestão de Jane Duboc, em um show em homenagem a Flávio Venturini, e interpreta três faixas no novo álbum. Encantado com as composições do contrabaixista Yuri Popoff, começou também a escrever letras. Há duas canções da parceria com Yuri no novo disco. Ele ainda apresenta uma composição inédita de melodia e poema próprios, Desde que Ouvi o Samba, cantada por Fabiana Cozza.

O repertório de 18 músicas de Keco Brandão Com Vida Vol. 2, traz outras parcerias, como O Momento, música de Keco e letra de Luiz Tatit, feita sob medida para ser interpretada por Ná Ozzetti (companheira de Tatit no histórico Grupo Rumo). Rita Altério, Lucia Helena Galvão, Augusto Wenceslau, Flávia Wenceslau e Paulo Novaes são outros parceiros de Keco no álbum.

Como efeito supresa, o novo trabalho também revela uma rara Zizi Possi autora, que escreveu trechos da melodia de Prudência, a canção que interpreta. “Zizi é danada, é muito musical! Não apenas compôs parte da melodia sobre o poema de Lucia Helena Galvão como sugeriu frases para o arranjo de cordas. Por isso, também é creditada como arranjadora nessa faixa”, elogia Keco.

A música de Keco Brandão Com Vida Vol. 2 é sutil, cheia de lirismo e abundante em possibilidades harmônicas. Para traçar seu roteiro, Keco não se valeu apenas de composições próprias, mas incluiu outros autores no repertório: Toninho Horta, João Bosco & Cacaso, Claudio Nucci, Vitor & Kleiton Ramil, João Samuel, Eduardo Santhana, Alfredo Gasparetti, Rafael Altério.

Dois mestres merecem menção especial. Para a participação de Cida Moreira, Keco escolheu um dos sambas mais tristes de Cartola, Peito Vazio, que já havia gravado com a mesma cantora em outra ocasião. O músico sentia poder criar um arranjo ainda mais intenso e, ao mesmo tempo, de grande delicadeza. “Não sabia que essa maravilha podia ficar ainda melhor”, disse Cida, como veredito.

A voz de Caravela, de Egberto Gismonti e Geraldo Carneiro, que ficou a cargo de Hugo Branquinho, teve um destino inesperado para Keco. Foi parar nos ouvidos de Egberto – uma marota “tramoia” feita às escondidas por Jane Duboc, que atuou como consultura na faixa e enviou a gravação a Bianca Gismonti, filha do multiinstrumentista. “Dizem que Egberto é bastante exigente em relação à regravação de suas composições por outros músicos, mas mandou uma mensagem a Jane dizendo que era uma das mais bonitas interpretações de Caravela que já ouvira”, comemora Keco.

Keco Brandão Com Vida Vol. 2 será lançado nas plataformas de streaming e também fisicamente, em formato de livro-CD, com a transcrição das letras, a ficha técnica completa e um texto que esmiuça a extensa, intensa e diversa biografia musical de Keco. Como bônus para o colecionador de discos, o CD do primeiro volume também acompanha a obra. Assim, ele acredita que a unidade do projeto, mesmo que sete anos separem as duas partes, possa ser apreciada por inteiro.

Embora haja tanto desencontro pela vida, como completaria Vinicius, a obra coletiva liderada por Keco Brandão é um testemunho do poder dos grandes encontros musicais.

Ouça o disco: https://tratore.ffm.to/com_vida_vol2

Continuar Lendo

Cultura

Nicnet leva o Digital Truck da DPR Telecomunicações para Cravinhos

Publicado

em

Casa digital itinerante ambientada em caminhão show apoia provedores de Internet por todo o Brasil

A cidade de Cravinhos, em São Paulo, recebe nos próximos dias a visita do Digital Truck da DPR Telecomunicações, indústria com 29 anos de mercado. A ação realizada pelo provedor de internet, Nicnet, reforça a presença da marca na cidade ao levar aos clientes locais a casa digital itinerante construída dentro de um caminhão show.

A Nicnet é uma empresa que iniciou suas atividades com o intuito de prestar serviços com excelência no ramo de Internet, por isso conta com técnicos altamente treinados e capacitados para solucionar qualquer problema com eficiência e rapidez. Sempre em busca de novas tecnologias para melhorar a qualidade de seus serviços levando satisfação a seus clientes, a empresa tem sede em Cravinhos e atende as cidades de Barretos, Barrinha, Cravinhos, Cruz das Posses, Pontal, Porto Ferreira, Ribeirão Preto, Sertãozinho e Bebedouro.

O caminhão, fruto de uma parceria entre a DPR e a NOKIA, é disponibilizado aos provedores que fecham um projeto de Turn-Key DPR, financiamento único que viabiliza o retorno do investimento ao ISP. O cliente DPR obtém esta solução incrível para inauguração e reforço de marca de sua rede, oferecendo uma experiência única de conectividade aos seus clientes e futuros clientes. A solução de construção e expansão de rede garante praticidade, redução de custos e segurança operacional ao projeto do provedor, incluindo produtos de ativação e mão de obra.

O Digital Truck é um veículo totalmente climatizado envelopado na cor preta que possui um baú modelo fechado com porta palco. Na parte interna da casa tem TVs Smart 60”, câmeras inteligentes, Alexa, beacons (extensores Wi-Fi Nokia) para fazer Rede Mesh, tomadas inteligentes, estação gamer com Xbox e Playstation 4 e sensor de presença.

Segundo Vander Stephanin, vice-presidente da DPR, essa é uma excelente oportunidade para demonstrar o potencial da rede. “O Digital Truck é uma valiosa ferramenta de marketing. Com ele será possível os clientes da Nicnet experimentarem a conexão e serviços oferecidos. Desejamos sucesso ao nosso cliente!”, comenta.

A cidade de Cravinhos pertence à Região de Ribeirão Preto e conta hoje com cerca de 34 mil habitantes. As atividades econômicas do município que mais se destacam são a lavoura de cana-de-açúcar e as indústrias de diversos segmentos. Cravinhos está despontando como um grande pólo industrial do Interior de SP e o município possui, ainda, unidades de empresas multinacionais de diversas áreas de atuação.

O caminhão estará no Parque Ecológico de Cravinhos – Av. Salvador Pagano, de 20 a 23 de março de 2024 (quarta, quinta e sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 14h).

Sobre a DPR

A DPR Telecomunicações, empresa brasileira com capital 100% nacional que atua há 29 anos no mercado, oferece soluções exclusivas e integradas para a estrutura do Setor de Telecom de Internet de Banda Larga Fixa, contribuindo com o processo de inclusão digital no País.

Com uma cadeia produtiva composta, prioritariamente, por parceiros nacionais, a montagem dos produtos ocorre na fábrica sediada em Sorocaba (SP), em uma área com mais de 9.000 m².

As soluções DPR são desenvolvidas para atender as necessidades climáticas do País, bem como o perfil de aplicação técnica da região. Líder em tecnologia e serviços para ISPs do Brasil, possui mais de 100 patentes registradas.

Com foco total no cliente, a empresa desenvolve o que há de mais moderno e inovador para os provedores e operadoras de Internet, além de ser a maior distribuidora Nokia da América Latina. Muito mais que uma desenvolvedora de produtos, a empresa oferece ao mercado condições de pagamento diferenciadas e o Turn-Key, financiamento único que viabiliza o retorno do investimento ao ISP. A solução garante praticidade, redução de custos e segurança operacional ao projeto do provedor, incluindo produtos de ativação de redes e mão de obra.

Um trabalho de quase 30 anos para que provedores e operadoras do Brasil tenham as melhores soluções em suas redes e cresçam de forma sustentável.

Acesse nosso site e confira: www.dpr.com.br

DPR. Construindo as redes do futuro.

Continuar Lendo

Destaque

Copyright © 2023 ocimar.com. Todos os direitos reservados.