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Tratamento minimamente invasivo preserva a fertilidade de pacientes com miomas
Publicado
4 anos atrásem
Por
Ocimar Freitas
Tumor benigno que atinge a musculatura do útero é mais frequente em mulheres negras
Quem vê a chef de cozinha Karine Rodrigues Poggio (43) com um sorriso no rosto e um barrigão lindo de grávida não imagina o que ela passou. Além de sofrer com sangramentos excessivos todo mês, o sonho da maternidade parecia cada vez mais distante, já que os miomas com os quais ela conviveu por anos também impactaram em sua fertilidade. Após ser submetida a uma técnica minimamente invasiva auxiliada por robô, não demorou muito para a chegada da melhor notícia de todas: o tão esperado bebê está a caminho e deve nascer em fevereiro de 2022. Diagnosticado com frequência em mulheres com idade fértil, o mioma atinge 30,6% das mulheres negras. Neste público, o tumor costuma crescer mais e os sintomas são notadamente acentuados. Apenas 9% das mulheres brancas apresentam a doença.
A cirurgia robótica que tratou o mioma da futura mamãe é uma das opções de tratamento desse tumor pélvico benigno que atinge a musculatura do útero. Além de preservar o órgão e a fertilidade, a miomectomia robô-assistida reduz a dor e o tempo de recuperação da paciente, antecipando o retorno da mulher às suas atividades cotidianas e laborais. “Devido aos movimentos mais precisos e amplos proporcionados pelas pinças do robô, temos menor sangramento intraoperatório, além de suturas mais rápidas e concisas. Com isso, aumentamos a segurança do procedimento e as chances de preservar o útero, mesmo em casos complexos. Manter e recuperar a fertilidade da mulher que ainda pretende engravidar são fundamentais”, destacou o cirurgião ginecológico Marcos Travessa, pioneiro em miomectomia robótica na Bahia e responsável direto por mais de 100 cirurgias ginecológicas robóticas realizadas no estado.
O Brasil ainda tem um número elevado de cirurgias para retirada do útero – são mais de 300 mil histerectomias anuais, segundo o Ministério da Saúde – e o mioma é a indicação mais comum para este tipo de intervenção. Entretanto, para mulheres em idade fértil que ainda pretendem engravidar, a miomectomia é muito melhor do que a histerectomia. O tipo de tratamento do mioma depende da idade da mulher, de seus planos de gravidez, das características do tumor, entre outros fatores.
Segundo o diretor do Núcleo Avançado em Ginecologia e Centro de Endometriose da Bahia (CEB) e coordenador do Núcleo de Cirurgia Ginecológica do Instituto Bahiano de Cirurgia Robótica (IBCR), Marcos Travessa, a maioria dos miomas é assintomática. Por isso, a doença é quase sempre diagnosticada por meio de exames de ultrassom de rotina. Entretanto, alguns sintomas podem indicar a presença do tumor: sangramento fora do período menstrual, aumento significativo do sangramento na menstruação, dores abdominais e dificuldade para engravidar, por exemplo. “Em casos mais raros, quando estão muito grandes, os miomas podem comprimir órgãos como bexiga e reto, gerando problemas como incontinência urinária e prisão de ventre”, pontuou o médico.
O uso de medicamentos anti-inflamatórios que promovem a diminuição da dor e do fluxo menstrual costuma ser a primeira opção de tratamento dos miomas. Contudo, há muitos casos em que a retirada desses tumores é necessária. A cirurgia pode ser feita através de modalidades minimamente invasivas, como a videolaparoscopia, video-histeroscopia e cirurgia robótica; por meio de laparotomia (abertura do ventre) ou, ainda, através da técnica de embolização dos miomas, baseada na radiologia intervencionista. “A personalização do tratamento é fundamental”, concluiu Marcos Travessa, coordenador do Fellow em Endoscopia Ginecológica do Hospital São Rafael/Rede D’or.
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Proteção e Corpo: Quando o Peso Conta Uma História
Publicado
7 dias atrásem
24 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Muitas vezes, o ganho de peso é visto apenas como um número na balança — mas ele pode significar muito mais do que isso. Como explica a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli, “às vezes, o ganho de peso é mais do que apenas números na balança. Pode ser uma forma de proteção que o nosso corpo encontra para lidar com traumas e medos.”
Essa perspectiva amplia a compreensão sobre o corpo, tirando o olhar do julgamento e direcionando para o acolhimento. O corpo fala, reage e cria mecanismos para sobreviver emocionalmente. E, em muitos casos, o acúmulo de peso pode ser uma resposta a experiências difíceis, inseguranças, exaustão emocional ou até processos inconscientes de autopreservação.

Segundo a Dra. Carolina, “aprender a ouvir nosso corpo e compreender suas necessidades é essencial para a jornada de autocuidado e acolhimento.” Quando começamos a olhar para o peso não como falha, mas como linguagem, abrimos espaço para entender o que realmente precisa de atenção.
Por isso, quando uma pessoa tenta emagrecer e não consegue, não significa falta de esforço, disciplina ou vontade. Há vezes em que o corpo está tentando proteger você de algo que ainda não foi trabalhado. Como ela mesma ressalta: “Se você está tentando emagrecer e não está conseguindo, pode ser que algo mais profundo esteja travando esse processo. E eu posso te ajudar a descobrir essa trava.”
Em outras palavras: antes de mudar o corpo, é preciso escutar o que ele está tentando dizer.

Esse é o caminho da saúde de verdade — aquela que olha o indivíduo por inteiro.
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“Quando o corpo pede pausa” Entendendo a fadiga que não passa
Publicado
2 semanas atrásem
17 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Dra. Carolina Mantelli explica por que o cansaço constante nem sempre é normal
Sentir-se cansada(o) de vez em quando faz parte da vida. Mas quando a exaustão se torna profunda, constante e não melhora nem com descanso, o corpo está enviando um alerta claro. Como destaca a Dra. Carolina Mantelli, “fadiga excessiva não é frescura — é um sintoma que merece atenção.”
Essa sensação de esgotamento pode ter origem hormonal, nutricional ou metabólica. E, muitas vezes, o problema não está apenas nos hábitos, mas em desequilíbrios internos que passam despercebidos. Segundo a especialista, “o cansaço que limita a sua rotina dificilmente é ‘normal’; ele tem uma causa, e ela precisa ser investigada.”
Quando o hormônio desequilibrado vira cansaço acumulado
Entre as causas mais comuns, o hipotireoidismo é uma das principais. Quando a tireoide funciona lentamente, todo o metabolismo desacelera. A Dra. Carolina explica: “uma tireoide lenta rouba energia, altera o peso, afeta o humor e até o intestino.”
Outro fator importante é o cortisol, o hormônio do estresse. Ele pode estar elevado — nas fases de sobrecarga — ou baixo, quando há exaustão adrenal. Nos dois casos, o resultado é o mesmo: um corpo sem força. A queda da testosterona, inclusive em mulheres, também merece atenção. “Testosterona baixa não é só libido baixa; é perda de energia, de força e de ânimo para a vida”, reforça a endocrinologista.
Nas mulheres, o desequilíbrio entre progesterona e estrogênio, como ocorre na pré-menopausa, menopausa ou SOP, impacta diretamente sono, humor e disposição diária.
Quando os exames revelam mais do que o espelho
Além dos hormônios, o cansaço persistente pode vir de déficits nutricionais. Baixa ferritina, deficiência de ferro, pouca vitamina B12 ou vitamina D, níveis reduzidos de magnésio, hipoglicemia ou até resistência insulínica são gatilhos frequentes de fadiga contínua.
Como alerta a Dra. Carolina Mantelli: “não basta olhar apenas para a glicemia normal; o corpo dá sinais muito antes de um exame tradicional acusar problema.”

E agora? O que fazer quando o cansaço já virou rotina?
Se a sensação de esgotamento faz parte do seu dia a dia, é hora de investigar com profundidade.
A orientação da especialista é clara:
* “Não aceite viver cansada(o). Procure avaliação médica completa.”
* Realize exames hormonais e laboratoriais adequados
* Analise sono, alimentação, estresse e rotina
* Trate a causa — não apenas os sintomas
O corpo fala — e a fadiga é um pedido de ajuda
No fim das contas, a fadiga crônica é um recado direto do organismo. Pode ser físico, emocional, hormonal ou a soma de tudo isso. Cuidar de si é mais do que autocuidado; é um ato de consciência.
Como resume a Dra. Carolina Mantelli: “quando você escuta seu corpo, você devolve a ele a energia de viver bem.”
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