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Sesc Bom Retiro recebe a exposição inédita ‘Fernando Lemos – mais a mais ou menos’

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Exposição inédita reúne mais de 80 obras como fotografias, desenhos, aquarelas, nanquins, postais e pinturas

“nos meus pensamentos sempre
as palavras lutam duas a duas pela verdade

palavras se metem dentro
de outras palavras querendo ideias

sou uma caixa de vários lados
com vários cantos
com duas sombras

uma escura que nasce da clara
outra clara que nasce da escura

a luz cintila e a sombra dorme
a sombra estatela-se e a luz ergue-se

nasce cada palavra dentro de outra palavra”

Fernando Lemos

Reunindo 86 obras de Fernando Lemos como desenhos, fotografias, cartões postais e pinturas realizadas desde a década de 1940 até os dias atuais, a mostra Fernando Lemos – mais a mais ou menos, chega ao Sesc Bom Retiro, de 2 de outubro de 2019 a 26 de janeiro de 2020, com entrada gratuita. A curadoria é de Rosely Nakagawa.

Fernando Lemos nascido em Lisboa em maio de 1926, mais conhecido como fotógrafo, construiu uma trajetória artística exuberante, estruturada na libertação, subversão, provocação e contestação das regras .

Na adolescência, foi a trabalhar em uma litografia; depois como desenhista e depois em agências de publicidade. Em 1949 comprou uma máquina fotográfica Flexaret e começou a fotografar. Sua primeira exposição surrealista, ampliou a visão de arte portuguesa em pleno período de repressão do governo de Salazar na década de 1940.

Ainda na década de 1950 Lemos decidiu vir ao Brasil e se aproximou de figuras como Paulo Emílio de Sales Gomes, Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido, Sergio Milliet e Lourival Gomes Machado. Expôs suas fotografias no Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro, com texto de abertura de Manuel Bandeira.

A primeira exposição no Rio de Janeiro, provocou sua mudança definitiva para o Brasil, pouco antes do golpe militar de 1964.

Acabou por fixar-se em São Paulo, se tornando reconhecido pelo trabalho ousado e inovador, e recebendo prêmios em Bienais Internacionais de São Paulo, pelas pinturas e desenhos realizados nas décadas de 1950 e 1960.

Sempre explorando processos gráficos e fotográficos, ancorado no fazer artístico, construiu uma linguagem própria, recorrendo à inversão, à fragmentação, à solarização e a sobreposições. Sua obra é marcada pela imagem construída, visando um efeito de revelação, ocultação, incisão, encenação, invenção.

Essa aproximação das dimensões invisíveis através dos sonhos, também marca trabalhos recentes como a série Ex-fotos, onde o artista faz intervenções raspando e pintando sobre fotografias descartadas por familiares e amigos, enfatizando o papel da fotografia na criação de acasos e a ocultação reveladora que pode existir nestas “fotografias rejeitadas”.

A obra assinalada pela participação das mãos como ferramenta de construção de um diálogo entre o trabalho e o sonho.

“Tudo nele se liga, o físico e o econômico, o social e o político, a cultura que enfraqueceu os seus suportes tradicionais. A diversidade das opções, da obra, dos caminhos a seguir assenta na liberdade de pensar e de agir que orientou a sua personalidade, a sua vida e a sua influência”, conta Tereza Siza.

Jorge Molder diz no catálogo de 1994 da Fundação Calouste Gulbenkian, “uma obra com tal robustez e complexidade obriga sempre a um exercício periódico de revisitação que a redescobre e reinventa”. É este exercício que gostaríamos de propor a respeito deste artista imenso e intenso que está sempre a nos surpreender com a sua caixa de vários lados a iluminar as nossas sombras e transparências.

Explorando a trajetória que construiu sua atuação no campo do desenho, estão presentes nesta exposição alguns de seus primeiros trabalhos, realizados com modelos em Lisboa, quando cursava a Escola de Belas Artes. Estão expostos também desenhos sobre papel em pequeno formato, usando técnicas diversas em camadas sobrepostas. Desenhos e aquarelas também são usados nos cartões postais com legendas poéticas e provocativas.

Uma de suas séries de desenhos é fruto de um compromisso de criar um novo trabalho todos os dias. Trata-se de um conjunto livre e gráfico, que demonstra a continuidade de um método de trabalho que vem desde os anos 1950, quando participava ativamente do movimento surrealista.

Na década de 1960 o artista fez uma viagem ao Japão, num projeto de pesquisa sobre caligrafia japonesa, com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Os trabalhos em nanquim produzidos logo após esta viagem contrastam com as cores das pinturas mais recentes, em tinta acrílica, que olham a partir da intensidade da vida brasileira. Tendo produzido com imensa energia criativa durante as décadas seguintes, ganha evidência a força da produção de Fernando Lemos nos diversos campos artísticos em que atua.

Esta mostra reúne:

Fotografias em preto e branco
Fotografias em cor com interferências de pintura
Desenhos a carvão, nanquim e lápis
Desenhos em técnica mista sobre papel
Aquarelas sobre papel
Pinturas em tinta acrílica sobre papel e cartão

Informações sobre o artista:

Fernando Lemos (José Fernandes de Lemos) é reconhecido artista gráfico, fotógrafo, desenhista, pintor, tecelão, gravador, muralista e poeta.

Em 1953 chega ao Rio de Janeiro para uma exposição no Museu de Arte Moderna, apresentado por Manuel Bandeira. Entretanto, fixa residência em São Paulo, onde a arte muralista inaugura sua trajetória na cidade, durante as comemorações dos quatrocentos anos de São Paulo, quando ele foi chamado para integrar a equipe que preparava as festividades. Foi convidado junto à artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari, Clovis Graciano e Manuel Lapa, para realizar grandes murais no vasto pavilhão do Parque do Ibirapuera, inaugurado naquele ano. O parque era então o primeiro complexo cultural da cidade desenhado por Oscar Niemeyer com paisagismo de Burle Marx, criado para abrigar museus, pavilhões (onde hoje é realizada a Bienal), num momento cultural único e efervescente do Brasil.

Fernando Lemos participa das II, III, IV, XV Bienais de São Paulo, sendo premiado em 1957 e 1965 como o melhor desenhista brasileiro. Expõe ainda na IV Bienal de Tóquio em 1957 e na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, no ano de 1961 em Portugal.

No contexto de sua viagem ao Japão, na década de 1960, foi autor do projeto de criação do Museu Nanban em Nagasaki, de vitrais para uma capela do projeto de Manoel Kosciusko Correa em Hakone e realizou a comunicação visual do Pavilhão do Brasil da IV International World Trade Fair de Tóquio.

Fundou, na segunda metade de 1960, o estúdio de criação Maitiry, que reuniu profissionais de várias áreas da comunicação, artes gráficas e publicações de livros infantis.

Atuou também como professor de artes gráficas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/USP. Entre 1968 e 1970, ocupou a presidência da Associação Brasileira de Desenho Industrial – ABDI, da qual é membro fundador. Atua também, em 1975, como gestor no IDART (Departamento de Informação e Documentação Artísticas) e no CCSP (Centro Cultural São Paulo) da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo, órgãos públicos dedicados ao desenvolvimento e fomento das artes visuais.

Cronologia

1926 – Nasce em Lisboa.

1950 – Participa da Primeira Exposição Geral de Artes Plásticas – Cartazes, na Sociedade Nacional de Belas Artes.

1952 – Com Marcelino Vespeira e Fernando Azevedo realiza uma exposição de pintura, desenho e fotografia na Casa Jalco, no bairro do Chiado, em Lisboa.

1953 – Publica Teclado Universal nos “Cadernos de Poesia”. Fixa residência no Brasil. Expõe suas fotografias nos museus de arte moderna de São Paulo e Rio de Janeiro. Após a exposição no Rio de Janeiro, que conta com a apresentação do escritor Manuel Bandeira, Lemos muda-se para São Paulo.

1954 – Representa Portugal na II Bienal de Arte de São Paulo, e recebe o Prêmio de Aquisição “Câmara Portuguesa do Comércio de São Paulo”. Faz a montagem da exposição de História de São Paulo no IV Centenário com Manuel Lapa e curadoria do Prof. Jaime Cortesão.

1957 – Na IV Bienal recebe o prêmio “Melhor Desenhista Nacional”. Representa o Brasil com desenhos na IV Bienal de Tóquio.

1959 – Recebe o Prêmio de Aquisição “João A. Dória”, na V Bienal de São Paulo.

1963 – Publica o livro Teclado Universal e Outros Poemas. Recebe os prêmios “Melhor Capa de Livro” e “Melhor Apresentação Gráfica” na II Bienal Internacional de Arte Gráfica, de São Paulo, com o livro para crianças Televisão da Bicharada, de Sidônio Muralha. Funda a Editora Giroflé com um grupo de intelectuais brasileiros.

1965 – Na oitava edição da Bienal de São Paulo, participa com uma sala especial. Realiza uma retrospectiva (1953/1965) no Grêmio do Alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

1969 – Com Jorge Bodansky, faz sua única experiência em cinema como diretor de fotografia do longa-metragem Compasso de Espera (1969-1973), dirigido por Antunes Filho.

1977 – Participa da exposição coletiva A Fotografia na Arte Moderna Portuguesa, realizada no Centro de Arte Contemporânea, no Porto.

1985 – Publica Cá & Lá, livro que inclui os poemas de Teclado Universal e outros inéditos.

1991 – Publica os livros Desenhumor e O Quadrado Visualterado.

1994 – A Fundação Calouste Gulbenkian promove uma grande retrospectiva de suas fotografias: À Sombra da Luz, no Centro de Arte Moderna, em Lisboa. A exposição também se realiza na França, em Aix-en-Provence (1996) e Toulouse (1998).

2011 – Realiza a exposição Lá & Cá, retrospectiva Fernando Lemos na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

2018 – Participa da exposição coletiva de design TANTO MAR, a convite da curadora Adélia Borges e de Barbara Coutinho, diretora do MUDE (Museu de Design de Lisboa).

2019 – Realiza exposição individual no MUDE de toda sua obra de design, com curadoria de Chico Homem de Mello, sob a direção de Barbara Coutinho.

2019 – Na galeria Ratton, também em Lisboa e com a curadoria de Ana Viegas, mostra trabalhos projetados para painéis em azulejo, em estudos diversos.

2019 – na Galeria 111, em Portugal, realiza a exposição Mais a Mais ou Menos, núcleo inicial da mostra homônima a ser realizada no Sesc Bom Retiro, em São Paulo, com inauguração no mês de outubro.

Prêmios Recentes

Prêmio Anual de Fotografia do Centro Português de Fotografia, no Porto (2001).

Prêmio de 2016 da Crítica em Artes Visuais da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, ordem honorária que destaca personalidades que contribuíram para a expansão da cultura, história e valores de Portugal, em, 2018

Suas obras foram expostas e premiadas em diversas cidades do mundo, como Moscou, Barcelona, Frankfurt, Hamburgo, Toulouse, Aix-en-Provence e Paris.

Seus trabalhos estão presentes nas coleções da Fundação Centro Cultural de Belém, Fundação Berardo, Fundação Cupertino Miranda, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e Fundação Calouste Gulbenkian.

Rosely Nakagawa

Curadora independente, graduada em Arquitetura pela FAUUSP Faculdade de Arquitetura em 1977, com especialização em Museologia em 1979, pela Universidade de São Paulo.

Criou a primeira galeria de Fotografia em São Paulo, a Galeria FOTOPTICA, com Thomaz Farkas em 1979. Coordenou a Casa da Fotografia FUJI desde 1996, com Stefania Bril, foi curadora das galerias Fnac de 2004 a 2010.

Como curadora independente, realiza mostras e edições de livros Fotografia de fotógrafos brasileiros e estrangeiros, entre eles: Anna Mariani, Carlos Moreira, Eduardo Viveiros de Castro, Keiichi Tahara, Luc Chessex, Luis Braga, Luiz Gonzalez Palma, Mario Cravo Neto, Martin Chambi, Maureen Bisilliat, Pedro Lobo, Sebastião Salgado, Thomaz Farkas, Tiago Santana, entre outros nomes da fotografia contemporânea.

Como comissária e curadora, realizou mostras de artistas plásticos como Fabrizio Plessi, Fernando Lemos, Feres Khoury, Luise Weiss, Rubens Matuck, de acervos de museus como Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Biblioteca Guita e José Mindlin, Instituto de Estudos Brasileiros, Instituto Socioambiental, entre outros.

Instituto Moreira Sales – IMS

Mais de duas mil obras do artista luso-brasileiro, entre fotografias, gravuras, desenhos e peças de design, passam a fazer parte do acervo do Instituto Moreira Salles. Nos próximos meses, as obras serão tratadas e digitalizadas, o que possibilitará a realização de um inventário detalhado das séries das diferentes fases do artista.

Fernando Lemos – mais a mais ou menos

Abertura: 2 de outubro de 2019, às 19h.

Visitação: 3 de outubro de 2019 a 26 de janeiro de 2020

Horários: Terça a sexta, das 9h às 21h. Sábados, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 18h

Classificação: Livre.

Grátis.

AGENDAMENTO DE GRUPOS

agendamento@bomretiro.sescsp.org.br

SESC BOM RETIRO

Alameda Nothmann, 185, Bom Retiro – São Paulo

Horário de funcionamento: Terça à sexta-feira, das 9h às 21h. Sábado, das 10h às 21h. Domingo e feriado, das 10h às 18h.

Telefone: (11) 3332-3600

Estacionamento:

Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: Com apresentação de Credencial Plena: R$ 5,50 até uma hora; R$ 2,00 (a hora adicional). Não credenciados: R$ 12,00 até uma hora; R$ 3,00 a hora adicional.

Site: sescsp.org.br/bomretiro

Facebook: facebook.com/sescbomretiro

Instagram: instagram.com/sescbomretiro/

Twitter: twitter.com/SescBomRetiro

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Conheça Leo Saavedra: A Inspiração por Trás da “A Grande Conquista 2”, reality da Record

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Com um coração de guerreiro e sua determinação incansável o jovem é um raio de esperança em tempos de desafio e adversidade

Leo Saavedra é mais do que apenas uma estrela em ascensão; podemos dizer que é um verdadeiro herói moderno cuja jornada cativa e inspira àqueles que têm o privilégio de conhecê-lo.

Com 29 anos de idade, descendente de bolivianos e formado em Administração Pública, Leo personifica a resiliência, a determinação e a paixão pela vida.

Criado em uma família marcada por desafios, o ator mineiro enfrentou a perda de seus pais ainda jovem, assumindo a responsabilidade de cuidar de seus três irmãos mais novos e de sua avó. Apesar das dificuldades, Leo nunca perdeu sua alegria de viver, sua determinação incansável ou sua coragem para seguir seus sonhos, encontrando forças para transformar adversidades em oportunidades, moldando-se em um exemplo de perseverança e amor incondicional.

Créditos fotos: Estúdio Barbeto / @barbetoestudio

Desde jovem, reconheceu a importância de colocar toda sua energia e amor em tudo o que se propõe a fazer, carregando em seu sorriso a coragem de quem enfrentou desafios desde cedo e transformou a adversidade em força. Sua dedicação aos estudos, sua paixão pela cultura e seu compromisso com sua família o tornaram uma figura exemplar, cujo brilho transcende os limites do ordinário.

Sua jornada não se limita apenas à superação de obstáculos pessoais. Leonardo Saavedra busca constantemente enriquecer sua vida e sua alma através da cultura, das artes e do compromisso com a excelência. Modelo, ator e criador, ele dedica sua energia e amor em tudo o que faz, inspirando outros a seguirem seus sonhos e acreditarem no poder da resiliência.

Créditos fotos: Estúdio Barbeto / @barbetoestudio

Além de sua formação acadêmica e sua carreira multifacetada como modelo, ator e criador de conteúdo, Leo é um defensor incansável do bem-estar físico e mental, em equilíbrio completo e perfeito entre corpo, mente e espírito, refletindo sua determinação em viver uma vida plena e significativa.

É um entusiasta dos esportes e defensor de um estilo de vida saudável. Ele entende que a verdadeira riqueza não reside apenas na acumulação de bens materiais, mas sim na busca por uma vida plena e significativa.

“Cada passo que dei nesta jornada foi impulsionado pelo desejo de fazer a diferença e deixar um legado positivo no mundo. Espero que minha história inspire outros a abraçarem sua própria jornada heroica.”

À medida que Leo embarca na emocionante jornada de “A Grande Conquista 2 “, reality show transmitido diariamente pela Record, às 22h30, ele personifica o espírito dos heróis modernos, aqueles cujas realizações transcendem o comum e iluminam o caminho para um futuro melhor. Seu sorriso radiante, sua determinação inabalável e seu coração generoso o tornam não apenas um concorrente, mas um verdadeiro herói para todos que têm o privilégio de conhecê-lo.

Prepare-se para se encantar com Leo Saavedra e sua extraordinária jornada. Esta é apenas a primeira página de um conto épico que promete emocionar e inspirar o mundo.

 

Redes Sociais de Leonardo Saavedra:

Instagram: @saavedraleo – https://www.instagram.com/saavedraleo/

Facebook: Leonardo Saavedra – https://www.facebook.com/Leon.Saavedra75?mibextid=LQQJ4d 

Twitter: @saavedraleo – https://x.com/saavedraleo_?s=11 

TikTok: saavedraleo – https://www.tiktok.com/@saavedraleo?_t=8lmjYEbgrC9&_r=1 

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Olimpíada de Administração destaca a sustentabilidade

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Com inscrições gratuitas, iniciativa visa formar profissionais mais conscientes

 

Fomentar o interesse na capacitação continuada e contribuir para a disseminação do ensino de administração sustentável entre estudantes e profissionais. Esse é o objetivo da 1º Olimpíada Brasileira de Administração (OBAdm), que tem como tema “A gestão dos ODS nas organizações”. Gratuita e aberta para interessados de todo o país, a inscrição pode ser feita até 2 de junho pelo link: https://www.obadm.org.br/ .

 

Realizada pelo Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ), a primeira edição da OBAdm vai destacar a sustentabilidade e a importância de formar profissionais mais conscientes.

 

A prova vai abordar quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 8, que trata do trabalho decente e crescimento econômico; ODS 9, que fala sobre o fomento da inovação, infraestrutura resiliente e a industrialização inclusiva e sustentável; ODS 11, que destaca o valor das cidades e comunidades sustentáveis; e ODS 12, que trata do consumo e produção responsáveis.

A iniciativa tem como objetivo promover o ensino de qualidade da Ciência da Administração de modo empolgante, utilizando mecanismos de gamificação para impulsionar novos processos de aprendizagens. A OBAdm será dividida em dois níveis: o primeiro será voltado para o ensino médio técnico; e o segundo, direcionado para bacharéis e tecnólogos em administração e áreas correlatas. Profissionais também podem se inscrever e participar.

 

As avaliações serão aplicadas em duas fases. A primeira é composta de desafios gamificados com a temática dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e gestão, abrangendo o dia a dia do estudante. A segunda fase envolve uma prova com questões de múltipla escolha.

Desenvolvimento sustentável

Segundo o coordenador da OBAdm e presidente do CRA-RJ, Wagner Siqueira, os ODS são apelos à sociedade por ações com o intuito de promover trabalho digno e proteger o meio ambiente, para garantir que as pessoas possam desfrutar de uma vida melhor. “O Conselho do Rio é signatário, desde 2011, da Rede Brasil do Pacto Global, vinculada à ONU. Por esse motivo, escolhemos esse tema para a olimpíada científica”, afirma Siqueira.

 

– Além de levar conhecimento, buscamos promover a conscientização de estudantes e profissionais de administração e áreas correlatas sobre a importância dos Direitos Humanos, do Trabalho, Meio Ambiente e a fomentação de mecanismos Anticorrupção – ressalta Siqueira.

 

O ensino da Administração no país

Wagner Siqueira lembra que, no ensino superior, o curso de Administração é um dos mais procurados do país, segundo dados do cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior (e-MEC). Em relação aos cursos presenciais, é o quinto maior com quase 250 mil estudantes. Já no EAD, ocupa o segundo lugar, com 393 mil. Além disso, grande parte está na rede pública de ensino (74,7%).

 

Para o coordenador da olimpíada, o grande número de alunos que ingressam na faculdade de administração traz uma séria reflexão. “Para termos organizações mais transparentes e éticas, é preciso, hoje, conscientizar os jovens, pois eles serão os próximos gestores e líderes”.

 

– Além do aprendizado, queremos promover ações que contribuam para o desenvolvimento de atitudes necessárias para uma postura comprometida e responsável com o futuro – conclui.

 

OBAdm – Olimpíada Brasileira de Administração

Tema: Gestão dos ODS nas organizações

Site: https://www.obadm.org.br/

Inscrições até 2 de junho

Para estudantes do ensino médio técnico, bacharel e tecnólogo.

Profissionais também podem participar.

Provas e desafios: 3 a 7 de junho de 2024

Contato para tirar dúvidas: 0800 606 9130

Instagram: https://www.instagram.com/obadm_olimpiada

 

 

FONTE: ASCOM CRA-RJ/OBAdm

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Mariana Katona apresenta a exposição “Até onde marca”, com curadoria de Francisco Camêlo, no Centro Cultural Correios RJ, a partir de 22 de maio.

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A mostra, com 21 trabalhos de técnicas variadas, quer transmitir ao público uma instigante pesquisa sobre o corpo, como instrumento de expressão artística.

 

A artista visual Mariana Katona apresenta a exposição “Até onde marca”, com curadoria de Francisco Camêlo, no Centro Cultural Correios RJ, a partir de 22 de maio, onde traz 21 trabalhos com técnicas variadas, buscando transmitir ao público uma instigante pesquisa sobre o corpo, como instrumento de expressão artística. Ao longo de mais de uma década de sua trajetória, tem se dedicado a dar forma às suas inquietações sensíveis e conceituais, utilizando uma diversidade de materiais, técnicas e suportes.

Artista de uma linhagem que utiliza o corpo como instrumento, Mariana Katona revela sensações de estranhamento e desenraizamento, refletindo memórias pessoais e familiares em seus trabalhos. Explorando o corpo e acumulando marcas, fricções e inscrições na pele, suas séries sugerem uma composição de paisagens que lembram teares à espera de serem desenrolados e tecidos.

Além disso, dialoga com a tradição feminina da costura em contraposição ao peso do martelo, reconstruindo memórias e sugerindo relações entre o silêncio do bordado e o ruído do rasgo. Ao trabalhar com fios, linhas, pregos e peles, seu corpo machucado pulsa e indica que marcar pode ser uma outra forma de escrever.


A mostra “Até onde marca” pode ser visitada até o dia 06 de julho, de terça a sábado, das 12h às 19h.

Texto curatorial

(…) Percorrendo a exposição, os visitantes podem acompanhar os processos de criação de Mariana Katona, sua seleção meticulosa de materiais, seus gestos precisos e as relações que tece entre os trabalhos, revelando a dedicação da artista tanto em dar corpo às inquietações que a movem, quanto em fazer o espectador sentir a força e a dor de um corpo que cria, machuca e poetiza.

Como indica o título da exposição, os trabalhos, aqui reunidos, sondam os limites de um corpo que a artista explora, em suas minudências, com artefatos associados a um fazer artesanal: linhas, agulhas, teares, pregos. O trabalho de Mariana Katona com marcas na pele começou por volta de 2009, quando ela residia na cidade do Rio de Janeiro, onde ocorreram seus primeiros trabalhos com o próprio corpo, enquanto suporte para inscrições mais diversas.

Dessas experiências, em que o corpo da artista era afetado por frases e detalhes arquitetônicos, nasce Poros Urbanos, trabalho exibido inicialmente na Rússia. Montada com fragmentos da pele marcada da artista, a frase I do not know how my body fits here diz de uma sensação de não pertencimento ou de desencaixe no mundo, aludindo a experiências familiares e pessoais. Além da pele, a artista utiliza, neste trabalho, prego e tecido, ao mesmo tempo em que inicia pesquisas com costura, buscando explorar a expressividade de outras técnicas e, principalmente, de outras superfícies. Assim, surge seu interesse pelos teares, cujo uso ela subverte, já que suas mãos tecem não um tecido, mas paisagens imaginárias, muitas delas vazadas ou sugeridas. Essas paisagens são construídas, pela artista, não apenas com teares, mas também com pontos e linhas. Novamente, o corpo é o suporte, seja para, nele, marcar o desenho de territórios, seja para perfurá-lo com pregos de um tear à espera de um fiandeiro ou uma fiandeira que teça seus próprios vínculos, suas próprias linhas, suas próprias marcas. (…) – Francisco Camêlo / curador

Sobre Mariana Katona

Mariana Katona (Rio de Janeiro, 1985) é artista visual. Formou-se em cinema em 2007. Em 2009-11, cursou o mestrado em Artes pela UERJ. Na sua pesquisa artística problematiza a questão do corpo por meio de inúmeras técnicas. Fez sua primeira exposição individual em 2018 intitulada Janelas na Galeria Ibeu – RJ. Participou de diversas exposições coletivas, dentre elas: Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos (2021-22) – SP, Salão de Artes Visuais Novíssimos (2016) – RJ, City as a process (2012) Ekaterinburg – Russia, Zona oculta (2010) – RJ e Olheiro da arte (2010) – RJ. Atualmente, vive e trabalha em São Paulo.

Link site: https://www.marianakatonaleal.com/

Instagram: https://www.instagram.com/katonamariana/

 

Sobre Francisco Camêlo

Francisco Camêlo (Ceará, 1991). Atualmente é Pesquisador de Pós-Doutorado (FAPERJ PDR-10) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2021). Realizou Estágio Doutoral na École des Arts/Institut ACTE (Arts Créations Théories Esthétique) da Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, com bolsa CAPES/PrInt, de setembro de 2019 a dezembro de 2020.

Serviço

Exposição: “Até onde marca”
Artista: Mariana Katona
Curadoria: Francisco Camêlo
Abertura: 22 de maio de 2024 às 17h
Visitação: 22 de maio a 06 de julho de 2024
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Local: Centro Cultural Correios RJ – @correioscultural
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Evento gratuito
Censura Livre.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Acessibilidade: adaptado para pessoas cadeirantes

A exposição tem como público-alvo empresários, profissionais liberais, colecionadores, professores, estudantes e público em geral.

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Destaque

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