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Nova modalidade de cyberbullying desafia educadores, pais e leis

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Adolescentes fazem falsa comunicação de morte nas redes sociais de colegas para constranger alunos. Caso aconteceu em escola pública de BH e levanta discussão sobre os papéis da família, da escola, da sociedade. Especialistas alertam sobre a necessidade permanente de ações educativas e da atualização da lei

 

Combater o bullying, cyberbullying e todas os tipos de violência nas escolas tem sido desafia para toda a sociedade contemporânea brasileira. Além dos ataques com mortes que ganham os noticiários, muitos casos de ameaças e constrangimentos viraram parte do ambiente escolar.

Um caso inusitado, ocorrido na região em Belo Horizonte, capital mineira, provoca a a atenção de especialistas, pais, professores e estudantes. Alunos simularam a morte de um colega nas redes sociais e interagiram com a falsa notícia. Segundo familiares da vítima, a ideia dos estudantes era pregar uma peça nos conhecidos do amigo e atrair seguidores.

 

“Acordei com a mãe de um amigo do meu filho sondando se estávamos bem. Quando ela entendeu que nada tinha acontecido, mandou prints da notícia da morte e das condolências dos amigos. Mesmo eu vendo meu filho dormindo no quarto ao lado foi assustador saber que os colegas de classe passaram a noite fazendo isso. E muito difícil entender porque. Fizemos reunião com os pais na escola da garota e do garoto envolvidos na situação na escola. Nada aconteceu com os estudantes na escola ou em casa. Eu ainda estou sem saber como agir e meu filho segue constrangido no grupo”, desabafa I.A, mãe do adolescente P. A, 12 anos que sofreu cyberbullying.

 

Para ela, houve uma intenção de constranger o adolescente quando os colegas teriam criaram a falsa informação da morte do filho por atropelamento sob o pretexto de atrair seguidores. Ela conta que entende o quão desafiador é um evento assim e que seu maior desejo é que a situação provocasse um processo educativo. Mas isso ainda não aconteceu em nenhuma instância, especialmente no ambiente escolar que devia ser ambiente educativo.

 

O caso é chamou atenção de especialistas. Segundo Edgar Jacobs, advogado e professor do curso de direito da Faculdade SKEMA, a situação não está prevista juridicamente. “O bullying digital consta a lei federal 13.185, mas seus efeitos ficam ainda mais difíceis de serem controlados pelo efeito multiplicador da internet e das redes sociais. O caso do adolescente é um exemplo que não está descrito legalmente, até porque não é uma ‘intimidação sistemática’, mas pode ser analisado como caso análogo. Na realidade, a ‘a falsa morte’ tem um efeito simbólico enorme neste momento, um efeito que certamente não foi percebido ou mesmo pretendido pelos envolvidos. Além disso, tal como as demais formas de bullying pode deixar marcas no jovem e na família.

 

De acordo com legislação, entende-se por cyberbullying a intimidação sistemática na rede mundial de computadores, quando se usam os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial. Para situações assim, o advogado afirma, ainda, “que a lei responsabiliza as os estabelecimentos de ensino por assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência — física e psíquica — e à intimidação sistemática”.

 

O avanço dos casos de cyberbullying no Brasil preocupam, revela a pesquisa realizada pela McAfee Corp, que entrevistou 11.687 pais e filhos em dez países, incluindo o Brasil, em 2022. Por aqui, 64% dos pais afirmaram preocupar-se que os filhos pratiquem o cyberbullying. A média global de todos os países participantes do relatório ficou em 58%, número inferior ao registrado no Brasil. Cerca de 22% das crianças e dos adolescentes brasileiros afirmaram já ter praticado cyberbullying com alguém conhecido e 67% crianças e adolescentes brasileiros atestaram que já sofreram discriminação de conhecidos.

 

Ana Paula Veloso, psicóloga e coordenadora do Núcleo de Carreiras da Faculdade SKEMA, complementa que o cyberbullying caracteriza-se por ser agressiva, recorrente e com um alvo específico. Por isso, demanda uma ação multidisciplinar, educativa e até mesmo de responsabilização:

 

“O caso é estarrecedor e o primeiro passo é tentar responder à pergunta: por que os adolescentes estão criando falsas notícias, intimidações, deboche, depreciação ou ironias que promovem desconforto, incômodo e, principalmente, humilhação?”

 

A psicóloga comenta ainda que os pais e responsáveis têm o dever de incluir a educação digital na criação dos filhos. Ela dá algumas dicas sobre o letramento digital para evitar o cyberbullying:

– LGPD — ensinar o conceito sobre proteção de dados, com senhas, fotos e vídeos;

– Self real fortalecido – Diferenciação da identidade virtual e real, além do da autoestima.

– Responsabilização dos envolvidos em ambiente educacional, social e criminal, se for o caso.

– Letramento Digital – envolvimento de toda a comunidade escolar e social no processo educativo virtual

 

Veloso acrescenta que a criança que é vítima do cyberbullying começa a duvidar de suas capacidades, qualidades e singularidades diante das constantes críticas. “Ela pode ter dificuldades em ter autoconfiança, resistência a novas relações e autoimagem deturpada”.

 

 

Para saber mais:

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Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:

I – verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;

II – moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;

III – sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

IV – social: ignorar, isolar e excluir;

V – psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;

VI – físico: socar, chutar, bater;

VII – material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;

VIII – virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.

 

 

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Dany & Diego realizam shows nas cidades paulistas de Aparecida e Americana

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O próximo final de semana será bastante agitado para Dany & Diego. Além de conciliar a agenda de shows com participações em programas de televisão e rádio, a dupla também está em estúdio preparando uma grande novidade que será lançada ainda neste primeiro semestre. Os irmãos de Santa Bárbara d’Oeste, interior do Estado de São Paulo, estarão realizando shows em duas cidades paulistas.

Na sexta-feira (03), Dia do Sertanejo, a dupla estará se apresentando a partir das 9h, em um evento da Rádio Aparecida, na cidade de Aparecida ao lado de outros grandes artistas como Cacique & Pajé, Durval & Alladin, Adriana Sanchez, Moacyr & Sandra, Mariangela Zan, Donizeti Camargo, Micarla, entre outros. O evento terá transmissão pela Rádio Aparecida, Rádio Pop, Youtube e pelo aplicativo Aparecida. Acompanhe o show através do site https://www.a12.com/radio/dia-do-sertanejo.

Dany & Diego realizam shows nas cidades paulistas de Aparecida e Americana

No sábado (04), a dupla segue para a cidade de Americana para realizar um grande show durante a 6º Festa de Santa Rita de Cássia. O evento vai acontecer no Jardim das Orquídeas. Além de uma grandiosa praça de alimentação, o espaço também contará com segurança, brigadistas, banheiro químico, mesas com cadeiras, além de brinquedos para as crianças como cama elástica e pula-pula.

O último projeto em estúdio gravado pela dupla, intitulado “In Studio”, teve quatro faixas. “Misturei saudade”, “Não tem você”, “Tomara que ele beije mal” e “Sempre fui eu”, foram gravadas no Estúdio Balada Music, em Goiânia/GO. A produção musical ficou a cargo de Newton Fonseca, e a direção de vídeo de André Caverna. O EP está disponível em todas as plataformas de distribuição digital.

DANY & DIEGO
A dupla Dany & Diego é sucesso em todo o Brasil com músicas como “Bate a bota no chão”, gravada com Teodoro & Sampaio, “Cabulosa”, “Tempo ao tempo”, “Aqui só tem filé”, “Chuva fina”, “Volta”, “Então tá” que contou com a participação do cantor Gusttavo Lima, e “Bruto e bão” com Carreiro & Capataz. Em 27 anos de carreira, Dany & Diego colecionam cinco CDs, um DVD e dois EPs.

Para ouvir suas músicas e conhecer um pouco mais de Dany & Diego, acesse as redes sociais:

Instagram: https://www.instagram.com/danyediegooficial
Facebook: https://www.facebook.com/danyediegooficial
Youtube: https://www.youtube.com/@danyediegooficial

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Hotel gera empregos e aquece economia de Paulínia com novos investimentos

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Nas últimas semanas o hotel Sleep Inn Paulínia, localizado na cidade de Paulínia, interior do Estado de São Paulo, inaugurou mais 40 novos quartos, totalizando 120. Direto e indiretamente, diversos setores da economia do município foram beneficiados. Setores de construção, por exemplo, com a aquisição de materiais para obras e acabamento, estão entre eles.

“Desde o início do ano, estamos trabalhando para concluir e entregar novos quartos. Além de aquecer a economia local com a compra de material de construção, acabamento, proporcionamos também conforto, segurança, tecnologia e empregos indiretos temporários e diretos para algumas funções como camareira e recepcionista”, conta Ewerton Senne, diretor do Sleep Inn Paulínia.

O hotel, segue constantemente trabalhando para garantir ao hóspede um melhor conforto e segurança. De acordo com o diretor do Sleep Inn Paulínia, em breve, mais novidades serão apresentadas no empreendimento. “Estamos reestruturando novos quartos para que sejam maiores e mais confortáveis, superando a expectativa de quem busca uma excelente hospedagem na cidade”, garante Senne.

SLEEP INN PAULÍNIA
Inaugurado em 2021, o Sleep Inn Paulínia está localizado em uma das cinco entradas da cidade, próximo à prefeitura, ao Theatro Municipal e ao Sambódromo. O hotel pode ser facilmente acessado pelas Rodovias Anhanguera, Dom Pedro I e Professor Zeferino Vaz, estando apenas a 37 km do Aeroporto de Viracopos.

Sleep Inn Paulínia possui uma estrutura de 5.500m² e conta com 120 apartamentos, duas salas de reunião para até dez pessoas, uma sala de eventos para até 50 pessoas em auditório, restaurante, academia, piscina, Wi-Fi cortesia, loja de conveniência, café da manhã e serviço de coffee break, figurando entre as opções para todos os públicos – corporativo e a lazer

Com uma infraestrutura completa, o Sleep Inn Paulínia também possui apartamentos adaptados para PCDs garantindo conforto e comodidade em sua estada, além de oferecer a possibilidade dos viajantes se hospedarem com seus pets, uma vez que é Pet Friendly.

Para conhecer mais sobre o Sleep Inn Paulínia, acesse o site https://www.reserveatlantica.com.br/hotel/sleep-inn-paulinia.

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A distorção da imagem corporal

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A distorção da imagem corporal é uma condição em que uma pessoa tem uma percepção distorcida de sua própria aparência física. Isso pode resultar em uma preocupação excessiva com o peso, forma corporal e aparência, independentemente do quão magra ou saudável a pessoa realmente seja. Essa distorção pode levar a comportamentos alimentares prejudiciais, como dietas extremas, restrição calórica excessiva, compulsão alimentar ou até mesmo distúrbios alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa ou transtorno de compulsão alimentar periódica.

A distorção da imagem corporal pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo pressões sociais e culturais, experiências passadas, influências familiares, mídia e padrões de beleza irrealistas. Muitas vezes, as pessoas com distorção da imagem corporal se comparam a imagens idealizadas ou manipuladas de corpos encontradas na mídia, o que pode levar a uma percepção distorcida de sua própria aparência.

Os sintomas da distorção da imagem corporal podem variar de leves a graves e podem incluir:

Preocupação excessiva com o peso, forma corporal e aparência.
Comportamentos obsessivos em relação à alimentação, como contar calorias obsessivamente, evitar certos alimentos ou seguir dietas extremas.
Evitar situações sociais que envolvem comida ou exposição do corpo.
Comparar-se constantemente com os outros e se sentir inadequado ou insatisfeito com a própria aparência.
Dificuldade em aceitar elogios ou reconhecer conquistas pessoais, independentemente da aparência física.
Desconforto ou ansiedade em relação ao próprio corpo.
A distorção da imagem corporal pode ter sérias consequências para a saúde física e emocional. Pode levar a uma baixa autoestima, ansiedade, depressão, isolamento social, problemas de relacionamento e até mesmo comportamentos de risco, como uso de substâncias ou automutilação.

O tratamento da distorção da imagem corporal geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia nutricional, terapia familiar, apoio emocional e, em casos mais graves, intervenção médica. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a desenvolver uma relação mais saudável e realista com seu corpo, promovendo o autocuidado, a autoaceitação e a resiliência emocional. É importante buscar ajuda profissional se você ou alguém que você conhece estiver lutando com distorção da imagem corporal, pois o apoio adequado pode fazer uma grande diferença na recuperação e no bem-estar geral.
A relação entre distorção da imagem corporal e emagrecimento pode ser complexa e multifacetada. Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses dois conceitos podem estar interligados:

Percepção distorcida do corpo: Pessoas com distorção da imagem corporal podem ver a si mesmas como estando acima do peso, mesmo quando estão em um peso saudável ou abaixo do peso. Isso pode levar a uma preocupação excessiva com o emagrecimento, mesmo quando não é necessário.

Comportamentos alimentares prejudiciais: A distorção da imagem corporal pode levar a comportamentos alimentares prejudiciais, como dietas extremas, restrição calórica excessiva ou compulsão alimentar. Esses comportamentos podem ser motivados pela percepção distorcida do próprio corpo e pela busca por um padrão de beleza irrealista.

Busca por validação externa: Pessoas com distorção da imagem corporal podem buscar validação externa por meio do emagrecimento, na esperança de se sentirem melhor consigo mesmas ou de serem mais aceitas pela sociedade. No entanto, a busca excessiva por emagrecimento pode levar a uma relação insalubre com a comida e com o próprio corpo.

Frustração com resultados insatisfatórios: Mesmo após emagrecer, pessoas com distorção da imagem corporal podem ainda se sentir insatisfeitas com sua aparência. Isso ocorre porque a percepção do próprio corpo está enraizada em questões emocionais e psicológicas, em vez de estar relacionada ao peso real.

Impacto na saúde mental: A busca obsessiva pelo emagrecimento pode ter um impacto negativo na saúde mental, aumentando o risco de desenvolver distúrbios alimentares, depressão, ansiedade e baixa autoestima. A distorção da imagem corporal pode perpetuar um ciclo de insatisfação com o corpo e busca incessante por emagrecimento, independentemente das consequências para a saúde.

É importante abordar a distorção da imagem corporal de maneira holística, buscando tratamento que inclua terapia comportamental, apoio emocional, educação nutricional e promoção de uma relação saudável com a comida e com o próprio corpo. O objetivo não deve ser apenas o emagrecimento, mas sim o cultivo de uma autoimagem positiva e o apoio à saúde e ao bem-estar gerais.

DRA. CAROLINA MANTELLI é médica, endocrinologista e metabologista e tem a missão de amenizar a dor física e da alma através do auto resgate.
Criadora do método “Calça Meta”, metodologia criada com o intuito de libertar seus pacientes de amarras de todos os traumas que envolvem o emagrecimento.

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