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No mês da Consciência Negra, Elisa Fernandes questiona racismo da sociedade brasileira em novo single

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No mês da Consciência Negra, Elisa Fernandes questiona racismo da sociedade brasileira em novo single “Você não sabe o que é ser preto”

A faixa chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (12) e integrará o próximo EP da artista com lançamento previsto para 2022

A cantora e compositora carioca, Elisa Fernandes lança nesta sexta-feira (12) a faixa “Você não sabe o que é ser preto”. Com discurso contundente, a letra toca – sob a ótica da pessoa negra – na ferida aberta e exposta do racismo na sociedade brasileira. A música chega acompanhada de um clipe no canal do YouTube da artista.

 

Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=m0gu0-IQa3g

“A cada manchete sobre racismo com grande repercussão na mídia e nas redes sociais é um gatilho na gente, é o trauma do colonialismo batendo forte na nossa cara, batendo pra matar. A cada ato racista que eu me deparo no meu dia a dia, cresce por dentro um sentimento de que o racismo mata a gente de muitas maneiras”, revela a cantora.

 

Em trechos como “Enquanto tu passeia pelo shopping / Tão matando outro preto. Outro preto… / Não é uma questão de opinião, não / Guarde pra você teu preconceito / E lave a tua boca pra falar / Você não sabe o que é ser preto”, a artista alerta sobre o fato de que enquanto muitos usufruem da sua liberdade de ir e vir, negros estão morrendo e sendo vítimas de racismo.

 

“A música nasceu carregada de uma indignação que também mata se a gente não botar pra fora. O racismo está na pessoa que me vê dentro de uma loja e me pergunta o preço de alguma coisa porque presume que estou sempre a serviço. Também está quando não sou atendida se estou numa loja porque não tenho o perfil de quem compra. O racismo tá lá quando eu abro a minha porta e a pessoa manda chamar a dona da casa porque eu tô vestida com roupa de ficar em casa e presume que eu não moro aqui… A música fala disso, dessas mortes diárias que quase ninguém vê, mas que estão aí o tempo todo, nos matando”, conclui.

 

O mês da Consciência Negra é uma oportunidade de ampliar os debates acerca do tema, mesmo que a maior parcela da população do Brasil se autodeclara negra, faz parte do cotidiano do brasileiro se deparar com cenas de racismo. Assim como outros artistas, Elisa tem uma função importante nesse contexto.

 

Letra

Enquanto tu carrega cocaína no jatinho

Morre um preto

Enquanto tu se muda pra Miami

Tão matando um outro preto

 

Ninguém é santo, não tô falando de santo

Enquanto tu assiste a tua novela

Tão levando um outro preto

 

Preto na praia?

Não pode praia

Só se empurrando o carrinho pra madame

No baixo, bebê

Aí pode preto

 

Preto viajando é uma abominação

Preto passeando na lagoa com a família

É um caso sério

Um despautério

 

“Tem que cobrar ingresso dessa gente preta

Não pode praia

Não pode preto”

 

Não tem anjo, não tô falando de anjo

Enquanto tu destila teu veneno

Tão levando outro preto

 

Matar o branco?

Não é disso que eu tô falando

Mas penso que seria interessante

Se morresse menos preto

 

Você não acha que seria interessante

Se morresse menos preto?

 

Enquanto tu decora teu discurso de elite

Morre um preto. Olha, outro preto!

Enquanto tu assiste aqueles brancos na TV

Morre outro preto, menos um preto

 

Ninguém tá te pedindo um parecer

Enquanto tu passeia pelo shopping

Tão matando outro preto, outro preto

 

Não é uma questão de opinião não

Guarde pra você teu preconceito

E lave a tua boca pra falar

Você não sabe o que é ser preto

 

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

Você não sabe o que é ser preto

 

Ficha técnica

Produzido por Rodrigo Campello

Direção Artística e Vocal: Suely Mesquita

Gravado e Mixado no MiniStereo Studios (RJ) por Rodrigo Campello

Masterizado no Classic Master USA (Miami) por Carlos Freitas

 

Faixa a Faixa

01 Voce n Sabe o q e’Ser Preto (Elisa Fernandes)

Rodrigo Campello: Arranjo, Bateria Eletronica, Sampler, Ganzas, Tamborins, Teclados, (Baixo e

Piano Elétrico) Guitarra, Violão

Elisa Fernandes: Congas, Pandeiro

Suely Mesquita: Teclado (Piano Elétrico), Vocais

 

Sobre a artista

Elisa Fernandes é cantora e compositora carioca que coloca sua música a serviço das lutas por igualdade de gênero, igualdade racial, além de fazer da bandeira LGBTQIAP+ sua causa. Afilhada musical de mestre Monarco, líder da Velha Guarda da Portela, a artista lançou no final de 2020 seu primeiro álbum, “ELISA”, que já ultrapassou a marca de 1 milhão de plays nas plataformas musicais. Em abril deste ano lançou “Saravá, Paz e Bem”, feat com o grupo Casuarina, que está tocando nas principais rádios do gênero no país e integra EP com lançamento previsto para março de 2022. Além de “Saravá, Paz e Bem” e “Você não sabe o que é ser preto”, integram o EP as faixas “Aprendi a Ser Feliz”, samba de autoria de Monarco, Mauro Diniz e Alcino Corrêa, e “Eu vou te aborrecer” (Elisa Fernandes).

 

Selo Peneira Musical

Idealizado pela cantora, compositora e empresária Elisa Fernandes, a Peneira Musical (diverse lab) é um selo musical, subselo da Urban Pop, que conta com a distribuição da ADA (agregadora do grupo Warner). A Peneira Musical (diverse lab) é um laboratório de diversidade. Criado em 2020, tem a missão de potencializar – principalmente – a criatividade de mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAP+ que se expressam através da música, com o objetivo de fazer com que esses artistas cada vez mais tenham suas vozes ouvidas e amplificadas, ocupando espaços que lhes foram negados por séculos. A Peneira Musical é Elisa Fernandes, Zerzil, Alexandra Pessoa, Choi, David Alfredo, Ana Sucha, Lienne, Maíra Garrido, Laura Canabrava, Fernando Procópio, Kristal Werner, Vittória Braun e Rafael Lorga, entre outros.

 

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“Àwúre”, de Caio Truci, terá finissage com visita guiada, no dia 20 (sábado), no Centro Cultural Correios RJ

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O artista apresenta obras de diversas dimensões que trazem o culto da fé e ancestralidade, através dos orixás.

 

A exposição “Àwúre”, de Caio Truci, faz finissage com visita guiada, no próximo dia 20 (sábado), no Centro Cultural Correios RJ, com a presença do artista. Uma das mais visitadas esse ano, a mostra representa os orixás de diversas maneiras, com obras que conectam o espectador à sua ancestralidade, à fé, às suas memórias afetivas, com curadoria de Carlos Bertão, produção de EntreArte Consultoria e design expográfico/iluminação de Alê Teixeira, no Centro Cultural Correios RJ. Nesta mostra, o artista apresenta obras de diversas dimensões em óleo sobre tela e óleo sobre papel, que adquirem vida própria, assim que se cruza a porta de entrada.

Para Caio Truci, a ancestralidade é a semente que foi plantada pelos avós e que está sendo colhida pelos netos, sendo mais do que saber de onde vieram seus antepassados. É como redescobrir a identidade que foi deturpada durante anos de história e que nos fizeram construir uma visão perdida de quem nós somos.


“Àwúre”, que em yorubá, significa pedir a benção, é o resgate de um tempo marcado por luta, opressão e fé de um povo escravizado, trazendo o que ficou de mais valioso dessa herança – a fé e a religiosidade, através de figuras importantes da formação dessa sociedade “pós-escravidão” e personalidades marcadas por dedicar a vida ao culto da fé e dos orixás.

O artista representa os próprios orixás de maneiras diversas. E no processo de criação mescla o passado e os orixás, já contemporâneos, no qual compõem um diálogo com o mundo em que vivemos. A partir de então, olhe para trás, peça licença e siga em frente, pois a arte que verá de agora em diante já viveu entre nós e viverá depois de nós. A exposição Àwúre pode ser visitada até o dia 20 de abril, de terça a sábado, das 12h às 19h.

Sobre Caio Truci

Artista plástico natural do Rio de Janeiro, graduado em Arquitetura e Urbanismo, dedica-se às artes plásticas desde os 14 anos, sendo considerado autodidata.

Entre desenhos e pinturas, os estudos foram sendo aprimorados com a busca de novas técnicas e expressões. Atualmente, em suas pinturas, o artista nos permite adentrar na intimidade de sua fé, no qual seus modelos trazem à tona esse resgate ancestral.

Seus trabalhos pretendem enaltecer um povo que, historicamente no Brasil e em outras partes do mundo, foi massacrado e escravizado. A diáspora africana traz consigo a força que vibra hoje nas obras expostas.

Em 2021 ele participou da mostra “Primavera da Resistência” na Galeria Caruá, e, em 2023, no mesmo local, da exposição coletiva “Matrizes Africanas”. Desenvolveu também em 2023 a série “Ancestralidade antes de tudo” para sua exposição individual no IPN ( Instituto Pretos Novos).

Sobre Carlos Bertão (Curadoria)

Carioca, advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com mestrado na Universidade de Nova Iorque (NYU), trabalhou em escritórios de advocacia no Rio de Janeiro, São Paulo e Nova Iorque.
Em 1980, foi contratado pelo Banco Mundial, em Washington, onde trabalhou por quase vinte anos.
Colecionador de obras de arte há mais de 40 anos, ao se aposentar do Banco Mundial retornou ao Brasil e passou a se dedicar à produção e curadoria de exposições.

Foi curador, entre outras, de exposições no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, Espaço Cultural Correios, em Niterói,no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, no Museu de Arte Contemporânea do Estado de Mato Grosso do Sul – MARCO. Em todas as exposições que curou, nas quais apresentou obras de mais de 40 artistas, Carlos Bertão contou com a participação de Alê Teixeira, que foi responsável pelo design e pela iluminação delas.

Serviço

Exposição: ÀWÚRE
Artista: Caio Truci @caiotruci
Curadoria: Carlos Bertão @cbertao
Produção: EntreArte Consultoria @entrearteconsultoria
Design Expográfico e Iluminação: Alê Teixeira @aleartale
Visitação: até 20 de abril de 2024
Finissage: das 15h às 19h
Local: Centro Cultural Correios RJ – 3º andar – sala A @correioscultural
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Evento gratuito
Censura Livre.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Acessibilidade: adaptado para pessoas cadeirantes

A exposição tem como público-alvo empresários, profissionais liberais, colecionadores, professores, estudantes e público em geral.

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Mariah anuncia o lançamento do primeiro single em participação do EP “Geração Fazendinha #2 – Ruralidade”

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Faça o pre-save e prepare-se para se encantar com o talento da nova geração

No dia 19 de abril, a indústria musical se prepara para receber uma nova promessa do cenário sertanejo. Mariah, uma jovem talentosa de apenas 18 anos, está pronta para lançar seu primeiro grande projeto musical em parceria com a equipe renomada do “Fazendinha Sessions”. Sob o projeto inovador “Geração Fazendinha”, Mariah se une a outros artistas para apresentar ao mundo o EP “Geração Fazendinha #2 – Ruralidade”.

Este projeto é mais do que uma simples coleção de músicas; é uma celebração da música e da cultura do campo, que promove uma nova perspectiva para os ouvintes. Combinando gêneros, ritmos e letras que capturam a essência da vida rural, o EP oferece uma experiência musical autêntica e diversificada.

O time reunido para este lançamento inclui Gabriel Sales, João Dalzoto, Thalita & Eliza, Filipi Cheffin e, é claro, Mariah. Cada um desses artistas foi selecionado através de um concurso realizado nas redes sociais do Fazendinha, destacando-se por seu talento e originalidade. O EP apresenta a faixa principal “Ruralidade”, um emocionante feat que reúne todos os artistas do projeto, juntamente com singles individuais de cada artista participante.

Mariah participa em duas faixas, incluindo uma colaboração emocionante com os demais artistas no clipe da música “Ruralidade”, além de uma faixa solo intitulada “Porteira Fechada”. Sua presença marcante e sua voz única certamente deixarão uma impressão duradoura nos ouvintes.

Influenciada por uma família musicalmente talentosa, Mariah cresceu imersa na música sertaneja. Com seu pai sendo cantor de uma dupla renomada e outros membros da família também envolvidos na cena musical, Mariah encontrou inspiração em seu ambiente desde muito pequena. Agora, ela está pronta para seguir os passos de seus familiares e encantar o mundo com seu talento inegável.

Prepare-se para ser cativado pela voz e pelo talento de Mariah e seus colegas artistas quando “Geração Fazendinha #2 – Ruralidade” for lançado em 19 de abril em todas as plataformas digitais. Este é apenas o começo de uma jornada promissora para essa jovem estrela em ascensão.

Para mais informações e atualizações sobre Mariah e o projeto “Geração Fazendinha”, acompanhe as redes sociais: @mahcosta.s.

Pre -save: https://bit.ly/geracaofazendinha

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Larissa & Allan retomam carreira buscando novos horizontes na música sertaneja

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Depois de uma breve pausa na carreira, durante a pandemia, Larissa & Allan estão novamente na ativa, se apresentando nas principais casas de shows e eventos da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Em busca de novos horizontes e oportunidades na música, a dupla segue com o mesmo talento que conquistou milhares de fãs pela região, mas com um desejo ainda maior de desbravar novos horizontes.

LARISSA & ALLAN
Larissa e Allan se conheceram e iniciaram a dupla em 2017. O Allan cantava em barzinhos desde os 14 anos de idade, e em um desses barzinhos havia um chamado Mineirão, e foi lá que Larissa e Allan tiveram o primeiro contato. Larissa frequentava o mesmo barzinho com uma comitiva que sua mãe havia criado, e muitos cantores a chamavam para cantar a famosa música “50 reais” da cantora Naiara Azevedo. Pediram pra ela fazer uma participação em um show do Allan. Foi o primeiro contato artístico entre os dois.

Alguns dias depois, em um churrasco na casa de Larissa, uma festa familiar, o Allan foi convidado. Lá tiveram a ideia de fazerem um vídeo sentado na cama dela. Até então ainda não existia a dupla e nem o intuito de cantarem juntos. Fizeram o vídeo, postaram no Youtube e rendeu três mil visualizações. Nessas visualizações tinha alguns contratantes querendo os contratar. Pediram para eles que dessem um mês para alinharem o repertório.

Depois desse primeiro passo, tudo foi crescendo, cada lugar que tocavam eram bem recebidos. Uma galera começou a acompanhar a dupla em todo show e gritavam, dançavam e aplaudiam. A partir de tamanha exposição, começaram a aparecer algumas oportunidades na mídia. Participaram de programas como Chão Sanfona e Viola, Conexão Cultural, um desfile na agência Mega Talent de um programa de moda do SBT, entre outros.

Foi após esses eventos que o produtor da dupla na época, Lucas Palhares, deu a chance de gravar o primeiro clipe “Quem diria”. Cada vez conquistando novos espaços foram convidados para fazer aberturas de shows no Chapéu Brasil, em Sumaré/SP, de artistas como Felipe Araújo, Maria Cecília & Rodolfo, Yasmim Santos, Zé Felipe, Hugo & Tiago, além de se apresentarem em um evento intitulado Costela Fogo de Chão, junto com Edson & Hudson.

Quem diria:

Durante a pandemia, a dupla resolveu dar um tempo na carreira. Após esse hiato, em 2022, eles voltaram com tudo. Se encontram novamente e casaram no mesmo ano. Tiveram um filho, Ravi Lucca, fruto de um lindo amor. Hoje mais maduros e completos seguem cantando e encantando por onde se apresentam. Como diz Jorge & Mateus, que é a grande inspiração deles: “Paz e Amor é o que eu quero pra nós!”.

Para ouvir suas músicas e conhecer um pouco mais de Larissa & Allan, acesse https://www.instagram.com/larissaeallan/.

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