Cultura
MAM São Paulo apresenta programação educativa de novembro
Publicado
3 anos atrásem
Por
Ocimar Freitas
Em diálogo com o 37° Panorama da Arte Brasileira, as atividades promovidas pelo MAM Educativo abarcam as culturas populares, da infância, de rua, de gêneros e de raça, povoando o ambiente cultural-artístico em diferentes áreas do museu
Ao longo de todo o ano, as atividades educativas do MAM São Paulo buscam trabalhar a intersecção das artes com eixos temáticos que fomentem uma produção cultural plural e diversa. Propostas que abarcam as culturas da infância, populares, de rua, gêneros e raça povoam o ambiente cultural-artístico do museu por meio das ações promovidas pelo MAM Educativo.

Confecção de mini agbês/xerequês com Cintia Ferreira. | Foto: Amanda Falcão
Link para mais imagens em alta
Em diálogo com a exposição 37° Panorama da Arte Brasileira, a programação de novembro do MAM Educativo conta com a participação dos artistas da exposição em atividades como “Muvuca”, com Gustavo Torrezan, aberta ao público em geral no Domingo MAM; “Contatos com a arte”, conversa com a artista Camila Sposati e as curadoras Cristiana Tejo e Kiki Mazzucchelli; ativações na obra “Meio Monumento: Como desmonumentalizar arquivos?”, com a artista Giselle Beiguelman, e convidados no programa “Contatos com a Arte”, voltado para professores, educadores, pesquisadores, estudantes e artistas. Para as crianças, acompanhantes e familiares, a programação apresenta a “Narração de histórias”, com Cristina Ara Djera; uma atividade em conexão com as obras do artista Xadalu Tupã Jekupé no programa Família MAM.
Veja a seguir a programação de novembro na íntegra.
05/11 (sáb), às 16h
Família MAM | Espetáculo infantil
“A Futura Rainha”, com a Companhia Mar
Espetáculo presencial para crianças de todas as idades acompanhadas de seus(suas) responsáveis, na Marquise do entorno do MAM — no dia, será necessário verificar o local da atividade na recepção do museu. Sem inscrição prévia. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48h de antecedência.
Sinopse: Era uma vez uma princesa muito teimosa e corajosa, que não gostava das histórias tradicionais de princesas e reinos. Discordando do funcionamento do seu reinado, a Futura Rainha e seu cavalo Alazão se perdem em uma aventura pelo continente. Ao visitar outros reinos, encontram-se com outras princesas e príncipes que necessitam de ajuda para enfrentar feiticeiros, monstros e tradições antigas.
A Companhia Mar nasceu em 2016, a partir da vontade de três artistas e educadoras de abordarem como eixo central de suas narrativas o universo feminino. Juntas resolveram pesquisar histórias não contadas sobre mulheres.
06/11 (dom), às 15h
Domingo MAM + Arte e Ecologia | Oficina
“Muvuca”, com Gustavo Torrezan
Atividade presencial, livre e aberta ao público. Na Marquise, no entorno do MAM — verificar local no dia da atividade na recepção do MAM. Sem inscrição prévia. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Uma das práticas da domesticação da floresta pelos povos que nela habitam é a coivara, um tipo de fogo controlado que prepara e fertiliza o solo para cultivo. A essa prática alguns
associaram o plantio em consonância de diferentes espécies, simulando a dinâmica natural de diversidade. Essa última prática foi chamada de muvuca. Nesta vivência em formato de oficina, conversaremos um pouco sobre práticas de cultivo seja das monoculturas ou seja da pluriculturas e como cada uma está ou não em sinergia com a natureza. Os participantes realizarão a produção da muvuca criando um aglomerado de sementes que poderão ser levadas para o plantio ao final da atividade.
Gustavo Torrezan é artista, pesquisador e educador. É graduado em artes visuais e doutor em poéticas visuais pela Unicamp. Tem pós-doutorado em educação pela PUC-SP. Participa da 37º edição do Panorama da Arte Brasileira em cartaz no MAM. Suas pesquisas artísticas relacionam questões de poder e contrapoder nas construções sociais e históricas. Seus trabalhos e pesquisas podem ser acessados em <www.gustavotorrezan.com >
09/11 (qua), às 16h
Contatos com a arte | Roda de conversa online
Conversa com a artista Camila Sposati e as curadoras Cristiana Tejo e Kiki Mazzucchelli
Encontro virtual no Zoom para professores, educadores, pesquisadores, estudantes, artistas e público em geral. Com inscrição prévia. O link será enviado ao finalizar a inscrição. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
A artista Camila Sposati convida as curadoras Cristiana Tejo e Kiki Mazzucchelli para uma conversa sobre Phonosophia, obra de Sposati apresentada no 37º Panorama da Arte Brasileira. Serão discutidas questões sobre conceito, produção e outros elementos imbricados na obra, como o som e o corpo. Ambas as curadoras trabalharam por três anos no projeto Corpos de Phonosophia, na Residência Belo Jardim, em Pernambuco.
Camila Sposati (São Paulo) é mestre pela Goldsmiths College. Atualmente segue o programa de doutorado na Akademie der bildenden Künste Wien. Publicou o livro Teatro da Pedra em 2016 pela editora Iluminúras (São Paulo) e Revolver (Berlim). É representada pela Galeria Georg Kargl, em Viena
Cristiana Tejo (Recife) é doutora em Sociologia pela UFPE e investigadora do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. É co-curadora do 37º Panorama da Arte Brasileira; co-curadora da Residência Belo Jardim, e co-gestora do NowHere Lisboa. Vive e trabalha em Lisboa, Portugal.
Kiki Mazzucchelli (São Paulo) é curadora, editora e escritora. Seu trabalho em exposições recentes incluem Flávio de Carvalho Experimental (SESC-Pompéia, São Paulo, 2022) e Samson Flexor: Além do moderno (MAM-SP, 2022). Atualmente é diretora artística da Galeria Luisa Strina. É co-fundadora do espaço independente Kupfer, em Londres, e co-curadora da Residência Belo Jardim, em Pernambuco.
12/11 (sáb), às 15h
Família MAM + Arte e Ecologia | Oficina infantil
Confecção de mini agbês/xequerês, com Cintia Ferreira
Atividade presencial para crianças a partir de 4 anos acompanhadas de seus(suas) responsáveis. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAM. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
O Agbê ou Xequerê é um instrumento feito por uma cabaça com uma trama de contas. É utilizado em diversas tradições culturais e religiosas no Brasil, sobretudo nas Nações de Maracatu de Baque Virado, muito presente em Recife (Pernambuco). Nesta Oficina, iremos aprender a construir uma versão mini do instrumento com cabaças pequenas.
Cintia Ferreira é agbezeira, artesã, percussionista e geógrafa. Faz parte do Bloco Afro Ilú Obá de Min desde 2012, atuando como ritmista do naipe dos Xequerês e, atualmente, das Alfaias. Confecciona Agbês sob encomenda em seu próprio ateliê. Ministra oficinas para confecção e toques de Agbês/Xequerês. É formada em Geografia pela Universidade de São Paulo, com diploma de Bacharelado e Licenciatura.
13/11 (dom), às 15h
Domingo MAM | Oficina
Oficina de Abayomi, com Vic Cirino
Atividade presencial, livre e aberta ao público. Na Marquise no entorno do MAM (verificar local no dia na recepção do MAM). Sem inscrição prévia. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.brcom até 48hs de antecedência.
O brincar é uma das fases mais importantes no processo de aprendizagem na educação infantil. É através das brincadeiras que os nossos pequenos aprendem a se reconhecer, se enxergar e se conectar o outro, além de exercitar a imaginação, a criatividade e a autonomia. Ao contrário do que muitos pensam – de que as bonecas foram “criadas” durante a travessia da Kalunga Grande (o oceano atlântico) pelos africanos escravizados – as bonecas Abayomi surgem em 1987 através da artesã brasileira Lena Serra Martins, tendo como objetivo trazer a representatividade negra no universo do brincar além de fortalecer a autoestima do povo preto periférico através das nossas memórias afetivas. Para além de somente a produção das bonecas, a presente oficina também tem como objetivo discutir sobre a representatividade na infância e seus atravessamentos.
Vic Cirino é mulher cis e negra, “de quebrada” e do candomblé. É formada em Fotografia pelo SENAC (2021); é pesquisadora sobre a representação do negro na fotografia contemporânea afro brasileira, e educadora desde 2019. Utiliza das diversas linguagens das artes para promover o acesso e a difusão da cultura afro-brasileira em seu país, Brasil. Suas pesquisas, produções e propostas têm como pilar fundamental o pensamento decolonial e afro-diaspórico.
15 (ter), às 15h
Contatos com a arte | Oficina online
Laboratório Abebé Okan – Autorretrato com Yeejide
Encontro presencial para professores, educadores, pesquisadores, estudantes, artistas e público em geral. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAM. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
O autorretrato é um marco na história da arte, considerado um trabalho autobiográfico que mostra uma visão do artista sobre si e transmite ao espectador seus momentos e sentimentos. A oficina Abebé Okan propõe um espaço de descoberta, imaginário e compartilhamento de histórias para possibilitar a cada participante construir um autorretrato utilizando uma técnica não convencional na história da arte para essas produções – a dança e a colagem. Utilizar uma narrativa que considere desde sua ancestralidade até os elementos que caracterizam a persona de cada um. É uma jornada no caminho do fazer artístico que conduzirá à produção de autorretratos.
Yeejide é dançarina e artista visual. É Yawo no Ilê Asé Bara Esu Logiki e pesquisa a cultura popular e as tradições afro-diaspóricas. Acredita que as tradições de terreiro, memórias, imaginário popular e a conexão com a natureza são estímulos de conexão do pensamento e consciência da relação do corpo com os espaços em que habita.
19/11 (sáb), às 15h
Família MAM | Espetáculo infantil
“No tempo do antes – Mitos dos Povos Ancestrais”, com o grupo As Meninas do Conto
Atividade presencial para crianças a partir de 7 anos acompanhadas de seus(suas) responsáveis. No auditório do MAM. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAM. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Nesta apresentação, Simone Grande narra duas histórias indígenas: a mãe de barro: um mito trazido da memória dos povos Arikapu e Tupari que vivem perto do rio Guaporé em Rondônia, nos fala sobre uma mãe que se transforma em barro para ajudar sua filha e A Pele Nova da Mulher Velha, um mito do povo Nambikwara, que habita tanto o cerrado quanto a floresta amazônica, nos conta a história de uma mulher muito, muito velha que através de um sonho tenta recuperar sua juventude.
As meninas do conto
O premiado grupo As Meninas do Conto, fundado por Simone Grande, completa 25 anos de existência. Fundado por mulheres, mantém a premissa de ter em cena somente atrizes, garantindo a presença e o fazer por mulheres. Ao longo deste tempo realiza um trabalho de excelência artística, com pesquisa e produção voltadas para o público infanto-juvenil e adulto. O contato e a proximidade com o público, o brincar de ser, a precisão física, a música, a relação com a palavra e toda a construção imagética que ela proporciona são elementos muito preciosos para as contadoras de histórias do grupo.
Simone Grande é artista da palavra e do encontro. Conta histórias da tradição oral de vários cantos do mundo há mais de vinte anos. Seu interesse é o de promover o encontro através das narrativas ancestrais, se abrindo para a escuta, a troca e os afetos que uma história pode proporcionar.
20/11 (dom), às 15h
Domingo MAM | Oficina
Cartas a qual Brasil?, com Luna Dy Córtes
Atividade presencial, livre e aberta ao público. Na Marquise no entorno do MAM (verificar local no dia na recepção do MAM). Sem inscrição prévia. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.brcom até 48hs de antecedência.
A partir da obra “Independência e Morte”, de Jaime Lauriano, e “Noite”, de Gustavo Torrezan – ambas presentes no 37º panorama das artes brasileiras –, os participantes serão convidados a escreverem cartas ao Brasil. Para isso, o gênero textual carta será trabalhado em sua estrutura formal e em conteúdo conceitual. Exercícios de sensibilização de escrita-leitura-escuta (verbal e visual) serão fomentados a fim de aguçar as percepções dos participantes.
Luna Aurora Souto Ferreira ou Luna Dy Córtes é Byxa-travesty preta, criada na periferia de Taboão da serra (SP-Brasil), educadora em museu, escritora, multiartista da palavra e, atualmente, estudante de Letras Portugês/Espanhol da USP. Publicou o seu livro “Mem (orais): poéticas de uma Byxa-travesty preta de cortes” pela editora Urutau em 2019, Em 2022 prefaciou o livro Cobra Rasteira: mitologia de uma transição de gênero, da autora Kaya Adu, prefaciou a coletânea “TodAs escrevemos” e participou da residência artística “Imaginação” do Slam Marginália. Também, em 2021 vai para final do prêmio Jabuti com a coletânea de escritores negros “De Bala em Prosa” publicada pela Editora Elefante. Em 2022 participa da feira “Margens” fomentada pelo museu AfroBrasil.
24/11 (qui), às 14h
Contatos com a arte | Conversa
Ativações na obra Meio Monumento: Como desmonumentalizar arquivos?
Convidados: Daniele Queiroz (Assistente de Curadoria do Instituto Moreira Salles – IMS) e Guilherme Borba (Diretor do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo)
Atividade presencial, para professoras(es), educadoras(es), pesquisadoras(es), estudantes e artistas, aberta ao público e colaboradores do mam. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAM. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Meio Monumento é um dispositivo para ativar o debate sobre os monumentos e os desafios da descolonização dos espaços públicos em São Paulo e nas cidades brasileiras. Neste último encontro da série de ativações da obra Meio Monumento, no 37º Panorama da Arte Brasileira, convidamos o Diretor do Arquivo Histórico de São Paulo e a curadora Daniele Queiroz, fundadora da plataforma A História é Outra, para conversar sobre o tema: Como desmonumentalizar arquivos? Daniela e Guilherme mostrarão suas pesquisas e ações para criar dispositivos críticos nos e acervos institucionais e oficiais, como o Arquivo Histórico de São Paulo e o Instituto Moreira Salles.
Daniele Queiroz é arquiteta e urbanista, mestra em Representações e Imaginários pela FAU-USP. É curadora-assistente de Fotografia Contemporânea no Instituto Moreira Salles e fundadora do projeto “A história é outra”, que investiga corpos dissidentes na história da fotografia.
Guilherme Borba é formado em Geografia pela USP, com mestrado e doutorado na mesma instituição na área de Urbanismo e Estudos Culturais. É Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental na Prefeitura de São Paulo, atuando atualmente como diretor do Arquivo Histórico Municipal.
26/11 (sáb), às 15h
Família MAM | Apresentação
Narração de histórias com Cristina Ara Djera
Atividade presencial, para crianças a partir de 4 anos, acompanhadas de suas(eus) responsáveis. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAM. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Inspirada nas culturas indígenas e sua relação com a natureza, Cristina Ara Djera, do povo guarani, irá compartilhar seus saberes e histórias que são passadas de geração em geração. Em um diálogo com as obras do artista Xadalu, presente no 37° Panorama da Arte Brasileira, convidamos o público a conhecer e se inspirar nas histórias narradas pelos povos originários
por meio da contação de histórias com Cristina Ara Djera. Nesta história ouviremos sobre o avô sol, a lua e a coruja mensageira.
Cristina Ara Djera foi criada em casa de reza e cresceu ouvindo histórias contadas por seu avô e outros líderes espirituais. A partir da tradução de histórias em guarani para o português, compartilha saberes e contos passados de geração em geração em diversas escolas. Cristina é educadora, oficineira e artesã, por meio de seu trabalho leva adiante os saberes de seu povo.
27/11 (dom), às 15h
Domingo MAM | Oficina
Oficina Fragmentos de uma encruzilhada, com Fragmento Urbano
Atividade presencial, livre e aberta ao público. Na Marquise no entorno do MAM (verificar local no dia na recepção do MAM). Sem inscrição prévia. Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.brcom até 48hs de antecedência.
Esta oficina de dança aberta para todas as pessoas interessadas propõe a partir da pesquisa de linguagem Encruzilhada do grupo Fragmento Urbano, provocar nos corpos reflexões sobre as danças afro-brasileiras na contemporaneidade, produzidas em espaços urbanos. Provocando a partir de experiências dos corpos brasileiros atravessado por diversas manifestações populares, modos de viver, de olhar o mundo e de descobrir no próprio corpo uma maneira própria de se recriar.
O Grupo Fragmento Urbano é um grupo de dança que propõe criação de espetáculos a partir da linguagem das Danças Urbanas (Hip Hop) para intervenção urbana. Dançar na rua
promovendo uma vivência de arte acessível e possível, buscando ser uma referência na criação e difusão em dança a partir do que a quebrada produz, circulando pelos mais variados locais das zonas urbanas. Nossa responsabilidade social e política é o que nos move, por isso produzimos dança respeitando as diferenças, despertando empatia, reconhecendo e valorizando nossas raízes afro brasileiras e indígenas.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Local: Parque Ibirapuera, portão 3 (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana, São Paulo).
Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h.
Mais informações: www.mam.org.br
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Cultura
LUCINHA LINS E CLAUDIO LINS APRESENTAM A 11º EDIÇÃO DO NATAL SOLIDÁRIO, UMA NOITE DE MÚSICA E DOAÇÃO NO DIA 04 DE DEZEMBRO, ÀS 20H, NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO
Publicado
5 dias atrásem
25 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
O evento beneficente, idealizado por Jô Santana, traz a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos com participação da cantora Roberta Campos em concerto que arrecadará latas de leite em pó para o Hospital Cruz Verde.
No dia 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h, o Teatro Sérgio Cardoso será palco da 11ª edição do Natal Solidário Cruz Verde, um evento que celebra a união entre arte, esperança e responsabilidade social. Idealizado pelo ator e produtor cultural Jô Santana, o evento reitera seu compromisso com a causa das pessoas com paralisia cerebral, destinando toda a arrecadação ao Hospital Cruz Verde, referência há 66 anos no tratamento e assistência a pacientes com a condição.
💖 Uma Celebração de Amor, Fé e Emoção
O ponto alto da celebração será o concerto especial da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, sob a regência do Maestro Adriano Machado. O tema do repertório deste ano, “Natal, uma celebração de amor”, promete levar o público a uma emocionante viagem de fé e esperança. Cada nota da orquestra é concebida como um gesto de carinho, com melodias que aquecem o coração e unem gerações.
O repertório percorre desde o sagrado ao popular, e incluirá obras emblemáticas como “Circle of Life”, “Amazing Grace”, “Adeste Fideles” e a tradicional “Noite Feliz”. Entre momentos de introspecção com “Ave Maria” e a energia festiva de clássicos como “Bate o Sino” e “Jingle Bell Rock”, a música se torna um convite à gratidão e à reflexão sobre o renascimento da luz que o Natal representa. O show culminará com o “Oh Happy Day” no BIS, garantindo um final emocionante.
Destaque: O evento contará com participações especialíssimas, adicionando ainda mais brilho à noite, da aclamada cantora Roberta Campos e das cantoras Laura Saab e Júlia Saab, netas de Fafá de Belém, prestando homenagem aos 50 anos de carreira num número surpresa que certamente emocionará muita gente.
Magia e Encantamento na Chegada
Para envolver o público na magia do Natal desde a chegada, artistas circenses estarão se apresentando na entrada e no foyer do teatro, personificando o espírito natalino com performances que prometem encantar e interagir com o público.

Ingresso Solidário: 2 Latas de Leite em Pó
Em um gesto que reforça o espírito natalino de doação, o acesso ao concerto não será por meio de ingresso pago em dinheiro. A entrada será concedida mediante a doação de 2 latas de leite em pó. Todos os itens arrecadados serão integralmente destinados ao Hospital Cruz Verde, apoiando a nutrição e o cuidado dos pacientes da instituição. O Teatro Sérgio Cardoso, com sua estrutura acessível, assegura que a arte e a solidariedade sejam democráticas.
Serviço: 11º Natal Solidário Cruz Verde – “Natal, uma celebração de amor”
O que: Concerto beneficente com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, regida pelo Maestro Adriano Machado, apresentação de Lucinha Lins e Claudio Lins e participações especiais de Roberta Campos, Laura Saab e Júlia Saab.
Quando: 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h.
Onde: Teatro Sérgio Cardoso – R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo.
Ingressos: Concedidos mediante a doação de 2 latas de leite em pó.
Duração: Aproximadamente 120 min.
Classificação: Livre.
Arrecadação: 100% destinada ao Hospital Cruz Verde.
Cultura
Artista plástica Duda Oliveira defende a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS na COP 30
Publicado
2 semanas atrásem
18 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Suas telas tem como característica serem mergulhadas na Baía de Guanabara antes de serem trabalhadas
A artista plástica Duda Oliveira está na COP 30, participando das manifestações civis e dos debates sobre a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e do papel de ruptura com as práticas de enraizamento cultural não sustentáveis na Green Zone.
Conhecida por seu posicionamento pela defesa e conscientização sobre a preservação da vida, do meio ambiente, Duda Oliveira tem como característica em seu trabalho mergulhar tecido lona crua na Baía de Guanabara, repleta de derivados de petróleo e dejetos de óleos, cujo aquecimento, alimento orgânico, estimulam a proliferação de fungos, resultando em um esfumaçado plástico natural peculiar em suas pinturas. As telas não foram pintadas, foram mergulhadas. E o branco que emergiu delas não era ausência, era prenúncio. Foi preciso calor, tempo, matéria, toque, escuta. E então, como num sussurro biológico, as cores nasceram do fundo: do fundo do mar, do fundo do mundo, do fundo da gente.

Duda Oliveira quer mostrar que a imagem da mulher também se transformou, sob a inspiração de novos modelos estéticos. A arte sempre em seu papel altruísta, apenas sinalizou o que já estava pungente e silenciado por antigos valores. Um dos motivos pelos quais defende os ODS.
Artista plástica contemporânea e Mestre em Ciência da Sustentabilidade, niteroiense, que estudou arte experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte e da Arquitetura do Brasil, na Puc/Rio, desde 2018 vem apresentando sua arte num ritmo intenso de exposições. Os trabalhos da artista vêm ganhando destaque nas Feiras Internacionais da Alemanha, Luxemburgo, em Salas Culturais em Portugal, nos Museus MASP, MAC Niterói, dentre outros relevantes espaços culturais no Brasil e exterior.

“Somente a arte tem o poder de propagar o acesso ao real e grande poder de transformação. A arte nos torna iguais, permitindo a verdadeira ordem democrática das coisas, a compreensão verdadeira e espontânea do belo”, diz a artista plástica.
Cultura
Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil
Publicado
3 semanas atrásem
10 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento
É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos mostram associação entre excesso de telas e dificuldades de atenção, sono e desempenho escolar.
Logo, é fundamental ter atenção não somente a esses riscos como também a redução da criatividade, das habilidades sociais e dependência em crianças que passam muito tempo consumindo conteúdo digital sem supervisão.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Pexels Foto de Ron Lach
O cérebro infantil está com 95% da sua estrutura formada entre 0 e 6 anos, estando assim em pleno desenvolvimento. O uso constante pode afetar a qualidade do sono, já que a luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Isso pode impactar negativamente a memória, a aprendizagem e o desenvolvimento emocional.
O excesso também pode gerar uma sobrecarga de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer. Ao usar o celular por muito tempo, a criança é constantemente recompensada com estímulos rápidos e fáceis, como likes ou vídeos curtos, o que cria um ciclo de dependência. Isso reduz a tolerância ao tédio e dificulta o envolvimento em tarefas que exigem esforço cognitivo, como leitura ou resolução de problemas.
Outros efeitos do uso: dificuldade de atenção e concentração; redução da motivação para atividades off-line, como brincar, conversar ou ler e déficits nas habilidades sociais e emocionais.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Freepik
Veja alguns indícios de prejuízo pelo excesso de telas que pais e professores devem ficar atentos: irritabilidade ou agitação ao ser afastada das telas; desinteresse por brincadeiras presenciais ou leitura; dificuldade de concentração nas atividades escolares e redução da linguagem espontânea e das interações sociais. Se esses sinais forem persistentes, é recomendável avaliar a rotina digital da criança e buscar a orientação de um profissional da área da saúde ou educação.
Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o tempo de tela considerado adequado para crianças varia conforme a idade: de 0 a 2 anos, deve-se evitar o uso, exceto em chamadas de vídeo com familiares; de 2 a 5 anos, o limite é de até 1 hora diária, priorizando conteúdos educativos e com acompanhamento de um adulto; para as crianças maiores, o uso deve ser equilibrado com um bom padrão de sono, prática de atividade física, brincadeiras livres e momentos em família.
Além da mediação no uso das tecnologias, é importante oferecer estímulos que favoreçam o neurodesenvolvimento infantil de forma ampla. Atividades como desenhar, escrever e explorar o ambiente contribuem para o aprimoramento da coordenação motora e da cognição.
É fundamental que pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a esses efeitos e adotem estratégias para garantir um uso equilibrado e saudável das tecnologias. Lembre-se que as tecnologias não são inimigas, mas devem ser usadas com moderação respeitando a idade das crianças.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br
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