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Leandro Zen fala sobre o lançamento do álbum Dunas de Algodão

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Leandro Zen é compositor, cantor e escritor de 38 anos nascido em Carlos Barbosa, serra gaúcha. Iniciou na música há mais de 20 anos inspirado pelas letras místicas de Raul Seixas e cantando com suas bandas de garagem pela região.

Dunas de Algodão é uma coleção de suas melhores composições que ganham ainda mais vida com roupagem madura ao estilo Nova MPB, Indie Brasil. O disco foi produzido por Nenê Fragata, parceiro do projeto.

Estreando em fevereiro, o álbum chamou atenção pela delicadeza, personalidade e por ser um universo que vai além da música.

Conversamos um pouco com o artista para conhecer melhor seu trabalho:

Dunas de Algodão é seu primeiro disco completo. O que você sente que mudou desde o primeiro EP e single que você tem lançado?

O EP Mistérios de 2017 tem pegada rock. Diria que ainda deixava minha mensagem inaudível. No single “Nossa História” de 2019 a gente começou a lapidar o som para essa vibe Zen aflorar. E agora com o Dunas de Algodão tudo está no lugar. Foi uma longa jornada de descobrimento, lapidação.

O disco traz músicas escritas anos atrás e tem algumas novas. Como isso pode ser?

Leandro Zen está chegando agora na cena. É tudo novo para a maioria das pessoas com certeza! E o clima das letras é atemporal. Sempre farão sentido e fazem muito sentido nos dias de hoje. Quanto mais caos, mais o Zen faz sentido. Por exemplo, o nome das canções. Chuva em pó, menina dos florais, papos além, trem fumaça… São poesias de várias fazes de minha vida. Não parecem ter diferença de idade. Eu lido com profundidade, não com o tempo.

E quanto tempo levou para produzir Dunas de Algodão?

Praticamente dois anos. Começamos no início da pandemia selecionando as composições e depois testando sonoridades e caminhos. Certo de que era um trabalho importante não medi esforços para investir na contratação de bons músicos. Tem gente de todo Brasil e de fora também.

E foi produzido aqui mesmo em Carlos Barbosa. É um belo trabalho de todos. E enquanto rolava a produção musical tinha também a produção visual que é muito especial.

Pode nos falar mais sobre isso? Parece que o Dunas vai além da música.

Sim. Cada canção do disco tem uma ilustração. Uma verdadeira obra de arte. Há alguns anos conheci o trabalho da Thaís Sobrinho. Ela faz colagens analógicas. Me encantei e disse que um dia ela faria a arte para meu disco. E assim foi. Ela levou os mesmos dois anos para termina-las. Dei total liberdade de criação para ela.

Eu já imaginava que o encarte do CD físico contaria apenas com essas imagens. Ao ouvir as músicas, você iria observando os desenhos e experimentando outras dimensões muito além das letras. E imagino também que possamos projetar essas imagens nos shows.

Os clipes das músicas nasceram dessas colagens?

Também! Inicialmente tínhamos negociado para filmarmos todos clipes. 13 músicas. Quando a produtora se deu conta da inviabilidade de tempo e econômica, eu tive que pôr a mão na massa. Era mesmo algo que eu já tinha ideia de fazer. Recortei cada elemento de cada arte da Thaís e dei movimentos simples. Misturei personagens de um desenho com outro e acabei criando uma série de vídeos progressivos. Estão no ar no meu canal.

E o disco físico?

Aqui eu também tive que encontrar outro caminho. A fábrica de CDs aumentou tanto os preços depois da pandemia que inviabilizou a prensagem. E como ninguém mais ouve CD, e realmente penso em um dia prensar em vinil mesmo, decidi que não iria ter disco físico agora. Porém editei um pequeno livro no formato de um CD. Nele tem as letras, as imagens e curiosidades do Dunas de Algodão. Acho que foi uma sacada muito melhor que CD. E no meu caso funciona muito bem.

Qual a ideia daqui para frente?

Pé na estrada! Desde que começou a pandemia ficamos focados na produção. Agora vem a divulgação que precisa ser focada. É um trabalho que pode ser levado por muito tempo sem perder a força. Em breve iniciam os primeiros shows com banda ou só com o piano. Tudo anda junto. Sinto que vamos ter uma boa recepção por parte do público de todas as idades. Temos uma mensagem de esperança, de amor, simplicidade, paz interior. A gente que isso.

Tudo sobre o álbum em www.dunasdealgodao.com

Instagram @leandro_zen

 

 

 

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