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Há um século a gripe espanhola mudou o mundo

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Arqueóloga Joana Freitas fala das mudanças que poderão ter após o coronavírus

Joana Freitas
MF Press Global

A pandemia de covid-19 está a despertar o interesse da população para as epidemias que já assolaram a humanidade.Hoje ou no passado, covid-19 ou qualquer outra pandemia, a humanidade ciclicamente foi posta à prova.

Contudo há uma que é considerada a mais letal de todas elas, a gripe espanhola. A arqueóloga portuguesa Joana Freitas traça o panorama geral desta pandemia. 

“Há cem anos atrás uma pandemia generalizada assolou o globo até às suas partes mais recônditas. Não era uma época fácil, sobretudo no continente europeu onde a primeira grande guerra já contabilizava o seu quarto ano. O clima de guerra, de fome, de doença, de frio e de falta de condições generalizada mostrou ser um ambiente propício ao alastramento da gripe pneumónica, mais conhecida por gripe espanhola.  Os seus danos foram de tal ordem que o surto matou mais gente do que os quatro anos de guerra. O grau de contágio era tão avassalador que os últimos estudos apontam que uma em cada três pessoas foi infetada. Seguindo a demografia da época isso contabilizaria cerca de 500 milhões de pessoas. Deste total entre 50 a 100 milhões viriam a falecer. Percentualmente cerca de 5% da população mundial pereceu.”, refere Joana Freitas.

Como é possível imaginar, esta pandemia espalhou o terror numa sociedade que vivia ainda em clima de guerra e em que a morte fazia parte do quotidiano.

Pessoas se protegendo da gripe espanhola
MF Press Global

“Nunca antes uma pandemia tinha feito um número tão extenso de baixas e o mundo não teve capacidade de lhe fazer frente. O número de mortos crescia de dia para dia, amontoados nas casas, nos hospitais, nas ruas. Faltavam caixões e lugares de enterro, faltava sobretudo dignidade na hora da morte de depois dela.”, explica a arqueóloga.   

O mundo está em alteração. Novos contextos políticos internos e internacionais estão em formação. Há um novo mundo que se forma não só pelo contexto de guerra mas pelo contexto pandémico. Joana Freitas explica alguns desses pontos:

“O mundo que surge depois da 1ª Guerra Mundial é também fruto desta pandemia.

Curiosamente esta gripe atacava os mais jovens e saudáveis, os mais velhos pareciam escapar sem que se conhecesse a causa. Demograficamente este fator era catastrófico. A população jovem é a força braçal, é o condimento necessário à criação das novas gerações e o mundo estava a perder parte dela.

Globalmente a sociedade releva agora novas formas de pensar. Nem tudo o que acontecia ao Homem eram atos de Deus e era necessário estar no controlo das situações. A ciência começa a fazer avanços, os cuidados de saúde em sistemas incipientes desenvolvem-se mas, especialmente, há melhoras significativas a nível sanitário e de higiene.”

Concluindo, Joana Freitas refere que temos sempre que levar em consideração a época em que ocorrem os acontecimentos e o papel que a história tem em todo o processo de compreensão das epidemias que assolam a humanidade.

“No entanto, temos de ter em consideração a época em que ocorre. Por muitos esforços que fossem feitos os mecanismos de proteção e de tratamento eram insuficientes em relação com a complexidade do surto. Vantajosamente, e contrariamente ao que ocorre hoje em dia, a velocidade de propagação do vírus a nível global foi mais demorada. Realidade essa justificada por uma rede de transportes que não é sequer comparável à que possuímos cem anos depois.

No entanto, e segundo as palavras de L. Spinney, especialista nesta matéria há algo que parece caracterizar a humanidade: “a história demonstra que gostamos de reagir em vez de prevenir”.

É o efeito do esquecimento coletivo. Assim que ultrapassamos uma situação danosa a sociedade tende a esquecer rapidamente e, ciclicamente vê-se obrigada a lidar com o mesmo tipo de questões. O papel da história é exatamente esse, impedir que o esquecimento seja total.”.

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Simone Mendes emplaca “Me Ama ou Me Larga” no TOP 20 com apenas dez dias de lançamento

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Hit faz parte do novo DVD “Cantando sua história 2” e está no repertório inédito que sertaneja leva para a Portugal, amanhã (11)

É hit! Lançada há apenas dez dias, o novo sucesso de Simone Mendes, “Me Ama ou Me Larga”, conquista o público e ultrapassa os 6 milhões de visualizações no YouTube, além de se destacar no Top 20 do Spotify, com mais de 600 mil streams. “Me Ama ou Me Larga” marca o início dos lançamentos do novo DVD da sertaneja, “Cantando Sua História 2”.

Simone Mendes emplaca “Me Ama ou Me Larga” no TOP 20 com apenas dez dias de lançamento

E não para por aqui! Amanhã (11), Simone embarca para Portugal para dois shows inesquecíveis: no dia 14 de fevereiro em Lisboa, no Sagres Campo Pequeno, e no dia 15 de fevereiro no Multiusos de Gondomar, em Porto. As apresentações marcam o retorno da artista à Europa, após turnê esgotada em 2024, onde foi ovacionada e consolidou a popularidade além das fronteiras brasileiras.

Além do novo hit, outros sucessos da cantora compõem o repertório, incluindo “Erro Gostoso”, “Dois Tristes” e “Mulher Foda”, e canções recentes como “Alô Erro” e “Saudade Proibida”. Canções que marcaram sua trajetória solo, como “Ranking dos Inesquecíveis” e “Dois Fugitivos”, também prometem agitar as noites portuguesas

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Carla Carvalhosa expõe simultaneamente na individual ‘Diversidade’ e na coletiva ‘Múltiplos Olhares’, a convite da Vogue Gallery Brasil

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Ressignificando materiais que seriam descartados na natureza, traz de volta a famosa instalação “A Sereia e o Grito dos Oceanos”

 

A artista plástica Carla Carvalhosa apresenta as exposições ‘Diversidade’ (individual) e ‘Múltiplos Olhares’ (coletiva), através da Vogue Gallery Brasil.

No Barra Garden , “Diversidade ” tem curadoria de Márcia Costa e projeto expositivo da Vogue Gallery, onde suas obras expressam o que é viver em uma época tão conturbada como esta, desafiando-se a criar em múltiplas linguagens plásticas. Com a pintura, retrata cenas do cotidiano relativas à liberdade, vivenciadas por ela, por familiares e por pessoas comuns. Elas falam sobre resgate, paixões, respeito e igualdade. Que a pele que vestimos e nossas escolhas são nossa identidade, e que precisam ser respeitadas para que tenhamos uma vida física e psíquica saudável. Ao trabalhar com esculturas e papietagem, ela ressignifica materiais, dando forma a objetos descartados na natureza, como na instalação “A Sereia e o Grito dos Oceanos”, exposta ao lado de mais 19 obras.

No Vogue Square, Carla Carvalhosa participa com 2 obras, em coletiva onde 28 artistas mostram a multiplicidade de estilos que a arte pode apresentar, levando os visitantes a uma experiência onde certamente conversarão com cores e formas, realidade e fantasia, com curadoria de Fátima Simões e organização da Vogue Gallery. A abertura acontece no dia 15 de fevereiro, das 18h às 21h.

Carla é uma artista marcada por várias premiações e participação em diversas exposições. Há 30 anos ministra cursos, formando vários artistas e desenvolvendo trabalhos terapêuticos por meio da arte. Sua maior característica sem dúvida é a versatilidade, na qual usufrui de total liberdade em técnicas e estilos sem com isso perder sua identidade. Apropria-se de diversos materiais de maneira espontânea e autodidata expressando suas emoções e faz isso com maestria .

 

Serviço

Diversidade (individual)

05/02 a 23/03/25

Artista: Carla Carvalhosa

Curadoria: Márcia Costa

Produção: Fátima Simões

Barra Garden – Av. das Américas, 3255 – 2º piso – Barra – RJ

Visitação: segunda a sábado, das 10h às 20h

Assessoria de Imprensa Carla Carvalhosa: Paula Ramagem

Evento gratuito. Livre.

Acessibilidade. Estacionamento no local.

Múltiplos Olhares (coletiva)

15/02 a 30/03/25

Curadoria: Fátima Simões

Espaço Cultural Vogue Square

Av. das Américas, 8585 – Barra

Vernissage: 15/02, das 18h às 21h

Visitação: segunda a sábado, das 10h às 20h

Assessoria de Imprensa Carla Carvalhosa: Paula Ramagem

Evento gratuito. Livre.

Acessibilidade. Estacionamento no local.

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Gina Garcia homenageia Cazuza em novo projeto musical

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Artista traz releituras de Cazuza no estilo de samba e anuncia data de lançamento

Prepare-se para fortes emoções! Gina Garcia, cantora de longa trajetória e mãe da também consagrada Gloria Groove, anuncia o lançamento de seu novo projeto, “Gina Canta Cazuza”. Em uma iniciativa que promete encantar os fãs de samba, Gina apresenta releituras em homenagem ao artista Cazuza, no gênero em versões inéditas e emocionantes. O pontapé inicial já tem data, com o primeiro single, uma releitura de “Brasil”, será lançado no dia 7 de fevereiro. E, isso é só o começo!

O projeto será desdobrado nos próximos meses, trazendo participações especiais que prometem tocar fundo no coração do público.

A novidade chega enquanto Gina celebra 38 anos de uma trajetória brilhante! Tendo começado sua carreira em 1987, Gina, com o passar dos anos, tornou-se uma das backing vocals mais requisitadas do Brasil, colaborando com ícones nacionais e internacionais, incluindo Gian & Giovani, Elza Soares, Gloria Gaynor, Roberta Miranda, entre outros. Inclusive, foi nesta época também, que Gina passou a fazer parte da banda Raça Negra, onde construiu uma história de 29 anos ao lado da banda de pagode.

Desde que iniciou sua carreira solo em 2023, com o projeto “Gina Canta Gal”, a cantora vem encantando o público. Em 2024 lançou o álbum “To Pronta”, com 12 faixas e participações de Gloria Groove, Marvvila, Assucena, Caio Prado, Erika Hilton, Liniker, Preta Gil, Péricles, entre outros.

Ansiedade lá em cima? Fique ligado nas redes sociais de Gina Garcia e marque na agenda: “Brasil” chega às plataformas no dia 7 de fevereiro, e mais surpresas já estão a caminho!

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