O tradicional Festival Vale do Café chega ao seu 17º ano com programação diversificada e fazendas cinematográficas. Nesta edição, serão homenageados Villa-Lobos e Tom Jobim.
Uma sinfonia monumental invadirá as fazendas históricas do Vale do Paraíba, durante o 17º Festival Vale do Café, entre 18 e 28 de julho. 12 fazendas históricasreceberão os concertos e, claro, abrirão as portas de suas construções seculares.
O Festival Vale do Café obteve ao longo de sua história importantes reconhecimentos: vencedor do Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na categoria Empreendedorismo, faz parte do Calendário Oficial de Eventos do Estado devido a sua importância econômica e cultural.
O evento leva música de qualidade para as antigas fazendas de café, remanescentes significativos da história brasileira no século XIX. Além de contribuir para a divulgação deste patrimônio extraordinário, o Festival Vale do Café é importante para a “alavancagem econômica da região”. De acordo com estudo da FGV, cada 1 real investido no evento garante para a economia local mais de 5 reais. O impacto econômico é ainda flagrante na ocupação de 100% da rede hoteleira das cidades que acolhem o Festival Vale do Café.
Rio das Flores, Vassouras, Barra do Piraí, Conservatória, Valença e Paty do Alferes serão algumas das cidades a receber o Festival Vale do Café 2019.
O Festival Vale do Café oferece os concertos exclusivos, os sabores da gastronomia local e a oportunidade de visitar alguns dos mais importantes patrimônios históricos da região.
Os concertos ocorrem nos dois últimos finais de semana do mês de julho (de 19 a 21 e de 26 a 28) e incluem atrações como Rosana Lanzelotte, Leo Gandelman, Turibio Santos, Victor Biglione, Wagner Tiso, Zé Paulo Becker e grupo Semente, entre tantos outros.
Nesta edição, o Festival Vale do Café relembra os 60 anos de ausência de Villa-Lobos e 25 anos sem Tom Jobim.
Além dos concertos em Fazendas Históricas, com ingressos pagos, o Festival Vale do Café reserva para população do Vale e turistas uma programação gratuita de concertos.
Na quinta-feira dia 18/07 às 20h, a Igreja Matriz de Vassouras recebe Maria Teresa Madeira e João Bani para o espetáculo João e Maria.
Sábado, 20 de julho, também às 20h, será a vez de Paty do Alferes. O compositor e musicólogo Turibio Santos, um dos maiores nomes do violão no mundo, convida os moradores e visitantes da cidade para uma inesquecível “Viagem à Espanha”. Em seu espetáculo gratuito, Turibio guia a plateia por Alhambra, Majorca, Sevilha e Asturias, sempre acompanhado pelos maiores compositores do país, Sor, Tárrega, de Falla, Albeniz e muitos outros. Uma viagem musical imperdível! E deslumbrante! Que dispensa passaporte!
Rio das Flores terá a oportunidade de conferir a qualidade sonora do primeiro bacharel em cavaquinho do Brasil: Pedro Cantalice – um vibrante músico, extremamente atuante na cena carioca. Com seu grupo, Pedro realiza o concerto Cavaquinho no Samba e no Choro, dia 26 de julho, às 20h, no Centro Cultural Professor Antônio Pacheco Leão.
Para os apaixonados pela música, de todas as idades, o Festival Vale do Café inclui ainda em sua programação cursos gratuitos de voz e instrumentalização.
Ao longo de sua história, os cursos já deram oportunidade a mais de 4.000 alunos.
O objetivo é permitir o aperfeiçoamento musical dos alunos, reforçando sua paixão pela música. São milhares de histórias marcantes que estimularam a profissionalização de jovens aprendizes, valorizando a inserção social através da música.
É o caso, por exemplo, de Matheus Fonseca, que entrou pela primeira vez nos cursos em 2010 com 18 anos. Dois anos depois, já estava na UniRio e hoje é professor em três escolas da rede privada, dois projetos sociais, além de coordenar um bloco de carnaval.
Este ano, o Festival Vale do Café oferecerá seis cursosgratuitos, em Vassouras, de 22 a 26 de julho das 09h às 17h. A professora e soprano Carol McDavit dará curso de canto. Pedro Cantalice será professor de cavaquinho e bandolim. O acadêmico, membro da Academia Brasileira de Música, Celso Woltzenlogel ensinará flauta. Os alunos que desejarem aprofundar conhecimento em violino através do método Suzuki, terão a supervisão da professora Suray Soren. Os alunos de violão contarão com duas turmas ministradas por Ulisses Rocha, professor Doutor da Unicamp e pelo diretor artístico do Festival Vale do Café, Turibio Santos.
O Festival Vale do Café é um projeto da Backstage Produções que, em sua 17ª edição, é apresentado pelo Ministério da Cidadania e tem o patrocínio de Furnas, além de contar com apoio do Prima Qualità e a parceria de mídia da OnBus Digital e Jornal O Globo.
Serviço:
O que: 17ª edição do Festival Vale do Café
Onde: Vassouras, Barra do Piraí, Conservatória, Valença, Paty do Alferes e Rio das Flores, RJ
Quando: De 18/07 a 28/07
Site: www.festivalvaledocafe.com.br
Ingressos:
R$ 150,00 inteira; R$ 75,00 meia
Ingressos Populares:
R$ 75,00 inteira
R$ 37,50 meia
Compra de ingressos: http://www.festivalvaledocafe.com.br/programacao-fazendas/
Classificação: Livre
Programação nas Fazendas Históricas:
Sexta-Feira, 19/07
11h – Fazenda União, Rio das Flores. David Ganc e Fabio Adour – Encontros: Villa-Lobos e Jobim.
16h – Fazenda Mulungu Vermelho, Vassouras. Eduardo Neves e Gafieira de Bolso – De Severino Araújo e Pixinguinha à Jobim e Donato.
Sábado, 20/07
11h – Fazenda do Secretário, Vassouras. Duo Consonâncias – Villa-Lobos e seu legado na canção brasileira.
16h – Fazenda São Fernando, Vassouras. Zé Paulo Becker e Grupo Semente – Choros Jazz.
Domingo, 21/07
11h – Fazenda da Taquara, Barra do Piraí. Ulisses Rocha – Eu moro na Villa Jobim.
16h – Fazenda Alliança, Barra do Piraí. Rosana Lanzelotte – Part. Especial Madá Nery – 200 anos de Dona Maria II de Portugal.
Sexta-Feira, 26/07
11h – Fazenda Florença, Conservatória. Duo Yvytú – Villa-Lobos e Piazzola.
16h – Fazenda Vista Alegre, Valença. Carol McDavit- O encanto da opereta e do teatro musical
Sábado, 27/07
11h – Fazenda das Palmas, Vassouras. Duo Interarte – Villa Lobos: violão e cello
16h – Fazenda São Luis da Boa Sorte, Vassouras. Victor Biglione e Wagner Tiso – Part. Especial Marcio Mallard – Cordas Panamericanas
Domingo, 28/07
11h – Fazenda São João da Prosperidade, Barra do Piraí. Turibio e Leo Gandelman – Surpresas de Villa-Lobos
16h – Fazenda Ponte Alta, Barra do Piraí. Choro Novo – Para além do choro
Programação gratuita nas cidades:
Vassouras
18/07 (Qui). 20h. Igreja Matriz de Vassouras. Maria Teresa Madeira e João Bani – João e Maria.
Paty do Alferes
20/07 (Sex). 20h. C. C. Maestro José Figueira. Turibio Santos – Uma viagem à Espanha
Rio das Flores
26/07 (Sab). 20h. C. C. Professor Antonio Pacheco Leão. Pedro Cantalice e grupo – Cavaquinho no samba e no choro
Cursos Gratuitos:
Período: 22 a 26 de julho de 2019
Local: Vassouras – Colégio Estadual Ministro Raul Fernandes
Horário: 09h às 17h
Canto – Carol McDavit
Cavaquinho e bandolim – Pedro Cantalice
Flauta – Celso Woltzenlogel
Violão – Turíbio Santos
Violão – Ulisses Rocha
Violino método Suzuki – Suray Soren
Inscrições: Para se inscrever é necessário preencher os documentos e enviar para o e-mail: cursos@festivalvaledocafe.com.br. O curso é GRATUITO. Hospedagem e Alimentação por conta do aluno.
Turma do Pagode lança álbum completo “Mixturadin 3”, incluindo as participações de Belo, Sorriso Maroto, Thiaguinho, Dilsinho, Ferrugem, Mumuzinho, Rodriguinho, Kamisa 10 e Xande de Pilares
O Turma do Pagode disponibilizou nas plataformas de streaming todas as músicas do audiovisual “Mixturadin 3“. O grupo traz no bloco que fechou o álbum as participações de Belo e Sorriso Maroto na faixa “Quem Vai Ter Coragem“. A canção conta a história de um relacionamento que, apesar de ter caído na mesmice, ambas as partes têm dificuldades para colocar um ponto final. Escolhida como carro-chefe deste lançamento, a canção questiona “quem vai ter coragem / de olhar nos olhos / e dizer que não tem / mais forças para continuar / não tenho coragem / às vezes eu choro / porque sei que você / também não sabe como terminar”.
“Reunir dois artistas como Belo e Sorriso Maroto na mesma faixa é algo que só o MIXTURADIN consegue! E foi assim mesmo que nasceu esse projeto, promovendo encontros memoráveis, com pessoas incríveis”, conta Caramelo.
Para Bruno, do Sorriso Maroto, “estranho seria se a gente não recebesse o convite pra participar desse momento da Turma do Pagode. A gente está muito feliz de poder novamente caminhar junto com eles, a gente que tem uma amizade de muito, muito, muito tempo. E poder trazer à tona grandes projetos, momentos importantes da carreira do Turma é sempre um prazer imenso pra nós do Sorriso”.
“Eles como nova geração, são um grupo que defende tão bem a nossa bandeira do samba e do pagode, com tanta maestria, com tanta qualidade, levando muita alegria ao coração das pessoas, esse samba mais descontraído, samba gostoso, cantando romântico também. Belo também é Turma do Pagode”, comenta Belo.
E completa, “Eu sou um artista da década de 90, o Sorriso é de 2000 e o Turma um pouquinho mais adiante, é um encontro de gerações sensacionais. Vai ser uma explosão essa música inédita, é um sucesso eu tenho certeza, vai bater no coração de vocês. Preparem o capacete porque a pedra vai vir comendo”.
Belo e Sorriso Maroto também dividiram o palco com o Turma do Pagode no medley de sucessos “Melhor Amigo / Clichê / Perfume”.
O clima de Carnaval dá o tom nos medleys lançados anteriormente, “Maneiras / Conselho / O Meu Lugar” e “Vacilão / Deixa a Vida Me Levar / Coração em Desalinho”, homenagem aos mestres Almir Guineto, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. O último medley também é uma homenagem a Paulinho Sampagode, respeitado músico da cena paulistana que trabalhou com o grupo.
Considerado um dos mais bem-sucedidos projetos do Turma do Pagode, Mixturadin segue a trilha de sucesso de seus antecessores. O audiovisual apresentou “Duvido” e “Hoje é Dia”, faixas que estão no TOP200 do Spotify, juntamente dos sucessos “Lancinho” e “Bebe e Vem Me Procurar”, totalizando quatro músicas do grupo no ranking da plataforma.
Além de “Duvido”, com as participações de Ferrugem e Mumuzinho, o EP 1 conta com “Vergonha no Pagode”, “Foi Libertador” e o medley “Fulminante / Pirata e Tesouro / O Céu Tava Lá”, este último também com as participações de Ferrugem e Mumuzinho.
O EP 2, além das inéditas “Hoje É Dia” e “A Gente Colhe” – esta última com a participação de Xande de Pilares, traz uma versão para o sucesso sertanejo “Saudade Tatuada”. Xande também participa do medley “Talvez / Só Depois / Já Virou Rotina” com sucessos do pagode.
Dilsinho e Kamisa 10 dividiram o palco com o Turma do Pagode em “Suposto Namorado” e no medley “Nosso Lance / Péssimo Negócio / A Gente Já não Rola”. O EP 2 também conta com a participação de Thiaguinho e Rodriguinho em “Desobedeço” – que fala daquele crush que a pessoa jura não se apegar, mas não consegue resistir – e no medley com os sucessos “Sorria / Fugidinha / Toma Jeito Coração”.
E em abril, o Turma do Pagode dará início à turnê Mixturadin 3. Com 10 datas já confirmadas, o pontapé inicial será no dia 20 de abril, em Florianópolis.
Veja abaixo as datas confirmadas:
20/04 – Florianópolis
14/06 – Rio De Janeiro
21/06 – Curitiba
28/06 – Londrina
05/07 – Vitória
09/08 – Goiânia
23/08- Belo Horizonte
20/09 – Porto Alegre
22/11 – Brasília
29/11 – São Paulo
Sobre o Turma do Pagode
Influenciados por grandes nomes do samba e do pagode dos anos 90, o Turma do Pagode é formado por Leiz (tantã e vocal), Caramelo (banjo e vocal), Rubinho (pandeiro), Thiagão e Neni (percussão), Marcelinho TDP (cavaquinho), Leandro Filé (violão) e Fabiano Art (surdo).
O grupo iniciou sua trajetória no início dos anos 2000 tocando na noite paulistana e, em mais de 20 anos de carreira, produziu uma extensa discografia – 13 álbuns e 8 DVDs – e inúmeros hits, como “Lancinho”, “Camisa 10”, “Deixa em Off”, “Sua Mãe Vai me Amar”, “Cobertor de Orelha”, entre outros.
Em 2020, o grupo chegou aos 20 anos de carreira como um dos principais nomes do samba e pagode, resultado de trabalho árduo e constante aprimoramento. E após rodar o país – e também os Estados Unidos e a Europa – com a turnê TDP 20 – Nossa História, lança um novo trabalho.
No audiovisual, gravado ao vivo, em agosto, em São Paulo, o grupo paulistano retoma um de seus projetos de maior sucesso: “Mixturadin”. Com um repertório que mescla hits do gênero e canções inéditas, o clássico e o contemporâneo do samba e pagode, “Mixturadin 3” conta com participações especiais de Thiaguinho, Ferrugem, Sorriso Maroto, Dilsinho, Belo, Rodriguinho, Mumuzinho, Kamisa 10 e Xande de Pilares.
Atualmente, o grupo soma 10 milhões de seguidores nas redes sociais, 7.6 milhões de ouvintes mensais no Spotify, 2.7 bilhões de visualizações no canal oficial no Youtube e mais de 5 bilhões de aúdio/vídeo streams nas plataformas musicais.
A importância da consistência e autenticidade no mercado musical
O mercado musical brasileiro é um cenário competitivo e desafiador. Segundo dados da União Brasileira de Compositores (UBC), mais de 500 mil pessoas estão registradas como artistas no país, todas em busca de um espaço nesse universo tão concorrido. Mas, em meio a tantos talentos, o que realmente diferencia aqueles que alcançam o sucesso dos que ficam pelo caminho?
A resposta está na consistência. Construir uma carreira musical não se resume a talento ou competência – é preciso continuidade, estratégia e autenticidade. Muitos artistas, na ânsia de ganhar notoriedade rapidamente, recorrem à compra de seguidores e engajamento artificial nas redes sociais. Mas qual o real impacto disso? Nenhum. Afinal, robôs e perfis fake não compram ingressos, não assistem a shows e muito menos criam uma base fiel de fãs.
Em contrapartida, artistas que investem em um trabalho orgânico, com conexão genuína com o público, constroem uma base sólida que se reflete tanto nas plataformas digitais quanto nos palcos. Um grande exemplo dessa trajetória consistente é Lello Cantor, um dos destaques do samba e pagode no Brasil.
Lello: autenticidade e crescimento real
Com mais de 60 mil seguidores no Instagram, quase 1 milhão de visualizações no YouTube e 100 mil plays no Spotify, Lello Cantor é prova de que a autenticidade gera resultados concretos. Sua carreira começou nos anos 90, quando ainda na escola compôs sua primeira música para um festival. Desde então, sua jornada tem sido marcada por superação e paixão pela música.
Ao longo dos anos, Lello consolidou sua identidade musical, transitando pelo rap, samba e pagode, até firmar seu nome como artista solo. Seu repertório inclui sucessos como “Risco e Porre”, “Seu Brinquedo”, “Pra Gente Se Amar” e muitas outras canções que conquistaram espaço nas plataformas digitais e nas playlists dos fãs do gênero.
Mais do que números, Lello construiu uma comunidade real de ouvintes. Para ele, o mais importante é que cada seguidor seja um possível espectador nos shows, um ouvinte engajado e alguém que realmente se conecta com sua música.
“Eu sempre acreditei que números vazios não constroem carreira. Prefiro ter um público menor, mas verdadeiro, do que milhões de seguidores que não interagem ou que sequer existem. No fim do dia, são as pessoas reais que lotam os shows e fazem a música acontecer.” – Lello Cantor
A batalha diária do artista independente
A realidade é que a música não é uma linha reta. Cada artista precisa enfrentar desafios diários, desde a produção independente até a busca por espaço no cenário nacional. Mas os que persistem, que se dedicam com consistência e verdade, colhem os frutos de um público fiel e engajado.
A pergunta que fica para todos os cantores e músicos que sonham com o sucesso é: se o seu show fosse lotado apenas pelos seus seguidores, ele estaria cheio ou vazio?
No final das contas, o que realmente importa não é apenas crescer nas redes sociais, mas transformar esses números em uma audiência real, presente e apaixonada pela sua arte
A New Direction Productions (@ndp.live), que estreou em 2024 com marcantes turnês (Angel Du$t, Suicial Tendencies, Joyce Manor, Gorilla Biscuits e Shelter), e já tem uma impressionante lista de shows para 2025, celebra 1 anos de atividades neste domingo (9/03, no Espaço Usine) no 1º NDP Fest. A icônica Earth Crisis e a sensação do hardcore Zulu são as atrações principais.
Mais duas forças da música pesada, de distintas gerações, dão ainda mais peso ao festival: Point Of No Return e Black Pantera. Mais três bandas nacionais completam o evento: Clava, Hardgainer e Klitoria.
Sob um toldo na área de carregamento do local, a multi-instrumentista zulu Anaiah Rasheed Sayyid Hadi Muhammad, 26, e o guitarrista Dez Yusuf, 33, suaram durante uma pausa no transporte de equipamentos. Muhammad, vestido com uma túnica com estampa kente, e Yusuf, com longos locs e joias nos dentes, beberam água enquanto se preparavam para um dos maiores shows de suas vidas.
“Muitos de nós, especialmente neste tipo de música, sentimos algum tipo de alienação”, disse Yusuf, referindo-se aos seus companheiros negros de banda. “Mas o que descobrimos é que há muitas pessoas que compartilham esse sentimento.”
Conhecido por sua mistura de hardcore e powerviolence, Zulu está expandindo os limites desses sons para um novo território em seu próximo álbum, A New Tomorrow.
Formada como um projeto solo por Anaiah Lei em 2018 e depois acompanhada pelo guitarrista Braxton Marcellous, a banda de Los Angeles foi completada pelo guitarrista Dez Yusuf, pelo baixista Satchel Brown e pela baterista Christine Cadette.
A New Tomorrow (Flatspot Records) é o primeiro álbum completo da banda, após os EPs Our Day Will Come (2019) e My People..Hold On (2020).
Assumindo a tarefa de autoproduzir o disco, a banda mergulhou no estúdio do colaborador Zach Tuch (Dare, Trash Talk) no vale. Após passar meses experimentando diferentes instrumentações e samples, e puxando influências que vão do reggae ao death metal, o resultado são 15 faixas ecléticas, que logo serão ouvidas ao vivo pelo público latino-americano.
Zulu constrói um senso de comunidade ao longo de A New Tomorrow que também é aparente nos divertidos e caóticos shows ao vivo da banda, que foram quase ininterruptos no ano passado.
Dividindo o palco com artistas que vão de Sasami a Comeback Kid, colegas de gravadora Scowl e Buggin, até tocar em uma série de festivais como o Rokslide da Dinamarca e o Sound and Fury de Los Angeles.
Earth Crisis
Earth Crisis é uma banda de hardcore metal nascida em 1991 em Syracuse, área localizada na região do Centro de Nova Iorque, influência crucial para o desenvolvimento do próprio hardcore e do gênero metalcore. A banda também é pioneira na conexão da música com o movimento vegan straight edge.
A banda criou hinos furiosos e diretos, espalhando sua mensagem de libertação animal e humana em todo o mundo, uma música agressiva para indivíduos que procuram um caminho reto no meio de um mundo de caos. Sua mensagem politicamente carregada levou a banda a revistas como a Rolling Stone e até mesmo à MTV nos anos 90, como o hino máximo ‘Firestorm’.
De acordo com o vocalista Karl Buechner em entrevista ao The Meep Meep Podcast, o Earth Crisis está preparando um novo 7 chamado Vegan ‘For The Animals’.
Point of No Return
O Point of no Return voltou em 2024 inicialmente para divulgar o disco póstumo ‘The Language of Refusal’ e retorna em 2025 com esta turnê histórica ao lado do Earth Crisis.
Fundada em 1996 com três vocalistas e carregando a bandeira vegan nas letras, além de questões políticas, a sonoridade traz uma fusão explosiva do hardcore punk com peso do moshcore. Depois de lançar dois álbuns e um EP e fazer extensas turnês pela América do Sul e Europa no início dos anos 2000, a banda entrou em um hiato em 2006.
‘The Language of Refusal’ se refere ao hardcore punk como uma comunidade transnacional, uma forma de arte e um meio de expressão para aqueles descontentes com a forma como as coisas são. As músicas abordam algumas das questões mais urgentes da atualidade, como o desmatamento e a exploração laboral na floresta amazônica, as desigualdades do aquecimento global, a ascensão do populismo conservador global e os desafios de organizar movimentos políticos dissidentes.
Black Pantera
Black Pantera
Uma das maiores revelações do rock no Brasil nos últimos anos fará a abertura do show único do grupo britânico Sleaford Mods, dia 2 de novembro, em São Paulo (Carioca Club): Black Pantera.
Formado pelos irmãos Charles Gama (vocal e guitarra) e Chaene da Gama (baixo), além do baterista Rodrigo Pancho, o Black Pantera vem se destacando pela energia alucinante de seus shows e por músicas que tratam de racismo e preconceito.
O disco mais recente da banda, “Perpétuo”, é mais um petardo antirracista desse trio de músicos negros que vem, há uma década, marcando seu nome na cena alternativa nacional.
Recentemente o Black Pantera se apresentou nas edições 2024 do Rock in Rio e do Knotfest.
SERVIÇO
NDP Fest em São Paulo
Data: Domingo, 9 de março de 2025
Local: Espaço Usine
Endereço: Rua Barra Funda, 973 – Barra Funda, São Paulo/SP