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‘Espetáculo Cancelado’, que reúne circo e comédia, será apresentado pela Cia. Fundo Mundo dia 25 em São Paulo
Publicado
1 ano atrásem
Por
Ocimar Freitas
Contemplada pelo ProAC, a peça da companhia circense formada exclusivamente por pessoas trans, travestis e não binárias, propõe uma crítica ao moralismo desenfreado
Um espetáculo que reúne circo e comédia e retrata o pânico moral e a censura em torno de liberdade expressões artísticas, especialmente as que abordam gênero e sexualidade. Assim é “Espetáculo Cancelado”, da Cia. Fundo Mundo, que terá sua terceira e última pré-estreia neste domingo (25/08), às 19h, na LoveNox, em São Paulo. A entrada é gratuita, mediante reserva através do Instagram da @ciafundomundo
Palhaçaria, acrobacia de solo, malabarismo, manipulação de fogo e de chicote, contorção e faquirismo fazem parte do espetáculo, que teve sua primeira pré-estreia dia 11/08, e é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Economia Criativa e Programa de Ação Cultural (ProAC).

Formada por Helen Maria, Lui Castanho, Noam Scapin e Vulcanica Pokaropa, a Cia Fundo Mundo é formada exclusivamente por pessoas trans, travestis e não binárias. Tem como objetivo explorar e extrapolar as fronteiras de gênero e sexualidade, utilizando seus próprios corpos como motores de pesquisa e criação.
Moral e bons costumes
O ‘Espetáculo Cancelado’ aborda sobre a repercussão da apresentação de circo de um grupo de pessoas trans que é literalmente invadida por defensores da moral e dos bons costumes e não vão permitir que “esse circo de pervertidos” aconteça. “Diz-se que seria um espetáculo picante, que trabalha a arte circense no âmbito dos desejos e do prazer. Pior ainda: esse espetáculo estava sendo feito com dinheiro público! Eis que um grupo de cidadãos de bem, autointitulados “Patriotas pela Arte”, decide intervir e acabar com essa pouca vergonha!”, descreve a sinopse.
O tumulto causado pelo grupo, que além de mexer no cenário, confisca objetos de cena e ainda usa o picadeiro como palanque de seus ideais conservadores. No entanto, por trás do repúdio, há uma crescente curiosidade e desejo por este universo proibido. Ao final do percurso fica nítido que o espetáculo cancelado acabou sendo (involuntariamente?) apresentado por seus canceladores.

“Temos visto ao longo dos últimos anos o crescente repúdio por expressões artísticas que abordam temáticas de gênero e sexualidade, como o caso notório da exposição Queer Museu (2017) que foi cancelada após ataques conservadores. No meio circense, apesar de ter menor repercussão, esse tipo de retaliação também acontece. Somos frequentemente questionados por pessoas que acham que, por sermos um grupo de pessoas trans, não fazemos Circo ‘de verdade’. Nossa obra ‘Espetáculo Cancelado’ é uma resposta bem-humorada a esses questionamentos. A partir da caricatura do conservadorismo temos o objetivo de gerar a reflexão: afinal, o que pode ou não estar em cena?”, questiona Lui Castanho, integrante da Cia Fundo Mundo e idealizador do projeto.
Jogo de poder
Livremente inspirado em “O Balcão”, de Jean Genet, a obra utiliza os jogos de poder entre os diferentes papeis sociais para abordar questões do Brasil polarizado do século XXI. Ao trazer esta discussão para o centro do picadeiro, a companhia circense formada exclusivamente por pessoas trans, travestis e não binárias, propõe uma crítica ao moralismo desenfreado que tenta ditar as regras do que é ou não é circo, do que pode ou não estar em cena.

Streaming ao vivo
As três apresentações de pré-estreia do ‘Espetáculo Cancelado’, nos dias 11,18 e 25 de agosto, terão streaming ao vivo e aberto, através do canal da Cia Fundo Mundo no YouTube. É possível acessar o link através do Instagram da @ciafundomundo
Sobre a Cia Fundo Mundo:
A Cia. Fundo Mundo foi criada em 2017. É um grupo formado exclusivamente por pessoas transgêneras, travestis e não binárias, que se reúne sob o entendimento de que o corpo trans, como corpo diverso, é dotado de potência. Seu mote é explorar e extrapolar as fronteiras de gênero e sexualidade, utilizando seus próprios corpos como motores de pesquisa e criação. O grupo conta com quatro artistas circenses, de especialidades variadas, dentre elas: acrobacia, acrobacia aérea, bambolê, malabarismo, manipulação e palhaçaria. Seu fazer artístico, porém, ultrapassa as barreiras do circo, agregando performance, teatro, música e poesia. Ainda, o grupo se dedica à experimentação em novos equipamentos circenses, utilizando materiais e composições não convencionais na busca por inovação.
Com pesquisa constante em palhaçaria, o grupo tem o humor como uma de suas características mais marcantes, utilizando-o como ferramenta para abordar assuntos que comumente são encarados como tabu. Além disso, a Cia Fundo Mundo tem um profundo compromisso com a comunidade trans, promovendo ações para contribuir na formação de profissionais trans na cena circense (através de oficinas, laboratórios e rodas de conversa), bem como ações para resgate e memória de artistas circenses dissidentes (a exemplo do documental e da publicação “Circo em Transição”, que reúne a pesquisa do grupo acerca da história de pessoas trans no circo brasileiro).
Ficha Técnica do Espetáculo Cancelado
Idealização: Cia Fundo Mundo e Rafaella Uhiara
Elenco: Helen Maria, Lui Castanho, Noam Scapin e Vulcanica Pokaropa
Dramaturgia: Helen Maria, Lui Castanho, Noam Scapin, Rafaella Uhiara e Vulcanica Pokaropa
Direção: Rafaella Uhiara e Cia Fundo Mundo
Provocação Cênica: Cibele Mateus
Elenco de apoio: Furcifer Scher e Isadosky
Preparação Circense: Tássio Folli
Sonoplastia: Rodrigo Florentino
Iluminação: Nero Heike
Figurino: Eduardo Fernandes
Técnico de Segurança: Dennis Inoue
Produção Artística: Lui Castanho
Produção Executiva: Juno Nedel
Identidade Visual e Design Gráfico: Felipe Quérette
Redes Sociais: Danny Voir
Assessoria de Imprensa: EBF Comunicação
LIBRAS e Audiodescrição: Maré Dissidente
Fotografia de Estúdio: Danny Voir
Teaser: Cássio Kelm
SERVIÇO:
Espetáculo Cancelado da Cia Fundo Mundo
Última Pré-estreia: Dia 25, domingo, às 19h
Local: LoveNox – Rua Conde de Sarzedas, 136, Sé, São Paulo/SP
Ingressos: Gratuitos, somente mediante reserva através do Instagram da @ciafundomundo (sujeito a lotação)
Classificação Indicativa: maiores de 18 anos
Saiba mais sobre a Cia Fundo Mundo:
Site: http://www.ciafundomundo.com
Facebook: /ciafundomundo – Instagram: @ciafundomundo
Contato: E-mails: ciafundomundo@gmail.com (grupo) ; luicastanhocosta@gmail.com (produtor)
Whatsapp/telefone: (48)991150414 (Lui Castanho, produtor)
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Proteção e Corpo: Quando o Peso Conta Uma História
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Muitas vezes, o ganho de peso é visto apenas como um número na balança — mas ele pode significar muito mais do que isso. Como explica a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli, “às vezes, o ganho de peso é mais do que apenas números na balança. Pode ser uma forma de proteção que o nosso corpo encontra para lidar com traumas e medos.”
Essa perspectiva amplia a compreensão sobre o corpo, tirando o olhar do julgamento e direcionando para o acolhimento. O corpo fala, reage e cria mecanismos para sobreviver emocionalmente. E, em muitos casos, o acúmulo de peso pode ser uma resposta a experiências difíceis, inseguranças, exaustão emocional ou até processos inconscientes de autopreservação.

Segundo a Dra. Carolina, “aprender a ouvir nosso corpo e compreender suas necessidades é essencial para a jornada de autocuidado e acolhimento.” Quando começamos a olhar para o peso não como falha, mas como linguagem, abrimos espaço para entender o que realmente precisa de atenção.
Por isso, quando uma pessoa tenta emagrecer e não consegue, não significa falta de esforço, disciplina ou vontade. Há vezes em que o corpo está tentando proteger você de algo que ainda não foi trabalhado. Como ela mesma ressalta: “Se você está tentando emagrecer e não está conseguindo, pode ser que algo mais profundo esteja travando esse processo. E eu posso te ajudar a descobrir essa trava.”
Em outras palavras: antes de mudar o corpo, é preciso escutar o que ele está tentando dizer.

Esse é o caminho da saúde de verdade — aquela que olha o indivíduo por inteiro.
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“Quando o corpo pede pausa” Entendendo a fadiga que não passa
Publicado
3 semanas atrásem
17 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Dra. Carolina Mantelli explica por que o cansaço constante nem sempre é normal
Sentir-se cansada(o) de vez em quando faz parte da vida. Mas quando a exaustão se torna profunda, constante e não melhora nem com descanso, o corpo está enviando um alerta claro. Como destaca a Dra. Carolina Mantelli, “fadiga excessiva não é frescura — é um sintoma que merece atenção.”
Essa sensação de esgotamento pode ter origem hormonal, nutricional ou metabólica. E, muitas vezes, o problema não está apenas nos hábitos, mas em desequilíbrios internos que passam despercebidos. Segundo a especialista, “o cansaço que limita a sua rotina dificilmente é ‘normal’; ele tem uma causa, e ela precisa ser investigada.”
Quando o hormônio desequilibrado vira cansaço acumulado
Entre as causas mais comuns, o hipotireoidismo é uma das principais. Quando a tireoide funciona lentamente, todo o metabolismo desacelera. A Dra. Carolina explica: “uma tireoide lenta rouba energia, altera o peso, afeta o humor e até o intestino.”
Outro fator importante é o cortisol, o hormônio do estresse. Ele pode estar elevado — nas fases de sobrecarga — ou baixo, quando há exaustão adrenal. Nos dois casos, o resultado é o mesmo: um corpo sem força. A queda da testosterona, inclusive em mulheres, também merece atenção. “Testosterona baixa não é só libido baixa; é perda de energia, de força e de ânimo para a vida”, reforça a endocrinologista.
Nas mulheres, o desequilíbrio entre progesterona e estrogênio, como ocorre na pré-menopausa, menopausa ou SOP, impacta diretamente sono, humor e disposição diária.
Quando os exames revelam mais do que o espelho
Além dos hormônios, o cansaço persistente pode vir de déficits nutricionais. Baixa ferritina, deficiência de ferro, pouca vitamina B12 ou vitamina D, níveis reduzidos de magnésio, hipoglicemia ou até resistência insulínica são gatilhos frequentes de fadiga contínua.
Como alerta a Dra. Carolina Mantelli: “não basta olhar apenas para a glicemia normal; o corpo dá sinais muito antes de um exame tradicional acusar problema.”

E agora? O que fazer quando o cansaço já virou rotina?
Se a sensação de esgotamento faz parte do seu dia a dia, é hora de investigar com profundidade.
A orientação da especialista é clara:
* “Não aceite viver cansada(o). Procure avaliação médica completa.”
* Realize exames hormonais e laboratoriais adequados
* Analise sono, alimentação, estresse e rotina
* Trate a causa — não apenas os sintomas
O corpo fala — e a fadiga é um pedido de ajuda
No fim das contas, a fadiga crônica é um recado direto do organismo. Pode ser físico, emocional, hormonal ou a soma de tudo isso. Cuidar de si é mais do que autocuidado; é um ato de consciência.
Como resume a Dra. Carolina Mantelli: “quando você escuta seu corpo, você devolve a ele a energia de viver bem.”
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