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Em nova fase de restrição da pandemia, críticas sócio-ecológicas ganham releitura artística

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Em nova fase de restrição da pandemia, críticas sócio-ecológicas ganham releitura artística, nos alertando sobre as mudanças constantes em que vivemos
O projeto ANTHROPOCENE: Dear Amazon 2019/2021, provoca uma profunda reflexão sobre como nossos atos no presente ecoam no futuro, tendo como exemplo a própria necessidade de se adaptar constante para o mundo digital durante a pandemia do Covid-19

Foto: Divulgação

Com o intuito de levar mais cultura para os brasileiros, o projeto ANTHROPOCENE: Dear Amazon 2019/2021, traz um projeto lounge, que inicialmente seria realizado apenas de forma física no espaço do Centro Cultural Coreano, agora também terá a exposição online pelo canal do Youtube, garantindo assim a saúde e segurança de todos, foi desenvolvido pelo Ilmin Museum of Art. Reunindo oito grupos, entre eles: artistas coreanos, designers, literatos, diretores de animação, ativistas ambientais e especialistas de estúdios de jardinagem, todos participaram e conduziram diálogos entre artistas brasileiros e espectadores coreanos, visando uma nova perspectiva artista da história do brasil sob a ótica da arte moderna sul coreana.

O Ilmin Museum of Art em sua mais nova mostra busca explorar o discurso sobre o Antropoceno. Deste modo, determinaram uma região para iniciar o Projeto de Arte – a Amazônia. A escolha foi feita principalmente porque atendeu às características distintas da história cultural do Brasil, à partir do pensamento de que “aqueles que não são sujeitos da antropologia”, como o não-Ocidente, a não-modernidade e o não-humano são analisados da perspectiva pan-cósmica do nativo.

Seguindo a história do modernismo brasileiro, no qual escritores e intelectuais brasileiros no início do século 20 magicamente criaram uma distinção entre “eu” e “outros”, literalmente “devorando e digerindo” a cultura europeia. Posteriormente, a antropofagia serviu de base para moldar o Tropicalismo e o Cinema Novo, duas forças motrizes que levantaram discursos sobre atitudes resistentes, raça, gênero, sexo e liberdade individual, desconstruindo oposições binárias de produtos culturais como o erudito e o popular, tradição e modernidade, e o nacional e o internacional em meados do século XX.

ANTHROPOCENE: Dear Amazon 2019/2021, não trata diretamente das questões ambientais, porém, ao mesmo tempo, aborda a noção de antropoceno do Brasil. Em vez disso, a mostra pretende abordar esteticamente este conceito sociocientífico que ainda não nos é familiar. Começando pela questão básica, “O que é um ser humano?”
A exposição foi projetada para trazer um forte olhar sob as convicções e verdades estereotipadas que consideramos naturais de um ponto de vista subversivo, apresentando assim ideias e comportamentos multidimensionais para reorganizar novamente a história da Terra em um espaço e tempo pan-cósmico tornado possível pela imaginação artística. Tem servido como uma oportunidade para os espectadores descobrirem o presente no passado e preverem o futuro através de aspectos do presente, explorando seus próprios coordenadores em um tempo estranho em que olham para o passado e o presente no tempo do futuro.

Trazendo uma nova perspectiva dos povos indígenas da América do Sul, podemos relembrar o quanto nossa percepção e preconceito, considerando apenas ao homo sapiens, como humanos era arrogante. Seremos capazes de viver o Antropoceno de maneira mais humilde e justa quando percebermos todas as coisas, incluindo todos os animais, deuses, os mortos, plantas, clima, corpos celestes e artefatos como humanos com um conceito abrangente e reconhecer o fato de que homo sapiens também são objetos para outros seres.

Lembremos o manifesto de Oswald de Andrade, no qual o artista chamou o ano em que o modernismo brasileiro nasceu, há 100 anos, 374 anos após a deglutição do bispo Sardinha. É hora de bebermos da imaginação de Oswald de Andrade, que nos apresentou naquele ano (1556) quando os índios sul-americanos devoraram o bispo europeu em uma das tentativas de edificação e esclarecimento em nome do catolicismo.

Exposição Física X Online
Uma das missões do Centro Cultural Coreano Brasil é levar mais cultura, diversão e entretenimento para os brasileiros.
Desde março do ano passado, o Centro, assim como quase todo mundo, precisou se reinventar e começar a usar mais a tecnologia como sua aliada. Por isso, todas as aulas, dicas e tudo o que se realizava de atividade física no espaço da Paulista, migrou para o digital, em especial para as redes sociais do Kccbrazil (Facebook,Youtube e Instagram).
Com o avanço dos meses e a chegada da vacina, inicialmente esperava-se que os eventos de forma presencial voltassem aos poucos a acontecer. Entretanto, com as novas medidas restritivas, isso acabou se tornando inviável, sendo então a única solução para continuar levando conhecimento para os lares brasileiros, empregando definitivamente a fusão do digital com o físico, para que as pessoas ainda possam ter toda a experiência e conhecimento que os eventos do Centro Cultural Coreano proporcionam. Inicialmente está prevista a abertura para conferir a exposição no Centro, que fica localizado na Avenida Paulista 460, a partir do dia 1 de abril, data prevista para o fim da quarentena obrigatória.
Mesmo com a abertura parcial para visitação, o Centro sempre se preocupa com a saúde de seus visitantes e colaboradores, empregando todas as medidas de segurança necessárias, tais como agendamento para visitação, incluindo as exposições com hora marca, evitando assim aglomerações; disponibilização de álcool em gel em vários pontos estratégicos do Centro e também a verificação de temperatura na porta de entrada do estabelecimento.

Serviço
ANTHROPOCENE: Dear Amazon 2019/2021
Datas: De 20 de março a 17 de abril
Valor: Gratuito
Local: Centro Cultural Coreano no Brasil – Avenida Paulista, 460
Ingressos: Eventbrite
Canal no Youtube para conferir a exposição de forma online: Centro Cultural Coreano no Brasil

Sobre o Centro Cultural Coreano Brasil:
Desde 2013 o Centro Cultural Coreano Brasil tem como objetivo apoiar o intercâmbio cultural entre os países, trazendo para o público brasileiro informações concisas, cursos da língua coreana, aulas de Taekwondo e culinária, eventos musicais e exposições sobre diversos temas envolvendo a Coreia do Sul.
Em suas redes sociais, especialmente no Youtube, no canal do Centro Cultural Coreano ( kccbrazil), atualmente com quase 36 mil inscritos, é possível acessar conteúdos didáticos e divertidos sobre: culinária, esportes, Kpop, língua coreana, festivais da cultura e muito mais.

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