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Elian Almeida abre exposição em São Paulo – Pessoas que eram coisas que eram pessoas – Dia 13 de maio, na Galeria Nara Roesler

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Em sua primeira mostra individual na cidade, artista carioca apresenta conjunto de pinturas inéditas que abordam a cultura e memória afro-brasileira, com foco nas manifestações culturais do Recôncavo Baiano

Dia 13 de maio, 11h-15h

Em cartaz até 23 de julho de 2023

Nara Roesler São Paulo tem o prazer de anunciar Pessoas que eram coisas que eram pessoas, primeira individual do artista carioca Elian Almeida na cidade. Acompanhada por ensaios críticos de Keyna Eleison e Luiz Antônio Simas, a mostra apresenta um conjunto de pinturas inéditas, resultado do aprofundamento da pesquisa de Almeida sobre a cultura e memória afro-brasileira. Nos novos trabalhos, o artista se debruça sobre as manifestações culturais do Recôncavo Baiano. A exposição abre ao público no dia 13 de maio e segue em exibição até 23 de julho de 2023.

O deslocamento, no trabalho de Almeida, se dá em via dupla: temporal e espacial. “Nasci duas vezes no mesmo lugar”, o artista costuma afirmar. O local a que se refere é a região do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, um dos principais pontos de chegada e comercialização de negros a serem escravizados no Brasil durante o século XIX. Para Almeida, o nascimento é duplo, pois a chegada de seus ancestrais, séculos antes, neste mesmo porto, na condição de “coisas” e não “pessoas”, é um fato histórico que determinou seu nascimento, neste mesmo lugar, no ano de 1994. Esta constatação revela o quanto a prática de Almeida busca entrelaçar diferentes tempos e narrativas a sua própria biografia. No entanto, a sensibilidade de sua abordagem faz com que suas pinturas extrapolem o campo biográfico, abrangendo a experiência de outros corpos racializados no Brasil.

O artista, que já realizou pinturas baseadas no fluxo de africanos abduzidos de sua terra natal e traficados para serem escravizados no Novo Mundo, agora volta-se para diásporas no território brasileiro, em especial, na diáspora da população baiana para o Rio de Janeiro. Almeida vê nessa migração as origens de um encontro cultural que fomentaria a emergência de expressões de resistência da cultura afro-diaspórica, em especial no território conhecido como Pequena África, no Rio de Janeiro.

O fio condutor da pesquisa que o artista desdobra nos trabalhos que fazem parte da exposição é a religiosidade manifestada em práticas sincréticas. O Recôncavo baiano, nome dado à região geográfica ao redor da Baía de Todos os Santos, na Bahia, e cujo mapa figura em uma das pinturas da exposição, é um território rico em tradições culturais africanas, tendo em vista o grande afluente de indivíduos daquele continente que ali chegaram. Nesse contexto, floresceram irmandades secretas de negros escravizados, como a Irmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos. Ainda que, em um primeiro momento essas comunidades fossem abrigadas no interior de igrejas católicas com, as irmandades se constituíram como espaço de encontro e convívio de pessoas que compartilhavam vivências de exílio e submissão forçadas.

As pinturas de Almeida visam destacar como a assimilação de elementos do catolicismo foi uma das estratégias encontradas pela população escravizada para a sobrevivência de suas manifestações culturais subalternizadas. Em suas telas, o artista articula imagens e gestos provenientes dos dois universos religiosos e em grande partes das composições, a branquitude é representada a partir de objetos como oratórios, esculturas, mobiliários e, até mesmo, através de detalhes da arquitetura, como a típica azulejaria portuguesa. Já os elementos da cultura afro-brasileira, em especial aqueles que constituem a Umbanda e o Candomblé, aparecem na vivacidade dos gestos e nos elementos rituais, como guias, danças e ervas, criando contrapontos entre as esferas material e espiritual.

O artista também apresenta uma série de telas de cenas rituais, como a lavagem da escadaria do Bonfim, ou cenas de danças e ritmos consagrados aos orixás. Um dos destaques da exposição é o quadro em que o artista faz menção à lei do ventre livre, tema que já havia investigado anteriormente em outros trabalhos. Promulgada em 1871, a lei atribuía, a partir daquele momento, liberdade aos filhos de mulheres escravizadas. Na pintura, uma mulher negra, prestes a dar à luz, é representada deitada sobre o chão de um sobrado colonial, acompanhada por uma rezadeira. Para Almeida, essa imagem representa a potência de renovação presente no ato de nascer, servindo como uma metáfora para as possibilidades de transformação que o futuro apresenta.

No entanto, para Almeida é o apagamento que se constitui como a maior forma de violência existente, contra a qual busca apontar em seu trabalho. O artista tem como alvo não só a negação do direito à memória em decorrência do empreendimento colonial, mas também as lacunas de lembranças pessoais de pessoas racializadas, devido à violência dos traumas a que são submetidos na sociedade.

Em Pessoas que eram coisas que eram pessoas, Almeida reúne símbolos e imagens provenientes de uma ampla pesquisa iconográfica, para criar composições sincréticas que atravessam tempos na proposição de um novo imaginário mítico, não por remeterem a um tempo heróico, mas pela tentativa de retraçar possíveis origens para a cultura afro-brasileira, demonstrando como a disputa de narrativas também se dá através da proposição de novas formas de representação.

 

Serviço:

Elian Almeida – Pessoas que eram coisas que eram pessoas

De 13 de maio a 23 de julho de 2023

 

Galeria Nara Roesler | São Paulo

Av. Europa, 655

Jardim Europa – São Paulo – SP

T 55 (11) 2039 5454
info@nararoesler.art

Seg a Sex | 10h–19h
Sáb | 11h–15h

 

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Dany & Diego realizam shows nas cidades paulistas de Aparecida e Americana

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O próximo final de semana será bastante agitado para Dany & Diego. Além de conciliar a agenda de shows com participações em programas de televisão e rádio, a dupla também está em estúdio preparando uma grande novidade que será lançada ainda neste primeiro semestre. Os irmãos de Santa Bárbara d’Oeste, interior do Estado de São Paulo, estarão realizando shows em duas cidades paulistas.

Na sexta-feira (03), Dia do Sertanejo, a dupla estará se apresentando a partir das 9h, em um evento da Rádio Aparecida, na cidade de Aparecida ao lado de outros grandes artistas como Cacique & Pajé, Durval & Alladin, Adriana Sanchez, Moacyr & Sandra, Mariangela Zan, Donizeti Camargo, Micarla, entre outros. O evento terá transmissão pela Rádio Aparecida, Rádio Pop, Youtube e pelo aplicativo Aparecida. Acompanhe o show através do site https://www.a12.com/radio/dia-do-sertanejo.

Dany & Diego realizam shows nas cidades paulistas de Aparecida e Americana

No sábado (04), a dupla segue para a cidade de Americana para realizar um grande show durante a 6º Festa de Santa Rita de Cássia. O evento vai acontecer no Jardim das Orquídeas. Além de uma grandiosa praça de alimentação, o espaço também contará com segurança, brigadistas, banheiro químico, mesas com cadeiras, além de brinquedos para as crianças como cama elástica e pula-pula.

O último projeto em estúdio gravado pela dupla, intitulado “In Studio”, teve quatro faixas. “Misturei saudade”, “Não tem você”, “Tomara que ele beije mal” e “Sempre fui eu”, foram gravadas no Estúdio Balada Music, em Goiânia/GO. A produção musical ficou a cargo de Newton Fonseca, e a direção de vídeo de André Caverna. O EP está disponível em todas as plataformas de distribuição digital.

DANY & DIEGO
A dupla Dany & Diego é sucesso em todo o Brasil com músicas como “Bate a bota no chão”, gravada com Teodoro & Sampaio, “Cabulosa”, “Tempo ao tempo”, “Aqui só tem filé”, “Chuva fina”, “Volta”, “Então tá” que contou com a participação do cantor Gusttavo Lima, e “Bruto e bão” com Carreiro & Capataz. Em 27 anos de carreira, Dany & Diego colecionam cinco CDs, um DVD e dois EPs.

Para ouvir suas músicas e conhecer um pouco mais de Dany & Diego, acesse as redes sociais:

Instagram: https://www.instagram.com/danyediegooficial
Facebook: https://www.facebook.com/danyediegooficial
Youtube: https://www.youtube.com/@danyediegooficial

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Hotel gera empregos e aquece economia de Paulínia com novos investimentos

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Nas últimas semanas o hotel Sleep Inn Paulínia, localizado na cidade de Paulínia, interior do Estado de São Paulo, inaugurou mais 40 novos quartos, totalizando 120. Direto e indiretamente, diversos setores da economia do município foram beneficiados. Setores de construção, por exemplo, com a aquisição de materiais para obras e acabamento, estão entre eles.

“Desde o início do ano, estamos trabalhando para concluir e entregar novos quartos. Além de aquecer a economia local com a compra de material de construção, acabamento, proporcionamos também conforto, segurança, tecnologia e empregos indiretos temporários e diretos para algumas funções como camareira e recepcionista”, conta Ewerton Senne, diretor do Sleep Inn Paulínia.

O hotel, segue constantemente trabalhando para garantir ao hóspede um melhor conforto e segurança. De acordo com o diretor do Sleep Inn Paulínia, em breve, mais novidades serão apresentadas no empreendimento. “Estamos reestruturando novos quartos para que sejam maiores e mais confortáveis, superando a expectativa de quem busca uma excelente hospedagem na cidade”, garante Senne.

SLEEP INN PAULÍNIA
Inaugurado em 2021, o Sleep Inn Paulínia está localizado em uma das cinco entradas da cidade, próximo à prefeitura, ao Theatro Municipal e ao Sambódromo. O hotel pode ser facilmente acessado pelas Rodovias Anhanguera, Dom Pedro I e Professor Zeferino Vaz, estando apenas a 37 km do Aeroporto de Viracopos.

Sleep Inn Paulínia possui uma estrutura de 5.500m² e conta com 120 apartamentos, duas salas de reunião para até dez pessoas, uma sala de eventos para até 50 pessoas em auditório, restaurante, academia, piscina, Wi-Fi cortesia, loja de conveniência, café da manhã e serviço de coffee break, figurando entre as opções para todos os públicos – corporativo e a lazer

Com uma infraestrutura completa, o Sleep Inn Paulínia também possui apartamentos adaptados para PCDs garantindo conforto e comodidade em sua estada, além de oferecer a possibilidade dos viajantes se hospedarem com seus pets, uma vez que é Pet Friendly.

Para conhecer mais sobre o Sleep Inn Paulínia, acesse o site https://www.reserveatlantica.com.br/hotel/sleep-inn-paulinia.

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A distorção da imagem corporal

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A distorção da imagem corporal é uma condição em que uma pessoa tem uma percepção distorcida de sua própria aparência física. Isso pode resultar em uma preocupação excessiva com o peso, forma corporal e aparência, independentemente do quão magra ou saudável a pessoa realmente seja. Essa distorção pode levar a comportamentos alimentares prejudiciais, como dietas extremas, restrição calórica excessiva, compulsão alimentar ou até mesmo distúrbios alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa ou transtorno de compulsão alimentar periódica.

A distorção da imagem corporal pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo pressões sociais e culturais, experiências passadas, influências familiares, mídia e padrões de beleza irrealistas. Muitas vezes, as pessoas com distorção da imagem corporal se comparam a imagens idealizadas ou manipuladas de corpos encontradas na mídia, o que pode levar a uma percepção distorcida de sua própria aparência.

Os sintomas da distorção da imagem corporal podem variar de leves a graves e podem incluir:

Preocupação excessiva com o peso, forma corporal e aparência.
Comportamentos obsessivos em relação à alimentação, como contar calorias obsessivamente, evitar certos alimentos ou seguir dietas extremas.
Evitar situações sociais que envolvem comida ou exposição do corpo.
Comparar-se constantemente com os outros e se sentir inadequado ou insatisfeito com a própria aparência.
Dificuldade em aceitar elogios ou reconhecer conquistas pessoais, independentemente da aparência física.
Desconforto ou ansiedade em relação ao próprio corpo.
A distorção da imagem corporal pode ter sérias consequências para a saúde física e emocional. Pode levar a uma baixa autoestima, ansiedade, depressão, isolamento social, problemas de relacionamento e até mesmo comportamentos de risco, como uso de substâncias ou automutilação.

O tratamento da distorção da imagem corporal geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia nutricional, terapia familiar, apoio emocional e, em casos mais graves, intervenção médica. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a desenvolver uma relação mais saudável e realista com seu corpo, promovendo o autocuidado, a autoaceitação e a resiliência emocional. É importante buscar ajuda profissional se você ou alguém que você conhece estiver lutando com distorção da imagem corporal, pois o apoio adequado pode fazer uma grande diferença na recuperação e no bem-estar geral.
A relação entre distorção da imagem corporal e emagrecimento pode ser complexa e multifacetada. Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses dois conceitos podem estar interligados:

Percepção distorcida do corpo: Pessoas com distorção da imagem corporal podem ver a si mesmas como estando acima do peso, mesmo quando estão em um peso saudável ou abaixo do peso. Isso pode levar a uma preocupação excessiva com o emagrecimento, mesmo quando não é necessário.

Comportamentos alimentares prejudiciais: A distorção da imagem corporal pode levar a comportamentos alimentares prejudiciais, como dietas extremas, restrição calórica excessiva ou compulsão alimentar. Esses comportamentos podem ser motivados pela percepção distorcida do próprio corpo e pela busca por um padrão de beleza irrealista.

Busca por validação externa: Pessoas com distorção da imagem corporal podem buscar validação externa por meio do emagrecimento, na esperança de se sentirem melhor consigo mesmas ou de serem mais aceitas pela sociedade. No entanto, a busca excessiva por emagrecimento pode levar a uma relação insalubre com a comida e com o próprio corpo.

Frustração com resultados insatisfatórios: Mesmo após emagrecer, pessoas com distorção da imagem corporal podem ainda se sentir insatisfeitas com sua aparência. Isso ocorre porque a percepção do próprio corpo está enraizada em questões emocionais e psicológicas, em vez de estar relacionada ao peso real.

Impacto na saúde mental: A busca obsessiva pelo emagrecimento pode ter um impacto negativo na saúde mental, aumentando o risco de desenvolver distúrbios alimentares, depressão, ansiedade e baixa autoestima. A distorção da imagem corporal pode perpetuar um ciclo de insatisfação com o corpo e busca incessante por emagrecimento, independentemente das consequências para a saúde.

É importante abordar a distorção da imagem corporal de maneira holística, buscando tratamento que inclua terapia comportamental, apoio emocional, educação nutricional e promoção de uma relação saudável com a comida e com o próprio corpo. O objetivo não deve ser apenas o emagrecimento, mas sim o cultivo de uma autoimagem positiva e o apoio à saúde e ao bem-estar gerais.

DRA. CAROLINA MANTELLI é médica, endocrinologista e metabologista e tem a missão de amenizar a dor física e da alma através do auto resgate.
Criadora do método “Calça Meta”, metodologia criada com o intuito de libertar seus pacientes de amarras de todos os traumas que envolvem o emagrecimento.

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