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Cultura

Depois de um ano de aulas teóricas projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas fecha ano com concertos

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Projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas fecha o ano com dois concertos em Amparo-SP

Depois de quase um ano do início do projeto de formação, professores e alunos se apresentam no dia 24 de novembro e 1º de dezembro na catedral da cidade e na igreja matriz São Sebastião; a entrada é gratuita

O momento de levar ao público o resultado do aprendizado de quase um ano está cada vez mais perto para os 28 alunos que fazem parte do projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA). O processo de formação começou em março na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, e chega ao objetivo final nos últimos dias de 2019.

Depois de cumprir o calendário de aulas teóricas, instrumentais e de prática orquestral, professores e músicos contabilizam na agenda quatro concertos confirmados para os meses de novembro e dezembro. Dois deles acontecem em escolas, enquanto os outros dois são abertos e gratuitos para o público de todas as idades.

A estreia oficial da OJCA acontece no dia 24 de novembro (domingo), às 20h, logo depois do término da missa na Catedral Nossa Senhora do Amparo, no Centro de Amparo. Sete dias depois, 1º de dezembro, a orquestra volta a se apresentar em espetáculo marcado para às 20h30 na Igreja Matriz de São Sebastião, no bairro Ribeirão.

Os concertos trazem um apelo social-solidário em prol do Educandário de Amparo. Os organizadores sugerem a doação de alimentos como bolachas, doces e salgadas, açúcar cristal, achocolatado, leite, suco em pó, entre outros itens para o café da manhã e o lanche da tarde dos assistidos pela entidade.

Projeto vai além do ensino gratuito
A Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA) surgiu a partir da ideia de ex-integrantes da Orquestra Circuito das Águas (OCA), formada por músicos profissionais e que encerrou as atividades no final de 2018. “Podemos considerar que a Orquestra Jovem é ‘filho’ da OCA”, diz o diretor executivo Diego Mozer.

Aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, do governo federal, o projeto vai muito além de sua proposta-base de ensino gratuito de teoria e prática orquestral. O trabalho se aprofunda em aspectos que abrem caminho para o desenvolvimento na formação cultural e social de crianças, jovens e adultos da estância do Circuito das Águas Paulista.
“Por meio do ensino da música, trabalhamos para garantir que a experiência cultural se transforme em ganhos na vida pessoal, no caráter e na prática da cidadania no futuro. Por isso a intenção é fazer com que este pro< span style="widows:2">jeto cresça e atinja mais pessoas nos próximos anos”, enfatiza Mozer.

Após o período de inscrições, o cronograma das 31 semanas de aulas previstas no calendário começou a ser cumprido há sete meses, sempre aos sábados, no Centro de Pastoral São João Paulo II, espaço oferecido pela Paróquia de São Sebastião. Além de teoria e prática orquestral, os alunos dedicam boa parte do tempo aos instrumentos que escolheram para o aprendizado ou aperfeiçoamento – violino, violoncello e viola de arco.

Muitos dos equipamentos utilizados na prática foram financiados pelo próprio projeto na expectativa de atender a faixa mais carente da comunidade. Isso possibilitou a participação de pessoas que tinham o desejo de fazer parte do universo da música clássica, mas enxergavam no aspecto econômico uma barreira intransponível.

Em contrapartida para o conhecimento é preciso seriedade, dedicação e paixão. “Nos propusemos a oferecer um ensino de qualidade, que integrasse todos os tipos de características que um profissional realmente precisa ter tanto na teoria, quanto na prática auditiva, quanto na prática em grupo e nas aulas de instrumentos. O mais importante é que também passamos aos alunos a importância de se ter critérios, olhar crítico e disciplina pa ra se tornar um músico. Em pouco tempo os resultados são bem positivos”, comenta o diretor artístico-pedagógico Joel Brandão.

O corpo docente conta com a experiência de professores que carregam no currículo trabalhos importantes, não só na fase de formação como também como componentes em orquestras no Brasil e no exterior. É o caso da venezuelana Ana Lucia Morales Sánches, formada pelo Sistema de Orquestra Venezuelano e pelo Conservatório de Música do Estado de Aragua.
Com ao menos 25 anos dedicado à música, Ana Lucia é professora de viola no projeto OJCA, além de fazer parte da orquestra comunitária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Fico feliz em participar do projeto e poder compartilhar o conhecimento que tenho. Fazer com que as pessoas descubram a afinidade e se conectem com o desenvolvimento musical é realmente uma missão espetacular. Mesmo com aulas apenas uma vez por semana, já alcançamos ótimos resultados aqui”, diz.

Mudança na maneira de viver
O projeto de formação da Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA) é prova de que nunca é tarde para se lançar em algo novo e desconhecido na vida. Basta aproveitar as oportunidades que surgem e depositar dedicação. É o caso de Anderson Brolesi, que aos 42 anos de idade foi tocado pela música clássica graças aos filhos. Agora, os sábados do aluno são dedicados ao violoncello.

“Meus dois filhos iniciaram aulas de flauta doce em um projeto que antecedeu a esse. Eles levaram a música clássica para o ambiente familiar e isso me despertou o desejo de aprender. Mas, aos 42 anos de idade jamais imaginei que ainda poderia tocar algum instrumento, mas aceitei o desafio. Posso dizer que a música é relaxante, proporciona a paz, uma sensação diferente, uma terapia”, relata Brolezi.

A companhia do filho Leonardo, de 12 anos, nos ensaios traz ainda mais força Anderson Brolezi. “Ele toca violino no projeto OJCA e depois de cada aula, conversamos e trocamos informações sobre as dificuldades, acertos e expectativas. É uma experiência incrível e que vale muito a pena, mesmo com o ‘cello’ sendo um instrumento desafiador e difícil, que exige muita dedicaç&atilde ;o e disciplina”, explica.

Márcia de Almeida gostaria que a filha fizesse parte do projeto de formação da OJCA, mas quem ficou foi ela. “Nunca tive qualquer contato com a música antes e sinceramente sinto mudanças incríveis. Levei tudo o que aprendi nesse período para a minha vida pessoal e profissional. Tive um ganho muito bacana em foco e planejamento. O estudo da música me trouxe tranquilidade e um domínio emocional sem precedentes. É pura magia. Me sinto motivada, sem sintomas de estresse e ansiedade. Não imaginava aprender a tocar violino tão rapidamente, me sinto realizada. Os sábados são os dias mais felizes para mim”, resume.

Ainda jovem, Lorena Isabelle Dias de Souza, 15 anos, fala como o ambiente musical lhe trouxe uma melhor qualidade de vida. “Eu já cantava e comecei a aprender violão, mas era uma pessoa muito tímida. O projeto me vez enxergar o mundo de outra forma. Optei pelo violino para realizar um sonho. A música me ajudou a superar alguns momentos difíceis na minha vida”, conclui.

Serviço
Projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA)
Sede – Amparo-SP
Início – Março de 2019
Alunos – 28
Viabilização – Lei Federal de Incentivo à Cultura
Patrocinadores – Supermercados Sempre Unidos, Supermercado Daólio, Peptan e Rousselot Gelatinas
Programação de concertos de fim de ano
Domingo 24/11 – 20h
Local – Catedral Nossa Senhora do Amparo
Endereço – Praça Monsenhor João Batista Lisboa, 33, Centro, Amparo-SP
Entrada – Gratuita
Domingo 1/12 – 20h30
Local – Igreja Matriz de São Sebastião
Endereço – Rua Dr. Coriolano Burgos, s/n, Bairro Ribeirão, Amparo-SP
Entrada – Gratuita

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Cultura

Virada Cultural confirma Alceu Valença, Péricles e grandes atrações para shows gratuitos dias 24 e 25 de maio

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Com o tema “20 anos em 24 horas”, a Virada Cultural 2025 pretende ser um marco para a cidade e se firmar como o maior evento cultural gratuito do Hemisfério Sul


A Prefeitura de São Paulo acaba de confirmar novos nomes para a Virada Cultural 2025. A organização do evento anunciou artistas como Alceu Valença (Itaquera), Péricles (Guaianases), Pequeno Cidadão (Parada Inglesa), Marcelo Jeneci (Guaianases), Clube do Balanço (Parada Inglesa), DJ Nuts (Tendal da Lapa), Cida Moreira (Praça Dom José Gaspar), Karol Conká (Itaquera) e Wagner Tiso (Praça Dom José Gaspar).

As atrações estarão espalhadas por toda a cidade. Um dos destaques da programação será que alguns dos headliners do evento, como João Gomes e Luísa Sonza, se apresentarão em dois palcos, distribuídos entre o centro e os bairros.

“A nossa estratégia é também levar para a periferia os grandes nomes da música com os seus shows. A atuação ampliada nos bairros, o engajamento de múltiplos setores por meio do diálogo e a valorização da arte em todas as suas formas colocam esta edição uma das mais significativas. É um novo marco para o futuro da política cultural da cidade”, afirma Totó Parente, secretário municipal de Cultura e Economia Criativa.

Além deles, já foram confirmados Michel Teló em Itaquera, o rapper Djonga em Sapopemba, a banda de reggae Maneva em Guaianases, MC Hariel no Ipiranga, Vanessa da Mata em Santana e o rapper Rincon Sapiência na Brasilândia. Há também as parcerias com instituições culturais e festas da cidade, totalizando mais de 800 atrações gratuitas para o público espalhadas por todas as regiões.

A programação completa será publicada, em breve, no site viradasp.com.br

Acompanhe as redes sociais @smculturasp e fique por dentro das novidades.

Mais informações:

 
SECOM – Prefeitura da Cidade de São Paulo
E-mail:
 imprensa@prefeitura.sp.gov.br

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Cultura

Avesso do Avesso

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COM MARCELO SERRADO HELOÍSA PÉRISSÉ 

25 de maio no Tokio Marine Hall

“Avesso do Avesso”, comédia teatral estrelada por Marcelo Serrado e Heloísa Périssé, chega a São Paulo para única apresentação, dia 25 de maio, no Tokio Marine Hall. A peça reúne esquetes cômicas sobre o cotidiano de casais em crise, explorando, com sarcasmo e inteligência, as contradições da vida a dois. Os atores dão vida a situações inusitadas que transitam entre o absurdo e o real, sempre com muito humor e reviravoltas inesperadas.

Situações inusitadas — e até bizarras — do cotidiano na nossa contemporaneidade dão o tom da comédia “Avesso do Avesso”, na qual Marcelo Serrado Heloísa Périssé interpretam seis casais “em crise”. “A ideia surgiu quando estávamos fazendo um programa juntos, do Multishow, chamado “Tem que Suar”. Entre um intervalo e outro da gravação, a gente falava sobre fazer uma peça. Eu e Marcelo já nos conhecemos há uns 35 anos, mas nunca tínhamos trabalhado juntos no teatro. Inclusive, foi o Marcelo a primeira pessoa que eu vi no Tablado quando cheguei aqui no Rio, vinda da Bahia”, conta Périssé, que trouxe o desejo de buscar textos inéditos dos dramaturgos selecionados para o projeto.

“Vivem me dizendo: ‘Você tem um humor muito parecido com o da Lolô, e ela também é muito parecida contigo’. Finalmente chegou a hora. E nós estamos nos divertindo muito, fizemos algumas viagens com a peça antes da estreia oficial no Rio, e vamos chegar no teatro cheios de fogo. As histórias da peça falam de temas que todo mundo vai se identificar, têm muita ironia e tintas fortes, uma atitude corporal e muitos ‘plot twists’ (finais surpreendentes)” , comenta Serrado.

Marcelo e Heloísa já haviam sido dirigidos por Marcelo Saback em outros trabalhos da carreira — Lolô na antológica “Cócegas”, e Serrado, em “Um Pai de Outro Mundo” —, então veio de forma muito natural o convite para a encenação. “Temos uma relação de amizade de muitos anos e logo vimos que existe mesmo uma química imensa entre esses dois. Aqui, juntamos histórias de casal. Existem, em todos os textos, uma crítica de cada autor à vida de casal nos dias de hoje. E muitos dos conflitos são criados por situações externas que interferem na vida desses personagens. O público vai rir muito. É pura diversão”, conta Saback. A direção optou por um espetáculo sem muitos elementos cênicos, com o trabalho focado na interpretação dos atores, que vão usar um figurino-base. Entre os temas abordados no texto estão machismo X feminismo, vício em celular e internet, materialismo X esoterismo, e até transplante de órgãos.

Os episódios foram escritos por autores consagrados da comédia e da dramaturgia nacional. Aloísio de Abreu, Claudia Tajes, Gustavo Pinheiro, Regiana Antonini e Tati Bernardi assinam os textos que têm as cenas costuradas por Marcelo Saback, encenador da montagem. “O espetáculo promete ficar conhecido, como “a peça do verão”, diz Saback.

Uma das histórias se chama “Até que a Saúde Mental os Separe” e revela um casal meganeurótico. “Escrever para o Serrado e a Lolô é como chegar em casa e contar uma história divertida”, atesta Aloísio de Abreu, responsável por esta e a esquete final. Já Gustavo Pinheiro trata do percurso da separação de um homem e uma mulher, aparentemente muito civilizados.

Cabe a Regiana Antonini a história sobre duas pessoas que se conhecem numa casa de swing. “Sim, é isso mesmo. Serrado e Lolô têm a falta de pudor, a sutileza e a naturalidade necessárias para fazer esta cena como se estivessem indo tomar um chá”, diverte-se a autora.

Por sua vez, Tati Bernardi fala sobre aquela velha tentativa de um dos cônjuges querer modificar a pessoa amada. “Aqui, eles fazem um casal que tem tudo para dar certo, desde que o homem, para agradar a mulher, mude completamente de personalidade, praticamente nasça de novo”, gargalha ela.

Ambientada em um consultório médico, a trama de Claudia Tajes fala de um homem irreverente e piadista, que morre e doa seu coração para o marido de outra. “É uma história de amor que acabou porque ele era engraçado até demais.”

Resumo

Apresentando histórias de supostos casais, os atores viverão vários personagens em esquetes que vão desde:

  1. Um casal pra lá de esquecido;
  2. Namorados que o homem precisará se reinventar para continuar com ela;
  3. Uma situação bem improvável em tentar se redescobrir;
  4. Uma mulher submissa, mas nem tanto;
  5. Separação com disputa de guarda de filhos, cachorro e amigos;
  6. Na sala de um consultório o inesperado acontece e muito mais !!!!!

Qual será o Avesso do Avesso?

É o que veremos nessa nova comédia! Tudo levado pela dupla com rapidez, sarcasmo e paixão que não pode faltar em histórias de amor.

Serviço Tokio Marine Hall:  

Data: 25 de maio (domingo)

Horário: 18h

Horário de abertura: 2 horas antes do espetáculo

Local: Tokio Marine Hall

Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo/SP

Informações e vendas:

Ingressos: R$120,00 a R$250,00

Vendas:  https://www.eventim.com.br/

Informações e compra de ingressos:

# BILHETERIAS  – Rua Bragança Paulista, 1281 / Chácara Santo Antônio

(Horário de atendimento: segunda a domingo, das 12h às 18h)

* Em dias de espetáculo a bilheteria terá seu horário estendido em 30 minutos

após o início do show, ou o quanto for necessário.

(Formas de Pagamento: cartões de crédito Visa, Mastercard, Credicard, Diners);

# COMPRA PELA INTERNET

www.tokiomarinehall.com.br

Estacionamento:  Hot Valet (com manobrista)

Aceitamos dinheiro e cartões de débito e crédito (Visa, Mastercard, Credicard e Diners) Não aceitamos cheque.

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Cultura

Georgia Annes participa da 1ª Feira de Literatura e Artes da Semana dos Museus com “Pés Descalços na Areia”, no próximo dia 17

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Conhecida por seu trabalho na divulgação da poesia nacional, a autora apresenta seu terceiro e recém lançado livro no Espaço Cultural da Marinha

 

Georgia Annes , autora ativa em seu trabalho de divulgação da poesia nacional, participa da 1ª Feira de Literatura e Artes da Semana dos Museus, no próximo dia 17 de maio, no Espaço Cultural da Marinha, com seu terceiro e recém lançado livro, “Pés descalços na areia”, trazendo poemas que mostram a direção para chegar a si mesma e à fonte inesgotável da vida, permeada pelos quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar. A autora se desnuda através do sagrado feminino, em emoções que escorrem pelos dedos e tornam-se versos reflexivos, andarilhos, plenos de sentimentos e sensações.

Nesse caminhar, a autora não procura atalhos. Percorre as areias, molha os pés, se deixa levar pelo vento, recebe o sol como manto. E quando anoitece, aprecia sempre o céu, às vezes brilhante, às vezes cinzento, outras chuvoso, mas, acima de tudo, o aprecia. Sem temor, mergulha no que às vezes nos é desconhecido. Deixa-se queimar pelo turbilhão de escolhas que a envolve. Não se despedaça. Encontra conforto quando reconhece em si múltiplas possibilidades. “Pés descalços na areia” te convida a caminhar junto por essas paisagens repletas de leveza e significado.

 

Sobre “Pés Descalços na Areia”

“Descalços os pés caminham e ultrapassam os limites da praia. Os versos de Georgia Annes levaram-me a veredas profundas. Mergulhei no (des)conhecido mar, boiei e os pingos da chuva refrescaram o corpo marcado de cicatrizes. A resiliência daqueles que conseguem recomeçar após os dilúvios está impregnada nos versos livres da poeta. A mágoa, a perda, o luto, a dor servem como experiência àqueles que se permitem viver.

Em um lindo verso a poeta conclui “só sei que o amor disciplina a dor”. De fato, o amor é âncora e a dor é passageira. Saio do livro com a voz singular da poeta, seus versos espontâneos e profundos permitiram-me ir sem receio às veredas do desconhecido. O chuvisco molhou a tez e o sol insurgiu no emaranhado de nuvens. A trilha sempre esteve lá e o leitor caminhante segue, maduro, arrodeando a praia. Na areia, atrás, as marcas do ontem, os agouros e na mente, as palavras redentoras dos versos de Annes.

Com um breve sorriso, desses sorrisos de quem encontrou a simplicidade de um poema vivo, paro no cume de uma montanha e observo a praia que deixei. O mar está em mim e espero que o leitor também sinta a calidez das águas e não tema recomeçar. A vida sem mergulho é feita de pisos lisos sem ranhuras. A beleza está nas rusgas, por lá entramos na beleza da existência e permanência do amor.

Adriana Vieira Lomar

Escritora Finalista Prêmio Jabuti 2024

Prefácio

Tire os sapatos e afunde sem medo os pés nos grãos de areia e na espuma branca dos versos de Georgia Annes. É poesia para mergulhar e se sentir resgatada. Os poemas de “Pés descalços na areia” passam pela metáfora dos quatro elementos da natureza. As palavras se molham em águas salgadas, flutuam pela textura das ondas, encontrando muitos tons de azul. Depois, encontram o fogo, através dos raios do sol, que se multiplicam em jogos de luzes poéticas, trazendo arco-íris, eclipses e luas. Então encontra o ar, voando ventanias. E é por elas que a poesia de Georgia chega nos grãos de areia para pousar no elemento terra, subindo dunas e tateando a aridez. (…)

(…) Como diz a poesia da autora, “Sim, todo paraíso é longe / Se for perto, não é paraíso”. Mas mesmo distante, é possível tateá-lo com os dedos da
poesia.

Yara Fers

Escritora finalista Prêmio Kindle de Literatura 2024

Sobre Georgia Annes

Nascida e criada no Rio de Janeiro, escreve desde a adolescência. Formada em Psicologia, tem dois livros publicados: “A Menina e seus Balões”, pela editora Ibis Libris (2022), e “Onde Minha Poesia te Abraça”, pela editora Arpillera (2023).
É uma das coordenadoras do Podcast Escritoras Mundialmente Desconhecidas. Participou de 17 Antologias, inclusive Selo Off Flip 2023/2024. Foi classificada em vários concursos de poesia e obteve o 5o lugar no ArtCult em 2022.

Ficha técnica

Pés descalços na areia / Georgia Annes.

Guaratinguetá, SP : Litteralux, 2024.

122 p. ; 14cm x 21cm.

ISBN: 978-65-83205-52-0

1. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Título.

Edição: Wilson Gorj

Capa e projeto gráfico: Douglas Jefferson

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

Preparação: Mariana Galhardo Oliveira

Foto da autora: Marcelo Nejm

Imagem de capa: Acervo pessoal da autora

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