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CAR-T e outros tratamentos personalizados revolucionam a maneira de tratar tumores hematológicos
Publicado
3 anos atrásem
Por
Ocimar Freitas
Tecnologia que reprograma as células de defesa do paciente para eliminar o câncer e terapias baseadas em tecnologia de modificação gênica fazem parte do arsenal de novas alternativas no combate a diferentes tipos de câncer que afetam o sangue
O mês de fevereiro recebe a cor laranja para alertar sobre a Leucemia, um conjunto de doenças malignas que afetam as células do sangue responsável por 11.540 novos casos a cada ano no Brasil – o 10º tipo de câncer mais frequente entre a população brasileira, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além de conscientizar sobre os sinais de alerta e diagnóstico do tumor, o marco no calendário da saúde é também uma oportunidade de celebrar os importantes avanços nas frentes de tratamento, com inovações relevantes que vem revolucionando a oncologia como um todo.
Segundo Renato Cunha, onco hematologista e líder do programa de Terapia Celular, que inclui o CAR-T, do Grupo Oncoclínicas, a terapia celular e a imunoterapia estão na gama das modernas alternativas que têm mudado a vida dos pacientes. “São drogas que, assim como a terapia celular, manipulam o sistema de defesa do paciente, atuando em níveis distintos para uma melhor resposta terapêutica do paciente. A imunoterapia é uma nova modalidade de tratamento que, pela sua importância, insere-se como um novo pilar na jornada de tratamento do paciente, junto com a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, no entanto, ela oferece uma resposta mais específica, pois trabalha de forma personalizada, guiada para tratar aquela célula, aquele câncer, aquela mutação, e não apenas de uma maneira geral, em todo o corpo”, analisa.
Neste cenário, ele explica que o CAR-T é o “player mais importante” em termos de resultados e inovações por transformar as condutas de combate ao câncer hematológico. A terapia gênica é baseada em células T de receptores de antígenos quiméricos (do acrônimo em inglês CAR), que deu origem ao nome CAR-T. A alternativa terapêutica consiste em usar células do próprio paciente e modificá-las, geneticamente, em laboratório para combater o câncer. Desta forma, se tornou possível habilitar células de defesa do corpo com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica.
“Essa opção para combate a tipos específicos de tumores hematológicos conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkin avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso de tecnologia CAR-T. Outros avanços consolidaram as descobertas relativas à eficácia da terapêutica no controle de diferentes tumores hematológicos”, comenta Renato Cunha, um dos médicos que compôs a equipe envolvida no referido estudo pioneiro no Brasil.
Equidade: debate contínuo
Um dos maiores desafios da oncologia é melhorar a equidade no acesso ao tratamento de câncer no mundo. O Brasil, pela sua diversidade geográfica e socioeconômica, é um dos países que vivem esse desafio. “Na rede privada brasileira, a diferença em termos de acesso, sobrevida e tratamentos, para os países mais avançados, não é tão grande. Mas o grande desafio aqui é que essas inovações cheguem ao SUS, não só para diminuir a nossa defasagem para os EUA e países europeus, mas também porque são tratamentos que melhoram muito a qualidade de vida dos pacientes. Por aqui, precisamos pensar também na geo-equidade, já que, mesmo no sistema público, o acesso depende muito da região onde o paciente está”, complementa o oncohematologista.
Outro ponto levantado pelo especialista é a importância de aumentar a diversidade, inclusive, nas pesquisas. “É o que chamamos de toxicidade econômica, já que muitas pesquisas são feitas apenas com pessoas brancas, ou seja, as drogas e tratamentos acabam sendo desenvolvidas para uma genética específica então, provavelmente, vai ter mais eficácia nessas pessoas. Precisamos pensar em diversidade racial e étnica muito mais expansiva, pois há diferenças entre as pessoas e todas precisam receber os melhores tratamentos”, reforça Renato Cunha.
Cenário brasileiro
Apesar dos desafios, o especialista ressalta que o Brasil avança a passos largos na implementação dessas modernas terapias. No caso do CAR-T, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso dos primeiros medicamentos com essa tecnologia para uso no país e diferentes frentes científicas voltadas ao desenvolvimento da terapia gênica por instituições nacionais de referência, como o Instituto Butantã. Por enquanto, o uso da terapia já tem aprovação para alguns tipos de leucemia, linfoma e mieloma.
No tocante ao atendimento e acompanhamento especializado dos pacientes, as principais instituições médicas de referência em oncohematologia, da mesma forma, já se preparam para atender o contingente de pacientes potenciais para o tratamento com CAR-T. A Oncoclínicas, maior grupo especializado em oncologia do país, é parte desse ainda seleto grupo, já contando com as certificações necessárias e estando autorizada a realizar o procedimento. “Contamos com uma equipe de médicos hematologistas, especialistas e outros profissionais da saúde que foram treinados para garantir o que há de melhor e mais moderno dessa nova linha de cuidado onco-hematológica. Além disso, a Oncoclínicas construiu uma linha de cuidados nacional, com absoluto rigor técnico das indicações. Através desse modelo, conseguimos atender e encaminhar para tratamento com células CART pacientes de qualquer região do Brasil”, diz Renato Cunha.
Segundo ele, o desenvolvimento dessa nova frente de atuação demandou, adicionalmente, uma intensa troca de conhecimento com outros centros de oncologia e hematologia de fora do país. “Para estarmos aptos a incluir o CAR-T na linha de cuidados oncológicos oferecida pela Oncoclínicas passamos os últimos anos em um intenso processo de imersão no assunto. Contamos especialmente com o apoio do Dana-Farber Cancer Institute, da Harvard Medical School – referência global no tratamento do câncer e com o qual contamos com uma parceria exclusiva para a América Latina. Assim foram somadas expertises nesse processo de aprimoramento, tanto das áreas físicas como da estruturação das práticas para realização das etapas que envolvem esse tipo de tratamento, criando um centro completo e altamente qualificado para atendermos aqueles que forem elegíveis à terapia CAR-T, como o centro que temos em Belo Horizonte através do Hospital Oncobio”, finaliza o líder programa de CAR-T do Grupo Oncoclínicas.
Sobre o Grupo Oncoclínicas
O Grupo Oncoclínicas – maior grupo exclusivamente dedicado ao tratamento do câncer no Brasil – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, alinhando eficiência operacional, atendimento humanizado e experiência de 12 anos de mercado. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a câncer centers de alta complexidade. São 132 unidades em 35 cidades brasileiras, que permitem acesso a atendimento com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia de última geração, medicina de precisão, inteligência artificial, genoma e DNA, o grupo traz resultados efetivos na democratização do acesso ao tratamento oncológico e realiza 450 mil tratamentos por ano. É parceiro exclusivo na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard. Conta com a parceria da MedSir (Medica Scientia Innovation Research) no desenvolvimento de projetos para o câncer de mama, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, na validação de ampliação de painel NGS (Next Generation Sequencing), que investiga predisposição genética e fatores de risco hereditários, e do Weizmann Institute of Science.
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Proteção e Corpo: Quando o Peso Conta Uma História
Publicado
7 dias atrásem
24 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Muitas vezes, o ganho de peso é visto apenas como um número na balança — mas ele pode significar muito mais do que isso. Como explica a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli, “às vezes, o ganho de peso é mais do que apenas números na balança. Pode ser uma forma de proteção que o nosso corpo encontra para lidar com traumas e medos.”
Essa perspectiva amplia a compreensão sobre o corpo, tirando o olhar do julgamento e direcionando para o acolhimento. O corpo fala, reage e cria mecanismos para sobreviver emocionalmente. E, em muitos casos, o acúmulo de peso pode ser uma resposta a experiências difíceis, inseguranças, exaustão emocional ou até processos inconscientes de autopreservação.

Segundo a Dra. Carolina, “aprender a ouvir nosso corpo e compreender suas necessidades é essencial para a jornada de autocuidado e acolhimento.” Quando começamos a olhar para o peso não como falha, mas como linguagem, abrimos espaço para entender o que realmente precisa de atenção.
Por isso, quando uma pessoa tenta emagrecer e não consegue, não significa falta de esforço, disciplina ou vontade. Há vezes em que o corpo está tentando proteger você de algo que ainda não foi trabalhado. Como ela mesma ressalta: “Se você está tentando emagrecer e não está conseguindo, pode ser que algo mais profundo esteja travando esse processo. E eu posso te ajudar a descobrir essa trava.”
Em outras palavras: antes de mudar o corpo, é preciso escutar o que ele está tentando dizer.

Esse é o caminho da saúde de verdade — aquela que olha o indivíduo por inteiro.
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“Quando o corpo pede pausa” Entendendo a fadiga que não passa
Publicado
2 semanas atrásem
17 de novembro de 2025Por
Ocimar Freitas
Dra. Carolina Mantelli explica por que o cansaço constante nem sempre é normal
Sentir-se cansada(o) de vez em quando faz parte da vida. Mas quando a exaustão se torna profunda, constante e não melhora nem com descanso, o corpo está enviando um alerta claro. Como destaca a Dra. Carolina Mantelli, “fadiga excessiva não é frescura — é um sintoma que merece atenção.”
Essa sensação de esgotamento pode ter origem hormonal, nutricional ou metabólica. E, muitas vezes, o problema não está apenas nos hábitos, mas em desequilíbrios internos que passam despercebidos. Segundo a especialista, “o cansaço que limita a sua rotina dificilmente é ‘normal’; ele tem uma causa, e ela precisa ser investigada.”
Quando o hormônio desequilibrado vira cansaço acumulado
Entre as causas mais comuns, o hipotireoidismo é uma das principais. Quando a tireoide funciona lentamente, todo o metabolismo desacelera. A Dra. Carolina explica: “uma tireoide lenta rouba energia, altera o peso, afeta o humor e até o intestino.”
Outro fator importante é o cortisol, o hormônio do estresse. Ele pode estar elevado — nas fases de sobrecarga — ou baixo, quando há exaustão adrenal. Nos dois casos, o resultado é o mesmo: um corpo sem força. A queda da testosterona, inclusive em mulheres, também merece atenção. “Testosterona baixa não é só libido baixa; é perda de energia, de força e de ânimo para a vida”, reforça a endocrinologista.
Nas mulheres, o desequilíbrio entre progesterona e estrogênio, como ocorre na pré-menopausa, menopausa ou SOP, impacta diretamente sono, humor e disposição diária.
Quando os exames revelam mais do que o espelho
Além dos hormônios, o cansaço persistente pode vir de déficits nutricionais. Baixa ferritina, deficiência de ferro, pouca vitamina B12 ou vitamina D, níveis reduzidos de magnésio, hipoglicemia ou até resistência insulínica são gatilhos frequentes de fadiga contínua.
Como alerta a Dra. Carolina Mantelli: “não basta olhar apenas para a glicemia normal; o corpo dá sinais muito antes de um exame tradicional acusar problema.”

E agora? O que fazer quando o cansaço já virou rotina?
Se a sensação de esgotamento faz parte do seu dia a dia, é hora de investigar com profundidade.
A orientação da especialista é clara:
* “Não aceite viver cansada(o). Procure avaliação médica completa.”
* Realize exames hormonais e laboratoriais adequados
* Analise sono, alimentação, estresse e rotina
* Trate a causa — não apenas os sintomas
O corpo fala — e a fadiga é um pedido de ajuda
No fim das contas, a fadiga crônica é um recado direto do organismo. Pode ser físico, emocional, hormonal ou a soma de tudo isso. Cuidar de si é mais do que autocuidado; é um ato de consciência.
Como resume a Dra. Carolina Mantelli: “quando você escuta seu corpo, você devolve a ele a energia de viver bem.”
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