No dia 13 de dezembro acontece a “4ª Live #FicaFaroeste”
E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal?
Evento virtual se tornou uma tradição com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para evitar o despejo do teatro da Cia. Pessoal do Faroeste, na região da Luz.
Edição conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, artistas voluntários e a estreia do Bate Boca no Sofá com Érika Hilton.
Live nesta edição faz parte da 16ª Virada Cultural de São Paulo.
No próximo domingo, dia 13 de dezembro, acontece mais uma edição do evento beneficente virtual que luta contra o despejo do teatro da Cia. Pessoal do Faroeste, a “4ª Live #FicaFaoreste”, quando também acontecerá a distribuição de cestas básicas da campanha #FomeZeroLuz. Desta vez, o palco recebe os shows musicais de Cida Moreira, Arthur Moreira Gomes, Felipe Brito e Ocupação Cultural Jeholu, Roda de Samba Revolucionária, Leona Jhovs e Felipe Pan Chacon, performances de Paulo Faria e Felipe Falcone e ainda a participação especial de convidados como Érika Hilton, Tati Lobão e Pascoal da Conceição. Esta transmissão conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e faz parte da 16ª Virada Cultural de São Paulo.
A realização da live é totalmente idealizada e produzida por voluntários da cena artística e política, e tem caráter de urgência tendo como objetivo a arrecadação de recursos financeiros para evitar o despejo do teatro, que no segundo semestre de 2021 receberá uma emenda do deputado federal Paulo Teixera, que municipalizará o teatro. Por isso, precisa manter ativo o acordo que interrompeu o despejo que estava em curso, em setembro passado, em audiência com a presença do vereador Eduardo Suplicy, que mediou o acordo junto ao proprietário, por conta do caráter público e social das ações do teatro na região.
Além disso, a Cia. Pessoal do Faroeste também está buscando ajuda particular de empresas e mecenas. Um espaço que além da expressão da arte, também trabalha ativamente em um processo de acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social da região da Cracolândia. Em 2019, Paulo Faria, diretor da companhia, recebeu o “Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos” da ALESP e, este ano foi a Cia. Pessoal do Faroeste como instituição que recebeu o reconhecimento no “Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth” da OAB SP.
Música
Estreando na “Live #FicaFaroeste, a cantora e atriz Cida Moreira, uma das grandes estrelas da MPB, faz uma apresentação resgatando sucessos de seu repertório. Cida esteve no Faroeste no ano passado, no Loki Bicho, que acontecia as segundas, e recentemente mandou um vídeo em apoio ao #FicaFaroeste. Sua participação será ao vivo de sua casa. Todos os outros artistas estarão ao vivo no teatro, obedecendo todo o protocolo que o estúdio que a Faroeste tem sido transformado. Tem locado o espaço para vídeos, Dvds, cinema, atividades sem público.
Também participando pela primeira vez, a “Ocupação Cultural Jeholu” enriquece o evento com seu belíssimo trabalho totalmente focado no protagonismo negro nas artes. Desde agosto de 2018 o Jeholu ocupa as terças no Pessoal do Faroeste.
Retornando ao line-up, a atriz, mulher transfeminista e multi-a(r)tivista Leona Jhovs se apresenta acompanhada pelo músico Felipe Pan Chacon, ambos membros da Cia. Pessoal do Faroeste e que estavam no elenco do espetáculo “O Assassinato do Presidente”, que teve sua temporada interrompida após duas apresentações devido à pandemia. E, além deles, o jovem e brilhante pianista Arthur Moreira Gomes, morador numa ocupação, na Rio Branco.
Gastronomia
A gastronomia também se transformou uma tradição importante da “Live #FicaFaroeste. Nesta edição, quem assume o fogão do teatro é o projeto “Coletivo Sopão das Manas”, representados por Tati Lobão. O resultado dessa participação será a distribuição para a população da rua, e as cestas para as famílias moradoras de cortiços, favelas e ocupações da região.
Performances
Esta edição será a live mais performática de todas já realizadas na campanha. Além do retorno do palhaço de Flávio Falcone, a Transmissão contará com o auto de natal ao vivo “E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal?”, com dramaturgia e encenação de Paulo Faria.
Estreia do quadro Bate Boca no Sofá
As conversas com convidadas importantes da cena política também se tornaram um momento de grande repercussão das lives que, a partir de agora, conta oficialmente com o quadro “Bate Boca no Sofá” que recebe a vereadora Érika Hilton.
Apresentação
O time de apresentadores conta novamente com Leona Jhovs e o ator Pascoal Conceição.
Ação de despejo
Durante toda a pandemia do coronavírus, a movimentação no teatro da Cia. Pessoal do Faroeste tem sido de famílias em busca de ajuda da campanha #FomeZeroLuz.
Iniciada por Paulo Faria, diretor e fundador do espaço, a ação #FomeZeroLuz têm colocado alimento e itens de higiene nas casas do entorno da Cracolândia. No entanto, no dia 12 de agosto, o espaço recebeu a ação de despejo: um oficial de justiça já tinha em mãos a ação e um prazo de 15 dias para desocuparem o imóvel, ação que teve início efetivamente de desocupação nos dias 2 e 3 de setembro até ser interrompido pelo trabalho e pela petição intermediada pelo gabinete do Vereador Eduardo Suplicy. Na sequência houve uma audiência, e se chegou a um acordo, suspendendo o despejo.
Como a companhia está sem patrocínio, a solução foi produzir lives para divulgar a campanha #FicaFaroeste
Dívida de R$ 200 mil
Sem patrocínio há um ano, e com a paralisação da programação, o problema apenas cresceu e a dívida acumulada com aluguéis atrasados chega a R$ 200 mil. “A Cia vive exclusivamente da Lei de Fomento ao Teatro, e há um ano está sem patrocínio. Um espaço alternativo com capacidade para 99 pessoas onde todos os espetáculos têm como bilheteria o sistema ‘pague quanto puder’. Em março, reestreamos a peça ‘O Assassinato do Presidente’ que, devido a recomendação de isolamento social, teve que ser interrompida depois de apenas duas apresentações”, comenta Paulo Faria.
Sobre a campanha #FomeZeroLuz
A campanha “#FomeZeroLuz” tem como missão erradicar a fome na região, que tem suas ruas, pensões e cortiços totalmente ocupados por famílias em total vulnerabilidade, principalmente em um momento como este. “Basta acompanhar a imprensa e as redes sociais que é possível perceber como a situação fez aflorar o egoísmo e a intolerância em uma grande parcela da população. Logo o Brasil que tem uma dívida enorme, escandalosa, com a pobreza e o racismo, segue, descaradamente, fazendo jus a essa história tão triste e revoltante”, diz Paulo, Inclusive umas da idealizações da companhia que já tem um histórico de trabalhos sociais na região, é propositalmente a localização onde fica a sede do grupo de teatro, jornada que mereceu a menção honrosa no XXXVI “Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth”.
“Estão distribuindo cestas básicas no teatro”, correu a notícia por todo o entorno e, em pouco tempo, chegaram a mil famílias cadastradas, cerca de quatro a cinco mil pessoas, que colocaram alimento em suas mesas graças a companhia. Para se ter algum controle de que as doações seguiriam realmente para o seu propósito, criou-se a regra de que apenas as mulheres poderiam retirar os mantimentos (com algumas exceções analisadas caso a caso). Moradoras de rua, prostitutas, travestis e viciadas que, antes de qualquer rótulo, são em sua grande maioria mães.
Felipe Brito se apresenta com a Ocupação Cultural Jeholu Foto: Divulgação
4ª Live #FicaFaroeste
Data: 13 de dezembro de 2020 (domingo)
Horário: 16h as 18h
Shows: Cida Moreira, Flávio Falcone, Arthur Moreira Gomes, Felipe Brito e Ocupação Cultural Jeholu, Roda de Samba Revolucionária, Leona Jhovs e Felipe Pan Chacon.
Apresentação: Leona Jhovs e Pascoal da Conceição.
Gastronomia: Tati Lobão e o Coletivo Sopão das Manas
Performance: Paulo Faria no auto de natal “E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal?”.
Cida Moreira se apresenta pela primeira vez na “Live #FicaFaroeste” Foto: DivulgaçãoLeona Jhovs se prepara para apresentação da edição anterior da “Live #FicaFaroeste”. Foto: Milena MedeirosLeona Jhovs cantando na edição anterior da “Live #FicaFaroeste”. Foto: Milena MedeirosFlávio Falcone também faz nova performance na 4ª “Live #FicaFaroeste” Foto: DivulgaçãoErika Hilton é a convidada da estreia do quadro “Bate Boca no Sofá”. Foto: Divulgação
A dupla que brilhou no The Voice Brasil em 2022, lança um medley que reflete sua alma musical.
É na fusão de mundos aparentemente distantes que Neto & Felipe, dupla que conquistou o Brasil no The Voice, encontram sua identidade artística. O novo lançamento dos cantores, um medley entre “Blue Moon of Kentucky” e “Asa Branca”, chega às plataformas digitais no dia 10, sexta-feira, como um manifesto de reverência às tradições e de ousadia criativa.
Mais do que regravar clássicos, o projeto nasce como ponte: entre Elvis Presley e Luiz Gonzaga, entre o bluegrass e o baião, entre o rock que ecoava na voz de Raul Seixas nos anos 1970 e a viola caipira que pulsa no coração da música brasileira.
A fusão como essência
“Blue Moon of Kentucky é uma canção que remonta lá aos primórdios do rock and roll. Foi o primeiro single do Elvis Presley, um marco desse início do gênero. Já a junção com Asa Branca vem de uma ideia do Raul Seixas, que representa muito do que a gente acredita: a fusão de estilos, de mundos musicais que parecem distantes mas que se encontram na emoção”, explica Neto.
Felipe acrescenta: “O Raul lançou esse medley nos anos 70, acreditando muito nos paralelos entre o rock mais antigo e o baião, entre o balanço do forró e outros ritmos brasileiros. Ele ousou fazer essa mistura e sempre foi uma grande referência pra gente. Nós acreditamos nessa união quando feita de forma respeitosa, porque mostra que a música pode se reinventar sem perder a raiz”.
Uma versão com assinatura própria
Se Raul Seixas misturou rock e baião, Neto & Felipe acrescentam ao encontro uma camada de folk, explorando nuances do bluegrass e imprimindo sua marca em duetos potentes, arranjos de viola e uma interpretação que passeia entre o respeito e a liberdade criativa.
“Desde o início da nossa trajetória, Raul foi uma das grandes referências. Uma das primeiras músicas que a gente cantou em duo foi dele. Essa versão já faz parte da gente há muito tempo, sempre esteve nos nossos palcos. O Raul misturou rock com baião, mas a nossa leitura também traz muito do folk, um pouco mais próximo do bluegrass que também estava lá no começo do rock and roll. É um jeito de honrar essa fusão e colocar a nossa identidade nela”, destaca Neto.
Felipe completa: “Essa pegada mais folk aproxima a gente do nascimento do rock, mas com o nosso sotaque brasileiro, com a força da viola caipira e com a nossa maneira de cantar em duo. É nessa mistura que a gente se reconhece e sente que a música continua viva”.
Lançamento que reafirma caminhos
Para a dupla, o medley não é apenas um tributo, mas também um reflexo de como enxergam sua própria jornada: artistas que crescem entre raízes e experimentações, entre o popular e o universal. “Misturar estilos de forma respeitosa é algo em que acreditamos profundamente. É um jeito de honrar a música, de mostrar que ela é viva, em constante diálogo”, resume Neto.
O medley de “Blue Moon of Kentucky” e “Asa Branca” chega para reafirmar que quando a música encontra pontos de encontro improváveis, nasce algo que permanece.
Natural da capital paulista, Thammy Virgínia Cézar Dorácio tem em seu DNA a música sertaneja. Filha de Carlos Cezar (in memoriam), da lendária dupla Carlos Cézar & Cristiano, e de Virgínia Kheer, também cantora e parceira de composição de artistas como Carlos Cézar, Xororó e Zé Fortuna. Sua mãe é autora de sucessos como “Falando as paredes”, “Táxi”, “O forasteiro” e “Até você voltar”.
Seu pai foi um renomado cantor e compositor, que marcou gerações com clássicos como “Vai e vêm do Carreiro”, “Terra tombada”, “24 horas de amor”, “Riozinho”, “Terra Amante”, “Geração de boiadeiro”, “Moça caminhoneira”, “Moça do carro de boi”, “Eras”, “Berrante de ouro”, “Amante”, “Táxi”, “Amigos para sempre”, entre tantos outros.
Incentivada pelos pais, Thammy Cézar começou a cantar aos seis anos de idade. Sempre acompanhando seu pai em shows, logo ela estreou nos palcos, fazendo participações especiais e até como backing vocal da dupla. Durante a adolescência, aos 14 anos de idade, Thammy Cézar formou um grupo de pagode chamado “Sabor de Mel”, onde fez vários shows pelo o Estado de São Paulo.
Mas, na sua veia ainda pulsava forte o sertanejo onde retornou e fez vários shows junto de seu pai, incluindo rodeios tradicionais pelo o Brasil. Também participou de programas de televisão e rádios por todo o país. Suas principais referências musicais incluem ícones da música sertaneja como Carlos Cézar & Cristiano, Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis, Tião Carreiro & Pardinho, Durval & Davi, Duo Ciriema, As Galvão, entre outros grandes nomes da música.
Seguindo carreira solo, Thammy Cézar segue desbravando novos horizontes e levando a sua música para os quatro cantos do Brasil. Em 2024, lançou o projeto “Raízes do Sertão”, com produção musical de Bruno Alexandrino, reafirmando seu compromisso com a autenticidade e tradição da música sertaneja. Sua canção mais conhecida, “Sorriso maroto”, tem a parceria com Cristiano Cézar, que formou dupla com o seu pai.
Ela também já lançou músicas como “Filha de violeiro” e “Acreditei em seu olhar”, disponíveis nas principais plataformas digitais. Com uma voz marcante, carisma no palco e um legado que honra com orgulho, Thammy Cézar se firma como um dos nomes promissores da nova geração da música sertaneja raiz!
Além do talento em interpretar os maiores sucessos da música sertaneja, a artista conquista fãs e admiradores por onde passa, fazendo da música, uma melodia perfeita para tocar o coração das pessoas.
Para ouvir suas músicas e conhecer um pouco mais de Thammy Cézar, acesse https://www.instagram.com/thammyvirginiacantora/.
Naiá Camargo lança “Pra Ninguém” e une sua voz à de Luedji Luna
O Single já está disponível em todas as plataformas digitais, unindo sensibilidade, desejo e a força de duas grandes vozes femininas
Créditos: Divulgação
Nascida em São Paulo e com forte ligação com a arte desde a infância, Naiá Camargo vem se destacando como um dos nomes mais plurais da nova música brasileira. Sua obra transita entre MPB, afrobeats, pop, brega, samba e beats eletrônicos, sempre com narrativa potente e personalidade marcante.
E agora, Naiá dá mais um passo em sua caminhada musical com o lançamento de “Pra Ninguém”, que chega no dia 26 de setembro em todas as plataformas digitais. Composta por Ed. Nobre, Diggo e Marco Lima e interpretada por Naiá e Luedji Luna, a faixa surge em uma colab que amplia a potência do encontro artístico e acrescenta novas camadas à trajetória da paulista.
Carregada de sensibilidade, a música mergulha em uma narrativa intimista sobre amor, desejo e desencontros. A protagonista, cansada de viver sozinha, decide se abrir para o amor, mas se depara com relações frustradas, falta de química e a ironia do destino.
Misturando referências do pop com sua marca registrada de transitar entre ritmos e brasilidade, Naiá revela em “Pra Ninguém” uma nova faceta de sua trajetória. Para a artista, a colab com Luedji Luna simboliza não só uma conquista artística, mas também a abertura de caminhos para que sua música explore novas camadas sonoras.
Além da carreira musical, Naiá é fundadora da Borai Produções, responsável por quatro importantes plataformas de network cultural e artístico: BoraFest, BoraCast, BoraBar e Espaço Borai. Cada uma delas amplia o alcance e a atuação da produtora em diferentes frentes. No Espaço Borai, por exemplo, acontecem cursos, palestras, eventos, aulas de música e de produção musical, fortalecendo ainda mais a missão de democratizar o acesso à arte.
Em outubro, Naiá realiza a 8ª edição do MBora Fest e lança o 1º Prêmio MBora de Música, iniciativa dedicada aos artistas independentes periféricos.