Em novo continente, Legendários realizam desafio com objetivo de combater uma das maiores taxas de suicídio do mundo
“Onde o silêncio muitas vezes é mais presente que o diálogo, surgimos como um grito de fé. Declaramos vida em um lugar de morte”, declarou o fundador do Legendários, Chepe Putzu, sobre a chegada do movimento no Japão. Ontem, 22, os 300 primeiros membros de toda a Ásia atravessaram o Bosque Aokigahara, conhecido como um local onde as pessoas tiram a própria vida.
Com significativa comunidade brasileira, a missão acontece em Hamamatsu, província de Shizuoka, durante quatro dias com diversos desafios que envolvem trilhas, provas físicas, desafios espirituais e momentos de vulnerabilidade emocional. Para o Legendários, a chegada ao Japão tem um significado especial. “Queremos mostrar que há um caminho de reconexão com a vida. Embora nossas culturas sejam diferentes, princípios essenciais como o amor, a honra e a unidade fortalecem nossos propósitos de formar homens mais comprometidos com suas esposas, casas, igrejas e comunidades”, afirma Chepe Putzu.
Quando tudo começou, eram apenas 109 homens na Guatemala. Hoje, os 110 mil membros se espalham em mais de 20 países e 140 cidades ao redor do mundo. O movimento finca a bandeira no Japão, país que possui uma das maiores taxas de suicídio do mundo. “Nós estamos na Floresta do Suicídio, neste lugar milhares de pessoas já tiram a sua vida. Agora imagine você vir a um lugar como esse declarar vida, mudar a realidade do ambiente”, os legendários Guilherme Batista e Pr. Nelsinho compartilharam nas redes sociais.
Os TOPs (Track Outdoor de Potencial) estimulam conceitos para que haja uma transformação profunda na vida dos membros e de suas famílias. Milhares de histórias foram construídas pelas montanhas do mundo até chegar ao Japão. O Brasil ainda lidera com o maior número de participantes, são mais de 40 mil legendários. Seguido pela Guatemala (mais de 20 mil), Estados Unidos (mais de 10 mil), México (quase 10 mil) e outros.
Hoje, são 150 sedes pelo mundo que organizam os eventos e treinam homens ao longo do ano com a missão de criar “Histórias Dignas de Serem Contadas”.