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Empatia e Compaixão: por que entender essa diferença muda tudo nos relacionamentos

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No dia a dia, costumamos usar “empatia” e “compaixão” como se fossem sinônimos. Ambas envolvem sentimentos nobres e essenciais para a convivência humana — mas, na prática, elas seguem caminhos diferentes no cérebro, no coração e nas atitudes.

De acordo com o psicólogo Roberto Roni, especialista em neurociência e comportamento, a empatia é a capacidade de compreender emocionalmente o que o outro está sentindo, por meio de uma escuta ativa, respeitosa e sensível. “Empatia é quando nos abrimos para perceber a experiência afetiva da outra pessoa, nos relacionando com ela com gentileza e consideração, sem querer corrigir, julgar ou resolver”, explica.

Essa postura de conexão emocional exige presença, vulnerabilidade e, principalmente, atenção. “A atenção é o melhor presente que podemos dar ao outro”, destaca o Dr. Roni, citando a frase de Don Laurence Freeman. “Nossa capacidade de amar depende da qualidade da nossa atenção.”

Mas enquanto a empatia nos conecta, é a compaixão que nos move. “A compaixão nasce da empatia, mas vai além: ela envolve o desejo genuíno de aliviar o sofrimento do outro”, afirma o psicólogo. É um estado mental mais completo, composto por três elementos fundamentais:

Cognitivo: “Eu compreendo”
Afetivo: “Percebo o que você sente”
Motivacional: “Quero ajudá-lo”
Essa combinação de entendimento, sensibilidade e ação transforma a compaixão em uma força ativa — capaz de fortalecer vínculos, promover cura emocional e até prevenir o desgaste de relações interpessoais e profissionais.

Na visão do Dr. Roberto Roni, em tempos de hiperconexão digital e esgotamento emocional coletivo, cultivar empatia e compaixão se tornou um ato de resistência e humanidade. “Precisamos sair do automático, desacelerar e nos dispor a realmente escutar e enxergar o outro. É aí que começa a transformação.”

Empatia é sentir com. Compaixão é sentir e agir. E ambas, quando praticadas com intenção, podem ser o ponto de partida para um mundo mais consciente, empático e saudável — dentro e fora de nós.

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