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Dois anos de LGPD expõem empresas a se tornarem alvos fáceis das gangues cibernéticas

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No sequestro digital, além de a vítima ter que pagar aos hackers cifras altíssimas, ela pode vir a ter sérios problemas com clientes e fornecedores, por causa das exigências da LGPD

Às vésperas do aniversário de dois anos de funcionamento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que começou a vigorar em 18 de setembro de 2020, um assunto chama atenção: se por um lado ela tem o objetivo de proteger os direitos fundamentais de privacidade das pessoas, por outro, a norma tem sido vista, pelos cibercriminosos, como excelente fonte de renda.

“Trata-se de uma verdadeira faca de dois gumes”, comenta Fabrizio Alves, CEO da Vantix, especializada em oferecer às empresas soluções de prevenção, defesa e segurança de todo ambiente de tecnologia.

Tudo ocorre porque, segundo ele, nenhuma companhia quer ter sua reputação comprometida por um vazamento ou exposição de suas próprias referências. Então, os hackers usam a lei para pressionar seus alvos a quitarem o “resgate” com valor mais alto – e mais rápido.

“Além de prejudicar a marca, que exporá ao mercado suas fragilidades de segurança, ao invadirem os sistemas ou rede e sequestrarem informações críticas e/ou dados pessoais, automaticamente a empresa poderá ser considerada culpada de acordo com a LGPD, abrindo, assim, o seu próprio caminho para ser multada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Por isso, as pesadas multas, aliadas ao comprometimento da imagem, são terrenos férteis para que a extorsão dos cibercriminosos esteja acontecendo com frequência cada vez maior”.

Fabrizio Alves, CEO da Vantix

Para agravar ainda mais o quadro, pelo menos 48% das organizações têm seus sistemas derrubados e dados sequestrados e, por isso, acabam pagando os resgates acreditando que retomarão o controle; mas quase sempre isso não resulta em recuperar todo o conteúdo ou, pior ainda, os dados são vazados na deep web. Essa é motivação para as gangues cibernéticas fazerem a mesma vítima novamente ou buscarem outros alvos fáceis, aplicando o mesmo golpe.

Tais ataques cibernéticos podem expor, desativar, roubar, sequestrar, alterar ou destruir informações de um ou mais servidores ou sistemas de computador. Via de regra, o alvo dos hackers é uma rede com fraquezas operacionais. Nesse sentido, para não se tornar a próxima vítima do ransomware, uma coisa é certa, nas palavras do CEO da Vantix: a melhor defesa é o ataque. “Como na ‘vida real’, nós raramente pensamos em nos tornarmos vítimas de um assalto ou sequestro, é comum que nas empresas as ameaças virtuais só se tornem motivo de preocupação quando, lamentavelmente, elas acontecem”.

Para agravar ainda mais a situação, o assunto cibersegurança é em geral bastante complexo, requerem-se muitos controles, equipes motivadas, treinadas e experimentadas para lidar com as situações do dia a dia e de crise.

O que fazer, então? Diante desse questionamento, o CEO da Vantix recomenda o seguinte:

1º) Rever o básico: muitas tecnologias já estão implementadas, mas carecem de sustentação de dia a dia. As ferramentas mais elementares como antivírus, sistema de detecção e resposta de endpoints, firewalls e soluções de patching estão presentes em praticamente todas as organizações. Mas é aí que a grande maioria falha, quando não adotam processos e governança mínima para validar a sua aplicação no dia a dia. Sistemas sem patches, por exemplo, são o primeiro alvo de qualquer atacante e, a partir daí, é que novos acessos são conquistados e os grandes problemas começam a surgir.

2º) Limitar o acesso dos atacantes: três vetores lideram a lista de ataques ransomware: sessões de terminal RDP, phishing e credenciais fracas ou vazadas. Por isso, é fundamental evoluir os formatos de acessos às redes corporativas, através de princípios de Confiança Zero (Zero Trust) e a adoção de ferramental para esse fim, como soluções PIM/PAM (gestão de acessos privilegiados e elevação de privilégios), anti-phishing e a própria modernização do acesso de usuários remotos, substituindo a VPN tradicional por modelos como ZTA, ZTNA ou SDP, além de autenticação multifator (MFA). Tudo isso com o objetivo de diminuir a capacidade de lateralização dos atacantes, i.e, sair de um ponto A para um ponto B na rede.

3º) Executar um Diagnóstico Situacional: obviamente, existe muito além do básico quando o assunto é segurança. Mas é importante ter uma visão clara em 4 áreas alvo pra se atingir CIBER-RESILIÊNCIA: 1) Proteção da Informação – aquilo que envolve a proteção dos dados em si, sua manipulação, ciclo de vida e acesso, independentemente de onde estão os dados ou as pessoas; 2) Proteção contra Ameaças – defesas contra malwares e ataques em geral, mas também as tecnologias e processos de recuperação e continuidade de negócios; 3) Gestão de Identidades e Acessos – controles baseados em identidade e comportamentos, provisionamento de usuários e afins, gestão de acessos privilegiados, entre outros; 4) e por fim, as Operações de Segurança, que envolvem tudo aquilo em torno de gestão dos ambientes, monitoração, detecção e prevenção. Normalmente, esse diagnóstico é apoiado sobre frameworks de segurança do mercado, como ISO27001, para facilitar a comparação com os pares e normalizar o entendimento. Na forma de um relatório, uma arquitetura de segurança deve ser sugerida, incluindo-se as prioridades através de um roadmap tecnológico para a adequação.

4º) Elevar a Segurança para uma Função Estratégica: estabelecer um comitê responsável pela formulação das políticas e pelos direcionamentos do tema dentro da organização, integrado aos níveis executivos, é a chave para ampliar a governança. O nível de vulnerabilidade das empresas está intrinsecamente ligado à maturidade do tema e do seu entendimento pelos níveis de decisão. Assim, é fundamental levar informações claras, baseadas em scores de segurança de fácil interpretação e resumos executivos das prioridades e dos riscos, continuamente validados pelas ferramentas de simulação e pelos times de inteligência/defesa.
As decisões bem-informadas serão extremamente facilitadas com essa cadeia.

5º) Segurança Ofensiva e Gestão das Vulnerabilidades: não existem bons jogadores que só treinam. É preciso jogar! Nesse sentido, a segurança ofensiva é a chave para ganhar e estar verdadeiramente pronto para as crises; testar as defesas e as reações da empresa. Conhecido como BAS (do inglês Breach and Attack Simulation), trata-se de um método de teste de segurança cibernética capaz de criar uma arquitetura resiliente para qualquer empresa. Funciona assim: o BAS imita as táticas do adversário através de simulações de ataque de múltiplos vetores. Com o teste de invasão, é possível identificar as ameaças e, principalmente, todos os pontos de vulnerabilidades que servem de entrada para o ataque. Ademais, o próprio sistema é capaz de dar as diretrizes de correção de forma rápida e eficaz, evitando qualquer incidente.

Isso é uma vantagem enorme, já que temos a validação contínua e automatizada da defesa, uma vez que as formas de ataques mudam o tempo todo. Assim age a VALIDAÇÃO DE SEGURANÇA AUTOMATIZADA, um dos produtos da Vantix que ainda tem como vantagem servir de bússola para os profissionais de segurança, CEOs, CTOs, CISOs e o pessoal de TI, que podem utilizá-lo para tomarem as melhores decisões baseadas em dados concretos sobre suas empresas.

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“Ciclos” é o novo lançamento da Banda Peyote, pela Caravela Records

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A Banda Peyote lança o single “Ciclos”, no próximo dia 17 de outubro, pela Caravela Records, como uma homenagem à sua própria história, em todas as plataformas, com participação de Facundo Ezequiel no trompete.

“ A música Ciclos fala sobre as voltas que nossa vida dá, quando acontecimentos nos fazem refletir sobre a impermanência, nos fazem mergulhar em nós mesmos e buscar aquilo que realmente importa para nós, o que nos move, nos faz estar atentos às oportunidades que a vida nos dá de resgatarmos tudo aquilo que ficou pela metade.
A banda então ressurge e essa faixa marca essa nova fase, tendo ainda o final da música como simbólica homenagem a todas as faixas do primeiro álbum.”


Link pré-save: https://hypeddit.com/ikrp17

Peyote é uma banda feminina, feminista, rock n roll, pop rock, punk, reggae, eclética, disruptiva, ousada, cheia de coragem para ir contra muitas barreiras que as mulheres encontram, para seguir seus sonhos e contagiar seu público para que também se transforme em suas versões mais potentes e felizes! Lançou seu 1º álbum autoral em 2002, ainda em um momento muito jovem e tímido, mas já com muita personalidade, com canções que falavam de amor e suas descobertas, arranjos ousados e lindas participações (como Milton Guedes na faixa Coleção). Fez diversos shows em locais emblemáticos da cena carioca e deixou fãs que sempre cobraram um retorno da banda.

Depois de anos e mudanças de vida, de achar que a banda seria só uma história do passado para contar: “sabia que a gente teve uma banda maneira no passado? Podia ter dado certo!…” Depois de filhos, relacionamentos, da vida mudar algumas vezes, de transições de carreira, e muitas reviravoltas… aquele sonho distante ainda pulsava vivo, e nada combinava com a sensação monótona de estar vivendo como coadjuvantes de suas próprias histórias, mornas, saudosistas, igual tanta gente, indo sabe-se lá para onde, vivendo a vida no automático, sem graça e sem direção.

Foi então que diante de uma pandemia e talvez do fim do mundo, da trágica notícia da partida de um querido amigo e integrante da formação original, que Andrea, Isabella e Adriana tiveram um lapso de: “vamos nos juntar para tocar aquelas canções só mais uma vez?” – e brincar de ser aquelas pessoas que não somos, que fomos, mas que nunca deixamos de ser por dentro! O que seria um simples encontro e jam revival acabou virando uma leva de inspirações para novas músicas, e daí em diante nunca mais se separaram. E nem por isso foi fácil! A barreira do trabalho, de cuidar de todos e às vezes não sobrar tempo para cuidar delas mesmas, os antigos preconceitos e outros novos: com 4 filhos pensa que pode ser artista? Você vai voltar para a música agora? Vai fazer isso com essa idade?

“O entorno não mudou. O que muda é a nossa certeza – e coragem – de ser aquilo que a gente nasceu para ser!”, afirmam.

 

Peyote

Andrea Fernandes Barça

Isabella Castilho

Adriana Freitas

Letícia Santos

Ciclos

Letra

O mundo gira e você perdeu o bonde que passou na sua frente

De quebra ainda percebeu

Será que é tarde pra se arrepender?

Segue o baile!

Refletindo sobre a impermanência

Você foi atrás da sua essência

Com crise de identidade

Acorda que ainda há tempo!

Não tem idade!

Segue seu ciclo

O que é importante volta

O que não te pertence segue

Na ilusão de quem se importa

A sombra da morte

Te fez ver a realidade

De tudo aquilo

Que ficou pela metade

A noite volta e você cometeu

O mesmo erro várias vezes

Pra quem pensa que você cresceu

Dá pra ver que apenas repetiu

a mesma história

As mesmas relações doentes

Nem tentou erros diferentes

E agora já não sabe pra onde ir

Mas recomeçar sempre vale!

Mas se você pudesse criar

Universo particular

Na loucura de um freak star

Ou no trap de um raio estelar

Ou mil cigarros depois

Por todos os lados nós dois

A luz do nada e a sós

Na nossa cama lençóis

Uma coleção de nadas

As, cobra criada

Canivetes, paranóias,

Flores e Farpas

Tão perto de dois

Palpite, Peyote

Arrisque-se

Sorrisos de solidão e

Na ilusão

Recrie-se!

 

Ficha técnica

Letra: Isabella Castilho e Andrea Barça

Música: Isabella Castilho e Andrea Barça

Gravada no estúdio Megaphone

Engenheiro: Raphael Piquet

Bateria: Letícia Santos

Baixo: Adriana Freitas

Guitarras: Isabella Castilho

Voz: Andrea Barça

Vocais: Andrea Barça e Isabella Castilho

Mix e Master: Raphael Piquet

Trompete: Facundo Ezequiel

 

Siga Peyote

YouTube: Banda Peyote

Instagram @peyotebanda

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Andrea Vanzo – Intimacy Part 2 no Tokio Marine Hall – 16 de Novembro

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O pianista e compositor italiano, transforma emoções em melodias que transcendem fronteiras. Nascido em Bolonha, seu trabalho, uma fusão de neoclássico com pop contemporâneo, explora temas como natureza e liberdade com rara sensibilidade. Com mais de 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Vanzo conquistou o mundo após o álbum Intimacy Vol. 1 (2022), que o levou a uma turnê pela Europa em 2024. Agora, com Intimacy Part 2,

ele desembarca no Brasil pela primeira vez, apresentando-se no Tokio Marine Hall (SP) em 16 de novembro de 2025. “Minhas composições são para ser ouvidas com o coração”, diz o artista, cujo público em São Paulo é o segundo maior do mundo, atrás apenas de Istambul.

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CONRERP 2 participa de reunião no TCU sobre nova prestação de contas dos Conselhos Profissionais

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Encontro técnico em Brasília apresentou diretrizes atualizadas para maior transparência e padronização na gestão dos Conselhos
O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 2ª Região (CONRERP 2) participou, no dia 7 de outubro de 2025, de uma reunião técnica promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no Centro Cultural TCU, em Brasília (DF). O encontro teve como objetivo apresentar a nova sistemática de prestação de contas dos Conselhos de Fiscalização Profissional, alinhada às recentes decisões normativas e portarias que entram em vigor a partir de 2025.


O CONRERP 2ª Região foi representado pelo presidente Arthur Braga e pelo tesoureiro Michael Alves, que acompanharam as discussões sobre os novos parâmetros de governança, transparência e padronização dos relatórios de gestão.
Entre os principais temas abordados estiveram a Decisão Normativa TCU nº 216/2025, que estabelece regras para a divulgação de informações em formato de dados abertos, e a Portaria-SEGECEK, de 10 de julho de 2025, que detalha as três dimensões obrigatórias das prestações de contas: identificação, aspectos gerais e indenizações.
O diretor de Fiscalização dos Conselhos Profissionais do TCU, João Manoel da Silva Dionísio, conduziu a palestra principal com o tema “A nova Prestação de Contas dos Conselhos de Fiscalização Profissional”, destacando o papel das novas diretrizes para fortalecer a transparência e a boa governança nas autarquias.
Durante o evento, o CONRERP 2 reforçou seu comprometimento com a conformidade e a eficiência administrativa, alinhando-se às boas práticas de gestão pública e à padronização dos processos de controle institucional.

Arthur Braga, presidente do CONRERP à direita e o tesoureiro Michael Alves, à esquerda

O Conselho seguirá implementando melhorias contínuas em seus fluxos internos, de forma a garantir a correta aplicação dos recursos e o fortalecimento da imagem do sistema CONFERP/CONRERPs perante a sociedade.

 

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