Especialista fala sobre liderança tóxica e como lidar com esta situação no dia a dia de trabalho
O comportamento de uma pessoa é considerado tóxico quando ele costuma ser carregado de atitudes de desagrado, violência psicológica, física e emocional, crueldade, negativismo, manipulação, egoísmo ou vitimismo. O assunto tem ganhado destaque nas redes sociais, principalmente no que diz respeito a relacionamentos amorosos, mas e quando essa toxicidade é percebida no ambiente de trabalho? Segundo Caio Infante, vice-presidente regional (LATAM) da Radancy e um dos co-fundadores da Employer Branding Brasil, existe uma dificuldade de lidar e expor líderes tóxicos e, muitas vezes, ela é causada pelo simples medo de ser demitido depois de um suposto posicionamento sobre o caso. “Ao longo dos meus sete anos de experiência profissional com EB e 16 de RH, já ouvi muitas histórias sobre liderança tóxica e, na maioria dos casos, as pessoas têm medo de afirmar isso e enfrentar o agressor. O resultado é desmotivação e alto turnover, afinal, não há nada mais desanimador que impunidade corporativa, ainda mais quando é nítida”, afirma o especialista.
Nestes casos, existe o desafio, também, de como a empresa vai lidar com este líder – feedbacks, ajustes e novas chances sempre funcionam antes do desligamento. Já para quem está abaixo desta liderança tóxica, Caio afirma que existe saída e o primeiro passo é se certificar se a situação é mesmo prejudicial. O especialista destaca alguns indicadores, como a falta de respeito pela individualidade dos colaboradores, feedbacks desconstrutivos, falta de transparência, abuso de poder e de controle, falta de reconhecimento e falha na administração de conflitos. Uma vez detectada a liderança tóxica, Caio lista algumas maneiras de melhorar a relação:
Seja excelente
Se você for muito bom no que faz, ninguém vai pegar no seu pé. Para diminuir a chance de ser perseguido, faça um trabalho simplesmente impecável.
Tenha empatia
Segundo especialistas em comportamento humano, por trás destas pessoas existe alguém com medo que tem necessidades não atendidas. Sua atitude ruim nada mais é do que uma forma de se defender na hora de se relacionar com as pessoas. Se você compreender a situação e tiver um olhar de empatia e compaixão, você teráumarelação muito melhor com estas pessoase, talvez, consigaaté ajudá-las a sedesenvolverem.
Seja racional
Muitas vezes, o líder tóxico não consegue expressar muitobem o que ele está sentindo e se você se apropriar de uma linguagem compassiva e uma comunicação não violenta você irá conviver melhor com ele.
Converse com seu chefe
Converse com seu chefe e dê um feedback assertivopara ele. Faça comentários para contribuir sem agressões e emoções. Fale com calma e contribua no sentido de agregar.
Sobre Caio Infante
Eleito por três anos consecutivos como um dos profissionais de RH mais influentes do mercado, Caio Infante é formado em Publicidade e Propaganda pela ESPM e possui MBA em Gestão Internacional pela University of Technology, em Sidney, na Austrália. Com carreira profissional desenvolvida na área de Negócios em agências de propaganda do País e do exterior, atuou, também, no site Trabalhando.com como diretor Comercial e de Marketing, chegando a Country Manager da operação. Desde o início de 2017, Caio está na Radancy, onde seu conhecimento sobre marca empregadora cresceu exponencialmente. Hoje, ocupa o cargo de vice-presidente regional da agência, mantendo contato com alguns dos maiores nomes mundiais do tema.
Caio Infante também é um dos co-fundadores da Employer Branding Brasil, a maior comunidade sobre marcas empregadoras, com mais de 40 mil seguidores nas redes sociais.
Recentemente, Caio passou a ocupar, também, o cargo de Diretor de Patrocínios da ABRHSP (Associação Brasileira de Recursos Humanos – SP) da Regional Berrini.