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Câncer: CAR-T e outros tratamentos personalizados revolucionam a maneira de tratar tumores hematológicos

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Tecnologia que reprograma as células de defesa do paciente para eliminar o câncer e terapias baseadas em tecnologia de modificação gênica fazem parte do arsenal de novas alternativas no combate a diferentes tipos de câncer que afetam o sangue

 

O mês de fevereiro recebe a cor laranja para alertar sobre a Leucemia, um conjunto de doenças malignas que afetam as células do sangue responsável por 11.540 novos casos a cada ano no Brasil – o 10º tipo de câncer mais frequente entre a população brasileira, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além de conscientizar sobre os sinais de alerta e diagnóstico do tumor, o marco no calendário da saúde é também uma oportunidade de celebrar os importantes avanços nas frentes de tratamento, com inovações relevantes que vem revolucionando a oncologia como um todo.

 

Segundo Renato Cunha, onco hematologista e líder do programa de Terapia Celular, que inclui o CAR-T, do Grupo Oncoclínicas, a terapia celular e a imunoterapia estão na gama das modernas alternativas que têm mudado a vida dos pacientes. “São drogas que, assim como a terapia celular, manipulam o sistema de defesa do paciente, atuando em níveis distintos para uma melhor resposta terapêutica do paciente. A imunoterapia é uma nova modalidade de tratamento que, pela sua importância, insere-se como um novo pilar na jornada de tratamento do paciente, junto com a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, no entanto, ela oferece uma resposta mais específica, pois trabalha de forma personalizada, guiada para tratar aquela célula, aquele câncer, aquela mutação, e não apenas de uma maneira geral, em todo o corpo”, analisa.

 

Neste cenário, ele explica que o CAR-T é o “player mais importante” em termos de resultados e inovações por transformar as condutas de combate ao câncer hematológico. A terapia gênica é baseada em células T de receptores de antígenos quiméricos (do acrônimo em inglês CAR), que deu origem ao nome CAR-T. A alternativa terapêutica consiste em usar células do próprio paciente e modificá-las, geneticamente, em laboratório para combater o câncer. Desta forma, se tornou possível habilitar células de defesa do corpo com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica.

 

“Essa opção para combate a tipos específicos de tumores hematológicos conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkin avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso de tecnologia CAR-T. Outros avanços consolidaram as descobertas relativas à eficácia da terapêutica no controle de diferentes tumores hematológicos”, comenta Renato Cunha, um dos médicos que compôs a equipe envolvida no referido estudo pioneiro no Brasil.

 

Equidade: debate contínuo

 

Um dos maiores desafios da oncologia é melhorar a equidade no acesso ao tratamento de câncer no mundo. O Brasil, pela sua diversidade geográfica e socioeconômica, é um dos países que vivem esse desafio. “Na rede privada brasileira, a diferença em termos de acesso, sobrevida e tratamentos, para os países mais avançados, não é tão grande. Mas o grande desafio aqui é que essas inovações cheguem ao SUS, não só para diminuir a nossa defasagem para os EUA e países europeus, mas também porque são tratamentos que melhoram muito a qualidade de vida dos pacientes. Por aqui, precisamos pensar também na geo-equidade, já que, mesmo no sistema público, o acesso depende muito da região onde o paciente está”, complementa o oncohematologista.
Outro ponto levantado pelo especialista é a importância de aumentar a diversidade, inclusive, nas pesquisas. “É o que chamamos de toxicidade econômica, já que muitas pesquisas são feitas apenas com pessoas brancas, ou seja, as drogas e tratamentos acabam sendo desenvolvidas para uma genética específica então, provavelmente, vai ter mais eficácia nessas pessoas. Precisamos pensar em diversidade racial e étnica muito mais expansiva, pois há diferenças entre as pessoas e todas precisam receber os melhores tratamentos”, reforça Renato Cunha.

 

Cenário brasileiro

 

Apesar dos desafios, o especialista ressalta que o Brasil avança a passos largos na implementação dessas modernas terapias. No caso do CAR-T, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso dos primeiros medicamentos com essa tecnologia para uso no país e diferentes frentes científicas voltadas ao desenvolvimento da terapia gênica por instituições nacionais de referência, como o Instituto Butantã. Por enquanto, o uso da terapia já tem aprovação para alguns tipos de leucemia, linfoma e mieloma.

 

No tocante ao atendimento e acompanhamento especializado dos pacientes, as principais instituições médicas de referência em oncohematologia, da mesma forma, já se preparam para atender o contingente de pacientes potenciais para o tratamento com CAR-T. A Oncoclínicas, maior grupo especializado em oncologia do país, é parte desse ainda seleto grupo, já contando com as certificações necessárias e estando autorizada a realizar o procedimento.  “Contamos com uma equipe de médicos hematologistas, especialistas e outros profissionais da saúde que foram treinados para garantir o que há de melhor e mais moderno dessa nova linha de cuidado onco-hematológica. Além disso, a Oncoclínicas construiu uma linha de cuidados nacional, com absoluto rigor técnico das indicações. Através desse modelo, conseguimos atender e encaminhar para tratamento com células CART pacientes de qualquer região do Brasil”, diz Renato Cunha.

 

Segundo ele, o desenvolvimento dessa nova frente de atuação demandou, adicionalmente, uma intensa troca de conhecimento com outros centros de oncologia e hematologia de fora do país. “Para estarmos aptos a incluir o CAR-T na linha de cuidados oncológicos oferecida pela Oncoclínicas passamos os últimos anos em um intenso processo de imersão no assunto. Contamos especialmente com o apoio do Dana-Farber Cancer Institute, da Harvard Medical School – referência global no tratamento do câncer e com o qual contamos com uma parceria exclusiva para a América Latina. Assim foram somadas expertises nesse processo de aprimoramento, tanto das áreas físicas como da estruturação das práticas para realização das etapas que envolvem esse tipo de tratamento, criando um centro completo e altamente qualificado para atendermos aqueles que forem elegíveis à terapia CAR-T, como o centro que temos em Belo Horizonte através do Hospital Oncobio”, finaliza o líder programa de CAR-T do Grupo Oncoclínicas.


 

Sobre o Grupo Oncoclínicas

 

O Grupo Oncoclínicas – maior grupo exclusivamente dedicado ao tratamento do câncer no Brasil – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, alinhando eficiência operacional, atendimento humanizado e experiência de 12 anos de mercado. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a câncer centers de alta complexidade. São 132 unidades em 35 cidades brasileiras, que permitem acesso a atendimento com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia de última geração, medicina de precisão, inteligência artificial, genoma e DNA, o grupo traz resultados efetivos na democratização do acesso ao tratamento oncológico e realiza 450 mil tratamentos por ano. É parceiro exclusivo na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard. Conta com a parceria da MedSir (Medica Scientia Innovation Research) no desenvolvimento de projetos para o câncer de mama, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, na validação de ampliação de painel NGS (Next Generation Sequencing), que investiga predisposição genética e fatores de risco hereditários, e do Weizmann Institute of Science.

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‘Do bluegrass ao baião: Neto & Felipe lançam versão de Blue Moon of Kentucky e Asa Branca’

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A dupla que brilhou no The Voice Brasil em 2022, lança um medley que reflete sua alma musical.

É na fusão de mundos aparentemente distantes que Neto & Felipe, dupla que conquistou o Brasil no The Voice, encontram sua identidade artística. O novo lançamento dos cantores, um medley entre “Blue Moon of Kentucky” e “Asa Branca”, chega às plataformas digitais no dia 10, sexta-feira, como um manifesto de reverência às tradições e de ousadia criativa.

Mais do que regravar clássicos, o projeto nasce como ponte: entre Elvis Presley e Luiz Gonzaga, entre o bluegrass e o baião, entre o rock que ecoava na voz de Raul Seixas nos anos 1970 e a viola caipira que pulsa no coração da música brasileira.

A fusão como essência

“Blue Moon of Kentucky é uma canção que remonta lá aos primórdios do rock and roll. Foi o primeiro single do Elvis Presley, um marco desse início do gênero. Já a junção com Asa Branca vem de uma ideia do Raul Seixas, que representa muito do que a gente acredita: a fusão de estilos, de mundos musicais que parecem distantes mas que se encontram na emoção”, explica Neto.

Felipe acrescenta: “O Raul lançou esse medley nos anos 70, acreditando muito nos paralelos entre o rock mais antigo e o baião, entre o balanço do forró e outros ritmos brasileiros. Ele ousou fazer essa mistura e sempre foi uma grande referência pra gente. Nós acreditamos nessa união quando feita de forma respeitosa, porque mostra que a música pode se reinventar sem perder a raiz”.

Uma versão com assinatura própria

Se Raul Seixas misturou rock e baião, Neto & Felipe acrescentam ao encontro uma camada de folk, explorando nuances do bluegrass e imprimindo sua marca em duetos potentes, arranjos de viola e uma interpretação que passeia entre o respeito e a liberdade criativa.

“Desde o início da nossa trajetória, Raul foi uma das grandes referências. Uma das primeiras músicas que a gente cantou em duo foi dele. Essa versão já faz parte da gente há muito tempo, sempre esteve nos nossos palcos. O Raul misturou rock com baião, mas a nossa leitura também traz muito do folk, um pouco mais próximo do bluegrass que também estava lá no começo do rock and roll. É um jeito de honrar essa fusão e colocar a nossa identidade nela”, destaca Neto.

Felipe completa: “Essa pegada mais folk aproxima a gente do nascimento do rock, mas com o nosso sotaque brasileiro, com a força da viola caipira e com a nossa maneira de cantar em duo. É nessa mistura que a gente se reconhece e sente que a música continua viva”.

Lançamento que reafirma caminhos

Para a dupla, o medley não é apenas um tributo, mas também um reflexo de como enxergam sua própria jornada: artistas que crescem entre raízes e experimentações, entre o popular e o universal. “Misturar estilos de forma respeitosa é algo em que acreditamos profundamente. É um jeito de honrar a música, de mostrar que ela é viva, em constante diálogo”, resume Neto.

O medley de “Blue Moon of Kentucky” e “Asa Branca” chega para reafirmar que quando a música encontra pontos de encontro improváveis, nasce algo que permanece.

Acompanhem: @netoefelipe

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Thammy Cézar honra legado do pai e se destaca na música sertaneja

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Natural da capital paulista, Thammy Virgínia Cézar Dorácio tem em seu DNA a música sertaneja. Filha de Carlos Cezar (in memoriam), da lendária dupla Carlos Cézar & Cristiano, e de Virgínia Kheer, também cantora e parceira de composição de artistas como Carlos Cézar, Xororó e Zé Fortuna. Sua mãe é autora de sucessos como “Falando as paredes”, “Táxi”, “O forasteiro” e “Até você voltar”.

Seu pai foi um renomado cantor e compositor, que marcou gerações com clássicos como “Vai e vêm do Carreiro”, “Terra tombada”, “24 horas de amor”, “Riozinho”, “Terra Amante”, “Geração de boiadeiro”, “Moça caminhoneira”, “Moça do carro de boi”, “Eras”, “Berrante de ouro”, “Amante”, “Táxi”, “Amigos para sempre”, entre tantos outros.

Incentivada pelos pais, Thammy Cézar começou a cantar aos seis anos de idade. Sempre acompanhando seu pai em shows, logo ela estreou nos palcos, fazendo participações especiais e até como backing vocal da dupla. Durante a adolescência, aos 14 anos de idade, Thammy Cézar formou um grupo de pagode chamado “Sabor de Mel”, onde fez vários shows pelo o Estado de São Paulo.

Mas, na sua veia ainda pulsava forte o sertanejo onde retornou e fez vários shows junto de seu pai, incluindo rodeios tradicionais pelo o Brasil. Também participou de programas de televisão e rádios por todo o país. Suas principais referências musicais incluem ícones da música sertaneja como Carlos Cézar & Cristiano, Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis, Tião Carreiro & Pardinho, Durval & Davi, Duo Ciriema, As Galvão, entre outros grandes nomes da música.

Seguindo carreira solo, Thammy Cézar segue desbravando novos horizontes e levando a sua música para os quatro cantos do Brasil. Em 2024, lançou o projeto “Raízes do Sertão”, com produção musical de Bruno Alexandrino, reafirmando seu compromisso com a autenticidade e tradição da música sertaneja. Sua canção mais conhecida, “Sorriso maroto”, tem a parceria com Cristiano Cézar, que formou dupla com o seu pai.

Ela também já lançou músicas como “Filha de violeiro” e “Acreditei em seu olhar”, disponíveis nas principais plataformas digitais. Com uma voz marcante, carisma no palco e um legado que honra com orgulho, Thammy Cézar se firma como um dos nomes promissores da nova geração da música sertaneja raiz!

Além do talento em interpretar os maiores sucessos da música sertaneja, a artista conquista fãs e admiradores por onde passa, fazendo da música, uma melodia perfeita para tocar o coração das pessoas.

Para ouvir suas músicas e conhecer um pouco mais de Thammy Cézar, acesse https://www.instagram.com/thammyvirginiacantora/.

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Naiá Camargo e Luedji Luna lançam “PRA NINGUÉM”

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    Naiá Camargo lança “Pra Ninguém” e une sua voz à de Luedji Luna

                                                                                                            O Single já está disponível  em todas as plataformas digitais, unindo sensibilidade, desejo e a força de duas grandes vozes femininas

                                                                                                                                                                                                                             Créditos: Divulgação

Nascida em São Paulo e com forte ligação com a arte desde a infância, Naiá Camargo vem se destacando como um dos nomes mais plurais da nova música brasileira. Sua obra transita entre MPB, afrobeats, pop, brega, samba e beats eletrônicos, sempre com narrativa potente e personalidade marcante.

E agora, Naiá dá mais um passo em sua caminhada musical com o lançamento de “Pra Ninguém”, que chega no dia 26 de setembro em todas as plataformas digitais. Composta por Ed. Nobre, Diggo e Marco Lima e interpretada por Naiá e Luedji Luna, a faixa surge em uma colab que amplia a potência do encontro artístico e acrescenta novas camadas à trajetória da paulista.

Carregada de sensibilidade, a música mergulha em uma narrativa intimista sobre amor, desejo e desencontros. A protagonista, cansada de viver sozinha, decide se abrir para o amor, mas se depara com relações frustradas, falta de química e a ironia do destino.

Misturando referências do pop com sua marca registrada de transitar entre ritmos e brasilidade, Naiá revela em “Pra Ninguém” uma nova faceta de sua trajetória. Para a artista, a colab com Luedji Luna simboliza não só uma conquista artística, mas também a abertura de caminhos para que sua música explore novas camadas sonoras.

Além da carreira musical, Naiá é fundadora da Borai Produções, responsável por quatro importantes plataformas de network cultural e artístico: BoraFest, BoraCast, BoraBar e Espaço Borai. Cada uma delas amplia o alcance e a atuação da produtora em diferentes frentes. No Espaço Borai, por exemplo, acontecem cursos, palestras, eventos, aulas de música e de produção musical, fortalecendo ainda mais a missão de democratizar o acesso à arte.

Em outubro, Naiá realiza a 8ª edição do MBora Fest e lança o 1º Prêmio MBora de Música, iniciativa dedicada aos artistas independentes periféricos.

Ouça aqui:

“Pra Ninguém”: Clique aqui

Acompanhe a artista nas redes sociais:
Instagram: @NaiaCanta
YouTube: Naiá Camargo
Spotify: Naiá Camargo

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