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As armadilhas da memória nas videoaulas

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Para o pesquisador Renato Alves existem maneiras de potencializar o ensino a distância, mas é preciso evitar ciladas

Pijama de microfibra? Ok; Almofadas no sofá? Ok; Notebook logado na aula de Direito Civil? Ok; Celular aberto nas redes sociais para mexer caso a aula fique chata? Ok! Não, caro leitor, isso não é paródia. É a postura, ao vivo e sem filtros, de milhares de estudantes que assistem a juristas engravatados, médicos em seus jalecos, mestres com várias graduações no exterior e outra infinidade de professores que se desdobram para conseguir a atenção dos alunos nos cursos EAD.

Bem diferente da época em que educação a distância se chamava Telecurso 2º Grau (aquele programa que fazia o aluno levantar às 5 da manhã de segunda a sexta), hoje, “o estudante tem total controle sobre os equipamentos. Consegue fazer seus próprios horários, aprender no próprio ritmo e, se não gostar da cor dos olhos do professor, ele ainda pode avaliar o curso com zero estrelas” diz Renato Alves, escritor, pesquisador, palestrante internacional e primeiro a receber o título de Melhor Memória do Brasil.

O estudo passivo, ou seja, um aluno sentado numa cadeira ouvindo longas explanações dos professores, ainda está fortemente presente no modelo educacional brasileiro. No entanto, quando levamos este modelo para a internet, o quadro se torna grave, pois o básico em comunicação pede para que locutor e interlocutor estejam vivos, ligados na mesmíssima linha de raciocínio para que a mensagem faça sentido.

Mas como atingir um nível de sinergia quando o aluno está a quilômetros de distância, sentado num sofá, comendo um balde de pipoca enquanto curte umas fotos no Instagram? Como fazer com que o professor transfira o conhecimento sem conseguir olhar os alunos nos olhos e “sentir” a temperatura da classe? Como atingir a mente de quem o ignora, ou fazer com que a matéria fique gravada na memória dos alunos? As neurociências mostraram que a memória de curto prazo é limitada em 7 informações apenas e seu tempo de duração gira em torno de 3 segundos. Isso significa que grande parte das frases deste artigo que você leu anteriormente já foram esquecidas.

Da mesma forma, a fala do professor de minutos atrás também poderá ser esquecida rapidamente caso o aluno não esteja prestando atenção (pior ainda se a velocidade do vídeo estiver no 2x). Estas são algumas das ciladas quando o aluno estuda à distância. Sobre a capacidade de retenção dos estudos pela memória. Testes mostraram que um estudante pode esquecer até 74% do que aprendeu nas últimas 24 horas.

Sete dias depois, o esquecimento pode chegar a 95% e não há dúvidas que esse déficit de memória será fatalmente lembrado no momento que, diante da prova, o aluno descobrir que não memorizou praticamente nada. O remédio para isso é usar técnicas de revisão imediatamente após os estudos. Sair da aula com dúvidas é outra cilada que pode prejudicar toda a grade de ensino. Diferente do ensino presencial, que há sempre espaço para tirar dúvidas, quem estuda por videoaulas acaba desenvolvendo um hábito ruim para a aprendizagem: deixar as dúvidas se acumularem.

Quando isso acontece, o estudante começa a ter mais dificuldades para aprender, porque para uma memorização efetiva é preciso haver uma sequência no conhecimento. Se surgirem dúvidas sobre algo durante uma videoaula, a solução é usar o poder do botão de pausa, parar o vídeo e anotar imediatamente a dúvida para buscar a resposta necessária. Se for uma aula ao vivo, é só se manifestar e perguntar.

Para o recordista de memória, não basta ter boa vontade e um telão Ultra HD, é preciso atitude, uma abordagem ativa em relação aos estudos e não passiva como estimulam as video aulas. Abordagem ativa é fazer com que o estudante assuma a responsabilidade por seu próprio estado de atenção. É participar da aula fazendo perguntas e se propondo a responder às indagações do professor, mesmo que erre, pois as vezes, é errando que se aprende. Um conselho final é fazer pausas estratégicas e refletir a respeito daquilo que está aprendendo.

Quando o conteúdo é processado pelo cérebro o percentual de memorização aumenta, porque os atos de concordar, discordar, refutar e até mesmo explicar para os amigos faz com que a rede neural do aluno seja ativada, aumente em conexões e isso promove a memorização da matéria por semanas, meses ou por toda a vida dependendo do uso. Finaliza Renato.

Sobre Renato Alves

O professor Renato Alves foi o primeiro brasileiro a receber, por meio de homologação oficial, o título de Melhor Memória do Brasil, certificado pelo livro dos recordes. A conquista inédita foi resultado da aplicação de um método inovador de memorização. Estudou Ciências Cognitivas e Filosofia da Mente pela UNESP, foi membro do GAEC (Grupo Acadêmico de Estudos Cognitivos) e tornou-se principal autor brasileiro nas áreas de aprendizagem, concentração e memória com 9 livros publicados, dentre eles: O Cérebro com Foco e Disciplina; Os 10 Hábitos da Memorização; Faça seu Cérebro Trabalhar para Você e Não Pergunte se ele estudou, que juntos já conquistaram mais 1 milhão de leitores. Em 2004, fundou a Memory Academy, que hoje é a maior escola online de memorização do mundo. Neste período capacitou mais de meio milhão de estudantes, levando milhares deles ao topo na lista dos aprovados em concursos públicos e vestibulares. Serviço: https://renatoalves.com.br/

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Sobreviva ao festival: o guia definitivo de acessórios que não podem faltar no seu look

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Do Lollapalooza ao Tomorrowland, saiba como escolher itens que unem estilo, conforto e resistência para curtir cada momento sem preocupações

Participar de um festival envolve emoções e desafios que só se percebe na prática. Multidões, lama, chuva inesperada e os mosh pits testam tanto o preparo quanto o look. Aprender com experiências passadas ajuda a escolher os acessórios certos e aproveitar cada momento sem preocupações, garantindo conforto, estilo e praticidade do começo ao fim. Grandes eventos como o Lollapalooza e o Tomorrowland exigem ainda mais atenção aos detalhes, já que a maratona de shows pode se estender por horas, sob sol intenso ou chuva repentina.

GA-010. Fonte: Divulgação G-Shock

A lista de sobrevivência inclui peças que unem estilo e funcionalidade. Os óculos de sol são fundamentais para enfrentar horas de exposição sem perder a pose, enquanto pochetes e shoulder bags oferecem praticidade para carregar celular, ingressos e carteira com segurança. Relógio, com bateria duráveis, também garantem que não se perca nenhum horário de show. Calçados confortáveis completam o kit básico, já que a maratona de shows exige firmeza para aguentar horas em pé, caminhadas pelo espaço do evento e até terrenos enlameados depois da chuva. Esses são os clássicos indispensáveis para qualquer look festival-ready.

Aliados em qualquer situação
Entre os acessórios que realmente fazem diferença, o destaque vai para o que está no pulso. A G-Shock, marca de relógios de resistência absoluta, oferece modelos preparados para encarar qualquer situação de um festival, do empurra-empurra de um mosh pit à lama depois da chuva. Robustos e duráveis, os relógios combinam resistência, tecnologia e estilo, garantindo performance mesmo nos momentos mais intensos.

Além da durabilidade, os modelos da marca japonesa trazem funções práticas que acompanham o ritmo de um festival. A tecnologia Tough Solar, presente em alguns modelos, capta energia solar, garantindo que a bateria não acabe no meio da programação, cronômetros e alarmes que ajudam a organizar os horários dos shows, e a iluminação em LED permite consultar a hora à noite ou iluminar o caminho de volta. Tudo isso com designs que conversam com o estilo urbano de quem circula pelos maiores festivais do mundo.

Alguns modelos oferecem ainda mais funções, como sensores de batimento cardíaco, conectividade Bluetooth e interação com o Strava, permitindo monitorar a atividade física, acompanhar o desempenho e manter controle sobre a intensidade da maratona de shows. Essas funcionalidades elevam o relógio a um verdadeiro aliado do festival, unindo tecnologia e praticidade para quem quer aproveitar cada momento sem preocupações. No fim das contas, sobreviver a um festival é sobre equilíbrio. Os óculos de sol protegem e expressam atitude, as pochetes trazem liberdade, os calçados garantem conforto, e o relógio resistente completa o conjunto, unindo tecnologia, durabilidade e estilo.

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Croissant & Cia reinaugura loja de fábrica em Indaiatuba em novo endereço

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Na próxima quinta-feira (23), a Croissant & Cia vai reinaugurar a sua loja de fábrica em um novo endereço na cidade de Indaiatuba. A loja, que vai funcionar para o público de segunda a sábado das 8h às 19h e de domingo das 8h às 12h, estará localizada na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5300 – Jardim Hubert. Vale lembrar também que entre os dias 23 e 25 de outubro, além das ofertas especiais, a loja estará oferecendo degustação dos produtos.

Com sede na cidade de Indaiatuba, a Croissant & Cia emprega mais de 300 colaboradores. Presentes em vários municípios pelo o Estado de Paulo, sempre aquecendo a economia local, proporcionando emprego direto e indireto, a Croissant & Cia solidifica seu crescimento no setor de alimentos e tem a previsão de seguir expandindo suas operações em mais cidades paulistas.

CROISSANT & CIA
A Croissant & Cia possui uma variedade de mais de 100 salgados congelados de fácil preparo, feitos com ingredientes selecionados. Em 2018, a empresa inaugurou sua nova fábrica, que aumentou a capacidade produtiva e ampliou ainda mais o portfólio de produtos. A distribuição alcança todo o território nacional, entre, lanchonetes, supermercados, restaurantes corporativos entre outros estabelecimentos alimentícios.

Desde 2002, quando ainda empregavam cinco funcionários, que o Seu Antonio e a Dona Dita começaram a produzir os famosos croissants e as deliciosas empadinhas, duas receitas únicas que atravessaram gerações e ganharam prestígio com o toque simples destes dois sonhadores. O amor pela cozinha e o respeito por colaboradores, amigos e clientes continuam sendo os pilares que sustentam a marca e reafirmam o compromisso com a qualidade.

Para mais informações e conhecer um pouco mais dos produtos da Croissant & Cia visite https://www.croissantecia.com.br/ / https://www.instagram.com/croissanteciaoficial/ / https://www.instagram.com/croissantecia.lojadefabrica/.

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Daniele Bloris apresenta a exposição ‘Metamorfoses’, com curadoria de Lia do Rio, na Casa Paulo Branquinho, até o dia 18/10.

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A artista plástica Daniele Bloris apresenta a exposição ‘Metamorfoses’, com curadoria de Lia do Rio, na Casa Paulo Branquinho que, este ano, faz parte da 33ª edição do Arte de Portas Abertas, em Santa Teresa. A artista
apresenta as linhas e cores que tomam vida nas telas e explicam a transformação significativa que provoca no observador as sensações que dão nome à mostra. Impossível não interagir com as obras de Daniele Bloris, que fazem transitar entre as linhas que parecem se completar e formar um único universo.

A abertura será no dia 27 de setembro, às 16h,  e pode ser visitada até o dia 18 de outubro, de terça a sexta, das 14h às 19h, na Rua Moraes e Vale, 8 – Lapa. Entrada gratuita e censura livre.

Segundo Lia do Rio, curadora, “Daniele Bloris percorre sua trajetória com espontaneidade, na qual gesto e traço se confundem pelo uso de linhas que passam a ter vida própria ao colocar em atividade ritmos internos. Pensa enquanto a linha progride, não pela ordem do acaso, mas pela metamorfose dos signos gráficos, das linhas multiplicadas que intensificam o movimento expandido. (…) Cada uma dessas unidades é, por si só, um termo modular autônomo que pode ser ajustado segundo diferentes ordens, assim como cada desenho é ponto de partida para posteriores desenvolvimentos formais.”

Sobre Daniele Bloris

Daniele Bloris, psicóloga, artista plástica e psicanalista, nasceu e vive no Rio de Janeiro, onde participou de exposições coletivas e individuais. Seus trabalhos também foram expostos em cidades europeias e em Osaka, no Japão.
Suas obras são uma exploração profunda e contínua das possibilidades do traço, do movimento e do espaço. A artista desenvolveu uma linguagem singular, caracterizada por linhas que fluem de maneira orgânica, em um movimento contínuo que parece descrever o infinito. Suas criações são traçadas sobre o papel com uma espontaneidade que revela um profundo diálogo entre a caneta e o papel, entre o consciente e o inconsciente. Cada linha que Daniele desenha não é apenas um elemento gráfico, mas uma expressão de vida, uma defesa de um espaço de liberdade.

Instagram: @daniele.bloris

Serviço

Artista: Daniele Bloris

Exposição: Metamorfoses

Curadoria : Lia do Rio

Local: Casa Paulo Branquinho

Rua Moraes e Vale, 8 – Lapa – RJ

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

Visitação:  até 18/10

Terça a sexta, das 14h às 19h

Entrada gratuita

Censura livre

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