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Cultura

Pretinhas da Brasilândia oferece show e oficinas culturais para adolescentes periféricas

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Em comemoração a semana internacional da mulher, o Portal Pretinhas realizará evento 100% gratuito na Zona Norte de São Paulo, elaborado especialmente para meninas pretas, de 8 a 14 anos

A primeira edição do Pretinhas da Brasilândia será no sábado, 11 de março de 2023, na Fábrica de Cultura da Brasilândia e é uma realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Proac Editais.

Com produção executiva de Vilma Queiroz e de Renata Poskus, o evento pretende reforçar o poder, a beleza e o potencial da mulher negra, visando colaborar com a autoestima, força e coragem das mulheres pretas de hoje e de amanhã.

Oficinas de grafite, dança, teatro e leitura, tranças e amarração de turbantes e de modelos, estão na programação. E, no encerramento, um show com Fanieh, cantora, ativista e atriz da série Sintonia, da Netflix.

Embora o evento seja pensado em ter como protagonistas as meninas pretas, toda a comunidade está convidada a participar, independente de cor, gênero, raça ou idade. É um evento para toda a família, para inclusão e respeito de todos da comunidade.

Uma das atividades que farão parte do evento Pretinhas da Brasilândia

O local de realização é a Fábrica de Cultura da Brasilândia, do Governo do Estado de São Paulo, que fica no Distrito da Brasilândia, o 4º mais populoso da cidade de São Paulo, com mais de 280 mil habitantes de mais de 41 bairros.

Confira a programação do Pretinhas da Brasilândia

9h às 11h Oficina de Grafite

Arte-educadora Aryane Keyla Jose Santos

Na oficina de grafite, o público será incentivado a formar grupos para criar um mural com grafite em um dos muros da Fábrica de Cultura. Serão utilizados modelos de máscaras africanas para a arte, que será reproduzida utilizando tinta PVA, corantes, pincéis e spray. A arte-educadora ensinará sobre a importância da representação das máscaras na cultura africana, estreitando os laços das meninas negras com suas raízes ancestrais.

11h às 12h Oficina de Dança Tribal

Arte-educadora Luana Caruzo

A arte-educadora explicará a origem e importância das danças tribais e ensinará na prática passos para as pequenas dançarinas. A aula também envolverá o emprego da dança tribal em ritmos atuais, com as quais as garotas se identificam, como hip hop e demais danças urbanas. Com isso, elas perceberão que muitos dos artistas da atualidade que elas admiram, sejam brancos ou negros, reproduzem passos que foram criados por seus antepassados.

12h às 13h Oficina de Modelos

Arte- educadora Joy Carol

Joy é uma famosa modelo, negra e gorda, moradora da Zona Norte, e que além de desfilar nos maiores eventos plus size do Brasil, ultrapassou barreiras integrando desfiles em que antes predominavam pessoas brancas e magras, como por exemplo, a Casa de Criadores. Embora tenha ouvido muitos “nãos” ao longo de sua carreira, ela persistiu e estrelou campanhas de publicidade de marcas de moda, telefonia celular, bancos e produtos de beleza. Na oficina de modelos, todas poderão ser modelo por um dia, aprender a desfilar e fotografar e acreditar em sua real beleza.

14h às 15h – Oficina de Leitura e Teatro

Arte educadora: Aline Caruzo

A arte-educadora trabalhará na oficina alguns capítulos do livro “Omo-Oba Histórias de Princesas” de Kiusam de Oliveira. Com um acervo de fantasias e acessórios, estimulará que as meninas leiam trechos do livro, que fala sobre princesas africanas e, por meio de jogos educativos e dinâmicas teatrais, reproduzam e criem novas cenas com as personagens. Elas se reconhecerão como protagonistas e viverão personagens incríveis.

15h às 16h – Oficina de amarração de Turbantes e tranças

Arte- educadora: Palomah Coelho

O cabelo faz parte da identidade de todas as pessoas. Mas para garotas negras que crescem escutando que tem “cabelo ruim”, essa relação com a própria aparência pode vir repleta de dores e frustrações. Na oficina de Amarração de Turbantes e tranças, as pequenas aprenderão a importância dos penteados e dos turbantes na cultura

africana. Aprenderão que não se tratam de artifícios para disfarçar “um cabelo ruim”, mas para ressaltar a beleza e identidade das mulheres pretas.

16h às 17h – Oficina de Artes Plásticas

Arte-educadora: Erika de Souza

As meninas confeccionarão seus auto-retratos, trabalhando a percepção que têm sobre si mesmas. Nesta oficina serão usadas sulfites, lápis, canetinhas, gizes de cera e materiais como botões e retalhos de tecidos.

17h às 18h – Palestra/ Show

Artista: Fanieh

Com apenas 21 anos, de Guaianases, extremo leste de São Paulo, vem se destacando na cena musical por suas letras e posicionamentos sempre fixados nas suas raízes. A artista recentemente soltou sua voz na primeira faixa do projeto idealizado e majoritariamente produzido por mulheres, o Hervolution. Ela também estrelou a série da Netflix: Sintonia, um sucesso entre o público adolescente. Construiu a carreira de forma autônoma, independente, como uma verdadeira gestora. Além de ser rapper, ainda é co-fundadora do Instituto Izaias Luzia, em Guaianases, que trabalha com cultura, esporte e educação.

Serviço:

Data: 11 de março

Horário: das 9h às 18h

Local: Fábrica de Cultura da Brasilândia

Endereço: Avenida Inajar de Souza, 7001 e Av. General Penha Brasil, 2508 – Brasilândia, São Paulo, SP

Entrada gratuita

Mais informações no site: http://pretinhas.com.br/pretinhas-da-brasilandia/ 

 

 

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Cultura

LUCINHA LINS E CLAUDIO LINS APRESENTAM A 11º EDIÇÃO DO NATAL SOLIDÁRIO, UMA NOITE DE MÚSICA E DOAÇÃO NO DIA 04 DE DEZEMBRO, ÀS 20H, NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO

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O evento beneficente, idealizado por Jô Santana, traz a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos com participação da cantora Roberta Campos em concerto que arrecadará latas de leite em pó para o Hospital Cruz Verde.
No dia 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h, o Teatro Sérgio Cardoso será palco da 11ª edição do Natal Solidário Cruz Verde, um evento que celebra a união entre arte, esperança e responsabilidade social. Idealizado pelo ator e produtor cultural Jô Santana, o evento reitera seu compromisso com a causa das pessoas com paralisia cerebral, destinando toda a arrecadação ao Hospital Cruz Verde, referência há 66 anos no tratamento e assistência a pacientes com a condição.

💖 Uma Celebração de Amor, Fé e Emoção

A noite será apresentada por mãe e filho, os talentosos atores e cantores Lucinha Lins e Claudio Lins, que emprestarão seu carisma para conduzir o público em uma jornada de solidariedade e música.
O ponto alto da celebração será o concerto especial da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, sob a regência do Maestro Adriano Machado. O tema do repertório deste ano, “Natal, uma celebração de amor”, promete levar o público a uma emocionante viagem de fé e esperança. Cada nota da orquestra é concebida como um gesto de carinho, com melodias que aquecem o coração e unem gerações.
O repertório percorre desde o sagrado ao popular, e incluirá obras emblemáticas como “Circle of Life”, “Amazing Grace”, “Adeste Fideles” e a tradicional “Noite Feliz”. Entre momentos de introspecção com “Ave Maria” e a energia festiva de clássicos como “Bate o Sino” e “Jingle Bell Rock”, a música se torna um convite à gratidão e à reflexão sobre o renascimento da luz que o Natal representa. O show culminará com o “Oh Happy Day” no BIS, garantindo um final emocionante.

Destaque: O evento contará com participações especialíssimas, adicionando ainda mais brilho à noite, da aclamada cantora Roberta Campos e das cantoras Laura Saab e Júlia Saab, netas de Fafá de Belém, prestando homenagem aos 50 anos de carreira num número surpresa que certamente emocionará muita gente.

Magia e Encantamento na Chegada
Para envolver o público na magia do Natal desde a chegada, artistas circenses estarão se apresentando na entrada e no foyer do teatro, personificando o espírito natalino com performances que prometem encantar e interagir com o público.

Ingresso Solidário: 2 Latas de Leite em Pó

Em um gesto que reforça o espírito natalino de doação, o acesso ao concerto não será por meio de ingresso pago em dinheiro. A entrada será concedida mediante a doação de 2 latas de leite em pó. Todos os itens arrecadados serão integralmente destinados ao Hospital Cruz Verde, apoiando a nutrição e o cuidado dos pacientes da instituição. O Teatro Sérgio Cardoso, com sua estrutura acessível, assegura que a arte e a solidariedade sejam democráticas.

Serviço: 11º Natal Solidário Cruz Verde – “Natal, uma celebração de amor”

O que: Concerto beneficente com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, regida pelo Maestro Adriano Machado, apresentação de Lucinha Lins e Claudio Lins e participações especiais de Roberta Campos, Laura Saab e Júlia Saab.
Quando: 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h.
Onde: Teatro Sérgio Cardoso – R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo.
Ingressos: Concedidos mediante a doação de 2 latas de leite em pó.
Duração: Aproximadamente 120 min.
Classificação: Livre.
Arrecadação: 100% destinada ao Hospital Cruz Verde.

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Cultura

Artista plástica Duda Oliveira defende a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS na COP 30

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Suas telas tem como característica serem mergulhadas na Baía de Guanabara antes de serem trabalhadas

A artista plástica Duda Oliveira está na COP 30, participando das manifestações civis e dos debates sobre a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e do papel de ruptura com as práticas de enraizamento cultural não sustentáveis na Green Zone.

Conhecida por seu posicionamento pela defesa e conscientização sobre a preservação da vida, do meio ambiente, Duda Oliveira tem como característica em seu trabalho mergulhar tecido lona crua na Baía de Guanabara, repleta de derivados de petróleo e dejetos de óleos, cujo aquecimento, alimento orgânico, estimulam a proliferação de fungos, resultando em um esfumaçado plástico natural peculiar em suas pinturas. As telas não foram pintadas, foram mergulhadas. E o branco que emergiu delas não era ausência, era prenúncio. Foi preciso calor, tempo, matéria, toque, escuta. E então, como num sussurro biológico, as cores nasceram do fundo: do fundo do mar, do fundo do mundo, do fundo da gente.


Duda Oliveira quer mostrar que a imagem da mulher também se transformou, sob a inspiração de novos modelos estéticos. A arte sempre em seu papel altruísta, apenas sinalizou o que já estava pungente e silenciado por antigos valores. Um dos motivos pelos quais defende os ODS.

Artista plástica contemporânea e Mestre em Ciência da Sustentabilidade, niteroiense, que estudou arte experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte e da Arquitetura do Brasil, na Puc/Rio, desde 2018 vem apresentando sua arte num ritmo intenso de exposições. Os trabalhos da artista vêm ganhando destaque nas Feiras Internacionais da Alemanha, Luxemburgo, em Salas Culturais em Portugal, nos Museus MASP, MAC Niterói, dentre outros relevantes espaços culturais no Brasil e exterior.


“Somente a arte tem o poder de propagar o acesso ao real e grande poder de transformação. A arte nos torna iguais, permitindo a verdadeira ordem democrática das coisas, a compreensão verdadeira e espontânea do belo”, diz a artista plástica.

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Cultura

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos mostram associação entre excesso de telas e dificuldades de atenção, sono e desempenho escolar.

 

Logo, é fundamental ter atenção não somente a esses riscos como também a redução da criatividade, das habilidades sociais e dependência em crianças que passam muito tempo consumindo conteúdo digital sem supervisão.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Pexels Foto de Ron Lach

O cérebro infantil está com 95% da sua estrutura formada entre 0 e 6 anos, estando assim em pleno desenvolvimento. O uso constante pode afetar a qualidade do sono, já que a luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Isso pode impactar negativamente a memória, a aprendizagem e o desenvolvimento emocional.

 

O excesso também pode gerar uma sobrecarga de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer. Ao usar o celular por muito tempo, a criança é constantemente recompensada com estímulos rápidos e fáceis, como likes ou vídeos curtos, o que cria um ciclo de dependência. Isso reduz a tolerância ao tédio e dificulta o envolvimento em tarefas que exigem esforço cognitivo, como leitura ou resolução de problemas.

 

Outros efeitos do uso: dificuldade de atenção e concentração; redução da motivação para atividades off-line, como brincar, conversar ou ler e déficits nas habilidades sociais e emocionais.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Freepik

Veja alguns indícios de prejuízo pelo excesso de telas que pais e professores devem ficar atentos: irritabilidade ou agitação ao ser afastada das telas; desinteresse por brincadeiras presenciais ou leitura; dificuldade de concentração nas atividades escolares e redução da linguagem espontânea e das interações sociais. Se esses sinais forem persistentes, é recomendável avaliar a rotina digital da criança e buscar a orientação de um profissional da área da saúde ou educação.

 

Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o tempo de tela considerado adequado para crianças varia conforme a idade: de 0 a 2 anos, deve-se evitar o uso, exceto em chamadas de vídeo com familiares; de 2 a 5 anos, o limite é de até 1 hora diária, priorizando conteúdos educativos e com acompanhamento de um adulto; para as crianças maiores, o uso deve ser equilibrado com um bom padrão de sono, prática de atividade física, brincadeiras livres e momentos em família.

 

Além da mediação no uso das tecnologias, é importante oferecer estímulos que favoreçam o neurodesenvolvimento infantil de forma ampla. Atividades como desenhar, escrever e explorar o ambiente contribuem para o aprimoramento da coordenação motora e da cognição.

 

É fundamental que pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a esses efeitos e adotem estratégias para garantir um uso equilibrado e saudável das tecnologias. Lembre-se que as tecnologias não são inimigas, mas devem ser usadas com moderação respeitando a idade das crianças.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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