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Pediatra do Hospital América de Mauá esclarece a diferença entre intolerância à lactose e alergia ao leite

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A intolerância à lactose, é caracterizada pela ausência ou redução da enzima lactase no organismo. A lactase, por sua vez, é responsável pela quebra da lactose, carboidrato do leite que deve ser fracionado em galactose e glicose para ser absorvido. A primeira descrição de intolerância à lactose foi feita por Hipócrates no ano 400 a.C., por meio da observação de povos criadores e consumidores de gado leiteiro. Nos indivíduos intolerantes, a lactose é conduzida integralmente ao intestino, onde ocorre o fenômeno da fermentação entre 30 minutos a duas horas após o consumo de leite e derivados, provocando sintomas como flatulência, náuseas, vômitos, diarreias ácidas, distensão abdominal, dermatite perianal, entre outros. Os sintomas podem variar de acordo com a idade do indivíduo, a quantidade de lactose ingerida, o trânsito intestinal e a genética. Além do desconforto, com a cronicidade do caso, o paciente pode apresentar déficits de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais, que acabam sendo perdidos devido à diarreia prolongada. “Os sintomas têm início em diferentes faixas etárias, dependendo do tipo de intolerância: primária ou congênita (rara), que se manifesta desde o nascimento e é permanente, ou secundária, causada por algumas patologias que modificam a mucosa intestinal e alteram o tamanho das vilosidades, onde a lactase é produzida. O tipo secundário, que pode ocorrer também em idade adulta, trata-se de um quadro clínico transitório, ou seja, após um período de restrição da lactose na dieta, o paciente volta a tolerar o consumo”, explica a Dra. Nathalie Moschetta Monteiro Gil, pediatra e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.

Entre as doenças que podem se manifestar em decorrência desse quadro clínico, estão enterites infecciosas, doença celíaca, fibrose cística, desnutrição e prematuridade. “Alguns pacientes apresentam sintomas apenas quando a quantidade ingerida é muito grande, então pequenos volumes de leite e derivados são tolerados. Uma boa alternativa para esses casos é consumir leite juntamente com alimentos sólidos, que irão aumentar o tempo de esvaziamento gástrico e, com isso, manter durante mais tempo o leite em contato com a enzima lactase remanescente. Nas crianças, assim que sintomas começarem a se apresentar, os pais devem procurar um pediatra e/ou um gastroenterologista pediátrico. O diagnóstico clínico é feito por meio da retirada de leite e derivados da dieta e também por exames complementares, como teste respiratório, teste da tolerância à lactose e teste genético. O teste respiratório investiga a eliminação de hidrogênio em amostras de ar expirado, já que o hidrogênio é um produto da fermentação da lactose. No teste da tolerância à lactose, a glicemia do paciente é aferida após a ingesta desse carboidrato do leite: em pacientes não intolerantes, o índice glicêmico é mais alto em relação ao jejum, enquanto nos intolerantes essa variação não acontece. Já o teste genético é realizado apenas quando há suspeita de intolerância primária/congênita”, esclarece a doutora.

O tratamento para intolerância à lactose consiste na redução da ingestão de leite e derivados, e a legislação brasileira (Projeto de lei 2663/2003) garante que a informação da presença de lactose esteja descrita em todas as embalagens de alimentos. Atualmente, médicos especialistas podem prescrever medicamentos que contêm a enzima lactase e colaboram para a digestão da lactose, devendo ser ingeridos, portanto, um pouco antes do consumo de leite e derivados.

Alergia X intolerância

Alergia ao leite e intolerância à lactose são a mesma coisa?
Os pais frequentemente têm essa dúvida, e a resposta é não. A alergia está relacionada à proteína do leite, enquanto a intolerância tem relação com o carboidrato do leite e possui diferentes sintomas e tratamentos.

Na alergia, os sintomas mais comuns são evacuações amolecidas, sangue nas fezes, vômitos, dificuldade de ganho de peso e urticária. Nesse caso, a restrição ao leite deve ser mais rigorosa, excluindo até mesmo medicamentes e cosméticos que podem conter traços de leite.

Dra. Nathalie Moschetta Monteiro Gil, pediatra, neurologista infantil e prestadora de serviços no Hospital

América de Mauá | CRM 163047

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“Você evita usar shorts por vergonha das pernas?”

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“Você evita usar shorts por vergonha das pernas?”
Muitas mulheres vivem esse dilema em silêncio. Olham no espelho, veem pernas inchadas, doloridas, cheias de irregularidades — e acreditam que é apenas “gordura localizada” ou “celulite difícil de tratar”. Mas, na verdade, pode ser lipedema, uma condição que vai muito além da estética e afeta profundamente a autoestima e o bem-estar.
O lipedema é uma doença crônica que causa o acúmulo anormal de gordura nas pernas e braços, provocando dor, inchaço e sensibilidade. O problema é que ele costuma ser confundido com sobrepeso ou má circulação — e, com isso, muitas mulheres passam anos tentando dietas e exercícios sem sucesso.


A boa notícia é que existem tratamentos eficazes, que devolvem leveza, harmonia corporal e confiança. Com uma abordagem integrativa, que associa recursos tecnológicos, bioestimulação e protocolos específicos, o Dr. Cleugo Porto tem transformado a vida de mulheres que voltaram a se reconhecer no espelho.
“Quando a paciente entende que não é culpa dela, que existe um diagnóstico e um tratamento, algo muda profundamente”, explica o Dr. Cleugo Porto. “O olhar volta a brilhar — e esse é o maior resultado que um médico pode ver.”


“Não é sobre vaidade. É sobre poder viver sem dor, sem vergonha, e com liberdade para vestir o que quiser.”
Se você sente que há algo errado no seu corpo e quer entender melhor o que está acontecendo, procure um especialista. Identificar o lipedema é o primeiro passo para recuperar sua autoestima e qualidade de vida.

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Educação inclusiva: PL sobre autismo avança no Congresso e destaca a formação de professores com base científica

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, recentemente, o Projeto de Lei 2163/2025, de autoria da deputada Carla Dickson (UNIÃO/RN), relatado pela Comissão de educação e aprovado pelo deputado Diego Garcia (Republicanos/PR). A PL estabelece diretrizes para a formação continuada de professores da rede pública de ensino em práticas pedagógicas baseadas em evidências científicas. O foco central do projeto é o atendimento educacional especializado para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Trata-se de um marco importante para a educação inclusiva no Brasil, pois alinha a formação docente às melhores práticas comprovadas pela ciência. Será o fim dos achismos e uma vitória da ciência. Com isso, os pais e professores terão segurança de que as crianças terão acesso a metodologias que a ciência já comprovou que funcionam, garantindo resultados com mais eficácia e menos sofrimento no aprendizado.

 

Na prática, isso significa que os professores terão acesso a capacitações mais eficazes. Portanto, vão gerar resultados concretos na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Logo, a lei garante inclusão de verdade e educação de qualidade ajudando os professores a possuírem ferramentas certas para desenvolver o pleno potencial de seus alunos em sala.

 

Formar educadores com base em evidências é essencial. Quando os professores recebem esse suporte, tornam-se mais preparados para compreender as dificuldades de cada criança e elaborar estratégias de ensino verdadeiramente inclusivas. Trata-se não apenas de aprimorar a prática docente, mas também de garantir direitos fundamentais aos estudantes com autismo.

Vale lembrar que os alunos atípicos ensinam muito aos professores, ajudando-os a se tornarem melhores profissionais. A inclusão possibilita que os docentes aprendam a ensinar todas as crianças, respeitando seus diferentes ritmos e formas de aprender. O grande desafio está justamente em entender como o aprendizado acontece para encontrar o melhor caminho de ensino para cada um.

 

Com a formação adequada, os estudantes terão mais oportunidades de aprendizagem significativa, acesso a práticas pedagógicas realmente eficazes e melhores condições para desenvolver todo o seu potencial.

 

O projeto segue em análise na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A expectativa é que avance no Congresso, consolidando assim, um passo significativo para que a inclusão escolar seja feita com mais preparo, responsabilidade e respaldo científico.

 

Essa proposta gera mudança de paradigma na formação docente, pois reforça a ideia de que todo estudante tem direito a uma educação de qualidade. Esse é um grande avanço para a educação brasileira.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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Roberta Miranda realiza ação social em hospital

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A semana começou para lá de especial para a cantora Roberta Miranda e seu mascote, Severino Miranda. Na tarde dessa segunda-feira (06/10), a artista e seu pet participaram de uma ação especial no Hospital Mário Covas (em Santo André, SP), realizando uma visita aos pacientes do centro oncológico.

Durante a visita, Roberta e Severino levaram afeto e sorrisos aos pacientes da área de oncologia infantil, com destaque para encontro com a garotinha Luiza, carinhosamente chamada de Lulu. Das mãos de Luiza, o simpático cãozinho da raça Lulu da Pomerânia foi oficialmente nomeado o novo Embaixador da ONG Alquimia Pet, que realiza Serviços Assistidos por Animais (SAA), com o objetivo promover o bem-estar físico, emocional e social de pessoas de todas as idades, por meio da conexão afetiva com os animais.

“Foi um momento muito especial. Essa visita marca a chegada do Severino como nosso Embaixador. Ele representa tudo o que acreditamos: o poder transformador do amor entre humanos e animais. Juntos, vamos levar mais afeto, cuidado e bem-estar para quem mais precisa, com a força da pet terapia”, comentam Camila Nunes E Ricardo Nunes, representantes da ONG.

Vale destacar que a ONG Alquimia Pet foi escolhida pela sertaneja para receber parte do valor obtido com as vendas das peças do bazar “Roberta Desapega, Severino Vest”, promovido por ela no mês de maio. Como Embaixador da instituição, Severino participará de visitas regulares à hospitais para visitar crianças em tratamento na luta contra o câncer.

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