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Identifique sinais de abuso psicológico

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Identifique sinais de abuso psicológico – por psicóloga e voluntária no Projeto Justiceiras, Alessandra Augusto

Quando falamos de violência ou tortura pensamos logo em agressão física. O abuso ou violência psicológica tem por características palavras ou atos que coloquem a mulher em uma condição de humilhação, privação de sua liberdade de falar ou expressar, ser subjugada. Também gera a degradação da sua moral, quando é impedida de exercer sua vida social ou crença.

É importante sempre falarmos sobre esse tema, pois como não existe uma agressão física com empurrões, socos e sem a utilização da força física, muitas vezes a mulher não sabe que está vivendo uma violência. É interessante notar que o agressor também não entende isso como uma violência. Ele entende que agressão ou violência doméstica é apenas quando tem empurrão, chute ou espancamento. Hoje, como essas mulheres estão tendo voz, entendemos essa violência psicológica, que inclusive consta na lei Maria da Penha e é passível de punição.

O abuso não acontece por acaso ou do dia para noite, a pessoa já vem dando indícios no começo do relacionamento. Por exemplo, se eu tenho um namorado que começa a me limitar em relação aos meus amigos, eventos sociais e pontuando em relação às minhas roupas. Quando esse relacionamento evolui para um noivado ou casamento, a situação pode se estender na vida conjugal. Então, é importante prestar atenção aos sinais.

Vale ressaltar que muitas pessoas acreditam que abuso psicológico só acontece nas camadas mais baixas da sociedade e isso não é verdade. Há casos em que o companheiro aparentemente era perfeito e tinha uma situação financeira boa e se transforma nesse monstro.

O ideal é que, ao se relacionar, a mulher busque conhecer a família, o comportamento do companheiro, como ele era com os antigos relacionamentos, como era a conduta dele em relação a outras mulheres. Pergunte como foi o término, atente-se como ele é com a família, como se comporta, como é no profissional. Assim você passa a conhecer um pouco sobre o comportamento e temperamento desse indivíduo.

Geralmente quem pratica o abuso psicológico está mais caracterizado como abusador e manipulador. Ele faz com que a vítima entenda e acredite que a culpa é dela. Pois são usadas frases como “eu só fiz isso porque você me provocou”. Ou “se você não tivesse feito isso, eu não teria feito aquilo”. A vítima vai sendo envolvida e tendo esse prejuízo psicológico emocional. Ela se deprime e fica buscando nela o porquê dele agir assim.

O trabalho do psicólogo é fazer a mulher perceber e reconhecer que está vivendo isso. Existe essa dificuldade de reconhecer que tudo que ela passa, mesmo sendo verbalmente, constitui-se como violência. Isso causa danos emocionais, diminuição da autoestima e prejuízo no desenvolvimento pessoal e profissional dessa mulher. O sentimento dela é de estar acuada, humilhada e com medo. Existe um medo grande dela sair desse relacionamento e/ou tomar qualquer atitude.

Os psicólogos recebem e acolhem mulheres fragmentadas e desacreditadas, pois, como não existem marcas físicas, seu discurso muitas vezes é desvalorizado. No processo terapêutico, objetivamos reestruturar essa autoestima e desconstruir crenças disfuncionais e ressignificar os fatos, buscando libertá-la do trauma dessa relação. Em alguns casos, é preciso passar por um longo processo psicológico. É importante mostrar que existe vida após o abuso e essa mulher merece e tem o direito de ser feliz.

*Alessandra Augusto é formada em Psicologia, Palestrante, Pós-Graduada em Terapia Sistêmica e Pós-Graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental e em Neuropsicopedagogia e voluntária no Projeto Justiceiras. É a autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode ajudar?” do livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você.

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“Você evita usar shorts por vergonha das pernas?”

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“Você evita usar shorts por vergonha das pernas?”
Muitas mulheres vivem esse dilema em silêncio. Olham no espelho, veem pernas inchadas, doloridas, cheias de irregularidades — e acreditam que é apenas “gordura localizada” ou “celulite difícil de tratar”. Mas, na verdade, pode ser lipedema, uma condição que vai muito além da estética e afeta profundamente a autoestima e o bem-estar.
O lipedema é uma doença crônica que causa o acúmulo anormal de gordura nas pernas e braços, provocando dor, inchaço e sensibilidade. O problema é que ele costuma ser confundido com sobrepeso ou má circulação — e, com isso, muitas mulheres passam anos tentando dietas e exercícios sem sucesso.


A boa notícia é que existem tratamentos eficazes, que devolvem leveza, harmonia corporal e confiança. Com uma abordagem integrativa, que associa recursos tecnológicos, bioestimulação e protocolos específicos, o Dr. Cleugo Porto tem transformado a vida de mulheres que voltaram a se reconhecer no espelho.
“Quando a paciente entende que não é culpa dela, que existe um diagnóstico e um tratamento, algo muda profundamente”, explica o Dr. Cleugo Porto. “O olhar volta a brilhar — e esse é o maior resultado que um médico pode ver.”


“Não é sobre vaidade. É sobre poder viver sem dor, sem vergonha, e com liberdade para vestir o que quiser.”
Se você sente que há algo errado no seu corpo e quer entender melhor o que está acontecendo, procure um especialista. Identificar o lipedema é o primeiro passo para recuperar sua autoestima e qualidade de vida.

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Educação inclusiva: PL sobre autismo avança no Congresso e destaca a formação de professores com base científica

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, recentemente, o Projeto de Lei 2163/2025, de autoria da deputada Carla Dickson (UNIÃO/RN), relatado pela Comissão de educação e aprovado pelo deputado Diego Garcia (Republicanos/PR). A PL estabelece diretrizes para a formação continuada de professores da rede pública de ensino em práticas pedagógicas baseadas em evidências científicas. O foco central do projeto é o atendimento educacional especializado para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Trata-se de um marco importante para a educação inclusiva no Brasil, pois alinha a formação docente às melhores práticas comprovadas pela ciência. Será o fim dos achismos e uma vitória da ciência. Com isso, os pais e professores terão segurança de que as crianças terão acesso a metodologias que a ciência já comprovou que funcionam, garantindo resultados com mais eficácia e menos sofrimento no aprendizado.

 

Na prática, isso significa que os professores terão acesso a capacitações mais eficazes. Portanto, vão gerar resultados concretos na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Logo, a lei garante inclusão de verdade e educação de qualidade ajudando os professores a possuírem ferramentas certas para desenvolver o pleno potencial de seus alunos em sala.

 

Formar educadores com base em evidências é essencial. Quando os professores recebem esse suporte, tornam-se mais preparados para compreender as dificuldades de cada criança e elaborar estratégias de ensino verdadeiramente inclusivas. Trata-se não apenas de aprimorar a prática docente, mas também de garantir direitos fundamentais aos estudantes com autismo.

Vale lembrar que os alunos atípicos ensinam muito aos professores, ajudando-os a se tornarem melhores profissionais. A inclusão possibilita que os docentes aprendam a ensinar todas as crianças, respeitando seus diferentes ritmos e formas de aprender. O grande desafio está justamente em entender como o aprendizado acontece para encontrar o melhor caminho de ensino para cada um.

 

Com a formação adequada, os estudantes terão mais oportunidades de aprendizagem significativa, acesso a práticas pedagógicas realmente eficazes e melhores condições para desenvolver todo o seu potencial.

 

O projeto segue em análise na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A expectativa é que avance no Congresso, consolidando assim, um passo significativo para que a inclusão escolar seja feita com mais preparo, responsabilidade e respaldo científico.

 

Essa proposta gera mudança de paradigma na formação docente, pois reforça a ideia de que todo estudante tem direito a uma educação de qualidade. Esse é um grande avanço para a educação brasileira.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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Roberta Miranda realiza ação social em hospital

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A semana começou para lá de especial para a cantora Roberta Miranda e seu mascote, Severino Miranda. Na tarde dessa segunda-feira (06/10), a artista e seu pet participaram de uma ação especial no Hospital Mário Covas (em Santo André, SP), realizando uma visita aos pacientes do centro oncológico.

Durante a visita, Roberta e Severino levaram afeto e sorrisos aos pacientes da área de oncologia infantil, com destaque para encontro com a garotinha Luiza, carinhosamente chamada de Lulu. Das mãos de Luiza, o simpático cãozinho da raça Lulu da Pomerânia foi oficialmente nomeado o novo Embaixador da ONG Alquimia Pet, que realiza Serviços Assistidos por Animais (SAA), com o objetivo promover o bem-estar físico, emocional e social de pessoas de todas as idades, por meio da conexão afetiva com os animais.

“Foi um momento muito especial. Essa visita marca a chegada do Severino como nosso Embaixador. Ele representa tudo o que acreditamos: o poder transformador do amor entre humanos e animais. Juntos, vamos levar mais afeto, cuidado e bem-estar para quem mais precisa, com a força da pet terapia”, comentam Camila Nunes E Ricardo Nunes, representantes da ONG.

Vale destacar que a ONG Alquimia Pet foi escolhida pela sertaneja para receber parte do valor obtido com as vendas das peças do bazar “Roberta Desapega, Severino Vest”, promovido por ela no mês de maio. Como Embaixador da instituição, Severino participará de visitas regulares à hospitais para visitar crianças em tratamento na luta contra o câncer.

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