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Aleilton Fonseca lança o livro “Sonhos de Viver”, com seis contos, pela Caramurê Publicações – 28 (terça).

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Autor baiano com obras traduzidas em seis idiomas, retoma o conto, falando de personagens comuns que vão se identificar com o leitor e o cotidiano.

O escritor e ensaísta baiano Aleilton Fonseca retoma o conto, gênero que o tornou conhecido no país pela simplicidade dos personagens e da narrativa, com o lançamento de seu novo título, “Sonhos de Viver”, pela Caramurê Publicações, com seis contos sobre personagens comuns que lutam pelo sonho de sobreviver em meio à dura realidade cotidiana, no próximo dia 28 (terça).

A obra possui cinco, dos seis contos, inéditos, que, apesar de independentes, conversam entre si e com o leitor, pois tratam de pessoas que fazem parte do cotidiano, de fácil identificação, com suas emoções e dores, dificuldades e esperanças, mas com uma fluidez e lirismo que o tornam de fácil leitura.

O autor completa: “Apesar de todos os personagens passarem por momentos difíceis, os contos não são pessimistas. Há uma perspectiva de superação, de esperança”. Após um longo tempo sem lançar um livro de contos, Aleilton continua sendo um dos maiores escritores do gênero na Bahia. “Ele capta com maestria a essência do povo baiano, seja no ambiente urbano ou rural”, concorda o editor Fernando Oberlaender.

SOBRE ALEILTON FONSECA

Aleilton Fonseca (1959) é escritor e ensaísta, já publicou cerca de trinta livros, entre conto, romance, poesia e ensaio, alguns no exterior. Publicou em algumas revistas brasileiras e estrangeiras. Tem trabalhos traduzidos para francês, espanhol, inglês, italiano, neerlandês e alemão. Suas publicações mais recentes são: Nhô Guimarães (romance, 2006), As formas do barro (poesia, 2006), As marcas da cidade (contos, 2012), O arlequim da Pauliceia (ensaio, 2012), La femme de rêve (Tradução de Danielle Forget e Claire Varin. Canadá: Marcel Broquet, 2013), Un río en los ojos (Tradução de Alain SaintSaëns.USA: University Press of the South, 2013), Il sapore delle nuvole (Tradução de Antonella Rita Roscilli, 2015). O pêndulo de Euclides (romance, 2009, 2ª edição, 2017), La guerre de Canudos: Une tragédie au coeur du sertão (Tradução de Dominique Stoenesco. França: Petra, 2017), O desterro dos mortos (contos, 5ª edição, 2018), Visitações a Belo Monte /Canudos (ensaios, 2020), A terra em pandemia (poesia, 2020), traduzido na Itália, por Simona Advíncula (Itália, Milão: Edizione WE, 2021). Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (1997), é professor pleno de literatura da Universidade Estadual de Feira de Santana, em Feira de Santana, Bahia. Pertence à Academia de Letras de Itabuna, à Academia de Letras de Ilhéus e à Academia de Letras da Bahia.

PREFÁCIO – CONTOS EXEMPLARES

” (…)Ao alicerçar suas histórias no cotidiano miúdo, ele as potencializa em geral a partir de um encantamento memorialístico, porque é assim que funciona seu espesso substrato de vivências na moldura da ficção. Em sua maior parte, são narrativas de evocação, encantamento e epifania. Nessa vertente, Aleilton se mostra cada vez mais forte na criação literária de uma Bahia rural, ínsita, caminho que foi de outros escritores importantes como Jorge Medauar, Adonias Filho, Herberto Sales e Hélio Pólvora, também notáveis contadores de casos, de sagas familiares.

Se é certo que a ficção ordena os extravios do cotidiano, não será por acaso que, neste seu novo livro, o escritor nos convida a participar de suas histórias de uma maneira bem mais incisiva. Porque se mostram, as suas histórias, não muito distantes daquele modelo cervantino das Novelas exemplares, que Otto Maria Carpeaux considerou “expressões de um elevado idealismo moral”. De fato, Carpeaux viu no Cervantes novelista uma combinação de realismo e idealismo, o que parece ser a marca também destes novos contos de Aleilton. Um conjunto coeso que se filia à vertente clássica cervantina e, portanto, em contraste com os chamados contos cruéis do romântico Villiers de L’Isle Adam, que seria uma versão francesa (sugestão que encontramos ainda em Carpeaux) dos contos de Edgar Allan Poe, de uma intensidade mais próxima do horror e do suspense.

Pois sim, não há horror nem suspense psicológico ou policialesco nos contos de Sonhos de viver. Eles se resolvem com a mínima interferência do narrador, que vez ou outra aparece nas frestas do enredo apenas para pontuar isto ou aquilo da arte narrativa. E para além dos saberes e das ricas vivências que todos esses contos expressam de maneira extraordinária, ganha maior relevo – e isto é intencional no autor – a sutil denúncia, o alerta que nos inquieta e ensina. Neste ponto o contista poderia repetir o verso de Lupe Cotrim Garaude: “Eis o mundo, que saibas recebe-lo”. Por fim, é preciso dizer que, se o mote dos contos por vezes se mostra um tanto revolto ou trágico, sua resolução se consolida, repito, num horizonte ético e de proteica serenidade.”
André Seffrin

TEXTO CRÍTICO

“Dizem que sonhar é apenas uma outra forma de ler o mundo. Nas páginas deste novo livro, Sonhos de Viver, Aleilton Fonseca nos convida à fruição de seis contos que têm como protagonistas pessoas humildes, anônimos cuja dor não costuma sair nos jornais, seja em notas de rodapé ou, menos ainda, em manchetes. Seus personagens são homens e mulheres que orbitam as grandes capitais e os condomínios de luxo, uns Quixotes em luta permanente contra a força das marés e, no entanto, exímios conhecedores da arte de extrair barro, músicos sensíveis, especialistas em educar flores. Brasileiros que resistem bravamente no enfrentamento de um cotidiano que os desafia continuamente. O volume abre com o belo Os acordes da banda, ambientado em Ilhéus, que literalmente dita o tom que este escritor e poeta, um dos mais relevantes no cenário da literatura contemporânea, imprime às suas histórias. Em cada trama, o ator de sonhar ousa passar ao largo do puro e simples mergulho onírico. É de olhos bem abertos, com criatividade e alguma sorte, que os personagens de Aleilton encaram perdas, dores, preconceitos sociais e toda sorte de empecilhos ao exercício pleno de suas cidadanias, o que inclui a sombra da insuficiência alimentar que ronda as famílias e, subjetivamente, o interdito ao privilégio de alimentar os próprios sonhos: montar uma filarmônica, comprar o fardamento dos filhos, construir um pequeno jardim, viajar… Na tessitura desses dramas — desenvolvidos com a habilidade consolidada em uma obra extensa por este autor, finalista do Jabuti 2021 na categoria poesia, com A terra em pandemia (Mondrongo, 2020) —, visitamos universos habitados por músicos de fanfarra, diaristas, ribeirinhos, jardineiros, soldados e catadores de papelão. Como na canção popular, ao propor o acolhimento de todos, Aleilton Fonseca nos conclama a um abraço no povo deste país.”

Kátia Borges
(escritora e jornalista)
27.09.2022

SERVIÇO
Livro: Sonhos de viver
Autor: Aleilton Fonseca
1ª edição
Data e horário: 28/03/2023 às 18h
Local: ABL – Academia Brasileira de Letras da Bahia
Av. Joana Angélica, 198 – Nazaré – Salvador – BA
Contato: Fernando Oberlaender tel (71) 981311683
Valor do livro: R$62,00
Onde comprar: o livro estará disponível nas lojas da editora: no MAM, Museu de Arte Moderna da
Bahia e na Pituba – Praça Nossa Senhora da Luz – Madison Plaza ou pelo site
www.caramure.com.br ou no telefone (71)98462-5039
Link de compra:
https://caramure.com.br/produtos/sonhos-de-viver/
Coordenação editorial e edição: Fernando Oberlaender
Ilustrações internas e da capa: Fernando Oberlaender
Capa: Fernando Oberlaender e Neilton Oliveira
Diagramação: Neilton Oliveira
Produção Editorial: EPP Publicações e Publicidade Ltda
Assessoria de Imprensa:
Paula Ramagem e Arte Cult

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Raphaella Souza apresenta o show Jazz Sessions, Ateliê Gastronômico Ricardo Freitas, no sábado (18), na Fábrica Bhering

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A cantora homenageia nomes como Amy Winehouse, Liniker, Djavan e Sade, entre outros, durante o evento Bioma Bhering

 

Raphaella Souza apresenta o show Rapha’s Jazz Sessions, no próximo dia 18 de maio (sábado), no Ricardo Freitas Ateliê Gastronômico, 2º andar da Fábrica Bhering , com repertório que traz nomes como George Benson, Roberta Flack, Liniker, Djavan, Maria Rita, entre outros artistas e bandas de grande relevância no gênero musical, tendo como ponto alto um set dedicado às divas Amy Winehouse, Sade e Rita Lee. Ricardo Freitas é reconhecido por criar tendências na gastronomia, mas também pelo amor ao jazz e incentivo às artes.

Raphaella Souza apresenta o show Jazz Sessions, Ateliê Gastronômico Ricardo Freitas, no sábado (18), na Fábrica Bhering
Na companhia de músicos competentes, essa cantora carioca vem, ao longo de cinco anos de trajetória, apresentando esse espetáculo, que já passou por grandes festivais musicais no Rio de Janeiro, além de renomadas casas de espetáculo em São Paulo. No show, estará acompanhada de Thiago Zalinsky (Guitarra), Aílton Cruz (Baixo) e Alexandre Fon (Bateria).

No mesmo dia, haverá a abertura da exposição Bioma Bhering, reunindo mais de trinta artistas que possuem ateliês e galerias de arte na Fábrica Bhering, falando de questões contemporâneas – natureza, ecologia e antropoceno. E a música vem completar essa iniciativa.

Raphaella Souza, nova promessa da música, é uma cantora multifacetada, dona de uma voz poderosa e incomparável presença de palco. Sua arte divide-se nas Rock Sessions, onde canta sucessos dos anos 80, 90 e 2000, e nas Jazz Sessions, com repertório de artistas e bandas de grande importância no gênero musical. A produção é de Paula Ramagem.

O Show Jazz Sessions acontece das 13h às 17h, e será por contribuição solidária – chave PIX. O Ateliê Gastronômico Ricardo Freitas fica na Rua Orestes, 28, Santo Cristo, RJ, Fábrica Bhering – 2º andar.

Não haverá ingresso ou couvert, será por CONTRIBUIÇÃO SOLIDÁRIA (chave PIX). Livre para todas as idades e um programa que vai agradar a todos.

Instagram: https://www.instagram.com/raphaellasouza.oficial/
Instagram: https://www.instagram.com/paulasoaresramagem/

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Banda Hotelo comemora 5 anos do disco Mapa Astral com show repleto de convidados na Casa Natura Musical

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Hotelo é rock, é pop, é reggae. No dia 25 de maio, sábado, às 21h30, a banda faz show na Casa Natura Musical, com participações de AnandaPeu Del ReyNina Fernandes e Gabriel Gonti. Na apresentação, o quarteto de amigos de infância comemora 5 anos do lançamento de Mapa Astral, álbum que os apresentou para o mercado da música com grandes participações e conquistas.  A abertura da noite fica por conta da artista Bia Marques.

Ao longo dos 10 anos de carreira, a Hotelo, que curte misturar os estilos de som sem se prender a nada, já lançou mais de 50 títulos autorais e se apresentou em grandes festivais – como Planeta Brasil e Nômade – e fez shows por todo o Brasil. Já realizou também parcerias com grandes artistas nacionais, entre eles Vitor Kley, Ana Caetano, Vitória Falcão, Di Ferrero, Tati Quebra Barraco e Ana Gabriela. Além disso, a banda produz seu próprio festival desde 2017, o Regalórios, que já está na 7ª edição e já juntou mais de 10.000 circulantes.

Hotelo. Foto: Divulgação | Bia Marques. Foto: Divulgação

Bia Marques
Compositora, instrumentista, intérprete e influencer, Bia Marques possui mais de 2 milhões de seguidores acumulados em suas redes sociais. Em 2019, foi finalista em um quadro do programa Raul Gil resultando em três aparições em rede nacional. No mesmo ano, ganhou o 17º festival da rádio educadora na categoria “Música Mais Votada Pelos Ouvintes” com o sucesso “Volta Pra Casa”.

Iniciou sua carreira autoral no final de 2019, e hoje emplaca sucessos nas principais plataformas de streaming, como “Defeito de Fábrica ”, “Mãe” e “Menina”, entre outras.

 

Casa Natura Musical
Inaugurada em maio de 2017, a Casa Natura Musical é um equipamento cultural que fomenta experiências, encontros, conexão afetiva, sensorial e coletiva por meio da música. Palco de diferentes ritmos, movimentos e artistas de todo Brasil, a Casa promove através de shows, eventos, mostras de arte digital e conteúdos dos seus canais de comunicação aproximação da comunidade ao processo criativo da cultura brasileira. O espaço, inclusivo e sustentável, fica localizado no bairro de Pinheiros em São Paulo, mas expande suas vivências e incentiva novos territórios musicais descentralizados em seus canais digitais pelo Brasil e pelo mundo.

 

Sobre Natura Musical
Natura Musical é a plataforma cultural da marca Natura que há 18 anos valoriza a música como um veículo de bem estar e conexão. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu mais de R$ 190 milhões no patrocínio de mais de 600 artistas e projetos em todo o Brasil, promovendo experiências musicais que projetam a pluralidade da nossa cultura. Em parcerias com festivais e com a Casa Natura Musical, fomentamos encontros que transformam o mundo. Quer saber mais? Siga a gente nas redes sociais: @naturamusical.

 

Serviço

Hotelo | Mapa Astral – 5 anos

Dia 25 de maio, sábado, 21h30 | Abertura da Casa: 20h

Ingressos à venda pelo site da Sympla

Valores: de R$30 a R$160

Classificação indicativa: 16 anos

Duração: 90 minutos

 

CASA NATURA MUSICAL

Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo

www.casanaturamusical.com.br

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Maz e Antdot são anunciados no line-up do Rock in Rio 2024

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Após uma performance elogiada no Coachella 2024, o DJ e produtor carioca Maz está pronto para subir no palco do maior festival do Brasil: o Rock in Rio 2024. Ele se apresenta ao lado de seu parceiro e sócio Antdot. A dupla à frente do selo Dawn Patrol Records divide o line-up com nomes como Carlinhos Brown, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho e Alcione no dia 21 de setembro (sábado). Marcada como “Dia Brasil”, esta data tem uma programação inteiramente brasileira, em comemoração aos 40 anos do festival. Maz toca ainda este ano no Tomorrowland Bélgica.

“O Rock in Rio é um festival muito especial pra mim, pelo fato de eu já frequentar há muito tempo, muito antes de começar a pensar em tocar, e  por ser na minha cidade, onde nasci e sempre morei. Participar pela terceira vez consecutiva é incrível. Além de ser um festival muito reconhecido e renomado, o palco do RIR  realmente faz jus ao nome, principalmente o palco de eletrônico, que é revolucionário e sempre rende experiências únicas”, compartilha Maz.

Conhecido por dominar o gênero afro house, Maz viralizou após o lançamento do remix da faixa “Banho de Folhas”, de Luedji Luna, chamar a atenção de artistas como Anitta, Drake e Black Coffee. Seu lançamento mais recente é a canção “Amana”, que alcançou o primeiro lugar nos charts geral e afro house do Beatport, maior plataforma de venda de música eletrônica, e que fez parte do setlist de Maz em sua estreia no Coachella.

 

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