Cultura
São Paulo tem até 10/9 para retomar de 78 obras escolares
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2 anos atrásem
Por
Ocimar Freitas
Termina no dia 10 de setembro o prazo para 62 municípios de São Paulo manifestarem interesse em retornar a construção de obras escolares paralisadas ou inacabadas que fazem parte do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica. Na lista de obras do Estado constam 33 obras inacabadas e paralisadas. A conclusão desse conjunto de construções, em sua totalidade, somaria a São Paulo 41 unidades de educação infantil, entre creches e pré-escolas; 07 escolas de ensino fundamental, além de 28 novas quadras esportivas ou coberturas de quadras e duas ampliações.
Adesão – Para retomar as obras paralisadas ou inacabadas os entes federados devem formalizar a repactuação no Sistema Integrado de Monitoramento de Execução e Controle (Simec), no módulo “Obras 2.0”. Para cada uma das obras em que haja interesse na retomada, o ente deverá incluir o ID da obra, clicar na área “Lista de Opções” e selecionar a opção “Solicitar nova pactuação MP1174”, inserir um texto informando o interesse na repactuação e enviar para análise.

Uma vez que a manifestação foi enviada ao FNDE, começa o período de análise pela autarquia. Os entes federativos devem ficar atentos aos procedimentos, que serão sempre conduzidos partir de comunicações entre o FNDE e o ente pelo módulo “Obras 2.0”, na aba “Solicitações” no ID da obra.
Cabe aos entes decidir, junto às suas áreas técnicas, se querem ou não aderir ao pacto, não sendo uma obrigatoriedade. No entanto, ao retomar as obras atendidas no âmbito do Pacto Nacional, os gestores terão novo prazo de 24 meses para a sua conclusão, que pode ser prorrogado pelo FNDE, por igual período, uma única vez.
A Portaria Conjunta MEC/MGI/CGU nº 82, de 10 de julho de 2023, publicada pelos ministérios da Educação (MEC), da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Controladoria-Geral da União (CGU), dispõe sobre as repactuações entre o FNDE e os entes federativos no âmbito do Pacto Nacional pela Retomada de Obras. O documento funciona como um “manual de instruções” aos entes federativos que possuem obras paralisadas ou inacabadas e têm o desejo de retomar essas obras com o aporte financeiro e técnico do governo federal, por meio do FNDE.
Como funciona – No modelo do Plano de Ações Articuladas (PAR), há um compartilhamento de responsabilidades entre o governo federal e os entes para a realização de obras e serviços de engenharia de infraestruturas escolares de educação básica. Cabe ao FNDE, autarquia vinculada ao MEC, pactuar a obra com o município ou estado, transferindo os valores correspondentes após a comprovação da efetiva evolução da obra.
Apenas a parcela inicial, de 15% do valor pactuado, é transferida aos entes no início da execução da obra, mediante inserção pelo ente do contrato assinado, da planilha orçamentária e da ordem de serviço. Desse modo, o FNDE não repassa valores sem que haja a constatação de que a obra está evoluindo. Por sua vez, cabe ao gestor realizar a licitação localmente, firmar o contrato e gerir a obra, além de informar mensalmente ao FNDE sobre o seu andamento. Portanto, compete ao município/estado certificar-se de que a obra está evoluindo dentro do planejado.
Benefícios – A principal novidade do Pacto Nacional é a correção dos valores a serem transferidos pela União aos entes apoiados pelo Índice Nacional do Custo da Construção (INCC). Como a quase integralidade (95,83%) das obras que se encontram na situação de paralisada ou inacabada tiveram pactuações firmadas entre 2007 e 2016, a adoção desta medida facilita a retomada dessas construções, já que o reajuste nos recursos ainda pendentes de repasse pode chegar a mais de 200%, dependendo do INCC acumulado no respectivo período.
“O saldo das obras será atualizado, o que significa um enorme avanço em relação às repactuações passadas, quando, mesmo defasado por anos, o valor originalmente pactuado era mantido. Agora, o gestor poderá retomar a obra com montantes condizentes com a realidade atual, dando mais segurança de que o empreendimento será, efetivamente, terminado.”
Camilo Santana, Ministro da Educação
A Medida Provisória (MP) nº 1.174, de 12 de maio de 2023 também traz outra inovação importante. Os estados que tenham interesse em apoiar financeiramente seus municípios para a conclusão de obras da esfera municipal terão a possibilidade de participar com seus próprios recursos. “A intenção é que esse regime de cooperação entre estados, municípios e a União possa ajudar no enfrentamento desse grave problema das obras inconclusas e que isso permita a abertura de centenas de escolas e de milhares de salas de aula”, destaca a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba. a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba.
Para garantir ainda mais efetividade à retomada das construções, a MP também prevê a permissão de repasse de recursos extras da União, mesmo nos casos em que o FNDE já tenha transferido todo o valor previsto para a obra ou serviço de engenharia inicialmente acordado. Seriam recursos destinados ao refazimento de etapas construtivas já realizadas, mas que se encontram degradadas pelo tempo estendido de falta de execução.
Pacto – O Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica foi instituído pela Medida Provisória nº 1.174/2023. O objetivo do governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é possibilitar a conclusão de 3.594 obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas em todo o país. Isso somaria 1.221 unidades de educação infantil, entre creches e pré-escolas; 989 escolas de ensino fundamental; 35 escolas de ensino profissionalizante; e 85 obras de reforma ou ampliação, além de 1.264 novas quadras esportivas ou coberturas de quadras. Com isso, tem-se o objetivo de criar cerca de 450 mil vagas na rede de ensino público de ensino no Brasil, com um investimento previsto de quase R$ 4 bilhões até 2026.
Números
Em São Paulo, são 78 obras inacabadas e paralisadas.
Conclusão das obras vai garantir:
- 41 unidades de educação infantil, entre creches e pré-escolas;
- 07 escolas de ensino fundamental;
- 28 novas quadras esportivas ou coberturas de quadras;
- 02 obras de ampliação.
São 62 municípios beneficiados:
1 – Álvaro de Carvalho
2 – Americana
3 – Aparecida
4 – Avaí
5 – Bauru
6 – Bebedouro
7 – Bertioga
8 – Bom Sucesso de Itararé
9 – Borborema
10 – Caçapava
11 – Carapicuíba
12 – Casa Branca
13 – Conchas
14 – Corumbataí
15 – Cosmópolis
16 – Cotia
17 – Cruzeiro
18 – Eldorado
19 – Espírito Santo do Turvo
20 – Francisco Morato
21 – Guareí
22 – Guatapará
23 – Holambra
24 – Ibiúna
25 – Indiana
26 – Indiaporã
27 – Ipuã
28 – Itapirapuã Paulista
29 – Jaboticabal
30 – Juquitiba
31 – Mairinque
32 – Martinópolis
33 – Miguelópolis
34 – Mogi Guaçu
35 – Monte Mor
36 – Murutinga do Sul
37 – Nazaré Paulista
38 – Nova Guataporanga
39 – Novais
40 – Palestina
41 – Paulínia
42 – Pedro de Toledo
43 – Pindamonhangaba
44 – Pracinha
45 – Presidente Prudente
46 – Promissão
47 – Ribeirão Pires
48 – Rincão
49 – Rio das Pedras
50 – Salto
51 – Santo André
52 – Santo Antônio do Jardim
53 – São Miguel Arcanjo
54 – São Sebastião
55 – São Simão
56 – São Vicente
57 – Serra Azul
58 – Sete Barras
59 – Taquaritinga
60 – Tejupá
61 – Tremembé
62 – Tupã
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Cultura
PERCY JACKSON – ENCONTRO ELENCO MUSICAL e SÉRIE DISNEY
Publicado
1 dia atrásem
10 de dezembro de 2025Por
Ocimar Freitas
MINISTÉRIO DA CULTURA E BRADESCO SEGUROS
apresentam
‘PERCY JACKSON – O LADRÃO DE RAIOS’
SAIBA QUEM SÃO OS PROTAGONISTAS DA VERSÃO BRASILEIRA DO MUSICAL QUE ESTREIA EM SÃO PAULO/SP EM 2026
Sucesso na Broadway e West End, a versão brasileira do aclamado espetáculo chega ao Teatro Liberdade (São Paulo-SP) no segundo semestre.

Créditos: Gab Mor.
No elenco principal, estão João Lucas, como Percy Jackson, e Marianna Alexandre, como Anabeth. Os atores foram apresentados oficialmente nesta noite de sábado em um painel dedicado à LAB CULTURAL no evento oficial da CCXP.
Na ocasião, a produtora – responsável pela montagem brasileira do musical – também apresentou seu line-up de projetos para 2026/2027, que inclui as produções de Heathers – O Musical, Maysa – Aquilo que Não Te Contei e a peça de teatro O Código da Vinci.
O musical tem as vendas oficiais abertas por um período exclusivo de 10 dias de vendas antecipadas, em que os fãs poderão garantir seus ingressos antecipadamente e em primeira mão. As vendas oficiais ficam abertas até o dia 16 de dezembro pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/114114
Ingressos limitados.
João Lucas e Marianna Alexandre. Para mais imagens, acesse o link.
Crédito: Luis França
Baseado na famosa saga literária de Rick Riordan, Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical traz aos palcos uma aventura épica que mistura mitologia grega, humor e emoção. O espetáculo acompanha a jornada de Percy, um adolescente que descobre ser filho de Poseidon e precisa embarcar em uma missão para impedir uma guerra entre os deuses do Olimpo.
Com trilha sonora contagiante, linguagem moderna e uma encenação cheia de efeitos visuais e momentos eletrizantes, o musical celebra a amizade, a coragem e o poder de acreditar em si — temas que fizeram da saga um fenômeno mundial entre jovens e adultos, impulsionado também pela recente série no Disney +, cuja 2ª temporada estreia em dezembro de 2025. Além disso, o Brasil se destaca como a segunda maior base de fãs do mundo — o que reforça o potencial de conexão e impacto desta produção inédita no país.
O espetáculo teve sua estreia nos EUA em 2014, em uma produção off-Broadway, e ganhou uma nova montagem em 2017 na Broadway, aclamada pela crítica e indicada ao Drama Desk Award. A adaptação conquistou fãs ao transformar o universo de Percy Jackson em uma experiência teatral envolvente, que combina rock, aventura e emoção em um formato que dialoga diretamente com o público jovem e admirador da franquia. Em 2024, o musical chegou ao West End, em Londres, onde também recebeu elogios da crítica e segue atualmente em turnê internacional, consolidando-se como uma das produções mais queridas do universo jovem da Broadway contemporânea.
Agora, o fenômeno chega ao Brasil pela primeira vez em uma produção inédita da Lab Cultural, que assina a adaptação e a montagem oficial em português. “Poucas histórias conseguem unir de forma tão poderosa o imaginário dos livros, a emoção das telas e a energia do palco. Percy Jackson faz isso com verdade e sensibilidade — despertando o desejo por conhecimento, imaginação e pertencimento. Ver essa jornada chegar aos palcos brasileiros é celebrar o poder da arte de emocionar, formar e conectar gerações”, afirma José Toro, CEO da Lab Cultural.
O espetáculo conta com direção-geral de Daniel Salve e estreia no segundo semestre de 2026, no Teatro Liberdade, em São Paulo, marcando a primeira versão autorizada do musical na América Latina. O projeto promete uma produção envolvente e emocionante, à altura do sucesso internacional da franquia.
Apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical propõe uma jornada que celebra a amizade, a superação e o poder de descobrir quem realmente somos — um convite à aventura para fãs, novas gerações e para toda família. Mais informações serão divulgadas em breve.
INSTAGRAM OFICIAL DO MUSICAL: @PercyJacksonMusicalBr
INSTAGRAM LAB CULTURAL: @Lab.Cultural
SITE OFICIAL (EM BREVE): www.percyjacksonomusical.com.br
Sinopse
Quando Percy Jackson descobre que é o semideus, filho do deus grego Poseidon, sua vida muda radicalmente ao ser lançado em um mundo maior do que jamais poderia imaginar. Com poderes, recém-descobertos, que ele não consegue controlar, um destino que não deseja e uma infinidade de monstros mitológicos em seu encalço, Percy precisa aprender o que realmente significa ser um herói. O futuro do mundo está em jogo quando Percy e seus amigos embarcam em uma aventura épica de tirar o fôlego. Adaptado do best-seller de Rick Riordan por Joe Tracz, roteirista de Be More Chill, e com uma eletrizante trilha de rock composta por Rob Rokicki, The Lightning Thief, o musical é a aventura perfeita para deuses e mortais.
João Lucas – Percy Jackson
João Lucas é cantor e compositor paulistano, referência no pop romântico nacional. Começou na música ainda criança, passando pelo gospel até consolidar sua transição para o pop em 2023. Em 2024, lançou seu primeiro álbum de estúdio, “João Lucas”, projeto que marcou uma nova fase artística e ganhou destaque com singles como “Minuto de Saudade”. Com passagens por grandes palcos como o Rock in Rio e apresentações na TV, João soma milhões de streams, turnês pelo Brasil e no exterior, e se firma como um dos nomes em ascensão da música pop brasileira.
Marianna Alexandre – Annabeth
Marianna Alexandre é uma atriz, dubladora e cantora brasileira. Trabalha há 12 anos na área artística. Começou na música aos 7 anos, fazendo musicalização infantil, coral e piano. Toca piano erudito. Fez diversos cursos relacionados a teatro musical, incluindo o Summer Program no “New York Conservatory For Dramatic Arts”. Acumula diversos trabalhos no teatro (“A Noviça Rebelde”, “Mamma Mia” e “Rock In Rio 40 anos – O Musical”), televisão (novela “Gênesis” e “Reis” da RecordTV) e no cinema (“Um Broto Legal”) onde interpretou a Celly Campello e (“Mallandro – O Errado Que Deu certo) onde interpretou Mila, filha de Sergio Mallandro. Já na dublagem é a voz da Wandinha Addams, da série da Netflix. Tem sua voz em filmes como “Annabelle 2”, séries da Disney como “High School Musical: The Musical: The Series” e “A Guarda do Leão”, da Netflix como “Stranger Things”, “Cobra Kai” e “Sex Education”. Na pandemia, acabou se dedicando também às redes sociais e, desde então, alcançou um grande público no Instagram, YouTube e TikTok (+14 milhões de seguidores).
Quotes da imprensa:
“Exatamente o que o West End estava esperando. Uma experiência garantida — a noite da sua vida.” — Radio Times
“Um raio de magia nos palcos. Um espetáculo que, em todos os sentidos, transporta o público para outra dimensão.” — The Times
“Completamente mágico.” — Official London Theatre
“Digno dos deuses!” — Time Out New York
“Com um roteiro surpreendentemente engraçado de Joe Tracz e uma trilha de rock contagiante de Rob Rokicki, o musical envolve você enquanto um adolescente… é lançado no perigoso mundo da mitologia grega. Um espetáculo!” — Boston Globe
Sobre o Circuito Cultural Bradesco Seguros
Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros, considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento e do convívio social. Neste sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos na área de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas, destacam-se os musicais “Bibi -Uma Vida em Musical”, “Bem Sertanejo”, “Les Misérables”, “70’Década do Divino Maravilhoso”, “Cinderela”, “O Fantasma da Ópera”, “A Cor Púrpura” e “Conserto para Dois”, além da exposição “Mickey 90 Anos”.
SERVIÇO
Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical
Data: a partir de 10 de outubro de 2026
Duração: 2 horas
EQUIPE CRIATIVA:
Direção Geral: Daniel Salve
Direção Musical: Rafael Marão
Direção de Movimento e Coreografias: Vivien Fortes e Lucas Lorenzato
Versão Brasileira: Victor Muhlethaler
Direção de Produção: José Lima Toro e Robert Lima
Realização: Lab Cultural
Local: Teatro Liberdade
End. Rua São Joaquim n.º129 – Liberdade – São Paulo
Abertura da casa: 1h antes do início do evento
Ingressos: A partir de R$60 reais (vendas relâmpago até dia 16 de dezembro)
– Online (com taxa de conveniência):
https://bileto.sympla.com.br/event/114114
– Físico (sem taxa de conveniência): Bilheteria do Teatro
Terça a Sábado – de 13h às 19h
Domingos e Feriados (apenas em dias de espetáculos de 13h até o início da apresentação)
Obs.: Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação
Cultura
Como estimular a leitura na era da Inteligência Artificial
Publicado
1 semana atrásem
4 de dezembro de 2025Por
Ocimar Freitas
*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento
Formar novos leitores é uma tarefa cheia de desafios. Esse tema se torna mais difícil por conta das transformações tecnológicas em que o acesso à informação é instantâneo e ilimitado. Infelizmente, essa facilidade em se obter informações não se traduziu em aumento do hábito da leitura. Um estudo do Ministério da Saúde, publicado em 2023, mostrou que no Brasil 24% das crianças com até 5 anos não têm livro infantil ou de figuras em casa.

Como estimular a leitura na era da inteligência artificial – Imagem Freepik
Pais e professores têm diferentes influências nesse processo. Os pais devem incentivar a leitura em casa, desde cedo. Já o professor auxilia o aluno a desenvolver habilidades para que se torne um leitor. Crianças que leem todos os dias não apenas têm um desempenho melhor em testes. Também desenvolvem um vocabulário mais amplo, maior conhecimento geral e a capacidade de pensar de forma crítica.
A leitura é uma das habilidades que mais desenvolve o cérebro, porque ela é um processo de decodificação. É muito importante entender que o nosso cérebro não nasceu para aprender a ler e escrever. Então, quando a gente faz esse processo de neuroplasticidade, abrem-se portas para se estruturar habilidades que são valiosas para outras questões do desenvolvimento, como, por exemplo, o vocabulário.
A leitura possibilita ter autonomia e conhecimentos em relação ao mundo. A escrita possibilita produzir conhecimento. A queda no hábito traz um impacto cognitivo significativo, tanto em crianças quanto em adolescentes, porque limita todo o potencial, tanto em termos de neuroplasticidade, quanto em termos de vocabulário, de expressão e de protagonismo do conhecimento.
Para torná-la mais prazerosa e acessível a estudantes com dislexia, TDAH ou outros transtornos, as estratégias têm que estar pautadas em um bom processo de alfabetização. Habilidades como o conhecimento alfabético, a consciência fonológica, a nomeação automática rápida, o vocabulário, a compreensão oral e a memória fonológica se desenvolvem antes ou durante as fases iniciais da alfabetização. Esses conceitos são essenciais, porque são habilidades que preparam e solidificam o processo de alfabetização e compreensão de leitura. E no caso dos transtornos, isso precisa ser melhor trabalhado.
Esse hábito pode e deve ser resgatado em larga escala, começando por nós, adultos. As crianças aprendem com o que elas veem, com o exemplo. É muito importante resgatar pela nossa atitude, pela nossa valorização por menos tela e por mais tempo no livro, até porque o nosso cérebro é extremamente plástico, mas o cérebro depende de um ambiente que cultive essa prioridade.
Além disso, indico que busquem por temas de interesse da criança para que o hábito se torne mais atrativo e cativante. Compartilhe as histórias que gostava na infância, isso fortalece o vínculo. Visite livrarias e deixe-os escolher o exemplar que os atraiam. A leitura é um presente que pode e deve ser compartilhado de geração em geração.

Luciana Brites – NeuroSaber – Crédito – Samara Garcia
* Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br
Cultura
EXPOSIÇÃO CAZUZA EXAGERADO ESTREIA EM SÃO PAULO NA SEMANA DO NATAL
Publicado
1 semana atrásem
3 de dezembro de 2025Por
Ocimar Freitas
A maior mostra já realizada sobre o poeta, cantor e compositor chega ao Shopping Eldorado em 22 de dezembro
Versão paulistana da exposição terá o palco Cantos e Contos, dedicado a apresentações de música, poesia e encontros
Ingressos estão disponíveis a partir de 9 de dezembro em cazuzaexposição.com.br. Haverá pré-venda para clientes Bradesco a partir de 3 de dezembro e para a Fever a partir do dia 8.
Maior mostra já realizada para celebrar a vida e obra de um dos grandes nomes da música nacional, a exposição CAZUZA EXAGERADO inaugura sua temporada em São Paulo no dia 22 de dezembro de 2025, ocupando cerca de 1800 metros quadrados, uma área ainda maior que a versão carioca, especialmente concebida para o Shopping Eldorado, em Pinheiros.
Depois de uma temporada de grande sucesso no Rio de Janeiro — onde foi vista por mais de 60 mil pessoas e emocionou visitantes ilustres, como Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Marieta Severo, Roberto Frejat, Bebel Gilberto, Rogério Flausino, Wilson Sideral e Sandra de Sá — a exposição finalmente chega à capital paulista, atendendo aos inúmeros pedidos do público.
Apresentada pelo Ministério da Cultura e Bradesco, com realização da Sorria!, coprodução da Hit Makers, empresa do Grupo 4ZERO4, Caselúdico e Viva Cazuza, a mostra celebra os 40 anos do álbum EXAGERADO, lançado em 1985, e propõe uma imersão sensorial, histórica e emocional na trajetória do artista. A mostra chega a São Paulo com metragem ampliada, num espaço maior do que o ocupado no Rio de Janeiro, e com a presença do palco Cantos e Contos, que será dedicado à música, poesia ao vivo e conversas especiais.
Ingressos estarão disponíveis em pré-venda nos dias 3 e 4 de dezembro para clientes dos cartões de crédito Bradesco, Bradescard, next e Digio, que terão 20% de desconto na compra durante todo o período de pré-venda e venda geral realizada online ou na bilheteria física no Shopping Eldorado, limitado a 4 ingressos por CPF. Em 8 de dezembro, haverá a pré-venda Fever. As vendas gerais têm início em 9 de dezembro, sempre em cazuzaexposicao.com.br. Mais informações em SERVIÇO abaixo.

Grande parte dos mais de 700 itens expostos veio do acervo pessoal preservado durante décadas por Lucinha Araújo, mãe do artista e presidente da Sociedade Viva Cazuza, incluindo roupas, documentos, manuscritos de letras e poemas, desenhos, registros em áudio e vídeo e objetos pessoais do filho, a exposição também recria ambientes importantes da trajetória de Cazuza, como a Pizzaria Guanabara, o palco e o camarim do último show no Canecão, o palco do Chacrinha e a Galeria Alaska.

Em São Paulo, a mostra ganha registros da relação de Cazuza com a cidade, como o primeiro show da turnê Ideologia, realizado no Aeroanta em 1988; a apresentação do Barão Vermelho no Radar Tantã, quando os músicos da banda foram presos e virou matéria de capa de jornal que Cazuza pediu para a mãe emoldurar; além de memórias do período em que o artista viveu parte de seu tratamento na metrópole.
A curadoria é assinada por Ramon Nunes Mello, responsável pelos livros Meu Lance é Poesia e Protegi Teu Nome por Amor. A mostra reúne onze salas imersivas com tecnologia de ponta, hologramas, inteligência artificial e experiências interativas, além dos documentos raros preservados pela família. A exposição propõe uma imersão sensorial e emocional por meio de ambientes temáticos que revisitam todas as fases da trajetória de Cazuza — da infância ao auge da fama, passando pelos anos à frente do Barão Vermelho, a carreira solo e sua atuação como cronista da geração 80.

“Cazuza nos inspira a enxergar a vida com mais coragem, irreverência e arte”, afirma Fernando Ligório, CEO do Grupo 4ZERO4. “Depois de tantos pedidos para levar a exposição a São Paulo, é muito especial atender esse desejo do público. Estamos chegando com uma versão ampliada e com a mesma qualidade que emocionou tantas pessoas no Rio.”

“Em Cazuza Exagerado sonhamos um caminho onde todos fossem tocados por sua poesia e sentissem a emoção e intensidade de sua obra. Cazuza viveu cheio de amigos e de sonhos. É uma honra contar a vida do nosso Cajú”, atesta Marcelo Jacow, da Caselúdico, responsável pela criação de várias exposições como Castelo Rá Tim Bum, Mickey 90 anos, Batman 80 anos e Silvio Santos vem Aí, entre outras.
A Exposição
As onze salas da mostra foram concebidas para criar uma narrativa visual e sonora da vida de Cazuza. A exposição percorre diferentes momentos da vida e da carreira do artista, respeitando o desenho originalmente apresentado no Rio de Janeiro e ampliando detalhes expositivos na versão paulistana.
Na Sala 1 — Agenor Caju, o visitante tem contato com o ambiente familiar, os primeiros anos escolares e os encontros iniciais com o teatro e o circo — experiências que moldaram a personalidade inquieta do artista desde cedo. Roupas e brinquedos do bebê, documentos, fotos feitas por Cazuza e desenhos, réplicas do diário e da caderneta escolar do garoto, que podem ser manuseadas pelo público, entre muitos outros itens, compõem a sala.

A Sala 2 — Maior Abandonado mergulha nos anos iniciais da trajetória musical, destacando sua atuação como vocalista do Barão Vermelho. Registros de shows, imagens de bastidores e materiais originais dos três álbuns gravados com a banda ajudam a compor o retrato de um período de efervescência criativa e descobertas.

A fase solo da carreira é abordada na Sala 3 — Eu Sou Manchete Popular / Álbuns Solo, por meio de uma cenografia interativa que exibe críticas, matérias e imagens raras preservadas ao longo das décadas. A ambientação sonora e visual dá corpo à transformação de Cazuza, permitindo ao visitante ver itens pessoais como o mural de seu quarto, seus óculos, a escrivaninha e a máquina de escrever de onde saíram suas canções, manuscritos de letras, roupas e objetos pessoais.

A Sala 4 — Viva o Chacrinha, Viva o Palhaço recria o clima irreverente de suas participações no programa do Velho Guerreiro, com luzes e elementos cênicos, incluindo projeções que aproximam o artista e o apresentador do público em uma interação inesperada.

A Sala 5 — Cazuza por Toda Parte amplia essa dimensão midiática em um ambiente audiovisual que sincroniza trilhas e imagens animadas por inteligência artificial em painéis e monitores. O efeito é o de um fluxo contínuo de memórias, como se o visitante transitasse pelas múltiplas camadas da presença cultural de Cazuza ao longo do tempo, por meio dos principais registros fotográficos de sua trajetória.

Os últimos anos de vida também são abordados com sensibilidade. A Sala 6 — Caravana do Delírio recria a famosa veraneio preta com a qual Cazuza cruzava o Rio de Janeiro ao lado dos amigos, no período em que já estava doente. Projeções ao volante e fotos de encontros com amigos e família criam uma atmosfera intimista e comovente. Um álbum de fotos pode ser manuseado e também são exibidos os troféus e mais uma máquina de escrever que o acompanhou até o fim.

As Salas 7/8 — Camarim e o Canecão / O Tempo Não Para reconstroem o camarim e o palco do último show no Canecão e propõem uma imersão no repertório do disco ao vivo que marcou sua maturidade artística. A cenografia evoca a força das apresentações finais, revelando um artista consciente do tempo e de sua urgência. Seu icônico terno branco, um disco de ouro, fotos com grandes artistas da MPB, a polêmica bandeira do Brasil e o emocionante holograma do artista cantando no palco do Canecão também são conferidos nessas salas.

Na Sala 9 – Poesia, o poema Cineac Trianon é declamado por artistas que interpretaram Cazuza no cinema e no teatro: “Morro de medo de solidão/ a que certos intelectuais precisam se entregar/ para produzir alguma coisa mais ou menos profunda/ Ficar um dia sozinho me leva à loucura/ convívio social também/ Ao mesmo tempo eu temo a loucura e/ vou vivendo assim/ feito uma bola entre duas raquetes de/ frescobol”.

No trecho final do percurso, a Sala 10 — Na Mídia, na Novidade Média, traz vitrines de filmes em que teve participações e fachadas icônicas da vida cultural que eram frequentadas por Cazuza — como a Galeria Alaska e a Pizzaria Guanabara. Esses espaços são recriados com projeções de vídeos, novelas e clipes, contextualizando sua presença marcante na cultura pop nacional.

Fechando a experiência, a última sala da exposição, a Sala 11 — Eu Ando Muito Bem Acompanhado simula o salão da Pizzaria Guanabara, onde o público escolhe personagens reais da vida de Cazuza para “conversar” por meio de depoimentos em vídeo — como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Frejat, Bebel Gilberto, Fernanda Montenegro, Pedro Bial e Sandra de Sá.

“Cada sala foi pensada para provocar emoção, como se o público caminhasse pelos bastidores da vida e da obra de Cazuza”, resume o curador Ramon Nunes Mello.
A exposição também contará com uma loja oficial com produtos inspirados na obra e na imagem do artista, incluindo vinis, camisetas, azulejos decorativos, pins e outros itens exclusivos.
Para mais informações acesse https://www.instagram.com/cazuzaexposicao/

VIVA CAZUZA!
SERVIÇO — CAZUZA EXAGERADO – SÃO PAULO
Onde: Shopping Eldorado
Endereço: Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05402-600
Quando: a partir de 22 de dezembro de 2025
Classificação Etária: menores de 14 anos devem estar acompanhados por um responsável
Horário
Segunda a sábado: 10h às 21h15 (última sessão), fechamento às 22h
Domingo: 14h às 19h15 (última sessão), fechamento às 20h
Horário especial de fim de ano
22/12 e 23/12 — 10h às 22h15 (última sessão), fechamento às 23h
24/12 — 10h às 16h15 (última sessão), fechamento às 17h
31/12 — 10h às 15h15 (última sessão), fechamento às 16h
Dias 25/12 e 01/01 — fechado
Calendário de vendas:
03/12 — início da pré-venda Bradesco
04/12 — último dia da pré-venda Bradesco
08/12 — início da pré-venda Fever
09/12 — início das vendas gerais
Ingressos: a partir de R$ 40,00
Vendas: cazuzaexposicao.com.br
Observações:
Clientes dos cartões de crédito Bradesco, Bradescard, next e Digio têm 20% de desconto na compra durante todo o período de pré-venda e venda geral realizada online ou na bilheteria física no Shopping Eldorado, limitado a 4 ingressos por CPF.
NATAL NO PÁTIO CIANÊ
PATRULHA CANINA NO GRANJA
Izabela Toledo lança o livro ‘Segredos para Mexer o Doce’, utilizando metáforas culinárias para falar das experiências diárias da vida
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