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Cultura

Depois de um ano de aulas teóricas projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas fecha ano com concertos

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Projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas fecha o ano com dois concertos em Amparo-SP

Depois de quase um ano do início do projeto de formação, professores e alunos se apresentam no dia 24 de novembro e 1º de dezembro na catedral da cidade e na igreja matriz São Sebastião; a entrada é gratuita

O momento de levar ao público o resultado do aprendizado de quase um ano está cada vez mais perto para os 28 alunos que fazem parte do projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA). O processo de formação começou em março na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, e chega ao objetivo final nos últimos dias de 2019.

Depois de cumprir o calendário de aulas teóricas, instrumentais e de prática orquestral, professores e músicos contabilizam na agenda quatro concertos confirmados para os meses de novembro e dezembro. Dois deles acontecem em escolas, enquanto os outros dois são abertos e gratuitos para o público de todas as idades.

A estreia oficial da OJCA acontece no dia 24 de novembro (domingo), às 20h, logo depois do término da missa na Catedral Nossa Senhora do Amparo, no Centro de Amparo. Sete dias depois, 1º de dezembro, a orquestra volta a se apresentar em espetáculo marcado para às 20h30 na Igreja Matriz de São Sebastião, no bairro Ribeirão.

Os concertos trazem um apelo social-solidário em prol do Educandário de Amparo. Os organizadores sugerem a doação de alimentos como bolachas, doces e salgadas, açúcar cristal, achocolatado, leite, suco em pó, entre outros itens para o café da manhã e o lanche da tarde dos assistidos pela entidade.

Projeto vai além do ensino gratuito
A Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA) surgiu a partir da ideia de ex-integrantes da Orquestra Circuito das Águas (OCA), formada por músicos profissionais e que encerrou as atividades no final de 2018. “Podemos considerar que a Orquestra Jovem é ‘filho’ da OCA”, diz o diretor executivo Diego Mozer.

Aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, do governo federal, o projeto vai muito além de sua proposta-base de ensino gratuito de teoria e prática orquestral. O trabalho se aprofunda em aspectos que abrem caminho para o desenvolvimento na formação cultural e social de crianças, jovens e adultos da estância do Circuito das Águas Paulista.
“Por meio do ensino da música, trabalhamos para garantir que a experiência cultural se transforme em ganhos na vida pessoal, no caráter e na prática da cidadania no futuro. Por isso a intenção é fazer com que este pro< span style="widows:2">jeto cresça e atinja mais pessoas nos próximos anos”, enfatiza Mozer.

Após o período de inscrições, o cronograma das 31 semanas de aulas previstas no calendário começou a ser cumprido há sete meses, sempre aos sábados, no Centro de Pastoral São João Paulo II, espaço oferecido pela Paróquia de São Sebastião. Além de teoria e prática orquestral, os alunos dedicam boa parte do tempo aos instrumentos que escolheram para o aprendizado ou aperfeiçoamento – violino, violoncello e viola de arco.

Muitos dos equipamentos utilizados na prática foram financiados pelo próprio projeto na expectativa de atender a faixa mais carente da comunidade. Isso possibilitou a participação de pessoas que tinham o desejo de fazer parte do universo da música clássica, mas enxergavam no aspecto econômico uma barreira intransponível.

Em contrapartida para o conhecimento é preciso seriedade, dedicação e paixão. “Nos propusemos a oferecer um ensino de qualidade, que integrasse todos os tipos de características que um profissional realmente precisa ter tanto na teoria, quanto na prática auditiva, quanto na prática em grupo e nas aulas de instrumentos. O mais importante é que também passamos aos alunos a importância de se ter critérios, olhar crítico e disciplina pa ra se tornar um músico. Em pouco tempo os resultados são bem positivos”, comenta o diretor artístico-pedagógico Joel Brandão.

O corpo docente conta com a experiência de professores que carregam no currículo trabalhos importantes, não só na fase de formação como também como componentes em orquestras no Brasil e no exterior. É o caso da venezuelana Ana Lucia Morales Sánches, formada pelo Sistema de Orquestra Venezuelano e pelo Conservatório de Música do Estado de Aragua.
Com ao menos 25 anos dedicado à música, Ana Lucia é professora de viola no projeto OJCA, além de fazer parte da orquestra comunitária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Fico feliz em participar do projeto e poder compartilhar o conhecimento que tenho. Fazer com que as pessoas descubram a afinidade e se conectem com o desenvolvimento musical é realmente uma missão espetacular. Mesmo com aulas apenas uma vez por semana, já alcançamos ótimos resultados aqui”, diz.

Mudança na maneira de viver
O projeto de formação da Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA) é prova de que nunca é tarde para se lançar em algo novo e desconhecido na vida. Basta aproveitar as oportunidades que surgem e depositar dedicação. É o caso de Anderson Brolesi, que aos 42 anos de idade foi tocado pela música clássica graças aos filhos. Agora, os sábados do aluno são dedicados ao violoncello.

“Meus dois filhos iniciaram aulas de flauta doce em um projeto que antecedeu a esse. Eles levaram a música clássica para o ambiente familiar e isso me despertou o desejo de aprender. Mas, aos 42 anos de idade jamais imaginei que ainda poderia tocar algum instrumento, mas aceitei o desafio. Posso dizer que a música é relaxante, proporciona a paz, uma sensação diferente, uma terapia”, relata Brolezi.

A companhia do filho Leonardo, de 12 anos, nos ensaios traz ainda mais força Anderson Brolezi. “Ele toca violino no projeto OJCA e depois de cada aula, conversamos e trocamos informações sobre as dificuldades, acertos e expectativas. É uma experiência incrível e que vale muito a pena, mesmo com o ‘cello’ sendo um instrumento desafiador e difícil, que exige muita dedicaç&atilde ;o e disciplina”, explica.

Márcia de Almeida gostaria que a filha fizesse parte do projeto de formação da OJCA, mas quem ficou foi ela. “Nunca tive qualquer contato com a música antes e sinceramente sinto mudanças incríveis. Levei tudo o que aprendi nesse período para a minha vida pessoal e profissional. Tive um ganho muito bacana em foco e planejamento. O estudo da música me trouxe tranquilidade e um domínio emocional sem precedentes. É pura magia. Me sinto motivada, sem sintomas de estresse e ansiedade. Não imaginava aprender a tocar violino tão rapidamente, me sinto realizada. Os sábados são os dias mais felizes para mim”, resume.

Ainda jovem, Lorena Isabelle Dias de Souza, 15 anos, fala como o ambiente musical lhe trouxe uma melhor qualidade de vida. “Eu já cantava e comecei a aprender violão, mas era uma pessoa muito tímida. O projeto me vez enxergar o mundo de outra forma. Optei pelo violino para realizar um sonho. A música me ajudou a superar alguns momentos difíceis na minha vida”, conclui.

Serviço
Projeto Orquestra Jovem Circuito das Águas (OJCA)
Sede – Amparo-SP
Início – Março de 2019
Alunos – 28
Viabilização – Lei Federal de Incentivo à Cultura
Patrocinadores – Supermercados Sempre Unidos, Supermercado Daólio, Peptan e Rousselot Gelatinas
Programação de concertos de fim de ano
Domingo 24/11 – 20h
Local – Catedral Nossa Senhora do Amparo
Endereço – Praça Monsenhor João Batista Lisboa, 33, Centro, Amparo-SP
Entrada – Gratuita
Domingo 1/12 – 20h30
Local – Igreja Matriz de São Sebastião
Endereço – Rua Dr. Coriolano Burgos, s/n, Bairro Ribeirão, Amparo-SP
Entrada – Gratuita

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Cultura

PERCY JACKSON – ENCONTRO ELENCO MUSICAL e SÉRIE DISNEY

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MINISTÉRIO DA CULTURA E BRADESCO SEGUROS

apresentam

 

PERCY JACKSON – O LADRÃO DE RAIOS

SAIBA QUEM SÃO OS PROTAGONISTAS DA VERSÃO BRASILEIRA DO MUSICAL QUE ESTREIA EM SÃO PAULO/SP EM 2026

 

Sucesso na Broadway e West End, a versão brasileira do aclamado espetáculo chega ao Teatro Liberdade (São Paulo-SP) no segundo semestre. 

Créditos: Gab Mor.

No elenco principal, estão João Lucas, como Percy Jackson, e Marianna Alexandre, como Anabeth. Os atores foram apresentados oficialmente nesta noite de sábado em um painel dedicado à LAB CULTURAL no evento oficial da CCXP. 

 

Na ocasião, a produtora – responsável pela montagem brasileira do musical – também apresentou seu line-up de projetos para 2026/2027, que inclui as produções de Heathers – O Musical, Maysa – Aquilo que Não Te Contei e a peça de teatro O Código da Vinci.

 

O musical tem as vendas oficiais abertas por um período exclusivo de 10 dias de vendas antecipadas, em que os fãs poderão garantir seus ingressos antecipadamente e em primeira mão. As vendas oficiais ficam abertas até o dia 16 de dezembro pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/114114
Ingressos limitados.

 

João Lucas e Marianna Alexandre. Para mais imagens, acesse o link.

Crédito: Luis França

 

Baseado na famosa saga literária de Rick Riordan, Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical traz aos palcos uma aventura épica que mistura mitologia grega, humor e emoção. O espetáculo acompanha a jornada de Percy, um adolescente que descobre ser filho de Poseidon e precisa embarcar em uma missão para impedir uma guerra entre os deuses do Olimpo.

 

Com trilha sonora contagiante, linguagem moderna e uma encenação cheia de efeitos visuais e momentos eletrizantes, o musical celebra a amizade, a coragem e o poder de acreditar em si — temas que fizeram da saga um fenômeno mundial entre jovens e adultos, impulsionado também pela recente série no Disney +, cuja 2ª temporada estreia em dezembro de 2025. Além disso, o Brasil se destaca como a segunda maior base de fãs do mundo — o que reforça o potencial de conexão e impacto desta produção inédita no país.

 

O espetáculo teve sua estreia nos EUA em 2014, em uma produção off-Broadway, e ganhou uma nova montagem em 2017 na Broadway, aclamada pela crítica e indicada ao Drama Desk Award. A adaptação conquistou fãs ao transformar o universo de Percy Jackson em uma experiência teatral envolvente, que combina rock, aventura e emoção em um formato que dialoga diretamente com o público jovem e admirador da franquia. Em 2024, o musical chegou ao West End, em Londres, onde também recebeu elogios da crítica e segue atualmente em turnê internacional, consolidando-se como uma das produções mais queridas do universo jovem da Broadway contemporânea.

 

Agora, o fenômeno chega ao Brasil pela primeira vez em uma produção inédita da Lab Cultural, que assina a adaptação e a montagem oficial em português. “Poucas histórias conseguem unir de forma tão poderosa o imaginário dos livros, a emoção das telas e a energia do palco. Percy Jackson faz isso com verdade e sensibilidade — despertando o desejo por conhecimento, imaginação e pertencimento. Ver essa jornada chegar aos palcos brasileiros é celebrar o poder da arte de emocionar, formar e conectar gerações”, afirma José Toro, CEO da Lab Cultural.

 

O espetáculo conta com direção-geral de Daniel Salve e estreia no segundo semestre de 2026, no Teatro Liberdade, em São Paulo, marcando a primeira versão autorizada do musical na América Latina. O projeto promete uma produção envolvente e emocionante, à altura do sucesso internacional da franquia.

 

Apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical propõe uma jornada que celebra a amizade, a superação e o poder de descobrir quem realmente somos — um convite à aventura para fãs, novas gerações e para toda família. Mais informações serão divulgadas em breve.

 

INSTAGRAM OFICIAL DO MUSICAL: @PercyJacksonMusicalBr
INSTAGRAM LAB CULTURAL: @Lab.Cultural  

SITE OFICIAL (EM BREVE): www.percyjacksonomusical.com.br 

 

Sinopse

Quando Percy Jackson descobre que é o semideus, filho do deus grego Poseidon, sua vida muda radicalmente ao ser lançado em um mundo maior do que jamais poderia imaginar. Com poderes, recém-descobertos, que ele não consegue controlar, um destino que não deseja e uma infinidade de monstros mitológicos em seu encalço, Percy precisa aprender o que realmente significa ser um herói. O futuro do mundo está em jogo quando Percy e seus amigos embarcam em uma aventura épica de tirar o fôlego. Adaptado do best-seller de Rick Riordan por Joe Tracz, roteirista de Be More Chill, e com uma eletrizante trilha de rock composta por Rob Rokicki, The Lightning Thief, o musical é a aventura perfeita para deuses e mortais.

 

João Lucas – Percy Jackson
João Lucas é cantor e compositor paulistano, referência no pop romântico nacional. Começou na música ainda criança, passando pelo gospel até consolidar sua transição para o pop em 2023. Em 2024, lançou seu primeiro álbum de estúdio, “João Lucas”, projeto que marcou uma nova fase artística e ganhou destaque com singles como “Minuto de Saudade”. Com passagens por grandes palcos como o Rock in Rio e apresentações na TV, João soma milhões de streams, turnês pelo Brasil e no exterior, e se firma como um dos nomes em ascensão da música pop brasileira.

Marianna Alexandre – Annabeth
Marianna Alexandre é uma atriz, dubladora e cantora brasileira. Trabalha há 12 anos na área artística. Começou na música aos 7 anos, fazendo musicalização infantil, coral e piano. Toca piano erudito. Fez diversos cursos relacionados a teatro musical, incluindo o Summer Program no “New York Conservatory For Dramatic Arts”. Acumula diversos trabalhos no teatro (“A Noviça Rebelde”, “Mamma Mia” e “Rock In Rio 40 anos – O Musical”), televisão (novela “Gênesis” e “Reis” da RecordTV) e no cinema (“Um Broto Legal”) onde interpretou a Celly Campello e (“Mallandro – O Errado Que Deu certo) onde interpretou Mila, filha de Sergio Mallandro. Já na dublagem é a voz da Wandinha Addams, da série da Netflix. Tem sua voz em filmes como “Annabelle 2”, séries da Disney como “High School Musical: The Musical: The Series” e “A Guarda do Leão”, da Netflix como “Stranger Things”, “Cobra Kai” e “Sex Education”. Na pandemia, acabou se dedicando também às redes sociais e, desde então, alcançou um grande público no Instagram, YouTube e TikTok (+14 milhões de seguidores).

 

Quotes da imprensa:

“Exatamente o que o West End estava esperando. Uma experiência garantida — a noite da sua vida.” — Radio Times

“Um raio de magia nos palcos. Um espetáculo que, em todos os sentidos, transporta o público para outra dimensão.” — The Times

“Completamente mágico.” — Official London Theatre

“Digno dos deuses!” — Time Out New York

“Com um roteiro surpreendentemente engraçado de Joe Tracz e uma trilha de rock contagiante de Rob Rokicki, o musical envolve você enquanto um adolescente… é lançado no perigoso mundo da mitologia grega. Um espetáculo!” — Boston Globe

 

Sobre o Circuito Cultural Bradesco Seguros

Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros, considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento e do convívio social. Neste sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos na área de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas, destacam-se os musicais “Bibi -Uma Vida em Musical”, “Bem Sertanejo”, “Les Misérables”, “70’Década do Divino Maravilhoso”, “Cinderela”, “O Fantasma da Ópera”, “A Cor Púrpura” e “Conserto para Dois”, além da exposição “Mickey 90 Anos”.

 

SERVIÇO

Percy Jackson – O Ladrão de Raios: O Musical

Data: a partir de 10 de outubro de 2026
Duração: 2 horas

EQUIPE CRIATIVA:

Direção Geral: Daniel Salve
Direção Musical: Rafael Marão
Direção de Movimento e Coreografias: Vivien Fortes e Lucas Lorenzato

Versão Brasileira: Victor Muhlethaler
Direção de Produção: José Lima Toro e Robert Lima
Realização: Lab Cultural

Local: Teatro Liberdade
End. Rua São Joaquim n.º129 – Liberdade – São Paulo
Abertura da casa: 1h antes do início do evento

Ingressos: A partir de R$60 reais (vendas relâmpago até dia 16 de dezembro)

– Online (com taxa de conveniência):
https://bileto.sympla.com.br/event/114114

– Físico (sem taxa de conveniência): Bilheteria do Teatro
Terça a Sábado – de 13h às 19h
Domingos e Feriados (apenas em dias de espetáculos de 13h até o início da apresentação)

Obs.: Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação

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Cultura

Como estimular a leitura na era da Inteligência Artificial

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

Formar novos leitores é uma tarefa cheia de desafios. Esse tema se torna mais difícil por conta das transformações tecnológicas em que o acesso à informação é instantâneo e ilimitado. Infelizmente, essa facilidade em se obter informações não se traduziu em aumento do hábito da leitura. Um estudo do Ministério da Saúde, publicado em 2023, mostrou que no Brasil 24% das crianças com até 5 anos não têm livro infantil ou de figuras em casa.

Como estimular a leitura na era da inteligência artificial – Imagem Freepik

Pais e professores têm diferentes influências nesse processo. Os pais devem incentivar a leitura em casa, desde cedo. Já o professor auxilia o aluno a desenvolver habilidades para que se torne um leitor. Crianças que leem todos os dias não apenas têm um desempenho melhor em testes. Também desenvolvem um vocabulário mais amplo, maior conhecimento geral e a capacidade de pensar de forma crítica.

 

A leitura é uma das habilidades que mais desenvolve o cérebro, porque ela é um processo de decodificação. É muito importante entender que o nosso cérebro não nasceu para aprender a ler e escrever. Então, quando a gente faz esse processo de neuroplasticidade, abrem-se portas para se estruturar habilidades que são valiosas para outras questões do desenvolvimento, como, por exemplo, o vocabulário.

 

A leitura possibilita ter autonomia e conhecimentos em relação ao mundo. A escrita possibilita produzir conhecimento. A queda no hábito traz um impacto cognitivo significativo, tanto em crianças quanto em adolescentes, porque limita todo o potencial, tanto em termos de neuroplasticidade, quanto em termos de vocabulário, de expressão e de protagonismo do conhecimento.

 

Para torná-la mais prazerosa e acessível a estudantes com dislexia, TDAH ou outros transtornos, as estratégias têm que estar pautadas em um bom processo de alfabetização. Habilidades como o conhecimento alfabético, a consciência fonológica, a nomeação automática rápida, o vocabulário, a compreensão oral e a memória fonológica se desenvolvem antes ou durante as fases iniciais da alfabetização. Esses conceitos são essenciais, porque são habilidades que preparam e solidificam o processo de alfabetização e compreensão de leitura. E no caso dos transtornos, isso precisa ser melhor trabalhado.

 

Esse hábito pode e deve ser resgatado em larga escala, começando por nós, adultos. As crianças aprendem com o que elas veem, com o exemplo. É muito importante resgatar pela nossa atitude, pela nossa valorização por menos tela e por mais tempo no livro, até porque o nosso cérebro é extremamente plástico, mas o cérebro depende de um ambiente que cultive essa prioridade.

 

Além disso, indico que busquem por temas de interesse da criança para que o hábito se torne mais atrativo e cativante. Compartilhe as histórias que gostava na infância, isso fortalece o vínculo. Visite livrarias e deixe-os escolher o exemplar que os atraiam. A leitura é um presente que pode e deve ser compartilhado de geração em geração.

Luciana Brites – NeuroSaber – Crédito – Samara Garcia

* Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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Cultura

EXPOSIÇÃO CAZUZA EXAGERADO ESTREIA EM SÃO PAULO NA SEMANA DO NATAL

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A maior mostra já realizada sobre o poeta, cantor e compositor chega ao Shopping Eldorado em 22 de dezembro

Versão paulistana da exposição terá o palco Cantos e Contos, dedicado a apresentações de música, poesia e encontros

Ingressos estão disponíveis a partir de 9 de dezembro em cazuzaexposição.com.br. Haverá pré-venda para clientes Bradesco a partir de 3 de dezembro e para a Fever a partir do dia 8.

Maior mostra já realizada para celebrar a vida e obra de um dos grandes nomes da música nacional, a exposição CAZUZA EXAGERADO inaugura sua temporada em São Paulo no dia 22 de dezembro de 2025, ocupando cerca de 1800 metros quadrados, uma área ainda maior que a versão carioca, especialmente concebida para o Shopping Eldorado, em Pinheiros.

Depois de uma temporada de grande sucesso no Rio de Janeiro — onde foi vista por mais de 60 mil pessoas e emocionou visitantes ilustres, como Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Marieta Severo, Roberto Frejat, Bebel Gilberto, Rogério Flausino, Wilson Sideral e Sandra de Sá — a exposição finalmente chega à capital paulista, atendendo aos inúmeros pedidos do público.

Apresentada pelo Ministério da Cultura e Bradesco, com realização da Sorria!, coprodução da Hit Makers, empresa do Grupo 4ZERO4, Caselúdico e Viva Cazuza, a mostra celebra os 40 anos do álbum EXAGERADO, lançado em 1985, e propõe uma imersão sensorial, histórica e emocional na trajetória do artista. A mostra chega a São Paulo com metragem ampliada, num espaço maior do que o ocupado no Rio de Janeiro, e com a presença do palco Cantos e Contos, que será dedicado à música, poesia ao vivo e conversas especiais.

Ingressos estarão disponíveis em pré-venda nos dias 3 e 4 de dezembro para clientes dos cartões de crédito Bradesco, Bradescard, next e Digio, que terão 20% de desconto na compra durante todo o período de pré-venda e venda geral realizada online ou na bilheteria física no Shopping Eldorado, limitado a 4 ingressos por CPF. Em 8 de dezembro, haverá a pré-venda Fever. As vendas gerais têm início em 9 de dezembro, sempre em cazuzaexposicao.com.br. Mais informações em SERVIÇO abaixo.

Grande parte dos mais de 700 itens expostos veio do acervo pessoal preservado durante décadas por Lucinha Araújo, mãe do artista e presidente da Sociedade Viva Cazuza, incluindo roupas, documentos, manuscritos de letras e poemas, desenhos, registros em áudio e vídeo e objetos pessoais do filho, a exposição também recria ambientes importantes da trajetória de Cazuza, como a Pizzaria Guanabara, o palco e o camarim do último show no Canecão, o palco do Chacrinha e a Galeria Alaska.

Em São Paulo, a mostra ganha registros da relação de Cazuza com a cidade, como o primeiro show da turnê Ideologia, realizado no Aeroanta em 1988; a apresentação do Barão Vermelho no Radar Tantã, quando os músicos da banda foram presos e virou matéria de capa de jornal que Cazuza pediu para a mãe emoldurar; além de memórias do período em que o artista viveu parte de seu tratamento na metrópole.

A curadoria é assinada por Ramon Nunes Mello, responsável pelos livros Meu Lance é Poesia e Protegi Teu Nome por Amor. A mostra reúne onze salas imersivas com tecnologia de ponta, hologramas, inteligência artificial e experiências interativas, além dos documentos raros preservados pela família. A exposição propõe uma imersão sensorial e emocional por meio de ambientes temáticos que revisitam todas as fases da trajetória de Cazuza — da infância ao auge da fama, passando pelos anos à frente do Barão Vermelho, a carreira solo e sua atuação como cronista da geração 80.

“Cazuza nos inspira a enxergar a vida com mais coragem, irreverência e arte”, afirma Fernando Ligório, CEO do Grupo 4ZERO4. “Depois de tantos pedidos para levar a exposição a São Paulo, é muito especial atender esse desejo do público. Estamos chegando com uma versão ampliada e com a mesma qualidade que emocionou tantas pessoas no Rio.”

“Em Cazuza Exagerado sonhamos um caminho onde todos fossem tocados por sua poesia e sentissem a emoção e intensidade de sua obra. Cazuza viveu cheio de amigos e de sonhos. É uma honra contar a vida do nosso Cajú”, atesta Marcelo Jacow, da Caselúdico, responsável pela criação de várias exposições como Castelo Rá Tim Bum, Mickey 90 anos, Batman 80 anos e Silvio Santos vem Aí, entre outras.

A Exposição

As onze salas da mostra foram concebidas para criar uma narrativa visual e sonora da vida de Cazuza. A exposição percorre diferentes momentos da vida e da carreira do artista, respeitando o desenho originalmente apresentado no Rio de Janeiro e ampliando detalhes expositivos na versão paulistana.

Na Sala 1 — Agenor Caju, o visitante tem contato com o ambiente familiar, os primeiros anos escolares e os encontros iniciais com o teatro e o circo — experiências que moldaram a personalidade inquieta do artista desde cedo. Roupas e brinquedos do bebê, documentos, fotos feitas por Cazuza e desenhos, réplicas do diário e da caderneta escolar do garoto, que podem ser manuseadas pelo público, entre muitos outros itens, compõem a sala.

Sala 2 — Maior Abandonado mergulha nos anos iniciais da trajetória musical, destacando sua atuação como vocalista do Barão Vermelho. Registros de shows, imagens de bastidores e materiais originais dos três álbuns gravados com a banda ajudam a compor o retrato de um período de efervescência criativa e descobertas.

A fase solo da carreira é abordada na Sala 3 — Eu Sou Manchete Popular / Álbuns Solo, por meio de uma cenografia interativa que exibe críticas, matérias e imagens raras preservadas ao longo das décadas. A ambientação sonora e visual dá corpo à transformação de Cazuza, permitindo ao visitante ver itens pessoais como o mural de seu quarto, seus óculos, a escrivaninha e a máquina de escrever de onde saíram suas canções, manuscritos de letras, roupas e objetos pessoais.

Sala 4 — Viva o Chacrinha, Viva o Palhaço recria o clima irreverente de suas participações no programa do Velho Guerreiro, com luzes e elementos cênicos, incluindo projeções que aproximam o artista e o apresentador do público em uma interação inesperada.

Sala 5 — Cazuza por Toda Parte amplia essa dimensão midiática em um ambiente audiovisual que sincroniza trilhas e imagens animadas por inteligência artificial em painéis e monitores. O efeito é o de um fluxo contínuo de memórias, como se o visitante transitasse pelas múltiplas camadas da presença cultural de Cazuza ao longo do tempo, por meio dos principais registros fotográficos de sua trajetória.

Os últimos anos de vida também são abordados com sensibilidade. A Sala 6 — Caravana do Delírio recria a famosa veraneio preta com a qual Cazuza cruzava o Rio de Janeiro ao lado dos amigos, no período em que já estava doente. Projeções ao volante e fotos de encontros com amigos e família criam uma atmosfera intimista e comovente. Um álbum de fotos pode ser manuseado e também são exibidos os troféus e mais uma máquina de escrever que o acompanhou até o fim.

As Salas 7/8 — Camarim e o Canecão / O Tempo Não Para reconstroem o camarim e o palco do último show no Canecão e propõem uma imersão no repertório do disco ao vivo que marcou sua maturidade artística. A cenografia evoca a força das apresentações finais, revelando um artista consciente do tempo e de sua urgência. Seu icônico terno branco, um disco de ouro, fotos com grandes artistas da MPB, a polêmica bandeira do Brasil e o emocionante holograma do artista cantando no palco do Canecão também são conferidos nessas salas.

Na Sala 9 – Poesia, o poema Cineac Trianon é declamado por artistas que interpretaram Cazuza no cinema e no teatro: “Morro de medo de solidão/ a que certos intelectuais precisam se entregar/ para produzir alguma coisa mais ou menos profunda/ Ficar um dia sozinho me leva à loucura/ convívio social também/ Ao mesmo tempo eu temo a loucura e/ vou vivendo assim/ feito uma bola entre duas raquetes de/ frescobol”.

No trecho final do percurso, a Sala 10 — Na Mídia, na Novidade Média, traz vitrines de filmes em que teve participações e fachadas icônicas da vida cultural que eram frequentadas por Cazuza — como a Galeria Alaska e a Pizzaria Guanabara. Esses espaços são recriados com projeções de vídeos, novelas e clipes, contextualizando sua presença marcante na cultura pop nacional.

Fechando a experiência, a última sala da exposição, a Sala 11 — Eu Ando Muito Bem Acompanhado simula o salão da Pizzaria Guanabara, onde o público escolhe personagens reais da vida de Cazuza para “conversar” por meio de depoimentos em vídeo — como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Frejat, Bebel Gilberto, Fernanda Montenegro, Pedro Bial e Sandra de Sá.

“Cada sala foi pensada para provocar emoção, como se o público caminhasse pelos bastidores da vida e da obra de Cazuza”, resume o curador Ramon Nunes Mello.

A exposição também contará com uma loja oficial com produtos inspirados na obra e na imagem do artista, incluindo vinis, camisetas, azulejos decorativos, pins e outros itens exclusivos.

Para mais informações acesse https://www.instagram.com/cazuzaexposicao/

VIVA CAZUZA!


SERVIÇO — CAZUZA EXAGERADO – SÃO PAULO

Onde: Shopping Eldorado
Endereço: Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05402-600
Quando: a partir de 22 de dezembro de 2025
Classificação Etária: menores de 14 anos devem estar acompanhados por um responsável
Horário
Segunda a sábado: 10h às 21h15 (última sessão), fechamento às 22h
Domingo: 14h às 19h15 (última sessão), fechamento às 20h
Horário especial de fim de ano
22/12 e 23/12 — 10h às 22h15 (última sessão), fechamento às 23h
24/12 — 10h às 16h15 (última sessão), fechamento às 17h
31/12 — 10h às 15h15 (última sessão), fechamento às 16h
Dias 25/12 e 01/01 — fechado

Calendário de vendas:
03/12 — início da pré-venda Bradesco
04/12 — último dia da pré-venda Bradesco
08/12 — início da pré-venda Fever
09/12 — início das vendas gerais

Ingressos: a partir de R$ 40,00
Vendascazuzaexposicao.com.br

Observações:

Clientes dos cartões de crédito Bradesco, Bradescard, next e Digio têm 20% de desconto na compra durante todo o período de pré-venda e venda geral realizada online ou na bilheteria física no Shopping Eldorado, limitado a 4 ingressos por CPF.

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