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Os sonhos norteiam a vida
Celina Moraes, escritora*
Final dos anos 80. Rô tinha acabado de chegar de Londres. Morávamos no mesmo pensionato em São Paulo. Ela, uma gauchinha introvertida e discreta. Eu, uma maritaca tagarela. Ela amava David Bowie. Eu breguices. Éramos diferentes em gosto e estilo. Mas nossas almas se reconheceram.
Um dia ao desabafar com Rô sobre um projeto que tinha dado errado culpei meu jeito falante de ser pelo fracasso. Lamentei por não seguir o velho ditado de que o segredo do negócio é o segredo. Ela discordou. Surpreendi-me. Rô disse que ao botar a boca no trombone, eu sempre encontrava alguém que me indicava alguém para me ajudar. Lembrei-a das decepções no meio da jornada. Ela lembrou-me das conquistas que atropelavam as decepções. Concordei. Rô, então, me revelou que seu grande sonho era ser atriz de teatro, por isso veio a São Paulo. Fiquei boquiaberta.
Jamais imaginaria que aquela menina tímida e caseira sonhasse com o holofote. Confessou sua frustração de ser recepcionista de um escritório quando sua mente viajava pelos palcos. Eu a incentivei a fazer testes e a bater nas portas. Aproveitar as oportunidades da capital. Ela respondeu que, diferente de mim, que fazia das rejeições fontes de motivação, para ela, as rejeições a atrofiavam.
Um ano depois, escondida atrás de sua timidez e cansada do ritmo de vida da capital paulista, Rô decidiu voltar para sua terra-natal. Eu não me conformava. Ela estava desistindo dos sonhos. Rô disse que faria das minhas vitórias as dela e que minha luta era das duas. Pediu-me para continuar esgoelando no alto-falante e partiu. Trocávamos cartas. Ela seguia sonhando quietinha no seu canto e torcendo por mim.
Uma noite, ao voltar para casa encontrei um envelope amarelo debaixo da porta. O carimbo era da cidade de Rô, mas a letra não era dela. Abri a carta. Retirei um recorte de jornal noticiando o acidente de carro com um casal de namorados no Lago Guaíba. O rapaz sobrevivera; a moça morrera afogada. Quem assinava o recorte era a mãe de Rô. Desmoronei.
Chorei. Desabei. Abati-me. Uma garota tão cheia de sonhos; todos afogados nas águas do Guaíba. O vazio de ligar e não ouvir a voz da amiga. As cartas que não chegariam mais. Uma juventude enterrada na eternidade. Ficaram as lembranças e o pedido para continuar sendo a maritaca tagarela. Para mim, esgoelar meus sonhos sempre atraíram decepções e indicações. Na somatória, as vitórias. Decepções fazem parte da vida. Rejeições idem. Elas me chateiam, mas não interferem na minha luta. Sempre que penso que falo demais, lembro da voz baixinha e suave da amiga me dizendo: guria, você sempre conhece alguém que te indica alguém.
(*) Formada em Letras, Celina Moraes é escritora e cronista. Autora dos romances “Jamais subestime os peões” e “Lugar cheio de rãs”, que foi vencedor do Prêmio “Lúcio Cardoso” em 2010 pelo 3º lugar no concurso internacional de literatura promovido União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ). Ainda teve o conto “Rumo ao topo numa canoa quebrada” selecionado para compor a antologia da UBE, “Contos: História de Amor e Dor”.
Apresentação única acontece dia 16 de maio, no Espaço Unimed, em São Paulo
Premiada e reconhecida mundialmente, Mon Laferte está de volta ao Brasil. A cantora chilena-mexicana se apresenta no dia 16 de maio de 2026, no Espaço Unimed, em São Paulo, com a turnê “Femme Fatale”, que marca uma nova e ousada fase de sua carreira.
Com uma trajetória repleta de prêmios e reconhecimento internacional, Mon Laferte consolidou-se como uma das vozes mais expressivas da música latina contemporânea. Agora, ela retorna ao público brasileiro com um espetáculo que mistura intensidade, elegância e força feminina.
O novo álbum, que dá nome à turnê, apresenta 14 faixas que transitam entre o pop alternativo e o jazz, mergulhando em um universo sombrio, sofisticado e poético. O título faz referência à figura arquetípica da femme fatal, misteriosa, intensa e contraditória, conceito que Mon transforma em uma declaração de autoconfiança e poder.
Entre os destaques do disco estão as faixas “Esto Es Amor”, com Conociendo Rusia, e “La Tirana”, parceria poderosa com Nathy Peluso, além de colaborações inéditas com Tiago Iorc, Natalia Lafourcade e Silvana Estrada. O repertório do show também inclui grandes sucessos que marcaram sua trajetória, como “Tu Falta de Querer”, “Mi Buen Amor” e “Amárrame”.
A apresentação em São Paulo promete ser um dos pontos altos da nova turnê, que passará por cidades como Mérida, Guadalajara e Cidade do México antes de chegar ao Brasil.
Responsável pela vinda de Mon Laferte ao país, a Music On Events repete a parceria de sucesso iniciada em 2025, quando a artista esgotou ingressos em sua primeira passagem e conquistou o público brasileiro com sua entrega intensa no palco.
Os ingressos para o novo show estarão disponíveis a partir de terça-feira (11) no site da Ticketmaster, com valores entre R$190 e R$540.
Serviço — Mon Laferte: Femme Fatale Tour
Data: 16 de maio de 2026 (sábado)
Local: Espaço Unimed — Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo/SP
Abertura dos portões: 20h | Início do show: 22h
Ingressos: de R$190 a R$540 (à venda a partir de 11/11)
Vendas: www.ticketmaster.com.br
Classificação: 16 anos
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Gusttavo Lima reúne 50 mil pessoas em São Paulo para a última edição do “O Embaixador Classic”
– Com ingressos esgotados, foram mais de oito horas de festa no Allianz Parque_
Reunindo um público superior a 50 mil pessoas, o cantor Gusttavo Lima encerrou em grande estilo a turnê “O Embaixador Classic”, com a qual percorreu mais de 15 cidades pelo Brasil em 2025. O último show da maratona aconteceu no sábado (06 de dezembro) no palco do Allianz Parque, em São Paulo (SP), contando com mais de oito horas de programação e uma megaestrutura, além de convidados especiais.
A festa teve início com a apresentação de Henrico DJ e seu setlist eletrônico. Na sequência, o cantor Léo Foguete, que participou pela primeira vez de uma edição do evento, subiu ao palco e agitou a galera com seus hits: “Cópia Proibida”, “Última Noite”, entre outros.
A dupla João Bosco & Vinícius foi a próxima atração e emocionou a multidão com todo o seu romantismo e suas canções como: “Chora, Me Liga”, “Amiga Linda”, “Deixa a Gente Quieto” e muito mais.
Para o delírio dos fãs, o Embaixador Gusttavo Lima chegou para comandar a festa. Foram mais de quatro horas de show cantando os principais sucessos de sua carreira e do seu atual repertório como “Retrovisor”, “Pelo Bem da Minha Saudade”, “Fui Fiel”, “60 segundos”, “Fala Mal de Mim”, “Desejo Imortal”, “Canudinho”, “A Noite”, entre outros, claro que também não faltaram os modões sertanejo para encerrar esse capítulo com chave de ouro. Acompanhado por sua banda e uma orquestra, ele mostrou mais uma vez o porquê é um artista multifacetado e o número um do país na atualidade.
Durante sua apresentação, recebeu a participação mais que especial do cantor porto-riquenho Luís Fonsi, com quem divide o feat que está entre os mais escutados nos streams de música da América Latina, a canção “Vagabundo”.
“Eu não tenho palavras para agradecer vocês por essa noite tão maravilhosa, São Paulo. A tour de “O Embaixador Classic” não poderia ser encerrada em outro lugar, foi simplesmente inesquecível, BBs! Nós vemos aqui novamente em 2026 para o retorno do festival “Buteco!”, agradece o artista.
Para saber mais, acompanhe:
@gusttavolima @embaixadorclassic
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NATAL NO PÁTIO CIANÊ
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