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Brasil no mapa da fome

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O desperdício e a economia circular

Uma dura e triste realidade voltou a fazer parte das manchetes dos principais veículos de comunicação do país, o Brasil está no mapa da fome mundial. Entre 2020 e 2022 o total de brasileiros que passam fome subiu de 9% para 15,5% da população. São mais 14 milhões de pessoas que entraram em situação de insegurança alimentar grave e um problema sério que diz respeito à população inteira, principalmente porque 17% dos alimentos disponíveis aos consumidores vão parar no lixo e cerca de 14% dos alimentos produzidos são perdidos entre a colheita e o varejo todos os anos, no mundo, segundo dados da ONU.

A ONU estimou, para o ano de 2021, que 17% dos alimentos disponíveis aos consumidores nos mercados, residências e restaurantes vão parar no lixo, e que 60% desse lixo orgânico é gerado em casa. O desperdício alimentar no nível do consumidor é realmente um problema global, significativo em quase todos os países. Além disso, cerca de 14% dos alimentos produzidos são perdidos entre a colheita e o varejo a cada ano.

“O que vamos comer hoje? ”

Nessa nova realidade para tantas famílias brasileiras, uma simples pergunta é hoje muito difícil de ser respondida. De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 33,1 milhões de pessoas não conseguem responder a essa questão. O número de pessoas que passam fome no Brasil é quase o dobro do registrado em 2020. A pesquisa mostra ainda que somente 4 entre 10 famílias conseguem acesso pleno à alimentação e que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau.

As causas desse quadro disseminado de insegurança alimentar estão relacionadas ao desmonte de políticas públicas, a crise econômica, a pandemia e a crescente desigualdade social, segundo o Penssan. Apesar de ser um dos maiores produtores rurais do mundo, o Brasil está cada vez mais distante de resolver a questão da disponibilidade de alimentos de qualidade para todos.

Para o Professor Dr. Edson Grandisoli, Coordenador Pedagógico e Embaixador Educacional do Movimento Circular, parte desse desperdício pode e deve ser reduzido. Pensando na produção de alimentos pela ótica da Economia Circular, muitos pontos podem ser repensados, a fim de garantir que os alimentos cheguem a todas as pessoas.

“Reduzir as perdas na colheita e transporte está entre as principais medidas a serem adotadas, ou seja, criar mecanismos para otimizar a produção e reduzir a distância entre onde se produz e quem consome pode diminuir de forma significativas as perdas, além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, uma vez que a maior parte do transporte é realizada por caminhões movidos a derivados de petróleo”, explica Grandisoli.

A questão do desperdício também é comum em mercados e pontos que comercializam alimentos. Os alimentos que não estão esteticamente interessantes ao consumidor acabam descartados, mesmo podendo estar nas mesas dessas famílias que voltaram ao mapa da fome.

“Nos mercados, de forma geral, os consumidores buscam alimentos esteticamente atraentes, ou seja, sem manchas, marcas, amassados ou perfurações. Esse comportamento estimula o varejista a descartar alimentos feios, mas que possuem o mesmo valor nutricional dos demais. Uma estratégia para reduzir esse desperdício é vender esses alimentos mais baratos, por exemplo, ou doá-los a quem precisa. Note que o consumidor tem papel decisivo para estimular essa prática”, alerta o professor.

Professor Edson Grandisoli, Coordenador Pedagógico do Movimento Circular
Divulgação

Ainda segundo o embaixador do Movimento Circular, é importante que em casa, o aproveitamento integral dos alimentos seja uma prática comum e que isso, além de possível, pode ser fundamental no combate à fome. Cerca de 50% do peso do lixo doméstico é composto por orgânicos. Além disso, realizar a compostagem do que realmente precisa ser descartado reduz o volume de lixo diário e as emissões de gases de efeito estufa. As perdas e desperdícios são responsáveis por até 10% das emissões desses gases.

“Viabilizar doações dos excedentes de restaurantes e mercados também é uma ótima forma de garantir comida e saúde para todos.  O Brasil depender de importações e de variações de preços internacionais é um absurdo, principalmente diante do quadro de produção que temos em nosso país. Precisamos produzir sim, mas principalmente não desperdiçar e ter políticas públicas voltadas para essas famílias que hoje passam fome.  Alimentação é a base da vida e a circularidade da economia colabora para a segurança alimentar das populações. Imagine se você não tivesse o que comer na sua próxima refeição”, explica.

Movimento Circular oferece conhecimento em sua plataforma

O Movimento Circular, que é um movimento formado a partir da reflexão urgente sobre a necessidade da participação de todos para que nada mais vire lixo. A comunidade é formada por pessoas, empresas, organizações sociais e poder público, empenhada em contribuir, por meio da educação e da cultura, com a transição da economia linear para a circular. A missão coletiva é disseminar o conhecimento e encorajar o desenvolvimento de novos processos, produtos e atitudes que promovam a economia circular. No site https://movimentocircular.io/ é possível ter acesso a materiais educativos, artigos, matérias e cursos sobre a transição para uma economia circular.

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Junior Donatto promove almoço beneficente de luxo em São Paulo: “Christmas Lunch” celebra mulheres e o espírito natalino

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Elegância, propósito e celebração. Esses são os ingredientes que vão marcar o “Christmas Lunch”, evento exclusivo idealizado pelo renomado cerimonialista Junior Donatto, que reunirá um seleto grupo de mulheres empresárias, influenciadoras e personalidades em um almoço natalino beneficente no dia 11 de novembro, em São Paulo.

Com o objetivo de arrecadar fundos para instituições sociais que atendem crianças em situação de vulnerabilidade, o encontro propõe um momento de reflexão, conexão e celebração das conquistas femininas em um ambiente de alto padrão e hospitalidade impecável — marcas registradas de Donatto.

A gastronomia ficará sob o comando do chef Levi Maciel, um dos grandes nomes da alta gastronomia brasileira, que assinará um menu exclusivo para a ocasião. O almoço também contará com atrações musicais especiais, entre elas, DJ Cris Proença e o maestro Renato Misiuk, que promete emocionar as convidadas com um repertório repleto de clássicos natalinos e interpretações únicas.

“O Christmas Lunch nasce da vontade de celebrar o fim de ano de forma genuína, reunindo mulheres inspiradoras em torno de um propósito nobre — o de espalhar amor e solidariedade. É um evento sobre união, gratidão e generosidade”, destaca Junior Donatto, reconhecido por transformar eventos em experiências marcantes.

Com sofisticação e a energia da magia natalina, o “Christmas Lunch” promete se tornar uma das celebrações mais aguardadas da temporada.

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Empresário alerta: 8 em cada 10 pequenos negócios perdem a própria marca por falta de registro no Brasil

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Carlos Bucaneiro, mentor de empresários, organizador de projetos e especialista em registro de marcas, tem um recado direto: proteger sua marca é proteger tudo o que você construiu.

E não é só isso na COMUNIDADE DONO DE VERDADE como mentor de empresários ele ensina princípios como FAÇA O QUE VOCE AMA, VENDER É AJUDAR, O MELHOR OBRIGADO É O PIX E PROTEJA TUDO QUE VOCE FAZ IDÉIA . Esses princípios te levam de onde você está ao sucesso profissional de forma clara e objetiva.

Sobre registro de marcas dados do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), mais de 80% das micro e pequenas empresas brasileiras ainda operam sem o registro da própria marca. Isso significa que boa parte dos empreendedores corre o risco de perder o nome, a identidade e até o direito de continuar usando a marca que criaram com tanto esforço.

Com mais de 20 anos de experiência ajudando empresas em todo o país, Carlos tem visto histórias reais de empreendedores que, por não registrarem sua marca, acabaram perdendo tudo — inclusive o nome que os clientes já reconheciam.

“Muitos acreditam que o registro é caro ou demorado, mas o prejuízo de perder uma marca é infinitamente maior. O registro é o que garante que ninguém possa tomar o que é seu”, explica Carlos.

“A marca registrada é um patrimônio. É o nome que vai representar toda sua história profissional. Ela representa o valor e a credibilidade do seu negócio”, reforça Bucaneiro.

Mais do que um especialista técnico, Carlos Bucaneiro é um mentor de empresários que acreditam em fazer o que amam, vender com propósito e ajudar pessoas de forma real. Ele costuma dizer que “o melhor ‘obrigado’ é o Pix, mas a melhor recompensa é ver o sonho de um empreendedor protegido. ”

Além de atender empresas em todo o Brasil, Carlos se dedica a educar e inspirar empreendedores — por meio de palestras, lives e mentorias — mostrando que registrar uma marca é um ato de amor pelo que você construiu.

“Se o nome da sua marca tem valor, ele precisa ser seu — de verdade”, finaliza Bucaneiro.

Hoje, à frente de uma rede de atendimento nacional, Carlos Bucaneiro e sua equipe ajudam empreendedores a transformar ideias em marcas fortes, seguras e lucrativas — sempre guiados pelos princípios de fazer o que ama, vender com propósito e proteger tudo o que faz sentido.

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Eu Também Sou Médico, com o com o médico e influenciador Bruno Baroni, está em cartaz no Teatro Eva Wilma

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Espetáculo mistura teatro e stand-up para abordar, de forma cômica, o cotidiano dos profissionais da saúde, com personagens inéditos e outros já conhecidos pelos milhões  de seguidores de Bruno Baroni


Crédito: Abílio Gil
Mais fotos disponíveis neste link

Eu Também Sou Médico segue em curta temporada no Teatro Eva Wilma (Rua Antonio de Lucena, 146 – Tatuapé. São Paulo -SP), com sessões nos dias 10, 17 e 31 de outubro, sextas-feiras, às 21h. Criado e protagonizado por Bruno Baroni (@brunobaroni_a) e Thaisa Damous (@thaisadamous), que também assina o texto com Bruno, o espetáculo tem direção de Camila Vaz e Thaisa Damous.

A criação do espetáculo é resultado da parceria entre Bruno Baroni e a roteirista Thaisa Damous, que tem mais de quinze anos de experiência com comédia, tendo participado de produções televisivas e cinematográficas. A comédia leva ao teatro o conteúdo que fez Bruno viral nas redes sociais, adaptando para o palco situações do dia a dia médico.

O espetáculo se passa em dois momentos. No primeiro, Bruno Baroni vive um médico de plantão e conta casos engraçados do dia a dia, contracenando com outros personagens de um hospital imaginário, como uma enfermeira, a residente Ritinha e a doutora Cibele. No segundo momento, entra em cena a enfermeira Sandra, personagem que Bruno criou nas redes sociais e que virou sucesso na internet. Ela faz uma “palestra” para a plateia, como se estivesse orientando médicos recém-formados sobre como lidar com um plantão caótico, explicando tudo de forma divertida.

Thaisa Damous interpreta diversos personagens que interagem com o médico Bruno e com a enfermeira Sandra ao longo da peça. No total, o espetáculo apresenta 11 personagens no palco, como a doutora Dinossauro e a doutora Herdeira, que retratam figuras bastante conhecidas por quem já passou por um hospital. “Nossa ideia é realmente fazer uma peça de teatro com momentos e elementos do stand-up”, explica Bruno.

Sobre Bruno Baroni
Médico formado em 2020, atuou na linha de frente contra a COVID-19 e é criador de conteúdo digital. Ele iniciou sua produção de vídeos de comédia para TikTok e Instagram durante a pandemia, acumulando um público de quase 3 milhões de seguidores. Seus vídeos são focados no ambiente médico e hospitalar, e no palco, ele interpreta a enfermeira Sandra, personagem conhecida de suas redes sociais.

Sobre Thaisa Damous
Coautora e diretora da peça, atua como atriz e roteirista. Ela é formada em Artes Cênicas, com especialização em roteiro, e sócia da Projéteis. Thaisa é co-criadora da série “Cosme e Damião – Quase Santos” (Globo Play/Multishow) e trabalhou como roteirista e desenvolvedora de projetos na Hungry Man, em produções como “Seis na Ilha” (TV Brasil), o filme “Cansei de Ser Nerd” (Paramount/Telecine) e a série documental “Somos Museus” (Canal Futura). Sua trajetória inclui a autoria da peça “O Catador de Nuvens” e o prêmio FOCA pela peça “Carne de Segunda”. Como atriz, participou de projetos como a novela “Vai na Fé” (Globo), “Ribanceira” (Canal Brasil), vídeos para o canal Parafernalha, e os curtas “Berenice” e “Flores”.

Ficha Técnica

Elenco: Bruno Baroni e Thaisa Damous

Participação especial: Camila Vaz

Texto: Bruno Baroni e Thaisa Damous

Direção: Camila Vaz e Thaisa Damous

Produção: Ika Tronco

Figurino: Grazi Bastos

Iluminação: Vini Soares

Cenografia: Danilo Diniz

Assessoria de Imprensa: Angelina Colicchio e Diogo Locci – Pevi 56

Realização: Projéteis

 

Serviço

Eu Também Sou Médico

Teatro Eva Wilma (Rua Antonio de Lucena, 146 – Tatuapé. São Paulo -SP)

Temporada: Dias 10, 17 e 31 de outubro, sextas-feiras, às 21h

Ingressos: R$60 (meia) e R$120 (inteira). À venda pelo Bilheteria Express

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

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