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Acolhimento, dedicação e conquistas. Paraesgrima muda a vida de pessoas com deficiência

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Esporte dá novo significado à vida de atletas no Paraná

O treino da atleta de paraesgrima Gabriela Barcellos está pesado. Ela acaba de trocar a espada infantil, de plástico leve, que usou em seu início no esporte, por uma de metal, de meio quilo. A mudança foi possível porque Gabriela está mais forte e ágil desde que começou a praticar esgrima, em abril, na equipe da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP). “A esgrima, mesmo em pouco tempo, já mudou minha vida. Além de me sentir acolhida, encontrei um lugar onde posso me desenvolver, me desafiar e me realizar”, diz ela.

Gabriela Barcellos, Izaias Monteiro, Carminha Oliveira e Clodoaldo Zafatoski
Valterci Santos

Gabriela, 25 anos, conta uma história de desafios. Em 2017, lesionou a medula em acidente durante um treino de cheerleading, esporte que une animação de torcida com acrobacias. Por um momento, sua vida ficou paralisada. “Literalmente”, como ela costuma relatar em suas redes sociais. O acidente deixou Gabriela sem movimento e sensibilidade nos braços e nas pernas. “Mas o esporte me fez movimentar e mostra que ainda sou capaz de fazer muitas coisas. Conseguir fazer algo que inicialmente era difícil ou impossível, cada nova conquista dá uma sensação muito boa e recompensadora.”

Carminha Oliveira
Valterci Santos

Novo significado para a vida

As conquistas também se acumulam na carreira esportiva de Carminha Oliveira, 31 anos, cinco vezes campeã brasileira invicta e um dos destaques da seleção nacional nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2020. Nascida em Foz do Iguaçu, passou a infância com os pais e sete irmãos. Quando Carminha tinha três anos, a poliomielite enfraqueceu e comprometeu o crescimento de sua perna direita. Não foi o suficiente para ela deixar de sonhar.

Clodoaldo Zafatoski
Valterci Santos

Em 2016, assistiu pela TV as competições de esgrima nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, gostou do que viu e começou a praticar na ADFP. “O esporte me proporcionou conhecer diversos países e culturas diferentes, para mim é gratificante vivenciar isso através de algo que faço e amo que é a esgrima”, diz ela.  Em 2018, Carminha já estava entre os cinco brasileiros convocados para a Copa do Mundo de Varsóvia, na Polônia. No mesmo ano, ganhou sua primeira medalha internacional, o segundo lugar no campeonato Parapan Americano, no Canadá.  “A esgrima deu um novo significado para minha vida, e sou muito grata por isso”, diz ela.

Izaias Monteiro
Valterci Santos

Acolhimento e desafio

Em 2008, um acidente com motocicleta deixou Izaias Monteiro paraplégico e a tristeza tomou conta. Então com 21 anos, Izaias chegou a ficar um ano sem sair de casa. Aos poucos, voltou fazer atividades físicas, importantes para manter a força dos e  a agilidade dos braços, que garantem sua mobilidade e independência.

Em 2018, um amigo indicou a paraesgrima da ADFP. “Me senti acolhido e desafiado”, diz ele. “No primeiro campeonato perdi para todo mundo. No segundo, já fiquei em terceiro lugar e isso foi me incentivando”.  Incentivo e dedicação deram resultado. Na Copa Brasil de paraesgrima disputada em São Paulo, em agosto, Izaias ganhou ouro no Sabre B e bronze na Espada B, duas novas medalhas para sua galeria de troféus. “Quando estamos com a roupa de competição, jogando, não somos pessoas com deficiência. Somos atletas”.

Um dos incentivadores de Izaias foi Clodoaldo Zafatoski, atleta de paraesgrima desde 2009. Clodoaldo teve mielomeningocele, má formação da coluna, ainda durante a gestação, e nasceu sem poder movimentar as pernas. “A partir do momento que sentei na cadeira, me apaixonei”, diz ele. “O esporte me trouxe muitas conquistas, além de medalhas: me deu um novo formato de vida”.

Com o esporte, Clodoaldo conheceu o Brasi, integrou a seleção brasileira, disputou com atletas internacionais e participou da Copa do Mundo no Canadá. “Entrei e senti que poderia ser um atleta, independentemente da idade, do peso, da deficiência. A esgrima é um dos esportes que mais movimenta o corpo e a mente”, afirma Clodoaldo.

Treinamento e reabilitação

Na ADFP, muitos atletas hoje campeões nacionais e internacionais entraram como parte do processo de reabilitação física. A associação providencia treinadores e equipamentos, sem cobrar nada. São 12 horas de treinos semanais divididas em três dias na semana.

A equipe de paraesgrima da ADFP tem apoio da Copel, por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte) do Governo do Paraná, da Prefeitura de Curitiba e da Academia Mestre Kato.


Associação dos Deficientes Físicos do Paraná
Rua XV de Novembro, 2765. Curitiba
(41) 3264-7234
www.adfpr.org.br
adfp@adfp.org.br
@adfp.pr

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“Ciclos” é o novo lançamento da Banda Peyote, pela Caravela Records

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A Banda Peyote lança o single “Ciclos”, no próximo dia 17 de outubro, pela Caravela Records, como uma homenagem à sua própria história, em todas as plataformas, com participação de Facundo Ezequiel no trompete.

“ A música Ciclos fala sobre as voltas que nossa vida dá, quando acontecimentos nos fazem refletir sobre a impermanência, nos fazem mergulhar em nós mesmos e buscar aquilo que realmente importa para nós, o que nos move, nos faz estar atentos às oportunidades que a vida nos dá de resgatarmos tudo aquilo que ficou pela metade.
A banda então ressurge e essa faixa marca essa nova fase, tendo ainda o final da música como simbólica homenagem a todas as faixas do primeiro álbum.”


Link pré-save: https://hypeddit.com/ikrp17

Peyote é uma banda feminina, feminista, rock n roll, pop rock, punk, reggae, eclética, disruptiva, ousada, cheia de coragem para ir contra muitas barreiras que as mulheres encontram, para seguir seus sonhos e contagiar seu público para que também se transforme em suas versões mais potentes e felizes! Lançou seu 1º álbum autoral em 2002, ainda em um momento muito jovem e tímido, mas já com muita personalidade, com canções que falavam de amor e suas descobertas, arranjos ousados e lindas participações (como Milton Guedes na faixa Coleção). Fez diversos shows em locais emblemáticos da cena carioca e deixou fãs que sempre cobraram um retorno da banda.

Depois de anos e mudanças de vida, de achar que a banda seria só uma história do passado para contar: “sabia que a gente teve uma banda maneira no passado? Podia ter dado certo!…” Depois de filhos, relacionamentos, da vida mudar algumas vezes, de transições de carreira, e muitas reviravoltas… aquele sonho distante ainda pulsava vivo, e nada combinava com a sensação monótona de estar vivendo como coadjuvantes de suas próprias histórias, mornas, saudosistas, igual tanta gente, indo sabe-se lá para onde, vivendo a vida no automático, sem graça e sem direção.

Foi então que diante de uma pandemia e talvez do fim do mundo, da trágica notícia da partida de um querido amigo e integrante da formação original, que Andrea, Isabella e Adriana tiveram um lapso de: “vamos nos juntar para tocar aquelas canções só mais uma vez?” – e brincar de ser aquelas pessoas que não somos, que fomos, mas que nunca deixamos de ser por dentro! O que seria um simples encontro e jam revival acabou virando uma leva de inspirações para novas músicas, e daí em diante nunca mais se separaram. E nem por isso foi fácil! A barreira do trabalho, de cuidar de todos e às vezes não sobrar tempo para cuidar delas mesmas, os antigos preconceitos e outros novos: com 4 filhos pensa que pode ser artista? Você vai voltar para a música agora? Vai fazer isso com essa idade?

“O entorno não mudou. O que muda é a nossa certeza – e coragem – de ser aquilo que a gente nasceu para ser!”, afirmam.

 

Peyote

Andrea Fernandes Barça

Isabella Castilho

Adriana Freitas

Letícia Santos

Ciclos

Letra

O mundo gira e você perdeu o bonde que passou na sua frente

De quebra ainda percebeu

Será que é tarde pra se arrepender?

Segue o baile!

Refletindo sobre a impermanência

Você foi atrás da sua essência

Com crise de identidade

Acorda que ainda há tempo!

Não tem idade!

Segue seu ciclo

O que é importante volta

O que não te pertence segue

Na ilusão de quem se importa

A sombra da morte

Te fez ver a realidade

De tudo aquilo

Que ficou pela metade

A noite volta e você cometeu

O mesmo erro várias vezes

Pra quem pensa que você cresceu

Dá pra ver que apenas repetiu

a mesma história

As mesmas relações doentes

Nem tentou erros diferentes

E agora já não sabe pra onde ir

Mas recomeçar sempre vale!

Mas se você pudesse criar

Universo particular

Na loucura de um freak star

Ou no trap de um raio estelar

Ou mil cigarros depois

Por todos os lados nós dois

A luz do nada e a sós

Na nossa cama lençóis

Uma coleção de nadas

As, cobra criada

Canivetes, paranóias,

Flores e Farpas

Tão perto de dois

Palpite, Peyote

Arrisque-se

Sorrisos de solidão e

Na ilusão

Recrie-se!

 

Ficha técnica

Letra: Isabella Castilho e Andrea Barça

Música: Isabella Castilho e Andrea Barça

Gravada no estúdio Megaphone

Engenheiro: Raphael Piquet

Bateria: Letícia Santos

Baixo: Adriana Freitas

Guitarras: Isabella Castilho

Voz: Andrea Barça

Vocais: Andrea Barça e Isabella Castilho

Mix e Master: Raphael Piquet

Trompete: Facundo Ezequiel

 

Siga Peyote

YouTube: Banda Peyote

Instagram @peyotebanda

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Andrea Vanzo – Intimacy Part 2 no Tokio Marine Hall – 16 de Novembro

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O pianista e compositor italiano, transforma emoções em melodias que transcendem fronteiras. Nascido em Bolonha, seu trabalho, uma fusão de neoclássico com pop contemporâneo, explora temas como natureza e liberdade com rara sensibilidade. Com mais de 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Vanzo conquistou o mundo após o álbum Intimacy Vol. 1 (2022), que o levou a uma turnê pela Europa em 2024. Agora, com Intimacy Part 2,

ele desembarca no Brasil pela primeira vez, apresentando-se no Tokio Marine Hall (SP) em 16 de novembro de 2025. “Minhas composições são para ser ouvidas com o coração”, diz o artista, cujo público em São Paulo é o segundo maior do mundo, atrás apenas de Istambul.

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CONRERP 2 participa de reunião no TCU sobre nova prestação de contas dos Conselhos Profissionais

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Encontro técnico em Brasília apresentou diretrizes atualizadas para maior transparência e padronização na gestão dos Conselhos
O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 2ª Região (CONRERP 2) participou, no dia 7 de outubro de 2025, de uma reunião técnica promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no Centro Cultural TCU, em Brasília (DF). O encontro teve como objetivo apresentar a nova sistemática de prestação de contas dos Conselhos de Fiscalização Profissional, alinhada às recentes decisões normativas e portarias que entram em vigor a partir de 2025.


O CONRERP 2ª Região foi representado pelo presidente Arthur Braga e pelo tesoureiro Michael Alves, que acompanharam as discussões sobre os novos parâmetros de governança, transparência e padronização dos relatórios de gestão.
Entre os principais temas abordados estiveram a Decisão Normativa TCU nº 216/2025, que estabelece regras para a divulgação de informações em formato de dados abertos, e a Portaria-SEGECEK, de 10 de julho de 2025, que detalha as três dimensões obrigatórias das prestações de contas: identificação, aspectos gerais e indenizações.
O diretor de Fiscalização dos Conselhos Profissionais do TCU, João Manoel da Silva Dionísio, conduziu a palestra principal com o tema “A nova Prestação de Contas dos Conselhos de Fiscalização Profissional”, destacando o papel das novas diretrizes para fortalecer a transparência e a boa governança nas autarquias.
Durante o evento, o CONRERP 2 reforçou seu comprometimento com a conformidade e a eficiência administrativa, alinhando-se às boas práticas de gestão pública e à padronização dos processos de controle institucional.

Arthur Braga, presidente do CONRERP à direita e o tesoureiro Michael Alves, à esquerda

O Conselho seguirá implementando melhorias contínuas em seus fluxos internos, de forma a garantir a correta aplicação dos recursos e o fortalecimento da imagem do sistema CONFERP/CONRERPs perante a sociedade.

 

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