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Cultura

COMUNIDADE INDÍGENA DE JARAGUÁ, EM SÃO PAULO, GANHA SISTEMA DE BIOGÁS

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Sistema inovador com tecnologia israelense vai beneficiar cerca de 40 famílias da aldeia Tekoa Itakupe

A comunidade indígena da Tekoa Itakupe, na Terra Indígena Guarani do Jaraguá, São Paulo, vai ganhar cinco sistemas autônomos de biogás que faz o tratamento do esgoto sanitário, dos resíduos orgânicos e, até mesmo, do esterco animal para gerar energia limpa, renovável e sustentável, produzindo até sete horas de gás de cozinha todos os dias por cada um dos sistemas. A novidade é uma solução oferecida à aldeia pela Softys, empresa líder na produção de papel tissue na América Latina, como um novo passo dentro do seu projeto de investimento social – Softys Contigo – que tem como objetivo levar soluções inovadoras no segmento de água e saneamento básico para as comunidades carentes em toda a América Latina.

A implementação – realizada em parceria com a ONG Teto – será no dia 19 de novembro, dia escolhido pela ONU para reforçar a preocupação humanitária com o saneamento básico. O sistema desenvolvido pela empresa de origem israelense HomeBiogás segue o modelo “faça você mesmo”, possibilitando aos moradores que tenham o equipamento em sua própria comunidade, oferecendo-lhes muito mais que um sistema de saneamento básico instantâneo, acarretando, por final, em protagonismo, empoderamento e autonomia para o gerenciamento da sua produção de gás de cozinha.

Junto aos biodigestores será instalado o Bio-Toilet, um vaso sanitário adaptado que gera economia de água, por ter uma descarga de apenas 1,2 litros por acionamento. Ao acoplar um vaso sanitário ao biodigestor, cria-se a solução de saneamento de forma ecológica, digna e autônoma para os dejetos humanos, enviando o resíduo diretamente do vaso para o biodigestor, sem a necessidade de energia elétrica ou estar ligado a uma rede de esgotamento sanitário. Abastecido com água de reuso e o resíduo líquido, é direcionado a um meio filtrante onde são plantadas mudas de árvores frutíferas, produzindo alimento para os seres humanos e para o próprio biodigestor gerando um sistema de economia circular.

“Acreditamos que esse sistema vai trazer muitos benefícios para a aldeia, facilitando a vida das famílias com uma solução simples e eficiente, que se integra ao modo de vida da comunidade. É mais uma inciativa de sustentabilidade dentro do programa Softys Contigo, que tem como foco principal levar cuidado e higiene às comunidades mais carentes da América Latina. No caso da aldeia indígena, nossa parceira Teto identificou que o sistema de biogás é a solução mais adequada à realidade local”, explica Luís Delfim, CEO da Softys no Brasil. Serão doados à comunidade 5 equipamentos, beneficiando cerca de 40 famílias.

“A relação da TETO com as comunidades indígenas da região do Jaraguá vem de longa data. Em 2016 e 2017 construímos moradias emergenciais em Tekoa Itakupe e Tekoa Pyau. Foi o vínculo criado ali que nos permitiu voltar agora, em 2022, para o desenvolvimento de novas atividades, como a construção de mais 15 moradias e a implementação dos sistemas de biogás. Como a comunidade já possui uma forte cultura de trabalho colaborativo e dispõe de cozinha e horta comunitárias, foi fácil tanto para TETO quanto para os moradores identificar em conjunto que um sistema de geração de gás de cozinha e fertilizante natural, por meio de resíduos orgânicos, seria mais do que adequado para atender as demandas urgentes de saneamento e também combate à fome que existem nestes territórios”, explica Lucas Lima, gestor da TETO em São Paulo.

Tekoa Itakupe – É uma das seis aldeias indígenas no Jaraguá, em São Paulo. A região do Pico do Jaraguá abriga cerca de mil indígenas da etnia Guarani Mbya. Eles estão divididos em seis assentamentos: Tekoa Itu, Tekoa Pyau, Tekoa Ita Wera, Tekoa Ita Edy e Tekoa Yvy Porém, além da Tekoa Itakupe (que significa Atrás da Pedra). A reserva Tekoa Itakupe é uma área de 76 hectares, que abriga cerca de 40 famílias. Possui uma casa de reza (Opy`i), uma cozinha e hortas comunitárias, um lago e nascentes do Ribeirão Manguinho. Os Guaranis Mbya estão espalhados por áreas territoriais da Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. É um povo de muita luta e resistência histórica, que mantém sua língua e cultura tradicionais por meio de cantos, rezas e danças.

Sustentabilidade

Softys Contigo é o grande projeto de investimento social da Softys, e está alinhado à sua Estratégia de Sustentabilidade 2023, onde um dos focos centrais é ser um aliado no desenvolvimento das comunidades e territórios onde está presente. Lançado no começo deste ano, tem investimento de US$ 6 milhões para prover o acesso à água potável e saneamento a pessoas que vivem em comunidades e assentamentos populares na América Latina. O cronograma contempla a construção de 2 mil soluções de água e saneamento até 2026, para tornar o cuidado e a higiene uma realidade para milhares de famílias que hoje vivem em condições de vulnerabilidade social. No Brasil, o projeto já realizou ações em São Paulo, Paraná, Bahia, Recife, Rio de Janeiro e Goiânia, beneficiando, até o momento, cerca de 600 brasileiros.

O projeto é implementado em parceria com a ONG Teto. A parceria prevê a rápida implantação no campo de unidades sanitárias, soluções de água potável, sistema de captação de água da chuva para consumo humano e pias comunitárias. Todas serão implementadas por meio do trabalho comunitário da TETO e dos funcionários da Softys, através de um novo programa de voluntariado corporativo.

“A falta de saneamento básico e acesso à água potável na América Latina é alarmante, mas quando vemos o recorte brasileiro, a realidade é ainda mais desafiadora. De acordo com dados de 2021 do Instituto Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e cerca de 100 milhões não têm serviço de coleta de esgotos no país. Não poderíamos escolher outro local para dar start as nossas ações do Softys Contigo, principalmente o país sendo nosso foco de expansão atualmente. Temos como propósito desenvolver marcas que ofereçam o melhor cuidado para as pessoas em seu dia a dia, e por isso temos como dever contribuir para mudar esse cenário”, reforça Luís Delfim.

Além da frente de trabalho “Água e Saneamento”, o Softys Contigo possui mais duas frentes de atuação: Educação em Higiene e Ajuda Oportuna, que permitem fazer do cuidado e da higiene o seu propósito social ativando programas onde as marcas como Elite, Babysec, Kitchen, Cotton, entre outras – terão um papel fundamental para alavancar o projeto com ações concretas e mensuráveis.

 

Sobre a Softys – A Softys é uma empresa global e líder no mercado latino-americano, com mais de 40 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e soluções para cuidados pessoais, com diferentes marcas de higiene e limpeza. Parte das Empresas CMPC, está presente no Chile, Brasil, Argentina, México, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Seu objetivo é desenvolver marcas que ofereçam o melhor atendimento que as pessoas precisam em seu dia a dia e em cada etapa de suas vidas.

Sobre a TETO – TETO é uma organização formada por jovens voluntários que trabalham em conjunto com os moradores de comunidades precárias para superar a situação de pobreza na América Latina por meio de melhorias nas condições de moradia e habitat desses territórios. A organização está presente em 18 países da região e seu escritório internacional fica em Santiago do Chile.

Sobre a Biomovement Ambiental – Com atuação baseada nos pilares da tecnologia, da inovação e do desenvolvimento sustentável, a empresa, com sede em São Paulo, é a representante exclusiva das soluções israelenses HomeBiogas no Brasil. O compromisso da empresa é atuar com soluções que atendam às metas dos ODS da ONU e que, comprovadamente, promovam o desenvolvimento sustentável na vida do cidadão brasileiro. Para saber mais, acesse: www.homebiogas.com.br

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Cultura

LUCINHA LINS E CLAUDIO LINS APRESENTAM A 11º EDIÇÃO DO NATAL SOLIDÁRIO, UMA NOITE DE MÚSICA E DOAÇÃO NO DIA 04 DE DEZEMBRO, ÀS 20H, NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO

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O evento beneficente, idealizado por Jô Santana, traz a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos com participação da cantora Roberta Campos em concerto que arrecadará latas de leite em pó para o Hospital Cruz Verde.
No dia 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h, o Teatro Sérgio Cardoso será palco da 11ª edição do Natal Solidário Cruz Verde, um evento que celebra a união entre arte, esperança e responsabilidade social. Idealizado pelo ator e produtor cultural Jô Santana, o evento reitera seu compromisso com a causa das pessoas com paralisia cerebral, destinando toda a arrecadação ao Hospital Cruz Verde, referência há 66 anos no tratamento e assistência a pacientes com a condição.

💖 Uma Celebração de Amor, Fé e Emoção

A noite será apresentada por mãe e filho, os talentosos atores e cantores Lucinha Lins e Claudio Lins, que emprestarão seu carisma para conduzir o público em uma jornada de solidariedade e música.
O ponto alto da celebração será o concerto especial da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, sob a regência do Maestro Adriano Machado. O tema do repertório deste ano, “Natal, uma celebração de amor”, promete levar o público a uma emocionante viagem de fé e esperança. Cada nota da orquestra é concebida como um gesto de carinho, com melodias que aquecem o coração e unem gerações.
O repertório percorre desde o sagrado ao popular, e incluirá obras emblemáticas como “Circle of Life”, “Amazing Grace”, “Adeste Fideles” e a tradicional “Noite Feliz”. Entre momentos de introspecção com “Ave Maria” e a energia festiva de clássicos como “Bate o Sino” e “Jingle Bell Rock”, a música se torna um convite à gratidão e à reflexão sobre o renascimento da luz que o Natal representa. O show culminará com o “Oh Happy Day” no BIS, garantindo um final emocionante.

Destaque: O evento contará com participações especialíssimas, adicionando ainda mais brilho à noite, da aclamada cantora Roberta Campos e das cantoras Laura Saab e Júlia Saab, netas de Fafá de Belém, prestando homenagem aos 50 anos de carreira num número surpresa que certamente emocionará muita gente.

Magia e Encantamento na Chegada
Para envolver o público na magia do Natal desde a chegada, artistas circenses estarão se apresentando na entrada e no foyer do teatro, personificando o espírito natalino com performances que prometem encantar e interagir com o público.

Ingresso Solidário: 2 Latas de Leite em Pó

Em um gesto que reforça o espírito natalino de doação, o acesso ao concerto não será por meio de ingresso pago em dinheiro. A entrada será concedida mediante a doação de 2 latas de leite em pó. Todos os itens arrecadados serão integralmente destinados ao Hospital Cruz Verde, apoiando a nutrição e o cuidado dos pacientes da instituição. O Teatro Sérgio Cardoso, com sua estrutura acessível, assegura que a arte e a solidariedade sejam democráticas.

Serviço: 11º Natal Solidário Cruz Verde – “Natal, uma celebração de amor”

O que: Concerto beneficente com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, regida pelo Maestro Adriano Machado, apresentação de Lucinha Lins e Claudio Lins e participações especiais de Roberta Campos, Laura Saab e Júlia Saab.
Quando: 4 de dezembro de 2025, quarta-feira, às 20h.
Onde: Teatro Sérgio Cardoso – R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo.
Ingressos: Concedidos mediante a doação de 2 latas de leite em pó.
Duração: Aproximadamente 120 min.
Classificação: Livre.
Arrecadação: 100% destinada ao Hospital Cruz Verde.

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Cultura

Artista plástica Duda Oliveira defende a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS na COP 30

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Suas telas tem como característica serem mergulhadas na Baía de Guanabara antes de serem trabalhadas

A artista plástica Duda Oliveira está na COP 30, participando das manifestações civis e dos debates sobre a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e do papel de ruptura com as práticas de enraizamento cultural não sustentáveis na Green Zone.

Conhecida por seu posicionamento pela defesa e conscientização sobre a preservação da vida, do meio ambiente, Duda Oliveira tem como característica em seu trabalho mergulhar tecido lona crua na Baía de Guanabara, repleta de derivados de petróleo e dejetos de óleos, cujo aquecimento, alimento orgânico, estimulam a proliferação de fungos, resultando em um esfumaçado plástico natural peculiar em suas pinturas. As telas não foram pintadas, foram mergulhadas. E o branco que emergiu delas não era ausência, era prenúncio. Foi preciso calor, tempo, matéria, toque, escuta. E então, como num sussurro biológico, as cores nasceram do fundo: do fundo do mar, do fundo do mundo, do fundo da gente.


Duda Oliveira quer mostrar que a imagem da mulher também se transformou, sob a inspiração de novos modelos estéticos. A arte sempre em seu papel altruísta, apenas sinalizou o que já estava pungente e silenciado por antigos valores. Um dos motivos pelos quais defende os ODS.

Artista plástica contemporânea e Mestre em Ciência da Sustentabilidade, niteroiense, que estudou arte experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte e da Arquitetura do Brasil, na Puc/Rio, desde 2018 vem apresentando sua arte num ritmo intenso de exposições. Os trabalhos da artista vêm ganhando destaque nas Feiras Internacionais da Alemanha, Luxemburgo, em Salas Culturais em Portugal, nos Museus MASP, MAC Niterói, dentre outros relevantes espaços culturais no Brasil e exterior.


“Somente a arte tem o poder de propagar o acesso ao real e grande poder de transformação. A arte nos torna iguais, permitindo a verdadeira ordem democrática das coisas, a compreensão verdadeira e espontânea do belo”, diz a artista plástica.

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Cultura

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos mostram associação entre excesso de telas e dificuldades de atenção, sono e desempenho escolar.

 

Logo, é fundamental ter atenção não somente a esses riscos como também a redução da criatividade, das habilidades sociais e dependência em crianças que passam muito tempo consumindo conteúdo digital sem supervisão.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Pexels Foto de Ron Lach

O cérebro infantil está com 95% da sua estrutura formada entre 0 e 6 anos, estando assim em pleno desenvolvimento. O uso constante pode afetar a qualidade do sono, já que a luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Isso pode impactar negativamente a memória, a aprendizagem e o desenvolvimento emocional.

 

O excesso também pode gerar uma sobrecarga de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer. Ao usar o celular por muito tempo, a criança é constantemente recompensada com estímulos rápidos e fáceis, como likes ou vídeos curtos, o que cria um ciclo de dependência. Isso reduz a tolerância ao tédio e dificulta o envolvimento em tarefas que exigem esforço cognitivo, como leitura ou resolução de problemas.

 

Outros efeitos do uso: dificuldade de atenção e concentração; redução da motivação para atividades off-line, como brincar, conversar ou ler e déficits nas habilidades sociais e emocionais.

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil – Imagem Freepik

Veja alguns indícios de prejuízo pelo excesso de telas que pais e professores devem ficar atentos: irritabilidade ou agitação ao ser afastada das telas; desinteresse por brincadeiras presenciais ou leitura; dificuldade de concentração nas atividades escolares e redução da linguagem espontânea e das interações sociais. Se esses sinais forem persistentes, é recomendável avaliar a rotina digital da criança e buscar a orientação de um profissional da área da saúde ou educação.

 

Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o tempo de tela considerado adequado para crianças varia conforme a idade: de 0 a 2 anos, deve-se evitar o uso, exceto em chamadas de vídeo com familiares; de 2 a 5 anos, o limite é de até 1 hora diária, priorizando conteúdos educativos e com acompanhamento de um adulto; para as crianças maiores, o uso deve ser equilibrado com um bom padrão de sono, prática de atividade física, brincadeiras livres e momentos em família.

 

Além da mediação no uso das tecnologias, é importante oferecer estímulos que favoreçam o neurodesenvolvimento infantil de forma ampla. Atividades como desenhar, escrever e explorar o ambiente contribuem para o aprimoramento da coordenação motora e da cognição.

 

É fundamental que pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a esses efeitos e adotem estratégias para garantir um uso equilibrado e saudável das tecnologias. Lembre-se que as tecnologias não são inimigas, mas devem ser usadas com moderação respeitando a idade das crianças.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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