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10º. Fliaraxá coloca a Abolição e a Independência em foco

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evento literário vai acontecer de 11 a 15 de maio

“Abolição, Independência e Literatura” – este é o tripé que vai sustentar as mesas, painéis e debates da 10ª edição do Fliaraxá – Festival Literário de Araxá, a se realizar entre os dias 11 e 15 de maio, quarta a domingo. Em formato híbrido, as transmissões do Fliaraxá vão  acontecer de forma descentralizada, em diversos lugares da cidade: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo, Fundação Cultural Calmon Barreto, praças e escolas de bairros periféricos.

A criatividade vai estar em alta no formato híbrido do Festival. Respeitando protocolos sanitários, autores estarão presentes, em alguns locais, com audiência reduzida; em outros, autores farão lives, sem a presença do público; e em outros, acontecerá apenas a transmissão digital, sempre pelas redes do @Fliaraxa.

Tudo gratuito, sem cobrança de ingresso nem taxas para assistir nas plataformas, como o Youtube, Facebook e Instagram. O evento também contará com programação infantil, prêmio de redação, exposição artística e uma novidade: uma imensa livraria com espaço gastronômico.

O Ministério do Turismo e a CBMM apresentam com exclusividade o 10º. Fliaraxá, com o patrocínio da Cemig e do Itaú e apoio da Rede Mater Dei de Saúde, Grupo Zema, Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Cultural Calmon Barreto, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Inovação Tecnológica, CUFA – Central Única de Favelas de Araxá, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

Na curadoria, junta-se a Afonso Borges, criador do Fliaraxá, o escritor e jornalista Tom Farias, notável por seu trabalho como biógrafo de Carolina Maria de Jesus. Decidiu-se, portanto, por um tema – “Abolição, Independência e Literatura” – que traz à cena os dois assuntos mais urgentes do ano de 2022: a questão da Abolição, pelo Festival acontecer em 13 de Maio, e os 200 anos de Independência no Brasil. E o que a literatura apresenta de mais relevante em torno desses importantes acontecimentos históricos brasileiros.

A Patrona desta edição é a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, na passagem do bicentenário de nascimento (1822-2022) e o escritor homenageado é o baiano Itamar Vieira Jr, considerado uma das revelações da literatura brasileira dos últimos anos, autor de “Torto Arado”.

Nascida no contexto da Independência do Brasil, em 1822, Maria Firmina dos Reis é uma voz pujante no universo afro-brasileiro, no campo de uma literatura de engajamento que se posicionou, pela voz de uma mulher negra, contra a escravidão, a subalternização do elemento negro e da mulher negra, presa à violência sexual e doméstica, tanto na Casa Grande, quanto na senzala. A Independência brasileira, no modelo a que foi conceituada, coloca o país no patamar de nação, mas constrói sua primeira constituição nos moldes de uma visão colonial, pois mantém o comércio de negros africanos como a mola mestra da economia do Império e da hegemonia da classe dominante, eminentemente branca.  O 10ª Fliaraxá vai trazer para o centro da discussão, passados 200 anos, o enfoque daquele sistema, sob o olhar político da época, as escaramuças provinciais, sobretudo as rebeliões escravas, no influxo da revolução do Haiti, e a visão aguda de Maria Firmina dos Reis, autora de “Úrsula” (1859), romance abolicionista que a projeta pioneira no cenário de uma literatura feminina de autoria negra e como a primeira mulher a publicar um romance de fôlego no país.

O escritor Itamar Vieira Júnior, autor que se consagrou não só pelo grande sucesso do seu “Torto Arado” – vencedor dos prêmios Leya, Oceanos e Jabuti, mas pela defesa de ideias sobre o cuidado com as diferenças, política de aquilombamento dos territórios negros, a questão agrária e um projeto de política cultural para o país, com foco na diversidade e base em algo dialoga com o universo das produções literárias com viés nas africanidades, expressas no Brasil e no Continente Africano. Itamar é geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia. Publicou também os livros de contos “Dias”, de 2012, “A Oração do Carrasco”, de 2017, e “Doramar Ou A Odisseia: Histórias”, de 2021, sua mais recente publicação.

Prêmio de Redação

Com muitas novidades, o 10ª Fliaraxá mantém o tradicional “Prêmio de Redação Maria Amália Dumont”, destinado a estudantes das escolas públicas e privadas de Araxá. O tema da redação é o mesmo do festival, “Abolição, Independência e Literatura” e, nesta edição, o professor também será agraciado, como forma de valorizar o seu papel no desenvolvimento de alunos leitores/escritores.  Outra novidade é que este ano serão premiados do 1º ao 5º Lugar, nas três categorias existentes, separadas por idade. Os detalhes estão disponíveis no regulamento que pode ser acessado pelo site www.fliaraxa.com.br .

Exposição

Uma exposição vai ocupar os muros da cidade. Sob a curadoria de Marisa Rufino, da CUFA (Central Única de Favelas de Araxá), a mostra ”Muros Invisíveis”, vai fazer uma homenagem ao povo preto, líderes comunitários e ao povo de Araxá, que recebe o Fliaraxá há 10 anos.

Identidade Visual Fliaraxá 2022

A identidade visual do 10º Fliaraxá traz referências dos símbolos Adrinka, de Gana, que representam conceitos e aforismos. O principal deles, que norteia o festival, é o Sankofa, que simboliza a volta para adquirir conhecimento no passado, a busca de uma herança cultural dos antepassados para construir um futuro melhor. Poderão ser vistos na identidade do evento, também, o Mate Masie, simbolizando a sabedoria, o conhecimento e a prudência; o Nkyn Kyin, que traz a ideia das mudanças internas e a Osrane ne Nsoroma, que é o símbolo da fidelidade e da sinceridade. A escolha da estética que remete também a um carimbo, a algo mais manual é proposital, pra mesclar o caráter virtual com a presencial, ou seja, uma interferência humana no virtual.

Sobre o Fliaraxá

O Fliaraxá – Festival Literário de Araxá – foi criado em 2012 pelo empreendedor cultural Afonso Borges, diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo. As cinco primeiras edições aconteceram no pátio da Fundação Calmon Barreto, e, a partir de 2017, o festival passou a ocupar o Grande Hotel de Araxá, patrimônio histórico do Estado de Minas Gerais, edificação construída em 1942. Naquela edição, nasceu também o “Fliaraxá Gastronomia”. Cerca de 140 mil pessoas passaram pelo festival em suas oito edições presenciais, mais de 400 autores participaram da programação e 130 mil livros foram comercializados na livraria do evento. A 9.ª edição do Fliaraxá (2020), devido a pandemia, aconteceu em formato virtual/digital/híbrida, permanecendo com programação 24 horas no ar, totalizando 101 horas de transmissão contínua. O público, desta vez, foi contabilizado pelo número de alcance nas redes, registrando 6.294.763 de visualizações do conteúdo exibido no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube, canais oficiais de divulgação e de exibição do festival.   No site do evento, 22.556 usuários foram alcançados, num total de 58.178 visualizações do conteúdo disponível.

Serviço: 10º Fliaraxá – Festival Literário de Araxá

De 11 a 15 de maio, quarta a domingo

Tema: “Abolição, Independência e Literatura”

Formato híbrido – transmissão em tempo real pelas plataformas do festival Youtube e Facebook – @fliaraxa

Locais: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo, Fundação Cultural Calmon Barreto, em praças e escolas de bairros mais afastados do Centro

Informações: @fliaraxa – www.fliaraxa.com.br

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A World Tour de Stitch – a nova collab Kings Sneakers e Disney

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Coleção celebra o personagem Stitch em uma “World Tour” que mistura cultura pop, música e streetwear.

São Paulo, outubro de 2025 – A Kings Sneakers, maior rede de streetwear do Brasil, apresenta sua mais nova colaboração internacional: uma coleção inspirada em Lilo & Stitch, clássico da Disney que conquistou fãs no mundo todo. O projeto, desenvolvido pelo diretor criativo Rodrigo Zero, celebra a energia caótica e divertida do personagem Stitch em peças cheias de estilo e identidade urbana.

 

Segundo Zero, trabalhar com um ícone global exigiu cuidado e respeito à essência original: “Stitch tem uma história consolidada e uma legião de fãs no mundo inteiro. Não faria sentido distorcer sua essência. Foi preciso mergulhar no universo do personagem e encontrar um ponto de encontro com a identidade da Kings”.

Dessa conexão surgiu o conceito de uma “World Tour” do Stitch, inspirado nos clássicos merchs de bandas. As peças trazem tipografia exclusiva desenvolvida por Zero, inspirada na estética do Black Metal, com texturas, tecidos estonados, raios e uma força gráfica que une cultura pop e streetwear.

A aprovação da Disney foi imediata, sem alterações. “Sabíamos exatamente o que estávamos construindo e foi um processo cheio de significados, feito com muito amor, dedicação e, claro, Ohana. Lembrando sempre que Ohana quer dizer família, família quer dizer nunca abandonar ou esquecer”, afirma o criativo.

A coleção será lançada em xxxx no site da Kings Sneakers e nas mais de 170 lojas físicas da marca. Com design exclusivo e atmosfera de turnê mundial, o lançamento promete conquistar tanto os fãs da cultura urbana quanto os apaixonados pelo personagem.

 

Sobre a Kings Sneakers

Fundada em 2006, a Kings Sneakers é a maior rede de streetwear do Brasil, com mais de 160 lojas em operação e presença em todas as regiões do país. A marca une moda urbana, atitude periférica e curadoria de grandes marcas como Nike, Adidas, Vans, Jordan, Puma e coleções próprias, representando a força da periferia, da cultura hip hop e do lifestyle das ruas brasileiras. Com uma operação omnichannel em constante evolução, a empresa investe em tecnologia e experiência do cliente. A Kings Sneakers não é apenas uma marca de streetwear, ela é uma plataforma de expressão, atitude e transformação social.

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Rumo ao Riso é o tema do Cola Mais Podcast desta quarta-feira

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O programa desta quarta-feira promete emoção, sorrisos e uma boa dose de leveza. A partir das 20h, ao vivo, o Cola Mais Podcast recebe convidados muito especiais para falar sobre um tema essencial: fazer o bem. O episódio vai abordar o trabalho do projeto Rumo ao Riso, que transforma ambientes hospitalares com risoterapia e palhaçoterapia, levando alegria, acolhimento e saúde emocional a pacientes, familiares e profissionais.

Com patrocínio da Blau Farmacêutica, o projeto será representado por um time inspirador. A atriz e risoterapeuta Gabi Roncatti, conhecida como Dra. Gabiruta, é uma das idealizadoras do Rumo ao Riso. Ela tem uma trajetória marcada pela arte: participou de novelas, peças teatrais e do programa Fantasia do SBT, além de já ter estampado capas de revistas infantis. Hoje, Gabi dedica seu talento e sensibilidade a espalhar sorrisos em hospitais e espaços de cuidado.

Outro nome que estará na bancada é o do cantor e compositor Landau, que também idealiza o projeto ao lado de Gabi e assina a produção musical do Rumo ao Riso. Com mais de 30 anos de carreira, Landau é dono de sucessos marcantes, como a música “Lata Velha”, tema do quadro homônimo de Luciano Huck. O artista une música e solidariedade, levando sua arte para inspirar e fortalecer o propósito do grupo.

Também participam do episódio Jaqueline Conessa, a Dra. Cássia, risoterapeuta e palhaçoterapeuta com uma trajetória de entrega e empatia, e Gabriela Mello, a Dra. Bizzi, que completa o elenco de profissionais que fazem do riso uma poderosa ferramenta de cura.

Além de música, risoterapia, bom humor, riso como cura, a grupo também entrega em suas visitas de forma gratuita o livro escrito por Gabi Roncatti “Di, O Cachorro Pula Pula”, que conta a história real de aventuras do cachorro da escritora unindo fantasia, emoção e aborda também o luto.

O programa vai ao ar ao vivo, nesta quarta-feira, às 20h, e promete encantar com histórias de transformação, esperança e amor. Prepare o coração, porque este episódio está simplesmente maravilhoso!

Instagram: @rumoaoriso

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Carol Carmin lança “Blues da Rejeição” com participação do gaitista Sérgio Duarte

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Cantora apresenta o segundo single do seu EP autoral e videoclipe com enredo sequencial ao anterior

 

Um blues clássico com letra em português, sob uma ótica totalmente feminina. Blues da Rejeição é o segundo single autoral da cantora e compositora Carol Carmin. Para um “bom blues”, a gaita é uma ótima companhia – funcionando como uma segunda e expressiva voz. Quem adiciona essa textura e alma à faixa é o veterano Sérgio Duarte, um dos principais nomes da gaita blues no Brasil. Ouça o single em sua plataforma preferida: Link.

 

Blues da Rejeição faz parte do disco de estreia da cantora, “Azul Carmin”, em formato EP, com lançamento nas plataformas digitais no próximo dia 21 de outubro. Dele, Carol já apresentou também o single ”Meu Silêncio” (ouça aqui Link).
Ambos os singles já disponíveis para o público vêm acompanhados por videoclipe, com as narrativas entrelaçadas, em continuidade. O enredo em vídeo de Blues da Rejeição traz um “desfecho” para Meu Silêncio.
O videoclipe de Blues da Rejeição tem direção e roteiro de Isabella Giopato, fotografia de Lucas Monteiro e figurino de Priscilla Tanikawa, do acervo da fotógrafa retrô Renata Cândido. Carol contracena novamente com o ator Rodrigo Beltrame, com participação do seu parceiro de composição neste trabalho e guitarrista, Dan Marques, que no clipe atua como psicólogo da artista. Assista aqui: Link

 

A música, além da participação especial de Sérgio Duarte na gaita e Dan Marques na guitarra, conta também com Marcos Eduardo Klis no contrabaixo acústico, Pablo Marchatto na bateria e André Matanó no teclado.

FOTOS (Foto abaixo de Isa Marte)

Blues da Rejeição – Ouça aqui Link

Clipe Link

 

A cantora conta mais sobre a música: “Tive uma grande inspiração na dinâmica de I’m A Woman, do musical Smokey Joe’s Cafe, na forma empoderada com que as cantoras falam sobre o que uma mulher consegue fazer. Escrevi o Blues da Rejeição para falar sobre aquele conhecido sentimento de alguém te rejeitar, mas você não consegue parar de correr atrás, como uma obsessão. E diante de uma situação amorosa ruim, sabendo que todos têm defeitos e dificuldades, para mim traz uma boa definição do que é ser humano, com toda a imperfeição que há em nós. Me incluo entre tantas mulheres que já sofreram por rejeições amorosas e trago um desfecho para dar a volta por cima”. Figuras de linguagem religiosas estão na letra, como recursos simbólicos para expressar a intensa sensação de vivenciar uma rejeição.


Carol Carmin traz uma trajetória artística incomum, trocou a medicina pelos palcos para seguir sua paixão, depois de atuar por 10 anos como médica. A cantora também é intérprete, sempre com seu estilo retrô “pin-up” e misturando estilos como o blues, jazz, pop e rock em releituras cheias de personalidade, disponíveis em seu canal no Youtube.
Conheça mais sobre Carol ​​Link

Blues da Rejeição – Ouça aqui Link Clipe Link

Meu Silêncio – Ouça aqui Link. Clipe Link

EP Azul Carmin pré-save: Link (lançamento 21/10)

www.cais.art.br Nas redes @caiscultura

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