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“Pandemia e ansiedade: viver no Brasil não é para amadores”, por Bruna Richter, psicóloga

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Não é fácil ser brasileiro. Essa afirmação em nada nega o patriotismo ou o civismo que possuímos desenvolvidos em maior ou menor grau. Não fechamos os olhos para as maravilhas naturais exuberantes que possuímos, para a biodiversidade abundante ou para o clima sem extremos que nos abriga. Agradecemos continuamente a ausência de terremotos, tsunamis ou furacões. O contexto, num primeiro momento, parece ser bem favorável ao bem estar subjetivo de todos os que habitam o país.

Entretanto, apesar de nos sabermos privilegiados em tantos aspectos, somos atravessados por uma avalanche de inequidades que assoberbam e desmantelam qualquer tentativa de manutenção do equilíbrio mental. O desgaste a que somos submetidos diante das disparidades sociais, da instabilidade financeira e do sucateamento da saúde agravam ainda mais os distúrbios psíquicos e fragilizam de maneira irreparável organismos que se tornam cada vez mais vulneráveis a transtornos e síndromes.

Quando somamos a esse conflitoa insegurança e a mortandade trazidas pelaatual pandemia, geramos uma receita ideal para o adoecimento.  O COVID enfatizou ainda mais nossas dessemelhanças. As desigualdades se destacaram em um momento onde muitos se viram obrigados a decidir entre permanecer expostos aos vírus, buscando garantir seu sustento ou se preservar desse mal, abrindo mão do salário básico que pouco lhessatisfazia na busca por sobrevivência.

Diante de uma crise na saúde, que surge dentro de uma crise política, que se instalou inclusa em uma crise social e financeira, os índices de pessoas sofrendo com ansiedade e estresse dispararam. Suportar todas essas incertezas e precariedades se torna ainda mais complexo em um período em que temos que escolher qual inimigo estamos dispostos a enfrentar. O medo de perder o trabalho, o desemprego e a restrição fazem pulsar ainda mais indecisões diante da vida e do futuro.

Em meio a uma nação carente de justiça, atravessar a atual conjuntura pode levar a saúde mental ao colapso. Além das consequências já conhecidas, o COVID deixa sequelas psíquicas significativas alastrando a sensação de alarme e temor. Ampliam-se os casos de angústia diante do descaso e do desgaste de quem ainda precisa lutar pelos seus direitos e que se mantêm ativamente em buscado básico. Assim, se os ditos populares de uma região traduzem vivências, cabe aqui um surgido recentemente que ganha força e significado: viver no Brasil não é para amadores.

Bruna Richter, psicóloga
Divulgação

Sobre a autora

Bruna Richter é graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.     Escreveu os livros infantis: “A noite de Nina – Sobre a Solidão”, “A Música de Dentro – Sobre a Tristeza” e ” A Dúvida de Luca – Sobre o Medo”. A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças – no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado “De Carona no Corona”.  Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.

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Lollapalooza Brasil 2025: Ingressos digitais estão disponíveis para todos os compradores e já podem ser ativados

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A partir deste ano, os ingressos serão exclusivamente digitais e os fãs deverão ativá-los pelo aplicativo “Quentro” para garantir acesso ao evento

 

São Paulo, 12 de fevereiro de 2025 – Para oferecer mais segurança e praticidade aos fãs, o Lollapalooza Brasil 2025 terá, pela primeira vez, ingressos 100% digitais. Os tickets para a 12ª edição do festival já estão disponíveis na plataforma da Ticketmaster Brasil e já podem ser ativados. A ativação é indispensável para garantir o acesso ao evento. Depois de concluída, todos os ingressos — independentemente da categoria — ficam disponíveis para visualização no aplicativo “Quentro”, que deve ser apresentado na entrada do festival.

 

Acesso ao Lollapalooza Brasil 2025 será realizado exclusivamente através do aplicativo Quentro

Uma vez ativados, os ingressos ficarão armazenados no Quentro, que será a única forma de acesso ao festival. O aplicativo está disponível na AppStore e PlayStore e conta com alto nível de segurança, sendo anticópia, rastreável e compatível com a maioria dos smartphones presentes no mercado.

 

Ao ativar o ingresso, será gerado um QR Code que, por medida de segurança, é constantemente e automaticamente atualizado. Devido a esta tecnologia, não serão aceitos prints de tela ou impressões.

 

É recomendado que o fã realize o processo de ativação com antecedência e confira se adicionou todos os ingressos no Quentro. Chegando ao evento, basta abrir o app e selecionar o ingresso referente à data em questão. Para entrada no evento, o aplicativo não precisa de acesso à internet, só será necessário levar o celular com a bateria carregada.

 

Confira o passo a passo para ativação dos ingressos

  1. Baixe o App QUENTRO no celular.
  2. Crie uma conta no Quentro, preferencialmente usando o mesmo e-mail do seu cadastro no site da Ticketmaster.
  3. Faça login em ticketmaster.com.br e abra os ingressos que deseja ativar em “Meus Pedidos”.
  4. Informe seu e-mail do QUENTRO que receberá os ingressos. Se for sua primeira vez no app, valide o código enviado no e-mail.
  5. PRONTO! Seu ingresso estará disponível na aba “Próximos” do QUENTRO .
  6. Para ingressos de Lolla Lounge by Vivo e Lolla Comfort by Bradesco e Cielo, preencha seus dados e cadastre a biometria facial para liberar seu QR code de acesso.

 

Para baixar o ingresso da Ticketmaster, é necessária conexão com a internet. Por isso, é recomendável ativar o ingresso assim que possível.

Comprou ingresso para um amigo? É possível transferir o ingresso digital para o celular de quem vai usar.

 

Se o comprador não for mais comparecer ao evento, ele poderá transferi-lo para outra pessoa, utilizando o recurso de Transferência no aplicativo Quentro, seguindo o processo abaixo.

 

  1. Ative o ingresso digital conforme passo a passo acima.
  2. Acesse a aba “Próximos” no app QUENTRO e abra o ingresso que deseja transferir.
  3. Clique em “Transferir” no canto superior direito do ingresso e insira o e-mail da conta QUENTRO do destinatário ou um e-mail válido.
  4. Confira o e-mail e confirme a transferência.
  5. PRONTO! O ingresso será adicionado à conta QUENTRO do destinatário. Caso ele não tenha uma conta, o status ficará pendente até que o destinatário crie uma e aceite a transferência.

Confira atentamente todos os dados antes de concluir o processo.  Não é possível cancelar uma transferência efetivada. Uma vez concluída, apenas o destinatário terá acesso ao ingresso. A pessoa que recebeu o ingresso não poderá transferi-lo para outra pessoa, mas caso necessário, conseguirá devolver para a conta do remetente original pelo Quentro.
Pacotes de ingresso Lolla Double e Lolla Pass dão acesso a 2 ou 3 dias de evento a um mesmo titular e não podem ser transferidos separadamente.

 

Ao transferir um pacote do tipo Lolla Double, os ingressos referentes aos dois dias de evento serão enviados para o mesmo destinatário. No caso de Lolla Pass, o acesso aos 3 dias de evento será destinado ao mesmo usuário. Durante os dias de evento, uma vez que esses usuários acessem o evento pela primeira vez, estes ingressos não poderão ser transferidos nos dias subsequentes para outra pessoa.

 

Ingresso Digital garantirá acesso único ao festival.

 

Cada ingresso digital permitirá um único acesso ao Lollapalooza Brasil 2025. Após o primeiro acesso, novas tentativas com o mesmo ingresso não serão autorizadas. Não serão aceitos prints de tela e/ou impressões. Apenas ingressos armazenados no aplicativo Quentro serão aceitos.

 

Lollapalooza Brasil 2025 segue Cashless

 

O festival continua sendo cashless, mesmo sem a pulseira. O New Cashless, é a nova solução de pagamento que permite pagamentos com cartão de crédito, débito e até mesmo por aproximação. Desta forma, o público solicita o produto, paga e já retira no mesmo local, sem precisar de fichas ou recargas e com muito menos filas. Quem preferir pagar com dinheiro poderá carregar um cartão em um dos Caixas Cashless espalhados pelo evento.

 

Os ingressos digitais requerem alguns procedimentos prévios que podem demandar atenção dos compradores, mesmo assim, representam muito mais praticidade e segurança para todos os frequentadores do Lollapalooza Brasil.
 

Para mais informações e atualizações, siga o Lollapalooza Brasil: Instagram e Twitter: @lollapaloozabr
FB: Lollapalooza Brasil- Link

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Camila Pudim estreia “Carnaval da Camila” com quase 700 mil views!

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Especial inédito da influenciadora conquista público e traz makes deslumbrantes e edições impecáveis

A folia começou com o pé direito para a criadora de conteúdo e influenciadora Camila Pudim! O primeiro vídeo do seu aguardado especial “Carnaval da Camila”, postado no último domingo (9), já ultrapassou 570 mil visualizações no Instagram e mais de 182 mil no TikTok, acumulando mais de 752 mil views nas redes sociais. O conteúdo combina uma técnica impecável de maquiagem e transições criativas, marca registrada da influenciadora, e segue o sucesso do #HalloweenDaPudim, quadro temático que conquistou mais de 180 milhões de visualizações em outubro de 2024.

Com 25,4 milhões de seguidores no TikTok e 6,2 milhões no Instagram, Camila é um verdadeiro fenômeno digital, conhecida por transformar qualquer trend em viral. Seu talento foi reconhecido globalmente com o vídeo “Asoka Makeup”, que atingiu impressionantes 600 milhões de visualizações, tornando-se o vídeo mais assistido da história do TikTok no Brasil e garantindo a ela o prêmio de “Vídeo do Ano” no TikTok Awards 2024.

Se o “Carnaval da Camila” já começou assim, o que vem por aí? Fique ligado, porque essa folia promete quebrar recordes!

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A Galeria de Arte IBEU apresenta a exposição “Águas da Amazônia”, da artista plástica Ana Luiza Varella, sobre o fenômeno do encontro das águas e seus mistérios.

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Com curadoria de Marcia Marschhausen, a mostra destaca a necessidade de preservação através de uma viagem sensorial entre as telas, em ano de COP 30.

 

 

A exposição “Águas da Amazônia”, da artista plástica Ana Luiza Varella e com curadoria de Marcia Marschhausen, será exibida na Galeria de Arte IBEU a partir do dia 12 de março. A mostra é resultado de uma pesquisa que a artista realizou sobre os rios que atravessam a floresta amazônica e desaguam na extensa costa do Brasil. Suas telas trazem um jogo de cores e formas, gestos e camadas de tinta, a beleza da Amazônia que, em suas águas, em sua fauna e sua flora, guardam o mistério das transformações.

No ano da COP 30, que será realizada na Amazônia, Ana Luiza ressalta a conscientização sobre a importância da preservação ambiental. A artista utiliza os mistérios e a beleza da região para propor uma reflexão sobre a riqueza ímpar da Amazônia e o dever de preservá-la. Além disso, ela manifesta o privilégio de ter este cenário como inspiração. Destaque para as telas “Dança das Águas”, que expressa o encontro das águas na foz do Rio Amazonas, e “Pororoca” e “O Grande Estrondo”, que levam o espectador a uma viagem sensorial.

 

Sobre a exposição ‘Águas da Amazônia’

“Só devassamos o mistério na medida em que o encontramos no cotidiano, graças a uma ótica dialética que vê o cotidiano como impenetrável e o impenetrável como cotidiano.” (Walter Benjamin)*

 

“Tendo por referência o pensamento de Walter Benjamin e inspirada na natureza, exponho em meus trabalhos a percepção de que o mistério da existência está à nossa vista, nos acontecimentos cotidianos, na natureza que observo diariamente. Transformo o ritmo dos gestos que unem as manchas coloridas em um todo plástico trabalhado pela imaginação. A floresta, os rios e o mar ficam lado a lado e mostram que artista, tela e tintas tornam-se um só: a obra.

 

As telas “Pororoca” e “O Grande Estrondo” mostram o fenômeno que ocorre quando as águas do rio Amazonas se encontram com as águas do oceano Atlântico. Por sua vez, o encontro das águas escuras do Rio Negro com as águas barrentas do Rio Solimões mostra a força do “Encontro das águas” que, devido a fatores naturais, percorrem cerca de seis quilômetros sem se misturarem , até se unirem e formarem o rio Amazonas.

A água doce dos rios adentra o oceano mais de 200 quilômetros, carregando nutrientes e sedimentos que se misturam com água salgada e formam uma fauna própria, principalmente em igarapés.

É nesse ambiente que o Camurupim, peixe de grande porte, que apenas na maturidade vai para o oceano, inicia sua vida. O Camurupim, ou Pirapema, também pode ser encontrado em rios que têm ligação com o oceano, pois se trata de peixe com um pulmão primitivo, que o possibilita respirar por momentos fora d’água, bem como viver em rios de água doce. Esse ambiente também é o habitat do Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo e que vive no Rio Amazonas. Ele tem um pulmão primitivo e não consegue ficar mais de 20 minutos submerso.

 

A escolha da minha paleta de cores é inspirada na realidade exuberante da floresta e da fauna que habita tanto os rios, como a foz do Amazonas e a Amazônia Azul, formando um ecossistema repleto de mistérios. A comunhão das águas dos rios com as do oceano faz surgir, a cada ano, milhares de novas espécies, tanto de animais, como de vegetais e de micro organismos.”

Por Ana Luiza Varella

Texto curatorial – curadora Marcia Marschhausen

Sob o título poético “Águas da Amazônia”, a artista Ana Luiza Varella nos convida a navegar por uma interpretação pictórica dos fenômenos naturais e da potência dos rios amazônicos. A exposição realizada no IBEU transforma o espaço em um percurso fluido entre as forças primordiais da água e da terra, entre o caos e a harmonia.

Nas telas, as pinceladas de Varella não se limitam à representação; elas ecoam o ritmo da própria natureza. Os movimentos sinuosos e circulares de sua técnica evocam a energia contínua da pororoca, esse confronto entre o rio e o oceano, traduzido em tonalidades terrosas e profundas que remetem à visceralidade do fenômeno. Já nas representações dos rios e suas margens, a explosão de cores expande o olhar para a riqueza de vida e a diversidade de paisagens que a Amazônia carrega em suas águas.

Varella não apenas pinta a Amazônia, mas a traduz em vibração. Suas obras têm uma qualidade imersiva: as pinceladas pulsantes e os contrastes cromáticos transportam o espectador para a tensão e a serenidade das águas que moldam o território e suas narrativas.

 

Essa exposição transcende a geografia; é um convite à contemplação do encontro – entre águas, cores e sentidos – que reflete a essência do bioma amazônico. “Águas da Amazônia” não é apenas um conjunto de paisagens; é uma reflexão sobre os movimentos vitais e as forças que moldam o nosso planeta.

 

Sobre Ana Luiza Varella

 

Artista visual, Ana Luiza Varella sempre desenhou e pintou, tendo a arte como fio condutor de suas escolhas. Cursou a faculdade de Língua Portuguesa e Literatura. Com Mestrado e Doutorado em Filosofia e especialização na Filosofia da Linguagem de Walter Benjamin, fez a sua formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/RJ). A artista tem trabalhos em aquarela, em tinta acrílica, em cerâmica e pintura em porcelana.

Com obras em exposições realizadas no Rio de Janeiro, Resende, Florianópolis, Nova Iorque, Miami, Madri e Veneza, a inspiração de seus trabalhos está na dança, na história e no mistério dos ciclos da natureza. As formas que surgem na sua obra, ora orgânicas, ora geométricas, refletem o movimento da constante transformação da natureza. São manchas e cores que sugerem sóis e luas, florestas, flores, rios e mares em linguagem silenciosa, chamando a atenção para a preservação do Meio Ambiente.

A artista busca, em cada obra, expressar o Sagrado Mistério da Criação.

Instagram: https://www.instagram.com/analuizavarella.art/

 

Sobre o Centro Cultural IBEU

 

O Centro Cultural IBEU, localizado na sede do IBEU em Copacabana/RJ, na Av. Nossa Sra. de Copacabana, 690, é um espaço sem fins lucrativos dedicado à arte, cultura e educação. Palco de grandes eventos, já recebeu shows, debates, lançamentos literários e exposições. O espaço é mantido pelo Instituto Brasil-Estados Unidos (IBEU), o único centro binacional do Estado com chancela da Embaixada Americana para a promoção do ensino da língua inglesa. Além disso, a atuação do IBEU no cenário cultural se estende à Galeria de Arte IBEU, localizada na unidade Jardim Botânico, na R. Maria Angélica, 168, um espaço renomado que promove exposições de artistas consagrados e novos talentos. Com parcerias internacionais e projetos exclusivos, o IBEU fortalece o intercâmbio cultural entre Brasil e Estados Unidos.

Instagram: https://www.instagram.com/galeriaibeu/

 

Serviço

Título: ‘Águas da Amazônia’

Artista: Ana Luiza Varella

Curadoria: Marcia Marschhausen

Local: Galeria de Arte IBEU

End: Rua Maria Angélica, 168 – Jardim Botânico – RJ

Abertura: 12 de março de 2025 , das 19h às 22h

Visitação: 13 de março a 30 de maio de 2025

Dias e horários: segunda a quinta, das 13h às 19h, sextas das 12h às 18h

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

Apoio: Centro Cultural IBEU

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