Canal no Youtube promove o pensamento computacional e a visão científica no ensino tecnológico
Estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial em 2018 sobre o futuro dos empregos e habilidades aponta que 65% das crianças que hoje estão nos primeiros anos escolares trabalharão em uma função que ainda não existe. O mesmo estudo mostra como as habilidades técnicas e o entendimento de como as máquinas operam é cada vez mais central na sociedade.
Esse cenário somado ao desejo de informar mais as pessoas sobre o potencial da ciência da computação levou o Olabi a criar o Computação sem Caô. O projeto se utiliza de um canal no Youtube, com uma série de vídeos na internet, para disseminar conteúdos educacionais e estimular a discussões relevantes para o futuro do trabalho.
O principal objetivo é aumentar o interesse dos cidadãos sobre o universo da computação, estimulando um maior número de inscritos em formações e cursos especializados e ampliando as discussões sobre as ferramentas tecnológicas que fazem parte do nosso dia a dia.
O conteúdo foi montado com a colaboração de professores renomados da área de Ciência da Computação e especialistas em conteúdo para internet. Ana Carolina da Hora, estudante de ciência da computação da PUC Rio, moradora da Baixada Fluminense e integrante da equipe do Olabi é quem conduz os vídeos.
No episódio de lançamento, a sua avó aparece como um personagem. E a partir da interação das duas é possível entender funciona a ligação por Skype. “Partimos sempre de questões cotidianas e de aplicações que são conhecidas pelas pessoas, para explicar os conceitos e até estimular perguntas e questionamentos mais amplos. Você já pensou, por exemplo, se dá para codificar o pensamento?”, explica Ana Carolina.
A cada semana um novo vídeo aborda dúvidas comuns e usa os questionamentos do cotidiano para explorar o universo científico. Como funciona um trem sem motorista, o Waze, a inteligência artificial do celular são alguns dos temas. Comportamentos culturais embutidos nos sistemas computacionais, o que fazem os cientistas da computação no dia a dia e como é ser mulher nessa cena tão masculina também são assuntos abordados.
Além de trabalhar pela democratização dos conceitos da computação, o projeto busca ampliar a diversidade de raça e gênero no universo científico e tecnológico. Segundo levantamento disponível no site Pretalab,com, projeto também do Olabi, durante 120 anos de escola de engenharia da USP, apenas 10 mulheres negras se formaram.
“Ciência da computação é um campo cheio de oportunidades. Quero mostrar o porque sou apaixonada por essa área e como ela pode abrir caminhos para atividades profissionais. Vou desmistificar a tecnologia e mostrar que qualquer um pode aprender”, fala Ana Carolina.
O projeto é uma realização da organização social baseada no Rio de Janeiro Olabi, que atendeu já mais de 20 mil pessoas com atividades educacionais para democratizar a produção de tecnologias. É também uma das iniciativas apoiadas pelo programa de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira, a primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência no Brasil. Em 2018, junto a outros 13 projetos, o Computação sem Caô foi selecionado para receber um aporte do Serrapilheira para viabilizar e alavancar suas atividades.
Clique aqui e conheça o canal do Computação sem Caô no YouTube.
Sobre o Olabi
O Olabi é uma organização social que trabalha desde 2014 para democratizar as tecnologias. Com atividades que ampliam acesso ao universo da inovação, a organização já foi destaque em conferências e eventos de mais de 25 países nos cinco continentes. Sua sede no Rio de Janeiro, abriga um makerspace parte da rede global de fablabs, laboratórios de fabricação digital criados na universidade MIT dos EUA. Dentre os projetos carro-chefe está o Pretalab, rede de mulheres negras na tecnologia, que auxilia empresas na contratação de times mais diversos.
Ana Carolina Da Hora, apresentadora do canal “Computação Sem Caô”
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