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O luto gestacional e neonatal – compreender, acolher e respeitar

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O luto gestacional e neonatal é uma experiência profundamente dolorosa, caracterizada pela perda de um bebê durante a gestação ou logo após o nascimento. Muitas vezes invisibilizado pela sociedade, esse luto carrega um peso emocional imenso para os pais, que frequentemente se sentem sozinhos e desamparados. A psicóloga Natália Aguilar, especialista em Psicologia Perinatal e Luto, explica que essas perdas, por não serem reconhecidas de forma clara pela sociedade, intensificam o sofrimento. “O psicólogo perinatal trabalha com as questões que envolvem a perinatalidade e parentalidade, mas levando em consideração cada sujeito com sua própria subjetividade”, destaca Natália.

Um dos grandes desafios é o entendimento do luto como um processo individual, em que cada pessoa reage de maneira única. Profissionais de saúde que lidam com essas situações precisam estar atentos às necessidades emocionais dos pais, oferecendo apoio empático e sem julgamentos. Acolher a dor sem tentar minimizá-la é o primeiro passo para uma assistência humanizada e eficaz.

É fundamental que os profissionais da saúde evitem frases na tentativa de conforto, como “Você pode tentar de novo” ou “Pelo menos foi cedo”, que acabam invalidando a dor real da perda. Embora não tenham a intenção de oferecer um conforto superficial, essas frases, muitas vezes ditas sem plena consciência de seu impacto, não confortam os pais e podem intensificar a sensação de incompreensão. Reconhecer a existência e o impacto emocional do bebê perdido e permitir que os pais vivenciem o luto de maneira plena é essencial.

Além disso, profissionais devem estar preparados para lidar com a culpa que muitas vezes acompanha o luto gestacional e neonatal, ajudando as famílias a entender que, em muitos casos, essas perdas ocorrem sem uma explicação clara ou evitável. A presença de um psicólogo especializado pode auxiliar na ressignificação da dor, ajudando os pais a processarem o luto e encontrarem maneiras de seguir adiante.

O luto gestacional e neonatal, embora doloroso, não precisa ser vivido em solidão. O apoio de uma rede acolhedora e de profissionais capacitados pode transformar essa experiência, permitindo que as famílias atravessem esse momento com o devido respeito e compreensão.

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Entenda sobre o Transtorno Desintegrativo da Infância

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*Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

 

O Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI) é uma condição rara do neurodesenvolvimento que causa a perda de habilidades adquiridas, como linguagem, interação social e habilidades motoras, após um período de desenvolvimento normal.

 

O TDI, anteriormente classificado como um transtorno distinto no DSM-IV, é hoje considerado parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo o DSM-5, sendo caracterizado por uma regressão acentuada após um período de desenvolvimento típico. Por exemplo, a criança tem um desenvolvimento típico até os 2 ou 3 anos, seguido por uma regressão significativa. A perda de habilidades é gradual e pode variar em intensidade, com algumas crianças perdendo mais habilidades do que outras.

Principais sinais: perda de linguagem e comunicação, dificuldade na interação social, regressão na capacidade de controlar a eliminação de fezes e urina, perda de habilidades motoras e cognitivas, mudanças no comportamento, como irritabilidade, ações repetitivas e sem propósito aparente, que podem ocorrer no movimento, postura ou fala.

 

As crianças com TDI, muitas vezes, são incapazes de um diálogo extenso com outras pessoas e podem evitar iniciar a comunicação, mesmo em ambientes confortáveis. Também podem apresentar regressão nas habilidades sociais já adquiridas, ter dificuldades para fazer ou manter amigos. Elas também podem responder de forma inadequada a situações sociais, como não dizer “olá” e “adeus”, ou responder perguntas dirigidas a elas.

 

As possíveis causas do TDI ainda não são compreendidas. Pesquisas sugerem que fatores genéticos e neurológicos podem estar envolvidos, mas o transtorno não é necessariamente hereditário. O TDI não tem cura.

 

O diagnóstico e acompanhamento deve ser clínico e envolve avaliação médica detalhada. É recomendado buscar ajuda de um neuropediatra, psiquiatra infantil e, em alguns casos, um neuropsicólogo. A maioria dos casos são diagnosticados entre os 3 e 10 anos.

 

O tratamento inclui terapias multidisciplinares para estimular as habilidades da criança e melhorar sua qualidade de vida. A criança pode precisar de terapia comportamental, terapia ocupacional, terapia de fala e intervenção medicamentosa para minimizar os impactos do transtorno.

 

O envolvimento e a educação da família são essenciais para o sucesso do tratamento. Para melhorar o que é ensinado e aprendido nas terapias, a criança também deve ser encorajada e instruída em casa pelos pais. Com o tratamento e a terapia adequados, se pode ter uma vida mais plena e feliz.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br

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SHOPPING GRANJA VIANNA ESTREIA NOVA AVENTURA DE SUPERMAN

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O Shopping Granja Vianna, empreendimento administrado pela Alqia, recebe no dia 10 de julho a estreia de Superman, novo longa dirigido por James Gunn que apresenta uma versão renovada do herói em conflito com suas origens kryptonianas e sua vida como Clark Kent, interpretado por David Corenswet. O filme reúne personagens clássicos como Lois Lane, Lex Luthor e Lanterna Verde em uma narrativa épica sobre coragem, identidade e justiça. Com classificação indicativa de 14 anos. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do empreendimento e no site do Cinemark: https://www.cinemark.com.br/filme/superman-2025

 

Sobre o Shopping Granja Vianna

Administrado pela Alqia, uma das principais administradoras de shopping centers do país, o Shopping Granja Vianna é o espaço de lazer, cultura, serviços e compras da região. São mais de 33 mil m2 que abrigam 140 lojas, reunindo sete âncoras e grandes marcas como C&A, Pernambucanas, Renner e Riachuelo, além de 30 opções gastronômicas para todos os paladares, como Outback, Pecorino, Madero, Coco Bambu e Pizza Hut. Mais de 350 mil pessoas circulam todos os meses pelo shopping center, que pauta sua atuação com o olhar da Sustentabilidade. Milhares de pessoas foram beneficiadas por iniciativas ambientais e sociais do empreendimento, que promove vacinação, doação de sangue, arrecadação de roupas e acessórios, além de campanhas de conscientização sobre o consumo consciente e a vida animal, por exemplo. Com 1,3 mil vagas no estacionamento, o shopping center está localizado no quilômetro 23,5 da Rodovia Raposo Tavares. Saiba mais em www.shoppingranjavianna.com.br

 

 

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Compulsão alimentar: quando o corpo pede socorro em silêncio

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Você já se pegou comendo sem fome real, como se estivesse tentando preencher um vazio que não é físico?

Essa é a realidade de muitas pessoas que enfrentam a compulsão alimentar — um comportamento que vai além da comida e esconde um grito silencioso do corpo e da mente por ajuda.

A compulsão não é falta de controle ou “fraqueza”.
Ela é, muitas vezes, uma resposta emocional ao estresse, à dor, à frustração, ao cansaço — ou até mesmo a traumas antigos. O alimento, nesses momentos, se transforma em anestesia: traz alívio momentâneo, mas depois vem a culpa, o desconforto, a sensação de estar fora de si.

🔹 Por trás da compulsão, há um corpo inflamado, um metabolismo desregulado, um emocional sobrecarregado.
Hormônios como cortisol, insulina e leptina, quando em desequilíbrio, dificultam a saciedade e alimentam o ciclo vicioso da fome emocional. Por isso, o tratamento precisa ir além da dieta: ele envolve acolhimento, escuta, ajustes hormonais e reconexão com o próprio corpo.

A boa notícia?
É possível sair desse ciclo sem culpa e sem rigidez.
Com um plano de cuidado individualizado, respeitoso e humano, é possível resgatar a autonomia alimentar, reconstruir a autoestima e fazer as pazes com o corpo e com a comida.

✨ Você não está sozinha. E não precisa enfrentar isso calada.
Seu corpo está falando — e nós podemos ouvir juntos esse pedido de socorro com compaixão e direção.

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