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Juca Serrado lança “Um Adeus no Cais do Sodré”, na Livraria da Travessa Lisboa, Portugal, no dia 21.11 (quinta), e participa de roda de conversa sobre o livro.

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O autor Juca Serrado lança o romance ‘Um Adeus no Cais do Sodré’, pela editora Gato Bravo, no próximo dia 21 (quinta), na Livraria da Travessa Lisboa, Portugal, onde conversa sobre o livro, com apresentação da editora Paula Cajaty e da organizadora do Clube de Leitura Afeto Literário, Patrícia Cerutti, trazendo uma rica narrativa histórica que aborda temas como escravização, ganância e violência, bem como lições sobre generosidade, empatia, esperança e superação.

“Um Adeus no Cais do Sodré” conta  a história do português Pedro do Ferreira e a vida dos seus familiares, que migraram para Santa Rita, cidade de Minas Gerais. Ambientada no Brasil do fim do século XIX e início do século XX, a obra chama a atenção pelos detalhes, trazendo uma pesquisa cênica muito atenta e minuciosa. O leitor é  transportado para as ruas onde João do Rio viveu, com livrarias e prostíbulos que conviviam na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, por exemplo, bem como por províncias e vilas, como se olhasse um álbum de fotografias conhecidas, cheias de lugares revisitados por memória e afeto.

A narrativa elegante de Juca Serrado remete às fragrâncias e imagens de ambientes frequentados por escritores como Olavo Bilac, Ruy Barbosa e, ao mesmo tempo, às sensações de paz e harmonia da Fazenda Bom Retiro, num tempo em que laços familiares modelam escolhas e atingem destinos. Apesar dos obstáculos e desafios enfrentados pelos personagens, o amor à terra e o respeito à ancestralidade revelam que, na união e na família, a prosperidade faz o seu reinado mais sagrado.

Juca Serrado nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1957. É casado, pai de dois filhos e tem duas enteadas.
Estudou Arquitetura e Economia, e trabalhou no mercado financeiro por mais de uma década. Escreveu para uma revista especializada sobre o mercado financeiro, tendo inúmeras cartas publicadas em jornais. Publicou O Turco (2017), uma visão pragmática sobre a ética e a moral e Sob o olhar do guardião (2019), uma ficção que envolve os segredos da estátua do Cristo Redento do Rio de Janeiro. Um Adeus no Cais do Sodré é o seu terceiro romance, uma saga familiar que une Portugal e Brasil.

PREFÁCIO

Hoje em dia, rotular um livro de “saga” diz muito mais sobre a extensão da obra – os vários volumes que a compõem – do que propriamente sobre o respectivo conteúdo. A sensação é a de que se baniram do mercado editorial as sagas curtas, assim como na área cinematográfica atualmente predomina a produção de séries que se desdobram em vários episódios e intermináveis temporadas. Dispense-se, aqui, o emprego do termo “franquia” que se relaciona a “produtos”. Nada contra, mas qual foi o último “longa-metragem” ou o último “curta” que você assistiu?
Pois Um Adeus no Cais do Sodré é uma saga enxuta. Tendo por autor um bisneto – como é também o suspeito subscritor deste prefácio – do protagonista, uma acurada pesquisa genealógica permeia o drama familiar que tem como ponto de partida uma noite de 1875, em uma Quinta na região do Vizeu, quando o moribundo patriarca Dom Manoel Ferreira pronuncia suas disposições de última vontade quanto à herança que deixaria a seus dois jovens filhos, impondo-lhes a missão de partirem ao Brasil para cuidarem de terras do pai situadas nas Minas Gerais.

Como narra Juca, “a partir dali uma nova etapa começaria na vida dos Ferreira”. A tranquila travessia do Atlântico a bordo do luxuoso Trafalgar, acompanhados de suas esposas, não prenunciava a que ponto chegaria à disputa sucessória que atravessaria gerações. Na ex-colônia escaramuças com a cooptação de capatazes, tabeliães, advogados e autoridades.

O nascimento do protagonista Pedro do Ferreira, as perdas familiares, a convivência do menino branco com os descendentes de escravizados, os primeiros passos profissionais, o ingresso na faculdade de Direito. Para além dos aspectos pessoais e do enredo que ganha ares de um thriller desenvolvido em rico contexto com referências a episódios históricos como a proclamação da República, descrevendo a pujança cultural de um Rio de Janeiro, em cujos cafés se esbarravam com Ruy Barbosa, Olavo Bilac, João do Rio, e moradores faziam piquenique na Ilha de Paquetá aos fins de semana.

No desfecho, a lição de vida, um legado moral, deixado a nosso avô, “Pedrinho”, e uma tocante referência ao anjo da guarda da família Ferreira, o Belarmino Couto: “ou apenas Couto, para os íntimos”. A ele, eu e Juca Serrado demos muito trabalho.

Rio de Janeiro, julho de 2024.
Helinho Saboya

Ficha Técnica

Título: Um adeus no Cais do Sodré : a saga de Pedro do FerreiraAutor: Juca SerradoEditora Jaguatirica, 2024
Editora: Paula Cajaty
Revisão:  Hanny Saraiva
Projeto gráfico:  Bookexpress
1ª ed. – Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2024.
328 p. ; 21 cm.
ISBN 978-85-5662-336-2
1. Romance brasileiro.

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‘Abissais’, nova exposição de Lucia Bianconi, apresenta uma série de mandalas abstratas, na Galeria Dobra – Artnova, simbolizando o ciclo da vida

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A artista plástica Lucia Bianconi apresenta a exposição ‘Abissais’, na Galeria Dobra – Artnova, trazendo  uma série de mandalas abstratas. As mandalas são expressões circulares de harmonia e movimento, presentes em diversas culturas, que simbolizam o ciclo da vida, a unidade e o infinito. A criação de uma mandala percorre um caminho que parte de dentro e se expande em direção ao mundo, ao outro, ao cosmos.  São mapas internos que se revelam no gesto, na cor, na repetição viva das formas.

“Nesta exposição, as mandalas emergem do fundo do mar como arquétipos vivos. Cada composição é uma imersão nos movimentos sutis das águas profundas, onde a luz encontra resistência e o silêncio se torna matéria. Como organismos marinhos, os desenhos crescem em espirais, pulsos e correntes, evocando vida, transformação e mistério. As cores vibram como peixes, recifes, corais, algas dançantes… signos de um universo que pulsa no invisível”, explica Lucia Bianconi.

‘Abissais’ pode ser visitada de 05 a 16 de julho, na Rua Orestes, 28 – Santo Cristo – 2º andar da Fábrica Bhering,  às quartas, quintas e sextas, das 12h30 às 17h, e aos sábados, das 10h às 18h. Evento gratuito e livre para todas as idades.




Mandalas em papel branco (descrição da série clara)



As mandalas sobre papel branco nascem da luz e do gesto. A figura central é cercada por formas coloridas que se expandem como um recife em festa. Os grandes círculos, as folhas e os fragmentos cromáticos criam um universo em movimento, onde cada detalhe parece flutuar. São janelas para uma bioluminescência imaginária, onde cada elemento se organiza com a lógica suave da natureza.


Mandalas em papel preto (descrição da série escura)



As mandalas negras mergulham no território do não visível. Criadas sobre papel preto com lápis de cor profissional, revelam o fundo do mar como experiência sensorial e poética. São organismos abissais: silenciosos, vibrantes, intensos. As cores contrastam com o escuro, como se brilhassem por conta própria. Aqui, não existe um centro como um ponto de partida, mas um convite ao mergulho ao desconhecido que vive em nós.

Sobre Lucia Bianconi
 

Com foco em arte e saúde, Lucia Bianconi é professora de Bioquímica, psicanalista e especialista em mandalas terapêuticas, além de artista amadora. Foi co-líder do Team America da Global Arts in Health Fellowship e curadora do TAMASHA Festival em 2024. Atuou como diretora associada da Global South Arts & Health Week em 2023 e 2024 e é a atual líder do Global South Arts & Health Brazil Festival 2025. É Chair do Latin-American Committee da International Association for Creative Arts in Education and Therapy (IACAET) e faz parte do GT Saúde da UFRJ.
 
 
Intagram: @lucia.bianconi @lb_mandalas/
 
 
Instagram:
@galeriadobra @galeria.artnova
 
#artistasvisuais #exposicao #arteabstrata #mandalas

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Cansaço da mente: Dr. Roberto Roni explica os sinais que você não deve ignorar

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Psicólogo e especialista em neurociência e comportamento fala sobre os limites entre estresse e ansiedade – e alerta para os riscos de ignorar os sinais do corpo e da mente

A rotina intensa, os prazos que se acumulam, a necessidade constante de dar conta de tudo e todos. Em meio a esse turbilhão moderno, muitas pessoas vivem em um estado de alerta contínuo, sem perceber o quanto isso está drenando sua saúde mental. E aí surge a pergunta: o que estou sentindo é estresse ou ansiedade?

“O estresse é uma resposta fisiológica do corpo diante de uma situação desafiadora. Ele nos prepara para agir, resolver, reagir. Mas ele tem começo, meio e fim. Já a ansiedade é mais difusa, é um medo antecipado, uma sensação de que algo ruim vai acontecer, mesmo que não exista um motivo concreto. Quando essa sensação é constante, estamos diante de um quadro que precisa de atenção”, explica o Dr. Roberto Roni, psicólogo e especialista em neurociência e comportamento.
De forma prática, o estresse está ligado a um evento externo — uma reunião, uma dívida, um problema familiar. Já a ansiedade está mais relacionada à forma como o cérebro interpreta e antecipa essas situações. E, com o tempo, os efeitos no corpo se acumulam.

“A ansiedade crônica pode se manifestar com sintomas físicos intensos: taquicardia, sudorese, falta de ar, aperto no peito, tensão muscular. Muitas pessoas chegam ao consultório achando que estão tendo um problema cardíaco, quando, na verdade, é o emocional pedindo socorro. O estresse, por sua vez, quando contínuo, pode desencadear inflamações, desequilíbrios hormonais e até adoecer o sistema imunológico”, alerta o especialista.
Segundo o Dr. Roberto, o problema não é sentir estresse ou ansiedade — isso faz parte da vida. O perigo está em viver nesse estado como se fosse o novo normal.

“O corpo fala, e ele sempre dá sinais. Mas a gente aprendeu a silenciar esses sinais em nome da produtividade. A dor de cabeça vira ‘coisa da rotina’. A insônia vira ‘fase’. A falta de vontade de viver vira ‘preguiça’. E, assim, vamos empurrando até que o colapso chega. Cuidar da saúde mental é uma forma de autocuidado que vai muito além do emocional — ela protege todo o organismo”, enfatiza.
O caminho para o equilíbrio começa pelo reconhecimento e pela busca de ajuda profissional. A psicoterapia, combinada com mudanças no estilo de vida, tem um papel essencial nesse processo.

“É preciso romper com a ideia de que procurar um psicólogo é sinal de fraqueza. Na verdade, é exatamente o oposto: é um ato de coragem. Terapia é um espaço de escuta, de construção, de recomeço. Não é só sobre tratar sintomas, é sobre recuperar o controle da própria vida”, conclui o Dr. Roberto Roni.

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Colônia de férias ‘Jornada dos Heróis’, une aprendizado tecnológico e diversão

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Conheça o programa de férias paras as crianças lançado pela SuperGeeks

A SuperGeeks, primeira e melhor escola de programação, robótica, tecnologia e inovação, voltada a crianças, adolescentes e jovens do Brasil lança a colônia de férias com o tema Jornada dos Heróis. E o melhor: já é possível aproveitar de forma imediata! De 10 de junho a 3 de agosto, as férias dos pequenos vão ser recheadas de muita diversão, aprendizado e interação. O evento promete ser uma verdadeira experiência épica, unindo a magia dos jogos e a criatividade das crianças de 8 a 14 anos.

O tema deste ano não poderia ser mais empolgante, heróis e vilões icônicos de quadrinhos, filmes, games e séries estarão presentes para guiar os participantes em uma série de atividades fantásticas. De aprender a desenvolver seus próprios jogos a construir cenários de ação no Roblox, a diversão está garantida!

O que vai rolar?
Ao longo de uma semana intensa de atividades, os participantes irão criar e desenvolver jogos incríveis. Confira alguns dos projetos que nossos heróis em treinamento poderão desenvolver:

GDevelop – Endless Runner: Neste jogo, inspirado nas aventuras do super-heroi flash e outros velocistas, o jogador deve resgatar as pessoas de uma cidade, antes que o fogo de uma grande explosão os alcance.

GDevelop – Shooter: Ambientado no universo sideral, esse jogo desafia nosso heroi a defender a terra de uma chuva de meteoros.

GDevelop – Tower Defense: Nem sempre o castelo invadido pertence aos bons samaritanos. Nesse jogo, o grande necromancer precisa defender suas muralhas contra os cavaleiros que desejam enfrentá-lo. Será que os jogadores serão capazes de usar toda a genialidade de um grande vilão para se defender?

Roblox – Action (Mecânicas e Cenário): A vida diária de um super herói parece fácil, mas será que se você pudesse voar e disparar lasers pelos olhos, também conseguiria salvar uma cidade? Descubra enquanto desenvolve esse jogo e aprenda não só a criar seus próprios cenários no Roblox, mas também a como criar suas próprias mecânicas e super poderes!

A colônia dura 5 dias, com 3 horas de atividades por dia (2h de curso e 1h de interação recreativa entre os alunos). Durante o intervalo, os pequenos poderão se deliciar com pipoca, doces e muita diversão, sendo uma excelente oportunidade para aprender sobre o desenvolvimento de games de forma descontraída e cheia de energia.

Para os pais:
Sabemos que a vida de um responsável é cheia de compromissos e responsabilidades. Pensando nisso, criamos a Colônia de Férias Jornada dos Heróis para proporcionar uma ocupação produtiva e divertida para os filhos, durante um período que pode ser complicado com o tempo ocioso dos jovens.

Acolhendo crianças de 8 a 14 anos, nosso objetivo é oferecer uma alternativa educativa e divertida, ajudando na retenção dos alunos e ainda ampliando as opções de cursos para o futuro. E para os que buscam uma forma de “solucionar” as férias escolares com atividades que combinem lazer e aprendizado, essa é a resposta!

A colônia acontecerá nas unidades SuperGeeks espalhadas pelo país, com todas as medidas de segurança e bem-estar dos participantes em mente. Para mais detalhes, inscrição e informações adicionais, acesse nosso site e garanta a vaga do seu herói!
supergeeks.com.br entre em contato com nossas unidades.

Sobre
A rede de franquias SuperGeeks nasceu com o objetivo de formar não somente consumidores, mas também criadores de tecnologia. Desde 2014, a marca assume uma posição importante ao preparar as novas gerações para os desafios e oportunidades do futuro tecnológico, dedicando-se a ensinar programação e robótica de maneira lúdica e criativa, atendendo a todas as faixas etárias.

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