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Dia Internacional da Mulher: temos motivos para comemorar? – por Psicóloga e Neuropsicologia Daniela Generoso

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*Psicóloga e Neuropsicologia Daniela Generoso


Chegamos em mais um dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, mas com poucas razões para celebrar. O número de casos de feminicídio e violência contra o sexo feminino não para de crescer.

Antes da pandemia, por exemplo, o instituto “É Possível Sonhar”, que atende crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência doméstica, recebia de 5 a 12 casos por semana. Agora, o número gira em torno de 18 a 23 casos. E os dados só aumentam. 

Não é segredo para ninguém que a violência sempre existiu, mas o isolamento social fez evidenciar casos em que o homem agredia psicologicamente a mulher. Então, a parceira mesma procurava justificar tais atos como momentos de chateação ou raiva pontual do companheiro, pois, para muitas, o abuso só acontece quando chega a agressão física.

Para entender o que é abuso, é preciso esclarecer primeiramente o que é um relacionamento saudável. Geralmente, trabalhamos com a cultura, crença e a idealização do “para sempre”. Essa ideia fantasiosa facilita a manipulação do agressor, que primeiro prende com palavras sutis e muito carinho, o que dificilmente faz a mulher enxergar o controle extremo.

Os agressores/assassinos justificam os atos como forma de amor, ciúmes ou até mesmo dizem que foram provocados. Essas questões são fatores cruciais para impedir e desencorajar a mulher de pedir ajuda.

A manipulação faz com que a pessoa se sinta culpada e alimente pensamentos como se não estivesse com tal roupa não iria provocar outros homens e o parceiro não sentiria ciúmes, já que se sente ciúmes é porque a ama. Esse tipo de pensamento gera um grande perigo. Por isso, precisamos urgentemente parar de romantizar algo que não é normal. Sentir ciúmes é um descontrole emocional causado pelo sentimento de posse.

Quando o indivíduo só diminui a pessoa, ofende, controla suas amizades, roupas e lugares aonde você vai, cuidado. Pode estar enfrentando um relacionamento abusivo. Você não é posse de ninguém. Um casal precisa andar de acordo mútuo, com amizade e respeito.

Além disso, não tem como generalizar, porque cada caso é um caso. Há muitas mulheres que sofrem de transtorno de personalidade dependente e vão sentir um vazio ou até mesmo uma dor por não estar com companheiro ao lado. Mas a pessoa precisa aprender a se amar.

Ninguém nasceu para ser maltratada. No entanto, muitas vezes podemos entender isso como um ciclo de como nossos pais nos tratavam. Porém, para compreender o que realmente acontece é necessário, primeiro, entender o que é um relacionamento saudável. Por isso, ao primeiro grito, procure o diálogo e, se persistir, busque ajuda. É possível sonhar e recomeçar, basta pedir ajuda e entender quem você realmente é, as coisas boas que pode conquistar e viver.

(*) Psicóloga, Pós-graduada em Neuropsicologia, Pós-graduanda em Psicologia Existencial Humanista, pós-graduada em direitos humanos, Mestranda na Universidade Européa Del Atlântico (Espanha), Formada pela UNESCO/UFRJ Interpretação de Desenho Infantil, Escritora, Professora  e supervisora de psicologia, fundadora e presidente do Instituto  “É Possível Sonhar”, que atende crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência doméstica.

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Primeiro Workshop Mandacaya: Inteligência Espiritual no Trabalho

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Desperte seu potencial interior para o sucesso profissional através da Inteligência Espiritual

Uma jornada imersiva de conexão, reflexão e ampliação de consciência, onde ferramentas milenares trazidas ao contexto moderno são postas a serviço da transformação pessoal e profissional, integrando a inteligência espiritual no trabalho, com resultados práticos.

Criado para que profissionais das mais diversas áreas, conscientes de seu papel no mundo, possam atuar cada vez mais em alta performance, buscando sua realização no trabalho, na sociedade e no planeta.

Neste workshop pioneiro, a jornada rumo à integração da inteligência espiritual no ambiente de trabalho se torna tangível e transformadora. Com uma abordagem imersiva e prática, os participantes são guiados a despertar seu potencial interior, aplicando saberes de forma relevante e eficaz no contexto moderno. Sob a orientação dos experientes facilitadores Benne Catanante e Vandson Cunha, este evento promete ser um marco na trajetória de profissionais que buscam não apenas sucesso profissional, mas também realização pessoal e contribuição significativa para a sociedade e o planeta. Não perca a oportunidade de se conectar consigo mesmo e com uma comunidade de profissionais conscientes no Workshop Mandacaya – Inteligência Espiritual no Trabalho.

Inscrições podem ser realizadas através do Sympla.

Serviço: Workshop Mandacaya – Inteligência Espiritual no Trabalho

Data: 23/04/2024
Horário: das 08h30 às 17h
Local: Blue Tree Faria Lima
Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3989 Itaim Bibi, São Paulo, SP
Valor: a partir de R$ 620,00 com parcelamento em até 12x
Link para inscrição:
https://www.sympla.com.br/evento/workshop-mandacaya-inteligencia-espiritual-no-trabalho/2374136?referrer=www.google.com

Realização: Mandacaya

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Avanços no tratamento da Hérnia de Disco

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Uma alternativa promissora e não invasiva

A hérnia de disco é uma condição dolorosa e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela ocorre quando o núcleo pulposo, uma parte do disco intervertebral, se desloca de sua posição normal, pressionando os nervos espinhais e causando sintomas como dor, dormência e fraqueza muscular. Essa condição é mais frequentemente observada na região lombar ou cervical da coluna vertebral e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente.

Tratamentos disponíveis

O tratamento para hérnia de disco varia de acordo com a gravidade dos sintomas. Em casos leves, pode-se optar por tratamentos conservadores, como repouso, fisioterapia e o uso de medicamentos para aliviar a dor, como anti-inflamatórios não esteroides. Por outro lado, em casos mais graves, nos quais a dor persiste ou há comprometimento neurológico, a cirurgia pode ser necessária para remover a parte do disco herniado e aliviar a pressão sobre os nervos.

Prevalência e prevenção

Dados estatísticos revelam que a hérnia de disco afeta principalmente adultos entre 30 e 50 anos de idade, sendo mais comum em homens do que em mulheres. Estima-se que entre 1 e 3% da população adulta já tenha experimentado essa condição em algum momento de suas vidas. Para mitigar o risco de desenvolver uma hérnia de disco e reduzir a intensidade da dor associada a ela, são recomendadas práticas como exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, manter uma postura correta, evitar atividades que aumentem a pressão na coluna vertebral e adotar técnicas de relaxamento, como massagem e yoga. Além disso, um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, pode contribuir significativamente para a prevenção dessa condição debilitante.

Inovação no tratamento: uma alternativa não invasiva

Recentemente, um novo tratamento para hérnia de disco tem chamado a atenção pela sua abordagem não invasiva e inovadora. Desenvolvido após extensa pesquisa e estudos clínicos, este tratamento transdérmico emprega uma tecnologia avançada para descomprimir as raízes nervosas, oferecendo alívio eficaz da dor. Com sua aplicação direta na pele e o efeito mecânico hiposmolar, essa abordagem promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes de forma segura e eficiente.

O Artcure Diffusional Patch destaca-se como uma alternativa única e eficaz, utilizando tecnologia avançada para proporcionar alívio rápido e duradouro. Esta inovação representa uma esperança para aqueles que sofrem com condições relacionadas às raízes nervosas, oferecendo uma solução promissora e acessível para o tratamento da hérnia de disco.

Para saber mais sobre este tratamento inovador e seus benefícios, visite o site oficial da empresa responsável pela distribuição do Artcure Diffusional Patch no Brasil: www.gebsolution.com.br ou siga @artcurebrasil para mais informações.

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Vale a renúncia?

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*Carlos Gomes, co-fundador da Vennx e especialista em GRC (Governança, Riscos e Compliance)

Diversos setores da economia ficaram surpresos com um anúncio vindo de uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale. Um experiente conselheiro, com passagens por Fibria, Algar, Ypê e Santander, publicou uma carta renunciando sua posição no Conselho de Administração da Mineradora. Não se trata de qualquer organização. É a Vale.

 

Vale lembrar que, em 2021, José Eduardo Penido venceu disputa para assumir uma cadeira como membro independente do Conselho de Administração da Vale com nada menos do que o ex-Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Olhando por esse lado, foi uma conquista de peso.

 

Até aqui, a imprensa deu bastante destaque às ‘denúncias’ feitas por Penido. No entanto, tudo indicava que outros aspectos tomarão conta do debate envolvendo governança corporativa e a influência estatal nas empresas.

 

Embora tenha criticado o processo de sucessão do Presidente, em 30 de novembro, o próprio Penido votou a favor da revisão da “Política de sucessão do presidente”, documento que vigorava desde 2018. A princípio, nada indica que houve quebra das regras da Política. Não há fato relevante publicado ou ata de reunião pública que corrobore com isso.

 

 

Houve muita atenção às acusações de influência dos acionistas da Vale na escolha do Presidente. Teoricamente, essa influência é comum, exceto numa Corporation. Numa empresa sem controlador majoritário, isto é, numa Corporation, o esperado é que o Conselho de Administração faça valer critérios objetivos e 100% voltados ao benefício da Corporação e, consequentemente, do conjunto fragmentado de acionistas que formam a maioria dos votos.

 

Em 2017, após o vencimento do acordo de acionistas que tornava a Vale uma empresa privada, o processo de privatização foi efetivado e a mineradora se tornou uma Corporation. A maioria de suas ações estava em free float ou com acionistas com participação inferior a 5%. Mesmo as Golden Shares, que são direitos mantidos pelo Governo Federal, não atribuem poder para que haja influência estatal na escolha do Presidente da Companhia.

 

Por fim, a pergunta é se a Vale já se preocupava com a possibilidade desse tipo de influência, que no passado pautou as escolhas de Roger Agnelli e Murilo Ferreira na direção da Companhia. E a resposta é ‘sim’. Em 2022, em seu último relatório 20-F (principal documento publicado por uma empresa brasileira listada em bolsas norte-americanas), a Vale reportou ao mercado sua preocupação com esse tipo de influência.

 

Informações de fontes internas, no entanto, dão conta de que aparentemente nada está sendo feito para combater esse risco, exceto o próprio processo de gestão da crise que a renúncia gerou. O que nos resta é acompanhar os próximos episódios desta briga. E aí, realmente valeu a renúncia ou há mais coisas para serem ditas?

(*) Carlos Gomes atua, há quase 15 anos, diretamente com gestão de riscos e governança corporativa, tendo ocupado posições de executivo na Deloitte e na BDO, atendendo clientes como Petrobras, Vale, Michelin, Eletrobras e outras blue ships. Gomes é Advisor e Researcher em GRC (Governança, Riscos e Compliance) na Vennx, uma startup de GRC da qual é co-fundador

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